EMAGREÇA
Dicas Práticas
50 dicas para mudar seus hábitos de vida e emagrecer, sem voltar a engordar
Mantenha um diário alimentar, anotando tudo que comer. Preste mais atenção ao ato de comer. Não coma lendo ou vendo televisão. Observe bem como têm sido seus padrões alimentares. Evite a alimentação "automática" - comer sem necessidade, só porque os outros estão comendo. Identifique que fatores o levam a comer em excesso. Procure se pesar a intervalos regulares. Mantenha um gráfico de peso. Siga um esquema alimentar previamente definido. Alimente-se em um local apropriado, tranquilo. Abaixe os talheres na mesa entre uma garfada e outra. Só faça compras de mercado depois de se alimentar. Faça uma lista antes de sair de casa e só compre o que estiver relacionado. Mantenha os alimentos mais "engordativos" fora da sua visão e, de preferência, fora do alcance. Mantenha visíveis os alimentos mais saudáveis. Não leve as travessas com comida para a mesa. Levante-se da mesa após terminar a alimentação. Evite aprender receitas de novos pratos ricos em calorias. Procure alternativas para compromissos sociais que o levem a comer ou beber ( por exemplo, ao invés de convidar seu amigo para beber uma cerveja, chame para jogar um tênis). Desenvolva técnicas para evitar exageros quando comer fora de casa. Por exemplo: quando for a um churrasco, coma bastante salada e pouca carne. Troque a cerveja pelo refrigerante dietético, etc... Prepare-se com antecedência para eventos especiais, como festas e viagens Tente planejar sua alimentação. Planejar com antecedência para situações de alto risco. Por exemplo: se vai a uma festa de casamento, tente planejar antes o que vai comer e beber. Mantenha um diário de exercícios, anotando cada atividade física, especificando a duração e a intensidade. Lembre-se sempre de todos os benefícios do exercício físico, que não se limitam ao gasto de calorias. Procure caminhar mais, da forma que achar mais prazerosa. Pratique atividades físicas informais. Alguns macetes ajudam: parar o carro em uma vaga mais distante, evitar o uso de controles remotos e usar mais as escadas, ao invés de elevadores e escadas rolantes. Conheça o gasto calórico de cada tipo de exercício. Procure praticar exercícios dentro de sua faixa ideal de trabalho, controlando o ritmo dos batimentos cardíacos. Planeje suas atividades físicas, de preferência com orientação profissional. Conheça bem as diferentes causas da obesidade. Diferencie fome de gula. Procure resistir aos desejos que o levem a consumir calorias em excesso. Estabeleça objetivos realistas para o seu programa de emagrecimento. Evite a pressa. Não persiga metas impossíveis. Peso ideal é aquele que você consegue atingir e manter, de forma saudável. Dê mais importância ao seu comportamento do que ao peso. Não confunda um tropeço com fracasso do tratamento. Quando por um tropeço você exagerar nas calorias, não desanime. Recupere rapidamente o controle da situação. Explique aos seus familiares como eles podem ajudá-lo a atingir seus objetivos. Procure envolver seus familiares no tratamento. Peça que eles leiam estes conselhos. Envolva seus familiares no seu programa de atividades físicas. Não aceite pressões para que coma mais do que o planejado. Conheça o valor calórico dos alimentos. Não fique longos períodos sem alimentar-se. Conheça o teor de carboidratos, gorduras e proteínas de cada alimento. Procure ingerir carboidratos em todas as refeições, evitando o açúcar. Evite ingerir gorduras. Torne apetitosa a alimentação, mesmo com poucas calorias. Aumente a quantidade de fibras na sua alimentação, ingerindo bastante verdura. Lembre-se sempre de que o objetivo principal do tratamento é a mudança de hábitos de vida. Os antigos hábitos contribuíram para fazê-lo engordar. Tente manter sempre o equilíbrio psicológico, por mais que você tenha motivos para sentir-se ansioso.
Dicas
para não engordar no Natal
Além de todas as calorias consumidas na ceia, em geral as pessoas repetem a dose no almoço do dia seguinte e ainda continuam comendo demais durante toda a semana, para "emendar" com a comilança do Reveillon. Quem está controlando o peso deve evitar os alimentos mais calóricos durante a ceia, não deve voltar a ceiar no dia seguinte e precisa alimentar-se com moderação nos dias que antecedem a festa de fim de ano.
ALIMENTO QUANTIDADE CALORIAS Ameixa 1 de tamanho médio 25 Amêndoa 1 xícara das de chá 350 Avelã 1 unidade 150 Cereja 1 de tamanho médio 10 Champanhe 1 copo 110 Damasco 1 de tamanho médio 20 Nozes 1 xícara das de chá 500 Panetone 1 fatia 200 Pão de mel 1 unidade 150 Passas 1 colher das de sobremesa 30 Peito de peru cozido 1 fatia fina 120 Peru (com pele) 1 coxa 200 Rabanada 1 unidade 250 Tender 1 fatia fina 180 Uísque 1 dose 120 Uva 10 unidades 50 Vinho tinto 1 copo 70 Vodka 1 dose 120
Dicas para não engordar na Páscoa
O chocolate é, sem dúvida, um dos alimentos que mais engordam. É fácil entender porque tanta gente ganha peso durante os feriados da Semana Santa. Se já sabemos que 1 criança em cada 4 necessita perder peso, não podemos manter a tradição de presentear a todos com os hipercalóricos ovos de Páscoa. Lembre-se que mesmo os chocolates dietéticos são muito ricos em calorias. Se é seu filho quem precisa perder peso, previna antecipadamente os avós, padrinhos e tios de que qualquer presente será mais benvindo do que os chocolates. Se apesar de tudo você continuar achando que o chocolate é insubstituível, a tabela de calorias dos chocolates vai ajudá-lo a escolher um que seja menos calórico. Não se esqueça de que os teores calóricos estão calculados para 100 gramas. Os ovos de Páscoa são numerados de acordo com o peso. Com uma conta simples você poderá calcular a quantidade total de calorias do ovo que está comprando ou ganhando.
TIPO DE CHOCOLATE CALORIAS POR 100 GRAMAS Amargo 544 Ao leite 568 Branco (tipo Galak) 530 Com castanhas 534 Crocante (tipo Diamante Negro) 515 Dietético 540
Dicas para não engordar nas viagens de
férias
As viagens são quase sempre uma pedra no caminho de quem está querendo emagrecer. A quebra da rotina, a interrupção da prática de esportes e as tentações de provar comidas diferentes acabam atrapalhando qualquer tratamento para perda de peso. O ideal é que se planeje antecipadamente a alimentação a ser seguida durante a viagem. É aconselhável, por exemplo, que o grupo que viajará junto já combine antes da partida que o almoço será uma fruta ou um sanduíche leve. Não se esqueça de que os chocolates devem ser evitados, porque apresentam um altíssimo teor calórico. Também os doces devem ser consumidos com moderação, principalmente os mais gordurosos, que levam ovo na preparação, como o quindim e a baba de moça. Para matar a sede, evite beber cerveja ou refrigerante comum. Substitua por água ou refrigerante dietético. Para o jantar, prefira os vinhos tintos, que são menos calóricos que os brancos e a cerveja. Finalmente, não se esqueça que caminhando bastante você pode compensar alguns dos excessos que serão inevitáveis. Só use táxi para grandes distâncias.
Mitos e Verdades
Sauna emagrece?
Não emagrece. Todo o peso perdido após uma sessão
de sauna corresponde a líquidos e é prontamente recuperado
com o processo de reidratação que se segue quando a pessoa
sacia sua sede.
Refrigerante dietético engorda?
Pelo seu sabor fortemente adocicado, muita gente duvida de que
os refrigerantes dietéticos não engordem. Mas não
engordam mesmo. Enquanto um copo de refrigerante não dietético
contém aproximadamente 90 Kcal, o refrigerantes dietéticos,
por serem adoçados artificialmente, são praticamente desprovidos
de calorias (menos de 1 Kcal por copo). Os adoçantes mais utilizados
são o aspartame, a sacarina e o ciclamato (ou uma combinação
de 2 deles), variando conforme a marca do refrigerante.
Carboidratos engordam?
Na verdade, as gorduras engordam mais. Durante muito tempo os carboidratos
foram considerados os grandes vilões da obesidade. As dietas cortavam
pães, arroz, feijão, batata e massas. Hoje sabe-se que o
nutriente que mais engorda é a gordura. Um excesso de calorias ingerido
sob a forma de carboidratos consome uma considerável quantidade
de energia para ser transformado em gordura e depositado no tecido adiposo.
Já as gorduras, podem ser armazenadas mediante um gasto de energia
muito menor. Além disso, se valoriza cada vez mais o papel do carboidrato
como estimulante da serotonina (neurotransmissor cerebral que controla
o apetite). Quando se ingere uma quantidade insuficiente de carboidratos,
pode haver uma queda da atividade da serotonina no cérebro e um
aumento do apetite ou uma compulsão alimentar. Pacientes que seguem
dietas desequilibradas por longos períodos apresentam um risco aumentado
de desenvolverem transtornos do comportamento alimentar do tipo bulimia
nervosa ou anorexia nervosa.
Remédio para emagrecer causa dependência?
É muito comum a confusão com a palavra dependência
em relação aos remédios para emagrecer. Se um paciente
usa um inibidor do apetite, por exemplo, durante um determinado período
e, quando interrompe o uso do medicamento volta a engordar, logo se diz
que ele está dependente daquela droga. Isto não é
dependência; pode ser apenas um sinal de que aquela droga estava
sendo útil para o paciente naquele momento do seu tratamento, evitando
que ele engordasse. Por outro lado, estes medicamentos, que também
são chamados de anorexígenos, podem realmente levar a quadros
de dependência, principalmente quando utilizados em altas dosagens
e sem acompanhamento médico, mas seu potencial de dependência
é muito inferior ao de seu ancestral químico, a anfetamina.
Em pesquisas clínicas bem controladas, em que se utilizou uma dessas
drogas, a fentermina, em doses moderadas, durante 4 anos de tratamento,
não houve relato de dependência em nenhum dos pacientes tratados.
Exercício abdominal tira barriga?
Chama-se de abdominal o tipo de exercício em que se busca
trabalhar predominantemente a musculatura da parede do abdome. A prática
regular de exercícios abdominais pode reduzir a circunferência
do abdome, por aumentar o tônus da musculatura da parede anterior.
É importante ressaltar-se, no entanto, que nenhum tipo de exercício
pode levar à perda localizada de gordura.
O que é diet não engorda?
É chamado de diet qualquer produto dietético
sem adição de açúcar. Qualquer é recomendável
para diabéticos, desde que estejam em seu peso normal, já
que, por não possuírem sacarose, não provocam uma
elevação rápida da taxa de açúcar circulante
(glicemia). Mesmo não contendo açúcar, entretanto,
alguns alimentos diet podem apresentar um elevado teor calórico,
como é o caso dos chocolates e de alguns sorvetes, devendo ser evitados
por quem precise emagrecer. É muito freqüente a confusão
entre os termos diet e light é a denominação reservada
aos alimentos com teor reduzido de calorias.
Musculação engorda?
Chama-se de musculação o tipo de atividade física
em que se utilizam pesos livres ou aparelhos para trabalhar determinados
grupamentos musculares com sobrecarga. Normalmente predomina o trabalho
anaeróbico. Pode ser mais aeróbica, quando se prolonga a
duração dos exercícios e se utilizam pesos mais leves.
É um equívoco achar-se que a musculação engorda.
Ela pode levar a um ganho de peso em massa magra, que, no transcorrer de
um tratamento para emagrecer, poderia produzir a falsa impressão
de que este tipo de exercício pudesse estar retardando os resultados
do tratamento. Na verdade, o ganho de peso em massa muscular vai ser altamente
favorável à manutenção do peso ideal, já
que aumentará o gasto energético basal do organismo. O gasto
calórico médio obtido através da atividade de musculação
é de 400 Kcal por hora, para uma pessoa de 70 Kg.
Dúvidas
mais Frequentes
Qual o meu peso ideal ?
Peso ideal é aquele que propicia o máximo de saúde. O conceito atual de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde é "Estado de bem-estar físico, mental e social". Estes 3 elementos devem ser, portanto, valorizados por quem tenta definir o peso ideal de um determinado indivíduo.
Por que tenho tendência a engordar ?
A grande maioria dos obesos queixa-se de que engorda com muita facilidade, mesmo comendo pouco. Inúmeros estudos clínicos investigaram esta questão, com resultados contraditórios. O que se acredita hoje é que alguns obesos engordam por comerem demais; outros porque têm um metabolismo muito "lento", que gasta pouca energia e favorece o armazenamento de gordura; e outros que, além de comerem demais têm também um metabolismo "lento". Entre os que apresentam esta tendência a engordar, uma pequena minoria apresenta uma doença hormonal (mal funcionamento da tiróide, por exemplo) que possa ser implicada como a causadora do problema. A maior parte deles engorda por uma característica do seu metabolismo que os predispõe a isso. Na verdade, sob o ponto de vista evolutivo, esta "tendência a armazenar gordura" seria mais uma qualidade do que um defeito, já que permitiria ao indivíduo sobreviver às situações de escassez de alimentos. Trata-se, na verdade, de um metabolismo extremamente eficiente, como um automóvel capaz de rodar 30 quilômetros com apenas 1 litro de gasolina. Mas, nas sociedades chamadas afluentes, caracterizadas pela abundância dos alimentos, pelo costume de associar-se comida a todos os eventos sociais e pela adoção da magreza como padrão estético, o que era vantagem transformou-se em problema.
Devo tomar remédios para emagrecer ?
É sempre um tema polêmico quando se fala de emagrecimento. Por um lado existe um enorme abuso de inibidores do apetite, ansiolíticos, e hormônios tiroideanos em todo o Brasil. Por outro lado, há um grande número de obesos que precisam utilizar medicamentos para alcançarem um emagrecimento satisfatório. A indicação de qualquer remédio para um paciente obeso deve obedecer a critérios clínicos muito objetivos. Devem ser considerados os riscos e os benefícios da droga em questão, nunca esquecendo de que a própria obesidade já é, muitas vezes, uma situação de alto risco para o paciente. Se a relação risco/benefício for favorável, é válida a prescrição do remédio. Sempre deverão ser consideradas as evidências científicas de eficácia clínica do tratamento proposto.
Como fazer para não recuperar peso depois
do emagrecimento ?
A fase de manutenção é provavelmente a mais importante de qualquer tratamento para emagrecer. Sabe-se hoje que cerca de 90% dos pacientes que conseguem um emagrecimento significativo através de um tratamento qualquer tende a recuperar o peso perdido no prazo de 2 anos. É, portanto, fundamental que se enfatize a necessidade de modificação do comportamento alimentar para que se evite engordar novamente. Durante esta fase, a quantidade de calorias ingeridas durante o dia deve aumentar gradualmente, até que se atinja o ponto de equilíbrio. Caso tenha sido utilizado algum medicamento moderador do apetite, ele deve ser retirado também de forma gradual até que não seja mais necessário. As atividades físicas que tenham sido introduzidas durante o período de emagrecimento devem consolidar-se como hábitos de vida, para evitar-se uma diminuição do gasto energético.
Por que eu engordo mesmo sem comer muito ?
A grande maioria dos obesos queixa-se de que engorda com muita facilidade, mesmo comendo pouco. Inúmeros estudos clínicos investigaram esta questão, com resultados contraditórios. O que se acredita hoje é que alguns obesos engordam por comerem demais; outros porque têm um metabolismo muito "lento", que gasta pouca energia e favorece o armazenamento de gordura; e outros porque, além de comerem demais têm também um metabolismo "lento". Entre os que apresentam esta tendência a engordar, uma pequena minoria apresenta uma doença hormonal (mal funcionamento da tiróide, por exemplo) que possa ser implicada como a causadora do problema. A maior parte deles engorda por uma característica do seu metabolismo que os predispõe a isso. Na verdade, sob o ponto de vista evolutivo, esta "tendência a armazenar gordura" seria mais uma qualidade do que um defeito, já que permitiria ao indivíduo sobreviver às situações de escassez de alimentos. Trata-se, na verdade, de um metabolismo extremamente eficiente, como um automóvel capaz de rodar 30 quilômetros com apenas 1 litro de gasolina. Mas, nas sociedades chamadas afluentes, caracterizadas pela abundância dos alimentos, pelo costume de associar-se comida a todos os eventos sociais e pela adoção da magreza como padrão estético, o que era vantagem transformou-se em problema.
Tratamentos
Princípios gerais
Novos conceitos já estão consolidados entre a comunidade científica internacional, que se reúne periodicamente para debater o assunto, em simpósios que se tornam, a cada ano, mais frequentes e mais concorridos. Algumas destas normas de conduta devem interessar a qualquer pessoa que deseje emagrecer:
A obesidade é uma doença potencialmente mortal e precisa ser tratada com empenho e seriedade. Na espécie humana, a obesidade é multifatorial, ou seja, pode ter diversas causas. Jamais haverá, portanto, um tratamento eficaz para todos os casos de obesidade. A receita que funcionou muito bem para o vizinho, pode ser péssima para o seu caso. Todo tratamento para emagrecer deve ter como base um plano de adequação do comportamento alimentar, sem o qual, o paciente tenderá a recuperar o peso perdido. O antigo conceito de "dieta para emagrecer" começa a ser substituído pela idéia de mudança do comportamento alimentar. A prática regular de atividades físicas deve ser sempre recomendada, já que favorece de diversas maneiras o emagrecimento e a manutenção do peso ideal.
Alguns medicamentos são comprovadamente eficazes e necessários para tratar certos casos de obesidade, quando o emagrecimento não é conseguido apenas com orientação nutricional e de exercícios físicos. O uso abusivo que se faz destas drogas, entretanto, precisa ser combatido.Grande parte das pessoas que tentam perder peso estão dentro de sua faixa de peso ideal. Os tratamentos para emagrecer devem ser evitados nestes casos, já que, além de não trazerem qualquer benefício metabólico, podem causar ou agravar quadros de bulimia nervosa ou anorexia nervosa. Não conseguir chegar ao peso ideal não deve ser considerado um fracasso. Sabe-se hoje que mesmo discretas perdas de peso podem reduzir significativamente os riscos para a saúde do paciente obeso.
Medicamentos
É sempre um grande dilema falar de remédios para emagrecer.
Por um lado, existe um enorme abuso de inibidores do apetite, ansiolíticos,
e hormônios tiroideanos em todo o Brasil. Por outro lado, há
um grande número de obesos que precisam utilizar medicamentos para
alcançarem um emagrecimento satisfatório. A indicação
de qualquer remédio para um paciente obeso deve obedecer a critérios
clínicos muito objetivos. Devem ser considerados os riscos e os
benefícios da droga em questão, nunca esquecendo de que a
própria obesidade já é, muitas vezes, uma situação
de alto risco para o paciente. Se a relação risco/benefício
for favorável, é válida a prescrição
do remédio. Sempre deverão ser consideradas as evidências
científicas de eficácia clínica do tratamento proposto,
que devem provir principalmente de estudos clínicos nos quais a
droga em questão tenha sido testada.
Estudo clínico é qualquer pesquisa em que pacientes estejam
envolvidos. Geralmente as pesquisas utilizadas para testar a eficácia
de um medicamento desenvolvido para o tratamento de um determinado tipo
de patologia, devem ser precedidas por pesquisas com animais de experimentação.
Numa outra etapa, é testada a tolerabilidade do medicamento. Só
então, procede-se ao teste clínico de eficácia droga.
Para que a eficácia possa ser adequadamente testada, o estudo precisa
ser controlado, de preferência com um placebo. Neste tipo de pesquisa,
os pacientes a serem estudados são aleatoriamente divididos em 2
grupos. Um dos grupos usará a droga que está sendo testada
e o outro grupo tomará um placebo. Para que se evite qualquer influência
psicológica sobre o resultado do tratamento, nem o paciente nem
o médico que o atende sabem se ele está tomando o medicamento
ou o placebo. Por este motivo, um estudo deste tipo é chamado de
duplo-cego, controlado com placebo e randomizado (distribuição
aleatória dos pacientes em um dos dois grupos). Infelizmente, a
maior parte dos medicamentos utilizados no tratamento da obesidade não
teve ainda sua eficácia comprovada por este tipo de pesquisa. Citaremos
a seguir alguns tipos de medicamentos frequentemente utilizados em tratamentos
para emagrecer.
Anorexígeno. Droga inibidora do apetite. Quase todos são derivados da anfetamina, apesar de apresentarem características clínicas e farmacológicas bastante diferentes daquela droga. Apesar disso, frequentemente os anorexígenos são erroneamente chamados de "anfetaminas". Os mais utilizados no Brasil são o fenproporex, a dietilpropiona e o mazindol. Nos Estados Unidos é largamente utilizada a fentermina, droga clinicamente semelhante ao fenproporex. É alarmante o abuso de anorexígenos em nosso país. Por outro lado, diversas pesquisas clínicas conduzidas em vários países atestam a eficácia destas substâncias, quando empregadas de forma criteriosa em tratamentos para emagrecer. As drogas serotoninérgicas, apesar de não possuírem como principal mecanismo de ação a redução do apetite, são por vezes incluídas neste grupo.
NOME DA SUBSTÂNCIA NOMES COMERCIAIS DIETILPROPIONA (ANFEPRAMONA) DUALID S, HIPOFAGIN, INIBEX, MODERINE, OBESIL. FENPROPOREX (PROPIONITRILO) DESOBESI-M, INOBESIN, LIPOMAX AP. MAZINDOL DASTEN, FAGOLIPO.
Ansiolítico. Medicamento tranqüilizante. São muito utilizados em fórmulas para emagrecimento, com o objetivo de anular os efeitos colaterais do tipo excitatório causados por inibidores do apetite e hormônios da tiróide. Diurético. Grupo de medicamentos utilizados com o objetivo de aumentar o volume urinário, em situações clínicas diversas, como na insuficiência cardíaca, na hipertensão arterial e em algumas doenças renais. No caso da obesidade, seu uso só produz resultados ilusórios, já que leva o paciente a apresentar uma maior velocidade de perda de peso na fase inicial do tratamento, que, no entanto, não corresponde a uma maior perda de gordura. Simplesmente o peso está sendo reduzido por uma eliminação de líquidos aumentada. Só deve, portanto, ser utilizado, naqueles casos em que haja uma real necessidade clínica de se tratar uma retenção excessiva de líquidos. Fibras. Nome genérico atribuído às partes não digeríveis dos alimentos. As preparações de fibras são produzidas a partir da parede celular dos vegetais. Quando utilizadas em doses terapêuticas, podem aumentar a saciedade e diminuir a absorção de calorias, com uma eliminação de calorias pelas fezes que pode chegar a quase 200 Kcal diárias. As mais utilizadas entre nós são o Glucomanan e o Goma Guar. Fitoterápicos. Produtos derivados da flora medicinal. Os fitoterápicos apresentam um ou mais princípios ativos (substâncias com efeito terapêutico) e outros componentes de naturezas diversas. Grande parte do conhecimento em fitoterapia é oriunda da medicina oriental, faltando estudos clínicos confiáveis que atestem sua eficácia. Fórmula. Preparação contendo mais de um medicamento em sua composição. São aviadas sob receita médica em farmácias de manipulação. Apresenta como principais vantagens a possibilidade de se utilizar uma dose não disponível entre os produtos já prontos e a facilidade de se poder ingerir em 1 só cápsula diversas substâncias diferentes. As desvantagens são um custo geralmente mais elevado e um controle de qualidade que nem sempre é suficientemente rigoroso, além da possibilidade de uma interação indesejável entre os componentes contidos em sua formulação. Fórmula Natural. Fórmula que só contém em sua composição produtos fitoterápicos, presumivelmente isenta de riscos. Mas deve-se ter muito cuidado com as fraudes. Em pesquisa realizada entre 1988 e 1993, em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz concluiu que uma boa parte delas é adulterada e pode expor seus consumidores a riscos de complicações graves. Após analisarem a composição química de 74 diferentes amostras de fórmulas que haviam sido compradas como sendo naturais, descobriu-se que metade delas continha inibidores do apetite e tranqüilizantes fortes. Não é só no Brasil que ocorre este tipo de fraude. Em setembro de 1995, morreram 7 alemães em consequência do uso de falsas fórmulas naturais. Uma delas era importada do Brasil e vendida com o nome de "Mãe Natureza". A outra chamava-se Herbamed e era fabricada por um médico belga. Hormônio de Crescimento. Mais freqüentemente chamado de GH (growth hormone). Produzido na hipófise, é muito importante também na vida adulta, já que a sua deficiência favorece a redução da massa muscular e o acúmulo de tecido adiposo, principalmente na região abdominal. Pesquisas clínicas já demonstraram que o uso terapêutico do GH em adultos com deficiência comprovada do hormônio pode aumentar a massa muscular e diminuir os depósitos abdominais de gordura. Ainda é, entretanto, um tratamento muito caro e de segurança não totalmente comprovada. Hormônios tiroideanos. O T3 (triiodotironina) é muito utilizado em fórmulas de emagrecimento com o objetivo de aumentar o gasto energético. Infelizmente é muito frequente seu uso em doses excessivas, que provocam uma doença chamada de hipertiroidismo factício. O paciente emagrece, então, às custas desta doença, com uma grande perda de massa muscular, que acarretará uma tendência aumentada à recuperação do peso perdido. Os sintomas mais frequentes do hipertiroidismo são nervosismo, aumento da frequência cardíaca, insônia e irritabilidade. Já foram registrados casos de óbito pelo uso de doses excessivas deste hormônio em fórmulas de emagrecimento. As doses empregadas não deveriam ultrapassar os 50 microgramas diários. Serotoninérgico. É o grupo de medicamentos que agem primordialmente através das vias serotoninérgicas cerebrais. As principais drogas serotoninérgicas atualmente disponíveis para o tratamento da obesidade e dos transtornos do comportamento alimentar são a fenfluramina, a fluoxetina e a sertralina. Termogênico. Medicamento que age principalmente pelo aumento do gasto energético que provoca no organismo. Apresentam também um efeito discreto de redução do apetite. A maior parte das drogas termogênicas age por vias noradrenérgicas e pode causar efeito colaterais como taquicardia, elevação da pressão arterial, insônia e tremores. Existem estudos clínicos controlados comprovando a eficácia de diversas drogas termogênicas no tratamento da obesidade. As mais utilizadas são a Cafeína, a Efedrina e a Fenilpropanolamina.
Exercícios
Iniciando
Se você vai iniciar agora um programa regular de atividades físicas deve tomar certos cuidados. Para os adultos com mais de 35 anos, recomenda-se sempre uma prova de esforço, de preferência em esteira mecânica. Abaixo desta idade, um exame médico de rotina já é suficiente.
Não tenha pressa em atingir seus objetivos. Exercícios físicos muito intensos podem prejudicar sua saúde de diversas maneiras. No caso dos exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, bicicleta e natação, deve-se calcular a frequência cardíaca máxima para que se evite uma sobrecarga excessiva durante a atividade. A fórmula mais utilizada para este tipo de cálculo é muito simples. Basta subtrair-se a idade de 220.
Frequência Cardíaca Máxima = 220 - Idade
Recomenda-se, em geral, uma frequência cardíaca em torno de 70% da máxima. Para atletas muito bem condicionados, a frequência pode chegar a 90% da máxima. Para iniciantes, pode-se começar com apenas 60%.
Por exemplo: um indivíduo de 38 anos, sedentário, que vai iniciar agora um programa de exercícios:
FCM = 220 - Idade = 220 -38 = 182
60% da FCM = 182 x 0,6 = aproximadamente 110 batimentos por minuto
Após algum tempo de atividades, já mais bem treinado, poderia passar a 70% da FCM:
70% da FCM = 182 x 0,7 = aproximadamente 128 batimentos por minuto
Um atleta bem treinado, com a mesma idade, poderia trabalhar a 90% da FCM:
80% da FCM = 182 x 0,9 = aproximadamente 163 batimentos por minuto
Para medir a frequência cardíaca, pode-se colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria radial, localizada no pulso, do lado do polegar. Ou então sobre a carótida, na região do pescoço próxima ao ângulo da mandíbula. Pode-se então contar as pulsações ao longo de um minuto inteiro, ou contar por 15 segundos e multiplicar por 4.
Os esportes e o emagrecimento
Para escolher o esporte ideal, lembre-se que ele deve ajudar na queima de gordura e também na manutenção ou aumento da musculatura. O gasto metabólico de qualquer pessoa é proporcional à sua massa muscular. Se alguém emagrece perdendo músculo, vai diminuir o gasto metabólico basal e tender a recuperar a gordura que foi eliminada. Caso o esporte escolhido não preencher estas 2 necessidades, uma ótima solução é associar 2 atividades diferentes - uma aeróbica, com longa duração e sem muita intensidade e outra que ajude mais no desenvolvimento muscular. Seria o caso, por exemplo, da associação caminhada + musculação, ou corrida + remo. Lembre-se, principalmente, de que qualquer que seja sua escolha, ela só surtirá os efeitos desejados se for adotada como um hábito de vida. É fundamental, portanto, que você sinta prazer no que está fazendo, para que não o esporte não acabe apenas como um sacrifício temporário.
A tabela abaixo vai ajudá-lo a entender o quanto cada esporte pode ajudá-lo no gasto energético e no desenvolvimento e preservação muscular. Os valores de gasto calórico por minuto de cada atividade física são calculados para uma pessoa de 70 kg. Quem pesar mais, gasta mais. É muito grande a variação de eficácia de uma atividade física, dependendo da forma como ela é praticada. Vamos tomar o exemplo da dança. O gasto calórico pode variar de 3,5 Kcal por minuto, para alguém praticando dança de salão até 12 Kcal por minuto, quando a atividade for um número de dança coreografada muito rápida e difícil. Também o efeito sobre a massa muscular será muito maior no segundo caso. O gasto calórico da corrida também é muito relativo, oscilando entre 9,5 e 20 Kcal por minuto, dependendo da velocidade. o corredor que praticar tiros de curtas distâncias poderá ter um ganho significativo de massa muscular, enquanto nos corredores de longa distância vai predominar o gasto calórico.
É muito comum vermos o gasto calórico de cada atividade ser expresso em Kcal por hora, mas o gasto por minuto nos ajuda mais sob o aspecto prático. O judô, por exemplo, produz um gasto de cerca de 12 Kcal/min, que, convertido para hora de atividade, chegaria a 720 Kcal. Um menino que tenha se matriculado em uma turma de iniciantes pode então deduzir que em cada aula que frequentar vai emagrecer mais do que em uma hora de natação, onde o gasto médio seria de 540 Kcal/hora. Acontece que em uma aula de judô os períodos de intervalo e orientação ocupam muito mais tempo, não permitindo que o ritmo da atividade se mantenha por 1 hora. Em alguns casos, a prática efetiva da atividade física pode ficar restrita a menos de 50% da aula, o que confunde muito a interpretação do gasto calórico horário. Observe o exemplo do golf. Se o praticante se mantivesse 1 hora inteira praticando tacadas, gastaria mais de 700 Kcal ao final de 2 horas de jogo, o que, na prática, não ocorre. O gasto costuma ficar em menos de 200 Kcal por hora.
ESPORTE GASTO CALÓRICO DA ATIVIDADE EM KCAL POR MINUTO (Calculado para uma pessoa de 70 kg) DESENVOLVIMENTO
OU PRESERVAÇÃO
MUSCULARBalé 8 ** Basquete 10 ** Boxe 11 *** Caminhada 5,5 * Capoeira 12 *** Ciclismo 6 * Corrida 10 * Dança de Salão 3,5 * Esqui aquático 11 *** Esqui na neve 7,5 * Futebol 9 * Ginástica aeróbica 6 * Ginástica olímpica 6 *** Golfe 3 * Handebol 10 ** Hidroginástica 6 * Jiu-jitsu 12 ** Judô 12 ** Mountain bike 12 ** Musculação 5 *** Natação 9 ** Remo 11 *** Squash 13 ** Surfe 8 *** Tênis 8 ** Vôlei 6 ** Windsurf 7 **
Riscos da Obesidade
Veja como seu peso e cintura podem estar prejudicando sua saúde.