O CONSOLADOR
Informativo Espírita

 

 

Janeiro à Junho de 1.999
Nº 65, ano XV

Órgão de Divulgação da Sociedade Espírita "Dr. Bezerra de Menezes" - Jardinópolis (SP)


Um pouco sobre Joanna de Ângelis

"A sua palavra meiga, carregada de conceitos elevados chegou-nos à alma, naquela oportunidade, como se fosse uma celestial melodia, que nos assinalou a existência para sempre. Adotando, por vários motivos, o pseudônimo de Um Espírito Amigo, ela nos ensinou a amar e a compreender, educou-nos na ação do bem e instruiu-nos com paciência e dedicação. Aprendemos a amá-la e a descobri-la ao longo do tempo, impressionando-nos, cada vez mais com a sua sabedoria e iluminação."

Nilson de Souza Pereira

Em 1969, Divaldo encontrava-se proferindo palestras no México, num Congresso PanAmericano de Espiritismo, quando em sua última conferência, chamou-lhe a atenção um jovem que o gravava com muito interesse. Joanna disse tratar-se de alguém que fazia parte de sua família espiritual e que Divaldo pedisse a ele para levá-lo até San Miguel Nepantla, localidade situada a oitenta quilômetros da cidade do México.

Terminada a reunião, o jovem Engº Ignácio Dominguez López, chefe da Petromex, veio agradecer-lhe pela palestra, e Divaldo solicitou informações a respeito do lugar a que Joanna se referia. O rapaz se prontificou a levá-lo até lá. Conduzidos pela Mentora espiritual, chegaram ao lugarejo, onde havia uma propriedade que era patrimônio histórico nacional. Ali havia restos de uma antiga construção dedicada a Soror Juana Inés de la Cruz, que era considerada uma grande poetisa de língua hispânica, a primeira feminista de fala espanhola. N parede da casa havia inscrito, um poema de sua autoria, junto ao qual Divaldo fez questão de ser fotografado com os demais companheiros. Numa das fotos, para surpresa de todos, aparece a figura de Joanna de Ângelis.

Joanna pediu a Divaldo que revelasse ao moço que Soror Juana Inés de la Cruz havia sido ela própria, na sua penúltima reencarnação. Apesar de relutar um pouco, por trata-se de um vulto muito importante para o México, tanto assim que a cédula de 1000 pesos tem-lhe a efígie, ele obedeceu, e o jovem levou-o dali ao Monastério de São Jerônimo, onde ela serviu e desencarnou, ofertando-lhe mais tarde o livro "Obras completas de Soror Juana Inés de la Cruz". Lá, Joanna contou mais detalhes sobre aquela existência, inclusive dizendo que Soror Juana era o seu nome religioso, pois, na verdade, chamava-se no século, Juana de Asbaje.

Estudando a vida dessa religiosa, Divaldo foi-lhe tomando conhecimento da elevação espiritual.

No sesquicentenário da Independência do Brasil, ela lhe disse: — Tenho uma notícia para dar-te. Na minha última reencarnação participei das lutas libertárias do Brasil, na Bahia. Eu vivia aqui mesmo, em Salvador, no Convento da Lapa e me chamava Joana Angélica de Jesus. Vai lá, que eu te quero relatar como foi o acontecimento.

Divaldo foi, ela se apresentou com a aparência da época, contou-lhe alguns detalhes interessantes e ditou-lhe uma mensagem para as comemorações do evento.

Quando, mais tarde, Divaldo leu a obra Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografada por Francisco Cândido Xavier, ficou especialmente tocado por uma personagem de quem o Autor narrava a história. Era Joana de Cusa. Em 1978, indo, pela terceira vez, a Roma, em companhia de Nilson de Souza Pereira, Joanna conduziu-os ao Coliseu e lá revelou-lhes, com discrição, pormenores da vida dos cristãos primitivos, apontando lugares célebres, entre eles o local exato onde Joana de Cusa, juntamente com seu filho, haviam sido queimados vivos. Falou a respeito da mártir com tanta riqueza de detalhes que levou ao médium a suspeita de que Joana de Ängelis seria a mesma Joana de Cusa

Passou o tempo. Quando, em outra ocasião, Divaldo e Nilson regressando à Itália, Joanna convidou-os a visitarem a tumba de Francico de Assis, e Joanna psicografou a mensagem intitula Êmulo de Jesus, que se encontra no livro A Serviço do Espiritismo, neste momento Divaldo a viu transfigurada. Havia uma beleza lirial em seu rosto. Quando terminou a mensagem, ela disse que gostaria que visitassem o Convento de Assis, no seu interior ela disse:

-Há, em minha alma, um amor de ternura infinita por aquele que é o irmão da natureza.

Para mais detalhes sobre o tema leia o livro A Veneranda Joanna de Ângelis, da livraria Espírita Editora Alvorada - LEAL

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