NOSSA HISTÓRIA
No final do ano de 96, cansados de nada fazer na faculdade, e querendo outra opção a ir pro bar,Daniel Fich( na época, estudante de publicidade do 4o período) e Mario Hugo( na época, estudante de jornalismo do 3o período) influenciados pela atmosfera "produtiva" do encontro nacional dos estudantes de comunicação (enecom), resolveram fazer um fanzine.
Sem muita experiência com computador e técnicas de diagramação, o que sobrou na primeira edição foi muita revolta com a faculdade, professores e com seus próprios colegas, tudo isso trabalhado com bastante zoação.
Apesar de esculachados pelo visual podre, que logo se constituiu uma marca do fanzine, os bravos estudantes não desistiram.Chegaram a pedir ajuda de uma colega, Keite Pinto, para fazer a diagramação. A coluna "Mandou Mal", que detonava as besteiras que todos falavam na faculdade, se consagrou como a mais interessante, todos queriam saber as besteiras que seus colegas diziam. Essa coluna poderia parecer para alguns uma coisa de criança mas, na verdade, representava uma desmitificação da imagem do estudante de comunicação como um intelectual.
Mas o visual organizado não agradou a Mário Hugo que, em um acesso de fúria e criação, realizou a terceira edição sozinho. Neste zine, Mário detonou a atuação do seu Flamengo no momento. Continuou com a brincadeira de quem é quem, revelando características e podres da galera, e apresentou uma interessante enquete popular sobre as piores seleções dos clubes cariocas.
Na quarta edição, os dois fundadores contaram com a primeira colaboração do desenhista Ricardo. Sem perder o senso de crítica e de humor, se aprofundaram no universo do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS, nossa faculdade). Nessa edição foi apresentado o estatudo do "Mandou Mal", porque sujeitos como o Guilherme "Polenguinho" não se conformavam em sair na coluna. Daniel se soltou mais no fanzine e criou um texto sobre o IACS 2000, imaginando qual poderia ser o futuro do instituto no próximo milênio.
O quinto apresentou o Garoto Infame, criado por Ricardo. O fanzine atravessou uma fase meio "apanelada"; formando uma grande e divertida galera, o zine se aprofundou no seu universo e no de seus amigos. Mas também apresentou textos revolucionários como "Os Efeitos do Álcool", importante para freiar os (maus) hábitos da galera. Com o slogan "cada vez pior", o Infame já havia se tornado uma instituição.
No sexto, o Infame manteve o formatão e sua diagramação na base do corte e da colagem. Apesar de divertido, o IACS já se mostrava à beira da exaustão como fonte de inspiração.
Após sua insistência, Mikhail Miguel, o maior lunático do IACS, assumiu a diagramação do zine. Apesar de críticas dos fãs do antigo estilo, a publicação ganhou aparência profissional sem deixar a podridão de lado, a começar pela capa que trazia a horrenda garota da capa:Rabicona.
Com os três juntos, o Infame se tornou um fanzine único, e se tornou grande demais para o IACS. Só poderia, a partir daí, buscar novos espaços, como o mundo virtual.