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Depois da tempestade, as nuvens, o tempo nublado. Prossigamos, então, sem mais perguntas... |
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Crise
Claquete ruma para 2004 num momento de crise. No momento em que começo, ainda que timidamente, a avançar rumo à realização, deparo-me ante a uma crise, uma lacuna que nem mesmo os filmes conseguem preencher. Crise da antiga obsessão em ver o maior conjunto possível de filmes; crise da obsessão em escrever sobre o maior número possível de filmes. Crise da relevância deste ofício solitário e ranzinza; crise da necessidade em satisfazer-me com o produto escrito. E neste momento de crise, o que me resta a não ser eu mesmo? Pois o que me mantém escrevendo é a necessidade de radicalizar minha proposta: é utilizar os filmes como meio para escrever sobre mim mesmo, para externalizar os problemas de sempre. Com isso, é afirmar a impossibilidade da crítica não ser algo essencialmente pessoal, é ratificar o modelo do diário de viagem. Com isso, antes de cair num obscurantismo autocentrado e egocêntrico, creio que, ao contrário, reforço a generosidade e a intimidade do texto. E creio que, ainda assim, isto é possível sem que se abra mão de um texto que prima pelo rigor e pela coerência. Que assim o seja. Marcelo Ikeda Mande seu e-mail para claquete@hotmail.com |
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