A MOSCA
Certa vez, duas moscas caíram num copo de
leite:
A primeira era forte e valente. Assim, logo ao
cair, nadou até a borda do copo. Como a superfície era muito lisa, e as suas
asas estavam molhadas, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia
saída, a mosca desanimou, parou de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não
ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater e a lutar. Aos
poucos com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de
manteiga, no qual ela subiu. Dali, conseguiu levantar vôo para longe.
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido,
novamente caiu num copo, desta vez cheio de água. Como pensou que já conhecia
a solução daquele problema, começou a se debater na esperança de que, no
devido tempo, se salvasse.
Outra mosca, passando por ali e vendo a
aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
"Tem um canudo ali, nade até lá e suba".
A mosca tenaz respondeu:
"Pode deixar que eu sei como resolver este problema".
E continuou a se debater mais e mais até que,
exausta, afundou na água.
Soluções do passado, em contextos diferentes,
podem transformar-se em problemas. Se a situação se modificou, dê um jeito de
mudar.
Quantos de nós, baseados em experiências
anteriores, deixamos de observar as mudanças em redor e ficamos lutando
inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão?
Criamos uma confiança equivocada e perdemos a
oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos
que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir.
É por isto que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o
fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode
levar à displicência que conduz ao fracasso.
Deve-se saber reconhecer as transformações e fazer as mudanças
necessárias para acompanhar a nova situação.