"DICK CAVETT MEETS ABBA" TV SPECIAL
Última parte
DC: Vamos ver agora... Hum... Como foi para o ABBA ser um... "grupo estrangeiro" e estourar fora da Suécia? Porque nós sabemos que os grupos que vêm dos EUA ou da Inglaterra fazem sucesso, mas se vierem de outras partes do mundo, são deixados de lado. E de repente surge o ABBA e... foi mais fácil para vocês?
BJ: Não sei se foi mais fácil... Quando olho para trás, não vejo essa história se repetir muito. Por exemplo, tem o Boney M., que se formou na Alemanha, mas não posso citá-los como exemplo porque na verdade eles são da Jamaica.
DC: Como vocês explicam o fato de nunca terem se envolvido em escândalos em hotéis famosos, traições, crimes, drogas, essas coisas tão "comuns" a outros grupos e cantores?
BJ: Bem... Viajamos com uma equipe de turnê muito boa, eles sempre deixam nossos quartos bem limpinhos quando saímos dos hotéis, para que a imprensa não fique especulando... (risos)
BE: Acho que tem a ver com o que eu disse no início, sobre se manter firme na realidade, com os pés no chão. Esses escândalos são mais comuns quando se tem 17, 18 anos de idade e ainda não se tem maturidade suficiente. Para nós que temos nossas famílias, nossas obrigações, é mais fácil se comportar como pessoas normais. Tem também o fato de que fazemos poucas turnês.
DC: Vocês não gostam muito de sair em turnês, não é?
FR: Não, não gostamos muito.
DC: E a sensação de estar em turnê, todo aquele fenômeno na Austrália, por exemplo?
FR: De certa forma é bom, mas deixa de ser divertido quando você começa a viajar demais, fica enjoativa toda aquela rotina de aeroportos, ficar trancados no quarto, não poder sair na rua por causa dos fãs, coisas assim. Faz você se sentir ahn, meio... solitária.
AG: É muito cansativo também, viajar tanto assim, estar o tempo todo mudando de horário...
DC: A pressão...
AG: É, toda aquela pressão em cima de você.
BJ: ... a pressão de ter que ser o exibicionista. Você tem que ser um exibicionista nato, como o Rod Stewart. Ficar sobre o palco se apreciando noite após noite...
DC: Nossa, isso foi uma indireta!
(risos)
DC: Bem, não sei mais o que dizer... O que podemos fazer agora para nos divertir?
BJ: Luta na lama.
(risos e aplausos)
DC: É uma grande idéia!
BJ: Eu sempre quis fazer isso, sabia?
DC: Você trouxe a lama? (risos). Não sei o que podemos fazer exatamente agora... Ah! Sei sim, tenho uma música que acho que vocês gostariam de cantar, se ainda tivermos um tempinho. Conhecem "Don't Fence Me In"?
AG, BJ, BE & FR: Talvez, acho que sim.
DC: Não conhecem?
BJ: Acho que sabemos o refrão.
DC [cantando]: Oh give me land, lots of land and the starry skies above, don't fence me in... Quantos aí da platéia sabem? Alguém sabe quem compôs? Ninguém acerta essa.
BJ: Bing Crosby a cantou...
DC: Dou 10 dólares para quem acertar na platéia...
BJ: Cole Porter.
DC: Está certo, como você sabia? Daí onde está deu pra ler no meu papel? (risos). Mas agora eu gostaria de saber como é que soam os suecos cantando "Don't Fence Me In".
[Dick passa uma folha com a letra da música para cada um dos quatro.]
AG [lendo]: "Ge Mig En Chans"...
DC: O que significa?
AG, BJ, BE & FR: "Me Dê Uma Chance".
[Os quatro seguem a letra em sueco que Dick entregou e começam a cantar. Na verdade foi uma brincadeira armada pelo apresentador, pois a "versão" começa em sueco, fazendo piada, e termina numa linguagem sem sentido, o que deixa Agnetha, Benny, Björn e Frida sem entender nada].
BJ: Que letra!!!(risos)
AG: Que eu saiba isto não é sueco!... (mais risos)
DC: Qual é a tradução do que vocês cantaram?
BJ: Alguma coisa sobre "eu e minha voz sermos os mesmos", completamente sem sentido!
DC: Que interessante! (risos). Agora quero que cantem uma em inglês. Eu fico com o refrão e depois vocês cantam.
AG, BJ, BE & FR: OK.
DC [cantando]: Wild cat Kelly you're looking mighty pale, standing by the sheriff's side... When the sheriff said "I'm sending you to jail", wild cat raised his head and cried. (risos e aplausos)
[Provavelmente paródia de alguma canção popular americana.]
(ABBA canta "Don't Fence Me In"): Oh give me land, lots of land and the starry skies above, don't fence me in... Let me ride through the wide open country that I love, don't fence me in... Let me be by myself in the evening, in the East...
(aplausos)
AG: Nós não ensaiamos essa!
DC: Legal, legal...
FR [para Dick]: Você sabe dizer setecentos e setenta e sete em sueco?
(risos e aplausos)
FR: Quero que repita depois de mim.
DC: Eu não sei falar isso.
FR: Sjuhundra sjuttio sju. [Frida pronuncia "777" em sueco de duas formas diferentes]
DC: Isto é uma vergonha... (aplausos e risos). Temos que cortar isso do programa. (mais risos). Eu poderia ouvir novamente?
FR: Sjuhundra - sjuttio - sju.
DC: 'Rúpon'?... [risos; Dick tenta imitar a pronúncia]. É sério?
FR: Sim, é isso. Sjuhundra sjuttio sju.
DC: 'Churrundra chu tiochu'. [Dick tenta imitar a pronúncia novamente]
(risos)
DC: É assim?
FR [rindo]: De qualquer forma, dá pra rir!...
DC: 'Chuponda chu tichu'? (risos)
FR: Sjuhundra sjuttio sju.
DC: Quando foi que isso entrou na nossa conversa? (risos)
BJ: Acontece sempre... (risos)
DC: Do jeito que eles estão rindo eu devo ter dito uma coisa realmente terrível.
(risos)
DC: Bem, foi um grande prazer conversar com vocês quatro, igualmente. [Para o telespectador]: E agora temos mais uma surpresa para vocês. Juntem-se a mim e aconcheguem-se na poltrona para ouvir estas quatro pessoas cantando: ABBA.
ABBA canta ao vivo:
GIMME! GIMME! GIMME! (A Man After Midnight)
SUPER TROUPER
TWO FOR THE PRICE OF ONE
SLIPPING THROUGH MY FINGERS
ME AND I
KNOWING ME, KNOWING YOU
SUMMER NIGHT CITY
THANK YOU FOR THE MUSIC
ON AND ON AND ON
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