Essa seção de hacker e muito perigosa cuidado as informações aqui contida, e execultada nao teremos qualquer responsabilidade e danos!!!!



Saiba quem é quem:

Lamer - é o principiante que se acha o máximo. Acabou de ganhar um micro e já quer invadir computadores;
Wannabe - é o principiante que aprendeu a usar alguns programas prontos para descobrir senhas ou invadir sistemas (recietas de bolo), entrou num provedor de fundo de quintal e já acha que vai conseguir entrar nos computadores da Nasa;
Larva - este já está quase se tornando um hacker. Já consegue desenvolver suas próprias técnicas de como invadir sistemas;
Hacker - tem conhecimentos reais de programação e de sistema soperacionais, principalmente o Unix, o mais usado dos servidores da Internet. Conhece todas as falhas de segurança dos sistemas e procura achar novas. Desenvolve suas próprias técnicas e desprezas as "receitas de bolo";
Cracker - é o hacker do mal, que invade sistemas, enfim afim de dar problemas à algo ou à alguém;
Phreaker - tem bons conhecimentos de telefonia e consegue inclusive fazer chamadas internacionais sem pagar, o que lhe premite desenvolver seus ataques a partir de um servidor de outro país;
Guru - o supra-sumo dos hackers.


Nem sempre o cara que zoa no bate papo é um hacker - O usuário aprende alguns comandos.. por aí e sai aprontando... Fique de olho... Quem é... não se mostra! E não perde tempo com coisas pequenas.





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Larva - este já está quase se tornando um hacker. Já consegue desenvolver suas próprias técnicas de como invadir sistemas;
Hacker - tem conhecimentos reais de programação e de sistema soperacionais, principalmente o Unix, o mais usado dos servidores da Internet. Conhece todas as falhas de segurança dos sistemas e procura achar novas. Desenvolve suas próprias técnicas e desprezas as "receitas de bolo";
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Phreaker - tem bons conhecimentos de telefonia e consegue inclusive fazer chamadas internacionais sem pagar, o que lhe premite desenvolver seus ataques a partir de um servidor de outro país;
Guru - o supra-sumo dos hackers.


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Como derrubar alguém da Internet

Um das maneiras de derrubar alguém na internet é utilizar o Winnuke95. Naverdade, Winnuke se aproveita de um erro na Dial-Up --------do Win95. Quando você conecta, deixa uma porta aberta de nbsession: porta -139. Eu posso derrubar quem eu quiser? Claro que não: você só pega --quem conectar por Dial-Up. Mesmo--- com Win95, caso a pessoa não conecte com Rede Dial-Up não adianta. Como identificar isso? ----Para isso você precisa do HackTek, que faz um rastreamento das portas. -----Para isso basta que você tenha um número IP. Exemplo: você coloca o IP do cara no Target (dentro do HackTek) e clica em Scan Ports escolhendo portas de 0 a 1000. O programa vai então identificar as portas abertas. Importante: só vai funcionar se a porta 139 estiver aberta. ----Nesse caso vai estar escrito nbsession. ----------Pronto, agora você confirmou que ele conecta com Rede Dial-Up e que não utiliza nenhuma proteção. ---Basta então abrir o Winnuke95 e derrubá-lo.


    Ligando a cobrar mais barato
 
    Para ligar a cobrar mais barato, você tem que adicionar um número que a soma dele com o último seja igual a 10
    Ex: A soma desses números tem que dar 10
 
    Como Ligar:        9 011 5584-0352 8
                                |     |           |          |
                                |     |           |          |
                                |     |           |          |
                                |     |           |          |
                                |     |           |          |> Número que tem que ser adicionado no fim
                                |     |           |
                                |     |           |
                                |     |           |> Número do telefone
                                |     |
                                |     |> DDD
                                |
                                |>Para ligar a cobrar
 

 


   INTRODUÇÃO

Na década de 80, o normal era não se possuir um modem, pois era um item dispendicioso e de utilidade muito restrita; a velocidade era de 300bps. Aparelhos de fax eram analógicos e raríssimos , a forma de comunicação “rápida” entre empresas era o Telex, que necessitava de uma linha especial (não se comunicavam através da linha telefônica), não permitiam acentuação, caracteres minúsculos, etc. A velocidade de transmissão era de 50bps (com apenas 5 bits por caracteres ao invés dos 8 empregados normalmente). Um modem atualmente pode transmitir 500 caracteres no mesmo tempo que um Telex necessitava para enviar um único caracter.
Em 1990 poucas empresas e “micreiros” (normalmente engenheiros e técnicos em eletrônica.. possuíam um modem. Nessa época os modems possuíam uma velocidade de 1.200 bps e alguns poucos previlegiados  possuíam modems de 2.400 bps. A instalação era difícil, qualquer ruído  na linha telefônica gerava caracteres aleatórios na tela. Agora, passados apenas seis anos, os modems pelo mesmo custo são acima de dez vezes mais velozes (14.400 e 28.800 bps e possuem compressão de dados), se tornaram mais seguros pois possuem os protocolos de correção de erros e não costumam apresentar defeitos tão freqüentemente, chegando a oferecer garantia total de até 5 anos, enviam e recebem fax, e com os programas mais modernos são de fácil instalação (plug and play), etc.
 
 

   ÍNDICE

  I. MODEMS
 
    [1.0] O que é e como funciona um modem?
    [1.1] Quais as diferenças entre bps, baud, cps, etc?

    [2.0] O que é CCITT?  E ITU-T?

    [3.0] O que são Protocolos?
    [3.1] O que são os protocolos de modulação?
    [3.1.1] Quais são os protocolos de modulação?
    [3.1.2] Qual a diferença entre os protocolos V.Fast, V.34 e V.FC?
    [3.2] O que e quais são os protocolos de correção de erros?
          - V.42 e MNP 2-4
    [3.3] O que e quais são os protocolos de compressão de dados?
          - V.42bis e MNP 5
          - Diferenças entre V.42bis e MNP5
    [3.4] O que são modems RPI e por que são mal vistos?
          - Softwares que são RPI-compatibles
    [3.5] O que são protocolos de transferência de arquivos?
    [3.5.1] Quais são os protocolos de transferência mais comuns?
          - Xmodem
          - Xmodem-CRC
          - Xmodem-1k
          - Ymodem
          - Ymodem-G
          - Zmodem
          - ZedZap
          - Protocolos Bidirecionais
          - ASCII
          - Kermit
    [3.5.2] Quais são os melhores  e  os  piores  protocolos  de  transferência de arquivos?

    [4.0] O que são comandos?  Como usá-los?
          - O que é padrão Hayes?
          - ATD
          - ATZ
          - +++
          - ATA
          - Como fazer uma conexão de modems durante uma ligação VOZ?
 

II. CONFIGURAÇÃO

    [1.0] Velocidade serial x Velocidade modem (diferenças entre  DTE  e DCE).
     - Por que não  existe  a  opção  de  velocidade “14400” no meu programa de comunicação?  Ela pula de 9600 para 19200...
     - O que tem o V.42 e V.42bis a ver com isso?

    [2.0] O que é 8N1 e 7E1?
          - Qual usar?

    [3.0] O que é flow control (RTS/CTS - Xon/Xoff)?
          - Qual configuração usar?

    [4.0] O que são portas de comunicação e como configurar meu modem?

    [5.0] O que são terminais de comunicação?
          - Como funciona o terminal ANSI?
          - Que outros terminais existem?
          - Qual usar?

    [6.0] O que colocar no item Dial String?
          - ATDP ou ATDT
 

III. ESPECIFICO SOFTWARE

    [1.0] Quais softwares de  operação remota de microcomputadores existem e quais as diferenças entre eles?
          - Lap Link 6.0 for Windows
          - PC Anywhere for Windows
          - Doorway 2.22 for DOS
          - Carbon Copy 6.0 for DOS

    [2.0] Video  Texto

    [3.0] O que é FOSSIL?

IV. ESPECIFICO HARDWARE
 
    [1.0] O que é um chip UART?
          - 8250
          - 16450
          - 16550 (Não “A”)
          - 16550A, 16550AF e 16550AFN
          - Onde está esse chip em meu micro?
          - Por que eu precisaria de um UART 16550?
          - E o que tem UART 16550 a ver com Windows?  E com o OS/2?

    [2.0] Qual é a configuração ideal para  modems  USR  Sportster  14.4 kbps?

    [3.0] Qual  é  a  configuração  ideal para modems USR Sportster 28.8 kbps?

    [4.0] Quais as diferenças  entre  o  USR  Sportster V.34 e o Courier V.34?

    [5.0] Qual é a configuração ideal para modems Zoltrix NON-RPI?

    [6.0] Existem  comandos  que  são  bons  de  se  usar  em   qualquer configuração?  Quais?

    [7.0] O que é Caller-ID?  O que é BINA?  O que relaciona ambos?

    [8.0] O que é resposta adaptativa?

    [9,0] Modem interno ou externo?

    [10.0] Por que não consigo conexões a 9600 bps com meu modem que diz ser 2400/9600 bps?
 

V. TENDÊNCIAS FUTURAS

   [1.0] WebTV
   [1.1] Como funciona?

   [2.0] Cable Modem

   [3.0] Network Computers

   [4.0] Modem Celular

   [5.0] O Modem de 56 kbps
   [5.1] Caminhos assimétricos
   [5.2] Problemas de controle de fluxo
   [5.3] Problemas de instalação
 
 
I. MODEMS

Essa parte apresenta os tópicos básicos  que  devem  ser  conhecidos sobre  como funcionam os modems e o jargão técnico que é usado nesse contexto.
Ela apresenta os seguintes temas:

    1.0  Funcionamento de um modem
    1.1  Conceitos de velocidade (bps, baud, cps)

    2.0  CCITT e ITU-T

    3.0  Protocolos
          3.1  Protocolos de modulação
          3.2  Protocolos de correção de erros
          3.3  Protocolos de compressão de dados
          3.4  Modems RPI
          3.5  Protocolos de transferência de arquivos

    4.0  Comandos Hayes
 
 
 I.[1.0] O que é e como funciona um modem?

Sabemos que um modem está ligado à linha telefônica e ao computador.  Sabemos também que ele serve para  fazer a comunicação entre o micro e um outro micro através  da  linha  telefônica.
Surge  então  a  questão,  por que um computador não pode transmitir dados diretamente pela linha telefônica para outro computador.  Para que é necessário o modem?
 
 - O telefone
Vejamos como funciona um telefone comum:
O microfone do bocal converte as ondas de som que vem de sua boca em sinais elétricos.  Do outro lado,  o  alto falante no fone de ouvido converte  novamente  esses  sinais  elétricos  em ondas sonoras.  Os sinais  elétricos  trafegam  pela   linha  telefônica  por  meio  de oscilações de voltagem, podendo assim representar as  ondas  sonoras em  sua  freqüencia e altura (amplitude).  Esses sinais são chamados de ANALOGICOS, pois são  uma  analogia  elétrica  do som de sua voz.  Pela linha telefônica somente este tipo de sinal pode trafegar.

- O computador e a porta serial
  Já o computador se comunica com seus periféricos por meio de bits  e bytes.   Um  bit  é  a  menor  unidade  computacional, e aceita dois valores, ZERO ou  UM.   Um  conjunto  de  oito  bits  forma um BYTE.  Através das portas  SERIAIS  (COMx,  normalmente usadas para mouses, modems) o micro se comunica bit a bit com o  periférico,  e  através das  portas  PARALELAS  (LPTx, normalmente usadas para impressoras), byte a byte.
Uma porta serial utiliza  sinais elétricos.  São voltagens positivas e negativas (normalmente +12V e  -12V)  para  representar o zero e o um.  Alternando as voltagens, ela pode se comunicar com  periféricos externos bit a bit.
Este  sinal  é  um sinal DIGITAL, com o qual o computador tem grande facilidade de trabalhar.

- Os modems
Os  modelos  de  modems  mais  antigos fazem o seguinte: Transformam essas voltagens positivas  e  negativas  que  vêm  do  micro em tons audíveis.   Uma  voltagem  negativa  (representando  um  bit  1)   é convertida  em  um  tom  de determinado pitch; uma voltagem positiva (representando um bit 0) em  um  tom  de  pitch um pouco mais baixo.  Esses sons são  transmitidos  pela  linha  telefônica da mesma forma como  a  voz.   O  modem  receptor  por  sua vez converte esses sons em sinais digitais e os tranfere para o micro, que os interpreta.
     Desse processo vem a palavra  MODEM,  que  é  a sigla de MOdulador / DEModulador.   Um  lado  modula  os  sinais   digitais   em   sinais analógicos,  enquanto  o outro lado demodula esses sinais analógicos novamente para sinais digitais.

  - A modulação
     Na verdade o termo MODULAÇAO  envolve  bem mais do que somente isso.  O uso de dois tons visto acima é chamado de modulação FSK.  Com ele, se tem o limite de 300 bits por segundo numa transmissão de dados.
     Modems atuais usam mais do  que  os  dois  “estados”  possíveis  (no exemplo  anterior,  cada  tom representa um “estado”).  Esses modems mais avançados podem combinar estados (como por exemplo a amplitude) com mudança de  estados  (por  exemplo  a  mudança  de fase) afim de representar grupos de dois, três, quatro ou mesmo mais bits.
 

I.[1.1] Quais as diferenças entre bps, baud, cps, etc?

     O BAUD é  uma  unidade  de  medida  representando  a  quantidade  de mudanças de fase por segundo que podem acontecer (por  exemplo  numa linha  telefônica).  As conexões de telefone atuais podem ser usadas de maneira confiável afim de transmitir  um sinal que muda de estado até 2400 vezes por segundo.  Tal conexão está operando a uma taxa de 2400 bauds.
     Mas com técnicas de modulação mais complexas, podemos não ter apenas dois estados, mas sim muitos estados.  Com oito estados  diferentes, podemos  usar  cada  estado  para  representar  um  dos  oito grupos possíveis de três bits (000,  001,  010,  011, 100, 101, 110 e 111).  Dessa forma, em uma taxa de sinalização de 1600 bauds (por exemplo), é possível transmitir 4800 bits  por  segundo  (bps).   Modems  mais rápidos  e  mais  comuns  hoje  em  dia  usam  64 estados, que podem representar  todos  os  valores  possíveis de um grupo de seis bits.  Assim, a 2400  bauds,  podem  ser  transferidos  até  14400 bits por segundo (2400 bauds x 6 bits = 14400 bps).
     A diferença entre BAUD e BPS se torna evidente.  BAUD é a unidade de um valor que alcança no máximo algo  em  torno  de  3000  em  linhas telefônicas comuns no Brasil.  BPS (bits por segundo) é a velocidade real do modem  nessa  linha  telefônica,  sendo  que  os modems mais velozes hoje em  dia  podem  transmitir  até  28800  bps  (bits  por segundo).  Mas para conseguir esses 28800 bps, é necessária uma taxa de sinalização de aproximadamente 3200  bauds.   Como este é quase o topo máximo que nossas  linhas  telefônicas alcançam, é possível que mesmo tendo um modem 28800 bps não se alcance essa  velocidade,  mas sim alguma velocidade inferior (26400 bps, 24000 bps ou 21600 bps).
     O  último  termo  que  ainda não foi abordado é o de CPS.  Significa “caracteres  por  segundo” e poderia ser chamado também de “byte por segundo”.  Esse último termo não  é  muito usado, pois a sigla deste seria igualmente BPS, confundindo ela com o “bit por segundo”.
     Um byte  possui  normalmente  8  bits.   Em  transmissões pela porta serial, são necessários dois bits adicionais, o START e o STOP  bit, totalizando  10  bits.   Assim  sendo, numa conexão a 14400 bits por segundo,  são  transmitidos  1440   cps  (caracteres  por  segundo).  Veremos mais adiante porque esse valor normalmente é ainda maior.
     1440 caracteres por segundo é uma velocidade bastante  considerável.  Uma  pessoa com dotes de digitação médios consegue digitar no máximo a uns 10 caracteres por segundo, quando muito.
    Essa taxa é comumente apresentada em telas de DOWNLOAD e UPLOADS  de programas  de  comunicação,  informando  assim  quantos  BYTES estão chegando ou saindo por segundo.
 

I.[2.0] O que é CCITT?  E ITU-T?

     Vimos que em modems de alta  velocidade (como são chamados os modems a partir com velocidades de  9600  bps  e  acima)  em  um  baud  são modulados  mais  de  um  bit.   Agora  a  forma  como esses bits são modulados,  precisou  de  alguma  forma  ser  padronizado.   Se  não houvesse essa padronização, um  modem  não  entenderia o que o outro estivesse falando, ou seja, um não consegueria demodular o que outro modulou.
     Quem fez grande parte dessa padronização foi um orgão chamado CCITT, sigla   para   Comite   Consultivo  Internacional  de  Telegrafia  e Telefonia.   Este  comite  definiu  uma  séria  de  padrões  para  a telecomunicação, que são os padrões  chamados  de  V.xx, onde xx é o número da padronização.
     Desde o começo do ano  de  1994  o  CCITT  não existe mais.  Ele foi substituido ITU-T (International Telephone Union - Setor pra padrões na telefonia), órgão  pertencente  à  ONU  (Organização  das  Nações Unidas).
     As atividades da ITU incluem a regularização, padronização,  coordenação  e  desenvolvimento da telecomunicação internacional.  A ITU é basicamente organizada em  3  setores  que  refletem suas atividades principais (Padronização, Radiocomunicação  e  Desenvolvimento).   O que  importa  para  usuários  de modems é o Setor de Padronização da Telecomunicação (ITU-T).  Essa agência cria entre outros as recomendações de padrões para a comunicação de dados.
     Com essa padronização, que tem  âmbito e validade MUNDIAL, os modems fabricados  pelos  mais  diversos  fabricantes  passam  a  poder  se comunicar entre si sem maiores dificuldades, já que “falam” a  mesma “língua”.
     Existem  ainda  outros  padrões  que  não foram definidos pela CCITT (hoje  ITU-T).   São  por exemplo os padrões Bell, definidos por uma companhia telefônica  americana  (Bell),  ou  o  protocolo HST (High Speed Technology) criado pela USRobotics (nesse caso, só pode  haver conexão  de  um  modem com esse protocolo com outro que também tenha esse protocolo, no caso, um outro USRobotics HST).  Esses protocolos não têm validade mundial, e portanto não são encontrados em todos os modems.  São os chamados protocolos proprietários.
     Além desses protocolos  que  definem  a  modulação  para as diversas velocidades,  existem  outros  tipos  de  protocolos  da  ITU-T  que interessam  ao  universo  dos  modems, conforme veremos mais adiante (I.[3.2] e I.[3.3]).
     Outros protocolos que não são  padrões  mundiais (da ITU-T), mas sim proprietários  (criados  por  uma  determinada  empresa)   eram   os protocolos MNP.  Mas esses protocolos entraram em domínio público (a especificação do protocolo se tornou propriedade pública) e hoje são encontrados na maioria dos modems de alta velocidade.
 

I.[3.0] O que são Protocolos?

     Hoje  em  dia  os  modems  não  só  são  mais rápido como também são repletos de novos aspectos, como  controle  de erros e compressão de dados.  De repente, você é confrontado com todas essas siglas: V.32, V.32bis, V.42, V.42bis, MNP5, LAP-M, etc.  O que cada uma significa?  O que que cada uma significa para você?
     Para tirar o máximo de proveito de um modem de alta velocidade  você precisa   entender  três  diferentes  tipos  de  protocolos  e  suas relações.  São eles:
    - Protocolos de modulação
    - Protocolos de controle e correção de erros
    - Protocolos de compressão de dados
 

I.[3.1] O que são os protocolos de modulação?

     As  técnicas  específicas  para  modular  os bits digitais em sinais analógicos são  chamadas  de  protocolos  de  modulação.   Os vários protocolos de modulação definem o método exato dessa codificação e a velocidade da transferência resultante.  Na realidade, você não pode ter  um  modem  sem  protocolo  de  modulação.  Um modem normalmente suporta mais de um protocolo de modulação.
     A  velocidade  crua  (sem  compressão   de  dados)  de  um  modem  é determinada pelo protocolo de modulação.   Este  é  negociado  entre dois  modems  na  hora  da  conexão  por  envio e recepção de sinais característicos  (os  famosos “beeeb-bbeebeebe-beebe” que se ouve na hora da conexão).  Modems de alta velocidade são modems que suportam protocolos de modulação de 9600 bps ou acima (bps é a abreviatura de “bits por segundo”, ou seja, quantos bits podem ser transferidos por segundo.
 

I.[3.1.1] Quais são os protocolos de modulação?
 
- até 2400 bps
     Um  modem  de 2400 bps compatível com o Hayes normalmente suporta os seguintes protocolos de modulação:
        Bell 103               (padrão americano para 300 bps)
        Bell 212A             (padrão americano para 1200 bps)
        ITU-T V.22          (padrão mundial para 1200 bps)
        ITU-T V.22bis     (padrão mundial para 2400 bps)

    Alguns modems de 2400 bps também suportam os seguintes protocolos:
        ITU-T V.21          (padrão mundial para 300 bps)
        ITU-T V.23          (padrão europeu para 1200/75  e  75/1200  bps.
                                     Esse  padrão  é  usado também pelo sistema de Video Texto no Brasil)

   - acima de 2400 bps
     Existem  hoje  três protocolos de modulação que são padrões mundiais para modems de  alta  velocidade:  V.32,  V.32bis  e  V.34.  Os dois primeiros foram estabelecidos pela antiga CCITT e o último  já  pela ITU-T.

   - V.32
     Esse  é  o  padrão  para  modems de 9600 bps (e 4800 bps).  V.32 foi adotado como padrão pela CCITT  em  1984.   Mas o mercado para esses modems demorou um pouco para crescer.  Um modem  com  V.32  custava por  volta  de  US$ 2000 no ano de 1988.  Atualmente modems até esse protocolo  (que  não   tenham   nenhum  protocolo  para  velocidades superiores) estão praticamente obsoletos e não  existem  em  grandes quantidades   no   mercado.   Nessa  época  surgiram  alguns  outros protocolos que não eram padrão  mundial, mas proprietários de certas empresas fabricantes de modems, como  a  USRobotics,  a  Telebit,  a Hayes  e  CompuCom,  que  criaram  os  modems  com  o  chamado “dual standard” (padrão duplo) que suportavam  tanto  o V.32 e seu próprio padrão.

   - V.32bis
     V.32bis, estabelecido no começo de 1991 é o  padrão  da  ITU-T  para modems  a  14400 bps.  Um modem com V.32bis possui também capacidade de conectar a velocidades menores (“fall back”): 12000, 9600, 7200 e 4800 bps.  No V.32bis está incluso o V.32.
     Diferente  da  época  dos modems de 2400 bps onde um só protocolo de modulação (V.22bis)  era  suportado  por  todos  os  fabricantes  de modems,  na época do V.32bis surgiram vários protocolos de modulação proprietários (não aprovados pela  ITU-T) criados por fabricantes de modems.  Os melhores exemplos são os protocolos HST da USRobotics  e o PEP da Telebit.

  - V.34
    Atualmente o protocolo de modulação mais veloz para modems.  Suporta conexões  de  até  28800  bps,  com  um “fall back” inteligente para velocidades inferiores, caso a linha não tenha condições de agüentar a alta velocidade de  28800  bps:  26400,  24000, 21600 e 19200 bps.  Possui  um  método  de  negociação  inteligente,  que  se  adapta  à qualidade e condição da linha telefônica.
 

I.[3.1.2] Qual a diferença entre os protocolos V.FAST, V.34 e V.FC?

- V.FAST
     V.FAST foi o “codinome” dado ao protocolo para  comunicação  a  28.8 kbps (kbps significa kilobits por segundo) antes dele ser discutido e aprovado pela ITU-T.   Ou  seja,  até  junho  de 1994 falava-se do protocolo V.FAST, em desenvolvimento, até aparecer o nome definitivo para o mesmo, que seria V.34.  Ou seja, um é nome  do  protocolo  na fase  de desenvolvimento, não ainda o nome oficial.  Muitos chamaram o V.FAST também de  V.LAST,  pois  diziam  que as linhas telefônicas comuns não agüentariam mais  que  isso,  por  isso  seria  o  último (=LAST) dessa geração.

   - V.FC
     Existe ainda o V.FC, protocolo que o fabricante de chips para modems Rockwell criou antes do V.34 ser  regularizado  pela  ITU-T.   É  um protocolo   proprietário  (não  é  padrão  mundial  da  ITU-T)  para comunicação a 28.8 kbps e  que  teve muitos seguidores.  Era a época de desenvolvimento do V.34 (final de 1993) e a Rockwell achou que  a outorgação  do  mesmo  estava  demorando  muito.  Até a USRobotics a seguiu e o implementou em seus modems.

   - Desenvolvimento até o V.34
     Até setembro de 1994 o padrão para  28.8  kbps  era  praticamente  o V.FC,  pois  o  V.34  ainda  não  estava totalmente regularizado (já estava aprovado  pela  ITU-T,  mas  ainda  devia  ser aprovado pelos países membros da ITU por votação).  Muitos fabricantes de modems de 28.8 kbps com  o  V.FC  prometeram  um  upgrade (atualização) para o padrão V.34 quando este estivesse  regularizado.   Alguns  exigiriam troca de hardware, outros upgrade via software.
     Assim em setembro de 1994  o  padrão V.34 foi finalmente aprovado em definitivo, e começou a ser fabricado e usado mundialmente.
     Hoje  em  dia um modem 28.8 kbps que não tenha o protocolo V.34 está praticamente obsoleto.  Existem modems com os dois protocolos V.34 e V.FC (caso do  USR  Courier  28.8  kbps  dual  standart), mas o V.FC certamente cairá em desuso.
 

I.[3.2] O que e quais são os protocolos de correção de erros?
              (V.42 e MNP 2-4)

Em transmissões a altas velocidades, não  é  raro  que  as  chamadas “sujeiras  na linha” atrapalhem aconexão.  Essas sujeiras nada mais são do que conexões telefônicas “sujas”,  que evitam que o mesmo som que um modem produziu seja recebido pelo outro, ou  seja,  quando  o lado  que  recebe for demodular o que chegou, não será o que o outro lado transmitiu,  o  que  é  demonstrado  na  conexão  com a chamada “sujeira na tela”.  Em modems de baixa  velocidade  a  tolerância para  sujeiras  é  maior,  mas  em alta velocidade, é necessária uma precisão muito maior para resultados adequados.
E é  por  isso  que  foram  desenvolvidos  protocolos  que cuidam de monitorar a transferência de dados e que conseguem filtrar fora essa sujeira, que se manifesta na conexão com  caracteres  aleatórios  na tela.
Os  protocolos  V.42  e MNP 2-4 cuidam da linha telefônica filtrando essas sujeiras.  Quando dois  modems estabelecerem conexão usando um protocolo  de  correção  de  erros,  a  conexão  se  dará  de  forma totalmente limpa, sem erros na tela.  Note que a  sujeira  na  linha continua presente, só que não transparece na conexão (na tela).
O processo de filtro  usado  pelo  V.42  e  MNP  2-4 é um esquema de correção de erros baseado em algoritmos sofisticados  para  garantir que  os dados que chegam são os mesmos que foram enviados pelo outro lado.  Caso os dados não  correspondam,  o bloco é reenviado.  É por isso  que algumas vezes a conexão a altas velocidades é interrompida brevemente: É a correção de erros em ação.
O protocolo V.42 utiliza o LAP-M (Link Access Procedure for  Modems) como  esquema  primário  de  correção de erros e inclui o MNP 4 como esquema secundário.  Um modem com V.42 automaticamente possui MNP 4, e é capaz de conectar com um modem dos dois tipos.
É  portanto altamente recomendado deixar a correção de erros ativada durante  uma  conexão.
 

I.[3.3] O que e quais são os protocolos de compressão de dados?

   - V.42bis e MNP5
     Estes protocolos permitem uma compactação de dados antes do envio, e a descompactação do outro lado, tudo “on-the-fly”, ou seja, ao mesmo tempo em que está sendo enviado.
     A utilização ou não desses protocolos é negociado na hora da conexão e estes permanecem válidos até a posterior desconexão.
     Com o protocolo V.42bis pode-se  atingir  uma compactação de até 4:1 (4 para 1) se  o  arquivo  transmitido  for  altamente  compactável.  Neste caso, a taxa de transferência em modems 14400 bps passaria dos normais  1440  cps  para  até  5760 cps.
     Como  arquivos  altamemte  compactáveis  entendem-se arquivos-texto, planilhas, executáveis (não compactados), bancos de dados, etc.

   - Diferenças entre V.42bis e MNP5
     Mas  o  que acontece quando se transmite algum arquivo que já esteja compactado?  Um protocolo que tem que atuar “on-the-fly” logicamente não conseguirá comprimir este arquivo mais ainda.  Aí está a  grande diferença  entre  MNP5  e  V.42bis: No MNP5, ele não percebe nada, e tenta compactar mesmo assim, fazendo com que a transmissão seja mais lenta do que o normal.  Com  o  V.42bis, ele percebe que os dados já estão compactados, e se auto-desativa.  Com isso não se  perde  nada em performance.

I.[3.4] O que são modems RPI e por que são mal vistos?

     Normalmente os protocolos  V.42  e  V.42bis  (correção  de  erros  e compressão  de  dados)  são  implementados  via HARDWARE, ou seja, o próprio modem se encarrega disso.
     Mas existem certas marcas de modems onde isso não é o caso.   Quando você compra esse tipo de modem, pode pensar que ele possue o V.42  e o V.42bis, o que normalmente é informado na caixa, mas não repara no escrito “RPI MODEM”, “RPI COMPILANT” ou algo parecido.
     RPI  é  a  sigla  de  “Rockwell  Protocol  Interface”  e basicamente significa  que  o modem depende de que a correção e compressão sejam feitos por algum software padrão RPI.
     Esses modems normalmente vem  com  os seus softwares de comunicação, que são justamente padrão RPI e que  são  capazes  de  ativar  esses protocolos e os usar.  Mas  assim  que se deseje utilizar outro tipo de programa de comunicação, não mais  se  pode  utilizar  o  V.42  e V.42bis do modem, pois a maioria deles não traz suporte para RPI.
     A diferença básica de um modem RPI para um não-RPI reside no fato de ONDE o software dos protocolos V.42 e V.42bis  são  executados.   No caso  dos  modems  não-RPI, isto é feito pelo próprio modem, no caso dos modems RPI, isso deve ser feito pela CPU do computador.
     Assim, além da  desvantagem  de  falta  de programas de comunicação, tem-se ainda o fato de estar se gastando ciclos do processamento  do micro para a correção de erros, o que pode ser fatal em  plataformas de multi-tasking.

 
I.[3.5] O que são protocolos de transferência de arquivos?

     Os modems que se comunicam entre  sí podem apenas passar BYTES de um lado  para  o  outro.  Eles não têm noção sobre arquivos, etc.  Para que se possa transferir um  arquivo, você deve utilizar um protocolo de transferência de arquivos.
     Um  protocolo desse tipo é o que define como os bytes serão enviados e interpretados pelo outro lado  para formarem um arquivo exatamente do mesmo tamanho e conteúdo do existente no lado que o enviou.
     Um protocolo de transferência define a quantidade de bytes que serão enviados em cada BLOCO,  como  serão  tratados erros de transmissão, como um erro é detectado e como o mesmo é corrigido,  como  um  lado fica  sabendo  o  nome  do  arquivo  que  está sendo enviado, como é informada a conclusão  da  transferência,  quantidade  de arquivos a serem transmitidos, etc.
     Um BLOCO é uma sucessão de bytes que são  transmitidos  sem  pausas.  Os blocos de transferência em protocolos de transmissão podem variar de 96 a 8192 bytes (8 kb).  A cada final de bloco são enviados bytes de controle, que podem servir simplesmente para delimitar os blocos, como também para controle e correção de erro.
     Existem muitos protocolos de transferência de arquivos à disposição, alguns são mais rápidos, outros mais  confiáveis,  alguns  com  mais recursos, outros com menos.  O que importa é que para se utilizar um protocolo  de  transferência de arquivos, da mesma forma que para os protocolos de modulação,  ambos  os  lados  precisam  ter este mesmo protocolo à disposição.
 

I.[3.5.1] Quais protocolos de transferência existem?

     Os protocolos mais comuns  que  são  apresentados  em  programas  de comunicação  são os famosos: Xmodem, Ymodem e Zmodem.  Existem ainda outros, que veremos mais tarde nessa mesma sessão.

   - Xmodem
     O  protocolo  Xmodem  original  foi  desenvolvido  em  1977  por  um programador chamado Ward Christensen.  Através dele, os arquivos são transmitidos em blocos de 128  bytes,  aos quais sempre é adicionado um byte de controle para verificação de  erros.   Esse  byte  extra, chamado  de SOMA DE VERIFICAÇAO, é composto pelos oito bits de ordem inferior da soma dos 128  bytes.   Assim o software receptor calcula igualmente essa soma dos bytes que chegaram e compara com a soma  da verificação.   Se  a  soma  for  outra,  o  receptor  requesita  uma retransmissão do bloco.

   - Xmodem-CRC
     O protocolo  Xmodem-CRC  substituiu  a  verificação  de  soma por um esquema  chamado  de  verificação de redundância cíclica (CRC).  Ela tem a mesma finalidade que a  soma  de  verificação,  porém  é  mais confiável.

   - Xmodem-1k
     Com os modems de alta velocidade, os blocos de 128 bytes se tornaram muito pequenos.  Com isso surgiu o protocolo Xmodem usando blocos de 1024 bytes (1 kbyte).
     Algumas  vezes,  o  Xmodem-1k  é  também chamado de Ymodem.  No caso disso ocorrer, o Ymodem real é chamado de Ymodem-Batch.

   - Ymodem
     Basicamente  ele é a mesma coisa que o protocolo Xmodem, com algumas diferenças: Se a  houver  muita  sujeira  na  linha,  ele é capaz de comutar automaticamente de blocos de 1024 para blocos de 128  bytes.  Em  blocos  menores,  é  menos  provável  que  ocorra algum erro e a verificação é mais efetiva.
     Além disso, os protocolos Ymodem  utilizam  um  bloco  de  cabeçalho especial no início  da  transferência,  contendo  o nome do arquivo, simplificando a tarefa da transferência de arquivos em forma BATCH.
     Tranferência  batch  significa  nada mais do que transferir diversos arquivos um  atrás  do  outro,  numa  mesma  sessão  do protocolo de transferência.
     Muitas vezes o Ymodem é também chamado de Ymodem-Batch.

   - Ymodem-G
     Variante do Ymodem que simplesmente não realiza correção de erros na transmissão dos arquivos.  Ele confia  na  qualidade  da  linha,  ou então  ele confia na correção de erros do seu modem, transmitindo os dados  seqüencialmente  sem  parar.   Quando  ocorrer  um  erro  ele imediatamente aborta a operação.

   - Zmodem
     É  o  protocolo  mais  usado  atualmente.   Apresenta basicamente os recursos do Ymodem-Batch, com uma performance maior ainda, blocos de 1024 bytes, transferência batch,  e  além  disso  o recursos de CRASH RECOVERY, que possibilita que transferências abortadas no meio possam ser prosseguidas mais tarde, a partir  do local onde se parou da vez anterior.
     Até os programas  de  comunicação  mais  simples devem suportar esse protocolo, pois é o mais normal de se usar.

   - ZedZap
     O  mesmo protocolo Zmodem, com a diferença deste usar blocos de 8192 bytes ao invés dos habituais 1024.
     Ele não está disponível em  todos  os programas de comunicação.  Ele se encontra por exemplo no Terminate.

- Protocolos Bidirecionais
     Os protocolos abordados até agora só servem para transmitir  em  UMA direção.   Acontece  que numa conexão normal de modems, existem DOIS canais  de transferência, como visto na figura da sessão [1.0].  Numa transferência  unilateral,  um  dos  canais  fica  sem uso ou é usado somente  para  efeito  de  correção  de  erros.   Por  isso surgiram protocolos BIDIRECIONAIS, que são  capazes  de  transmitir  arquivos para ambos os lados ao mesmo tempo, sem perda de performance.
     Exemplos  são  o HSLINK, Bimodem e o Hydracomm.

   - ASCII
     O  protocolo  ASCII  é  um  protocolo de transferência em 7 bits que fazem os 128 primeiros  caracteres  da tabela ASCII.  Esse protocolo não possui controle e correção de  erros  e  usa  o  XON/XOFF  (veja depois) para  controle  de  transmissão.   Assim  sendo,  o XON/XOFF precisa estar ligado neste caso.  Quando o computador que receber os dados  precisa  parar  a  transmissão  temporariamente, ele envia um CTRL-S (ASCII #17) para  parar  o  envio.  Quando ele estiver pronto para voltar a receber  dados,  envia  um  CTRL-Q  (ASCII  #19)  para continuar a transmissão.
     Esse protocolo não deve ser usado praticamente nunca, só para enviar ou receber rapidamente textos que aparecerem no terminal.

   - Kermit
     Kermit  é um protocolo que é usado extensivamente na Internet.  É um protocolo um tanto antigo, que possui uma vasta gama de  opções  mas que normalmente não tem boa performance.
     Ele  usa tamanhos de pacotes variáveis, com um máximo de 1024 bytes.
     Como o Ymodem, traz suporte para transferências batch.
 

I.[3.5.2] Quais são os melhores  e os piores protocolos de transferência de arquivos?

     Em casos normais você deve usar o protocolo Zmodem.  Ele é  adequado tanto para modems de alta velocidade quanto para modems sem correção de erros.
     Mas  é um fato que o Ymodem-G é mais rápido que o Zmodem normal.  Só deve ser usado se seu modem  faz correção de erros.  Veja porque ele é mais rápido:
     O Zmodem manda blocos de 1024  bytes por vez.  Após mandar um bloco, ele ainda precisa fazer a comparação com o  CRC  do  bloco  que  foi enviado com o que chegou.  Com isso, além  do  bloco  em  si,  estão sendo mandados bytes de frames (que indicam o começo e fim do bloco) e blocos CRCs para correção de erros.
     O  Ymodem-G  não  faz  correção  de erros.  Por isso ele não precisa mandar os blocos CRC após  cada  bloco, o tornando ligeiramente mais rápido.
Se  o  seu  modem  possuir  correção  de erros, você pode utilizar o Ymodem-G para maior velocidade (a  diferença é mínima).  O que então ocorre é que falta o recurso utilíssimo de  crash  recovery  a  ele.  Assim  sendo,  se  uma transmissão com o Ymodem-G for abortada, para continuar da posição onde se parou, deve-se utilizar o Zmodem.
Uma outra opção é o ZedZap.  Enviando blocos de 8192 bytes  de  cada vez, os frames e correção de erros são feitos para os blocos como um todo,  assim são menos dados adicionais que precisam ser enviados na transferência de um arquivo.  Acontece que se ocorrer alguma falha na transmissão de um  bloco,  mesmo  que  já  tenham chegado 8000 bytes corretos,  o  bloco  inteiro  precisa  ser  remandado,  tornando   a transferência ainda mais demorada do que com o Zmodem (onde no máximo 1024  bytes  precisam ser reenviados).  Se um modem possuir correção de  erros  e  ambos  os  lados  tiverem  o ZedZap à disposição, este protocolo pode ser o  indicado.   Para  modems SEM correção de erros (os de 2400 bps, por exemplo), nunca se deve  tentar  utilizar  esse protocolo.
Resumindo, os protocolos que  devem  ter  chances  de  serem  usados atualmente  são  o  Zmodem,  ZedZap  (Zmodem 8Kb) e o Ymodem-G.
Se você possuir um modem com correção de erros confiável (você NUNCA vê sujeira  na  tela),  use  o  protocolo  ZedZap  se  necessitar de velocidade e do recurso de crash recovery ou o protocolo Ymodem-G se necessitar de velocidade e não de crash recovery.
 

I.[4.0] O que são comandos?  Como usá-los?

     Para você se comunicar com o modem e dar-lhe instruções,  você  deve usar  os  chamados  COMANDOS AT.  Comandos são certas instruções que podem ser passados para o modem.  Ele os interpretará  retornando  a informação requisitada, ou a  confirmação  de correto recebimento do comando ou de erro na sintaxe do mesmo (“OK” ou “ERROR”).
 
- O que é padrão Hayes?
     Os comandos que podem ser usados  nos  modems variam de acordo com o modelo e fabricante, mas normalmente seguem o chamado PADRAO  HAYES.  Hayes é uma empresa fabricante de modems que se tornou conhecida por ter modelos de modems que chegaram como pioneiros no grande mercado, os  modems  Hayes  Smartmodem  1200 e 2400.  Nestes usavam-se certos comandos, e eles se  tornaram  quase  que  um  padrão para os modems futuros que viriam.

   - Como enviar comandos ao modem?
     Os  comandos  podem ser enviados ao modem, através de um programa de comunicação, de um modo manual  ou  transparente ao usuário (sem que ele precise digitá-los).
     No  primeiro  caso,  para  enviar comandos manualmente para o modem, deve-se estar em algum meio onde se esteja em direta comunicação com ele.   É  o  caso  dos   TERMINAIS  dos  programas  de  comunicação.  Normalmente são  telas  vazias,  com  o  cursor  piscando  no  canto superior  esquerdo.   Qualquer  coisa  digitada  ali  será enviada e interpretada diretamente  pelo  modem.   Experimente  digitar “AT” + <ENTER>.  O modem deve responder “OK”, se ele  estiver  preparado  e operante.
     No  segundo  caso,  os  comandos  são  enviados  através  de  opções existentes  no  programa de comunicação, como por exemplo através da init string, dial string, etc.
     Normalmente  programas  de  comunicação  oferecem  uma  configuração chamada  INIT  STRING (= seqüência de inicialização).  Ali devem ser colocados comandos que devem ser enviados  ao  modem  assim  que  se entrar no programa de comunicação, é uma forma de configurar o modem e prepará-lo para as conexões subseqüentes.
     Outras  configurações  de programas de comunicação que fazem uso dos comandos do modem  normalmente  são  o  DIAL  STRING (= comando para discagem) e HANGUP STRING (= comando para desconectar o modem de uma ligação).

   - Quais são os comandos mais comuns?
     “AT”  é  o  principal  comando   que   deve  ser  enviado  ao  modem praticamente sempre antes de um outro comando.  Serve para chamar  a atenção  do  modem,  informando-o  que  o  que  vem  a  seguir é uma seqüência de comandos que ele deve interpretar.
     Os manuais dos  modems  normalmente  trazem  uma  lista dos comandos possíveis para este determinado modelo.  Alguns comandos se tornaram padrão entre todos os modems, como:
     “ATD” - Para tirar o  modem  “do  gancho” e mandá-lo discar o número
            que vier a seguir.  Ex: “ATD884-2446”.  Veja também a sessão II.[6.0] para maiores detalhes neste comando.
     “ATZ” - Carrega a  configuração  previamente  salva  na  memória  do modem.
     “+++” - Quando você estiver  conectado  em  algum  lugar, não poderá enviar  comandos  ao  modem.   Caracteres  digitados   serão somente enviados ao outro  lado  da  conexão.   Para  enviar comandos  ao  modem  enquanto  conectado, deve-se esperar um segundo  depois do envio/recebimento do último byte, digitar “+++” e aguardar mais um  tempo.  O modem deve responder com “OK” e você estará no modo de comandos.  Para depois  voltar à conexão usa-se o “ATO”.  O problema aqui é quando isso não funciona corretamente.   Neste  caso  tenha  certeza que de, quando você enviou o “+++”, não só o SEU modem  foi  para  o modo de comandos, mas também o modem do outro lado, pois ele interpretou  o  “+++”  da  mesma  forma.   Para  contornar o problema,  a  maioria  dos  modems  possibilita  a  troca do caracter de “+” por um outro para simbolizar essa “seqüência de escape” (como é conhecida essa seqüência “+++”).
     “ATA” - Tira o telefone do gancho e atende a chamada.  Assim, quando alguém ligar e o modem  reconhecer  os  toques  no  telefone imprimindo  a string “RING” em seu terminal, digitando “ATA” seguido de <ENTER> o modem atenderá a chamada a inicializará o procedimento de conexão com o outro modem.

   - Como fazer uma conexão de modems durante uma ligação VOZ?
     Digamos que você ligou para  alguém  e está conversando com a pessoa pelo telefone normal.  Resolvem então efetuar uma conexão  entre  os dois modems, mas sem perder esta conexão.  Como fazer?
           É bem simples, exige só um pouco de sincronismo:
 
    - Uma ponta dá um “ATA<ENTER>” e desliga o telefone.
    - A outra ponta dá um “ATX3D<ENTER>” e igualmente desliga o fone.

     Assim que você  digitar  “ATA<ENTER>”,  o  modem  já terá assumido a conexão, e você pode desligar o  telefone  imediatamente.   O  mesmo vale  para  o  “ATX3D<ENTER>”.   O  ideal é ambos digitarem antes os comandos “ATA” e “ATX3D” e  fazer em uma contagem regressiva para que ambos digitem o <ENTER> aproximadamente ao mesmo tempo.
 
 
 
 
 

                            II. CONFIGURAÇÃO
 

                   Quando você precisa  acertar  as  configurações  de  seu programa de comunicação,  podem  surgir  algumas  dúvidas  para  alguns   itens, justamente  pelo  desconhecimento  dos  significados  de cada opção.
    1.0  Velocidade serial x Velocidade modem (DTE x DCE)
    2.0  8N1, 7E1, etc
    3.0  Flow control (RTS/CTS - Xon/Xoff)
    4.0  Portas de comunicação
    5.0  Terminais de comunicação
    6.0  Dial String
 
 

II.[1.0] Velocidade serial x  Velocidade  modem  (diferenças entre DTE e DCE).

    Uma opção na configuração do software de comunicação certamente  diz algo  a  respeito  de  velocidade.   Normalmente  faz  referência  a Velocidade  Serial,  Baud  Rate,  Speed, etc.  Um item relacionado a isso é a opção Lock  Port  Speed ou simplesmente Lock Port.  Veremos aqui como deve ser setada cada opção.
    Antes de mais nada,  vejamos algumas definições.  Devemos distingüir dois tipos de  velocidades  presentes  em  uma  conexão  entre  dois modems.
    1) Velocidade entre o SEU computador com  o  SEU  modem,  essa  é  a chamada  velocidade DTE (Data Terminal Equipment), e na verdade é a velocidade de sua porta serial.
    2) Velocidade entre o SEU modem e o modem onde você está conectando, sendo  esta  velocidade   chamada   de  DCE  (Data  Communication Equipment).  Esta é a velocidade efetiva que  ocorre  pela  linha telefônica.
O que aparece quando dois modems se conectam (CONNECT xxxx) é a taxa DCE, que os modems negociaram (nos piipipiii’s) para ser o protocolo de modulação desta conexão.
    Já o que você ajusta no seu programa de comunicação NÃO é essa taxa, já que ela é negociada  pelos  modems  na  hora  da conexão, e não é possível evitar que eles  o  façam  (a  menos  que  você  diga  isso expressamente para seu modem).  O que você ajusta é a DTE, ou  seja, a  velocidade máxima com que a sua porta serial irá receber os dados que chegam.
    Ajustando a opção Lock  Port  Speed  para  NÃO,  isso fará com que a velocidade serial (DTE) seja sempre a  mesma  do  que  a  velocidade entre os modems pela linha telefônica (DCE).  Ajustando  essa  opção para SIM,  fará  com  que  a  velocidade  serial  permaneça  a mesma independente do que o modem fizer.  Na opção de  velocidade  serial, deve-se  então  colocar  um  valor  mais elevado para modems de alta velocidade, como por exemplo 57600 bps em modems de 14400 bps.
 
  - V.42 e MNP 4 ajudando na performance
    Quando uma conexão é feita com  V.42 ou MNP4, a transferência ocorre de modo um pouco diferente do que seria a  de  enviar  os  bytes  em seqüência.   Um byte tem 10 bits (1 start bit, 8 dados e 1 stop bit, isso na configuração 8N1, o  que  na  verdade  quer dizer: 8 bits de dados, sem bit de paridade e um start bit.   Se  um  dos  protocolos  V.42  ou MNP4 estiver ativo numa conexão, o modems que envia transmite  apenas os 8 bits de dados, os dois restantes são adicionados pelo modem que  recebe,  fazendo  com que 20% dos dados (2 de 10 bits) a menos tenham que ser enviados.
    Quando o modem que recebe adicionar  esses  2 bits, eles tem que ser transmitidos junto com os 8 restantes através da porta serial,  e  o modem  já  se  preparar  para  receber  os  novos bits que estiverem chegando.  Pra isso, o  modem  tem  que  mandar  os 10 bits na mesma velocidade  que  chegaram  os  8  bits pela linha telefônica, para a porta serial.  A 14400  bps  (bits  por  segundo) 8 bits chegaram em 1/1800 segundos.  Nesse mesmo tempo 10 bits  tem  que  ser  mandados pela  porta serial, isso dá uma taxa de 18000 bps (bits por segundo) que a porta serial tem que suportar.
    Por isso na maioria dos programas de comunicação nem aparece a opção de 14400 bps como velocidade  serial,  a próxima depois dos 9600 bps normalmente é 19200 bps, que seria o ideal para o caso das  conexões com o V.42 ou MNP 4.

  - V.42bis e MNP 5 aumentando ainda mais a performance
    Quando um protocolo de  compressão  de  dados on-the-fly (V.42bis ou MNP5) está ativo e se recebe arquivos não compactados, o  modem  que envia vai conseguir compactar esses dados e assim ter que enviar bem menos bytes.  Vejamos um exemplo do que ocorre neste caso:
    Um  arquivo TEST.TXT tem 3072 bytes de tamanho.  O protocolo V.42bis consegue compactar ele  digamos  para  somente  1024 bytes, ou seja, compactação no fator 3:1.
    Esses  1024  bytes  são  então  enviados  pelo  modem   pela   linha telefônica.  Assim, se a conexão for de 14400 bps, transmitindo pela linha  telefônica  a  1600 bytes por segundo (cps), esses 1024 bytes chegam do outro lado em 0.64 segundos (o cálculo é uma simples regra de três).
    Mas esses mesmos 1024 bytes serão descompactados por  sua  vez  pelo modem  que  recebe, para os 3072 bytes originais que por sua vez são transmitidos  do  modem  pela   entrada  serial  para  o  computador (lembre-se que existe a ligação modem-modem e  modem-serial,  DTE  e DCE).
    Assim,  em  0.64  segundos,  3072  bytes  (24576  bits)  tem que ser enviados do modem para o  computador pela entrada serial.  Isso quer dizer  que a taxa real entre o modem e a serial é de 38400 bps (bits por segundo) e isso tem que ser suportado pela linha serial.
    Por  isso  é  ideal setar a velocidade serial para o maior possível.
    Uma placa serial normalmente não agüenta mais de 57600 bps, por isso essa deve ser a opção preferencial.
 

II.[2.0] O que é 8N1 e 7E1?

    Outra configuração que  se  deve  ajustar  em  praticamente todos os programas  de  comunicação  são  esses  valores   estranhos.    Eles simbolizam  como  será  a troca de bytes pela linha telefônica, como interpretar os bits que chegam e que vão.
    8N1 significa 8 databits, parity NONE e 1 stop bit.  Traduzindo para uma linguagem mais clara, quer dizer  que um byte transmitido terá o formato:
        -----------------------------------------------------------------------
        ¦   1   ¦   2   ¦   3   ¦   4   ¦   5   ¦   6   ¦   7   ¦   8   ¦   9   ¦   10   ¦
        |----------------------------------------------------------------------¦
        ¦start ¦                         8 databits                             ¦ stop  ¦
        -----------------------------------------------------------------------

    O primeiro bit é sempre “0” e é interpretado como um bit  de  início do  byte.  Os 8 seguintes são o byte propriamente dito, seguido pelo stop bit que é sempre “1”.
    Com  esses  8  bits de dados, forma-se um byte que conhecemos, o que aceita valores de 1 a 256.
    O formato 7E1 simboliza 7 data bits, EVEN parity e 1 stop bit.
        ---------------------------------------------------------------------
        ¦   1   ¦   2   ¦   3   ¦   4   ¦   5   ¦   6   ¦   7   ¦   8   ¦   9   ¦  10  ¦
        |--------------------------------------------------------------------¦
        ¦start ¦                             7 databits                 ¦ par  ¦stop ¦
        ---------------------------------------------------------------------

    Um start  bit  (“0”),  7  bits  de  dados,  podendo  representar 128 valores, um bit de paridade e um stop bit (“1”).
    O  bit  de paridade EVEN é um bit de controle.  Ele é simplesmente o um valor (1 ou 0) para que a  soma dos bits “1” dos dados mais o bit de paridade dê um número par (even).  Por  exemplo  se  os  databits forem “0110011”, o bit  de  paridade  é  ajustado  para “0”, pois já existem 4 “1” nos dados.  Se os databits fossem “1110011”, o bit  de paridade seria ajustado para “1”, para  chegarem a 6 (=par) bits com valor “1”.
    A paridade ODD é justamente o inverso, a soma dos bits “1” deve  dar um número impar.
    Na  paridade tipo Mark, o bit de paridade é sempre “1” e na paridade tipo Space, este bit é sempre “0”.

    - Qual usar?
    Para conexões com BBSs comuns, use sempre a configuração 8N1.  Ela é usada em 90% dos casos atualmente.   Por exemplo para conexões com a Compuserve, deve-se ajustar a configuração para 7E1.
 

II.[3.0] Como configurar o flow control (RTS/CTS - Xon/Xoff)?

    Uma  configuração  importante  para  a transmissão de dados é o FLOW CONTROL.
    Flow control é um  método  de  controlar  quando informação pode ser enviada.  Se isso não  fosse  possível  de  se  controlar,  o  modem poderia  ficar sobrecarregado de informações que estivessem chegando enquanto ele está ocupado com outra coisa.
    Um método é o SOFTWARE FLOW CONTROL, ou XON/XOFF, onde  um  BBS  irá mandar  dados até que o seu computador envie um sinal de XOFF (que é o caracter ASCII #17 - CTRL-S).  Enviando um XON (caracter ASCII #19 - CTRL-Q), ele voltará a transmitir.
    Outro método  é  o  HARDWARE  FLOW  CONTROL  ou  CTS/RTS.  Este caso funciona alterando-se voltagens em dois  níveis  nos  pinos  de  RTS (Request  To Send) e CTS (Clear To Send) da interface serial entre o modem e o computador (normalmente um cabo RS232).
    CTS é usado pelo  modem  que  está  enviando  dados.  Quando o modem local está pronto para receber dados, ele envia um sinal CTS para  o computador  local,  e  este  começa  a mandar os dados para o modem.  Quando o  modem  não  está  mais  conseguindo  receber  os  dados na velocidade com que o  computador  os  está  enviando,  o  modem  irá desligar  o  CTS,  informando  ao computador que é para ele parar de enviar.  Uma vez  o  modem  está  novamente  em condições de receber dados, ele novamente liga o CTS.
    RTS é usado pelo  computador  do  lado  que  está  recebendo  dados.  Quando o computador local  não  consegue receber dados na velocidade que eles estão sendo enviados para ele pelo  modem  local,  ele  irá desabilitar  o  RTS.   O computador liga o RTS novamente quando está pronto para receber dados novamente.

   - Qual usar?
    Escolha sempre preferencialmente o  HARDWARE FLOW CONTROL (CTS/RTS).  O uso do XON e XOFF  durante  a  transmissão  de  dados  por  causar problemas quando um arquivo binário conter os caracteres XON e XOFF.  Neste  caso  a  transmissão  pode  travar durante a transferência de arquivos.
 

II.[4.0] O que é porta serial?

    O  computador  precisa  saber  em qual PORTA SERIAL está conectado o modem para poder se comunicar com  ele.  As portas seriais em micros PC são chamadas de COM1, COM2, COM3 e COM4.
    Se  o seu modem é externo, a porta serial é onde está ligado o modem pelo cabo RS-232.   Se  o  modem  for  interno, normalmente existe a opção de configurar em qual porta serial se deseja o modem por  meio de  JUMPERS,  que  são  pequenas  pontes  de  ligações que podem ser ligadas ou desligadas.
    Embora se tenha quatro  portas  de comunicação à disposição, existem algumas considerações a se fazer quanto à correta configuração:
    Cada porta COM possui uma chamada de interrupção que ela usará  para informar   ao   micro   que   está  precisando  de  atenção.   Essas interrupções são chamados de IRQ, e  são  numerados de 0 a 15.  Para as portas seriais, existem dois IRQs:
        porta  IRQ
        -------------
        COM1   IRQ4
        COM2   IRQ3
        COM3   IRQ4
        COM4   IRQ3

    Assim sendo, não é recomendado ter dois periféricos em  duas  portas com IRQs iguais, ou seja, ao mesmo tempo na COM1 e COM3 ou na COM2 e COM4.
    Se  o modem for INTERNO e se puder configurar à gosto a porta serial a usar, devem ser seguidos algumas recomendações:
    COM1: Use essa porta se  seu  micro  não tiver uma conexão serial já como COM1 (o que não é provável).  É comum de se ter um  mouse instalado na COM1.
    COM2: Se seu micro estiver equipado  com somente uma porta serial na COM1, e  se  você  não  já  está  usando  a  COM2  para  outro equipamento,  use  essa  porta  (é a configuração mais comum e os modems normalmente vêm com a COM2 por default).
    COM3 ou COM4: Somente em casos especiais, normalmente não é o caso.
    Além de poder configurar a  porta  serial, os modems internos também permitem configurar o IRQ a ser usado, sendo  que  assim  você  pode contornar o problema dos IRQs exposto acima.
   Cuidado  ao  configurar  um modem interno quando já houver uma placa I/O (entrada e saída) interna no seu micro.  Normalmente é uma placa de   multi-uso,   oferecendo   saidas   seriais,   paralelas   (para impressoras) e para  joystick.   Essas  placas normalmente podem ser configuradas  por  meio  de  jumpers  para   oferecer   determinadas combinações de portas seriais, como por exemplo COM1 e COM2.  Quando o  modem  interno  for  instalado, deve se tomar cuidado para não se instalar ele numa porta serial já  ocupada pela placa de I/O.  Use o programa MSD que vem com o MS-DOS e o MS-Windows e veja o item <C>OM PORTS.  Use no seu modem interno  somente  portas  seriais  marcadas como “N/A” nessa tela, tomando ainda as precauções do IRQ.
 

II.[5.0] O que são terminais de comunicação?

    Quando é efetuada uma  conexão  com  um BBS, este normalmente começa enviando caracteres para seu modem, que são  apresentados  na  tela.  Ele  poderia  enviar  simples caracteres texto que o seu programa de comunicação iria apresentando, mas  convenhamos, uma apresentação só de texto não é muito atraente.
    Para isso surgiram diversos tipos de terminais  de  comunicação  que serviriam  para  interpretar  o  que  chega pelo modem de uma outra forma, apresentando o que chega de maneira diferente da de só texto.

  - Como funciona o terminal ANSI?
    A forma mais  popular  que  surgiu  foi  o  padrão  ANSI  de cores e movimentação de cursor, também usado em outras áreas no  computador.  Neste  padrão  o que acontece é simplesmente que o que é enviado por um modem é interpretado como  texto normal, com uma exceção: Quando chegar a combinação de caracteres “<ESC>[” (os sinais ASCII #27+#91) o  terminal  receptor  aguarda  os  próximos  caracteres,  que serão alguma espécie de comando.
    Estes comandos  podem  ser  os  mais  diversos,  e  vão  modificar a apresentação na tela.  Por exemplo, pode-se mudar a cor de frente  e de fundo dos próximos caracteres, limpar a tela, mover o cursor para outra  posição, etc.  Em alguns casos, pode-se até tocar música, mas são somente alguns  os  terminais  que  suportam esses comandos para música (um exemplo é o Terminate).

  - Que outros terminais existem?
    Existem mais alguns tipos de terminais que podem ser usados ao invés do  ANSI.   Os  mais  comuns  além  dele são o AVATAR e o VT-100.  O padrão Avatar foi desenvolvido exclusivamente para a comunicação via modem, e é explicado com  detalhes  mais  adiante na sessão de “Qual usar”.   O terminal VT-100 é bastante limitado, e praticamente não é usado em BBSs, somente em conexões  para servidores de Internet ou à Compuserve.
    Um terminal alternativo e usado por alguns BBSs é o RIPScript.  É um formato totalmente  diferente,  pois  ele  é  um  terminal para modo gráfico.  Para isso você precisa de um programa de comunicações  que suporte  isso,  é  o  caso  do RIPTerm e do Telix for Windows.

  - Qual usar?
    O padrão Avatar é de fato melhor.  É algo do tipo ANSI, ou seja,  um terminal para emulação de  cores.   Só  que  os comandos usados pelo AVATAR são bem mais compactos, fazendo com que a  transmissão  fique bem mais rápida.  Para mudar a cor dos caracteres a seguir em ANSI é enviado um comando:
        <ESC>[aa;ff;bbm
    Ou seja, 10  caracteres (aa=atributo, ff=foreground, bb=background), no  formato  Avatar  para  o  mesmo  comando  são  enviados apenas 3 caracteres, que são:
        ^V^A<atributo>
 Basicamente é isso que diferencia um de  outro,  TODOS  os  comandos AVATAR  são mais compactos que ANSI.  Além disso há comandos que nem existem em ANSI, que flexibilizam bastante a apresentação na tela.
    Por isso, quando um BBS lhe dá a opção entre ANSI e AVATAR,  escolha Avatar.    Quando   escolher  Avatar  no  BBS,  não  se  esqueça  de configurar este  mesmo  terminal  em  seu  programa  de comunicação.  Quando são enviados  comandos  Avatar  para  seu  terminal,  e  este estiver configurado para ANSI, você só receberá lixo na tela.
 

II.[6.0] O que colocar no item Dial String?
 
    - ATDP ou ATDT
    Linha “pulse”, de discagem mecânica, use a opção “ATDP”, linha “tone”,  de  discagem  eletrônica (em centrais CPA), use a opção “ATDT”.
    Para diferenciar uma da outra, é  simples.   Se  o  seu  telefone  normal for daqueles de girar uma roleta, ou mesmo se ele for  de  digitar  os números, mas na hora de discar, ouve-se um “trrr-trr-trrrrrr-tr-tr-tr”, a sua linha é PULSE, e você deve usar a opção “ATDP”.
    Se  na  hora  de discar você só ouve curtos “bee-bee-bee-bee-bee”, a sua linha é TONE  e  você  está  numa  central telefônica CPA: Use a opção “ATDT”.
 
 

II. ESPECIFICO SOFTWARE
 

                     Nessa  parte,   veremos   algumas   considerações   especiais  sobre determinados softwares.
    1.0  Software de controle remoto do micro
    2.0  Software para acessar o Video Texto
    3.0  FOSSIL
 
 

III.[1.0] Quais um softwares de operação remota de outro microcomputador existe e quais as diferenças entre eles?

          - Lap Link 6.0 for Windows
          - PC Anywhere for Windows
          - Doorway 2.22
          - Carbon Copy 6.0 for DOS

    Um programa que permite controlar  um  micro via modem, sem se estar sentado na frente dele, é chamado de software de controle remoto  de micro.   Aqui são analizados  quatro  programas,  que são os mais populares nessa função, sendo dois para Windows e dois para DOS.

  - Lap Link 6.0 for Windows
    O LL6 é um software de controle remoto de micro para Windows.  A sua versão 3 para DOS se tornou bastante popular entre os micreiros.
    A  instalação do mesmo é muito simples.  Ambos os lados precisam ter ele instalado, mas existe a  opção  de “Remote Install”, que instala ele no micro remoto.  Ocupa perto de 3 Mb no HD.
    Ele  serve  para  se  comunicar  com  outro  micro  através da porta paralela, da  porta  serial,  via  modem  e  via  rede.   Possui bom desempenho.
    Traz bastante recursos além do  controle  remoto do micro, como CHAT entre os dois lados (conversa), troca de arquivos.
 
  - PC Anywhere for Windows
    A instalação do PCA for Windows  é  ligeiramente  enrolada,  pode-se confundir um pouco, mas é possível instalá-lo sem grandes problemas.
    Pode  trazer  conflitos  de  drivers  de vídeo.  Com os drivers dele todos instalados,  pode-se  notar  que da uma queda  geral  na  performance do Windows.  Recomendo que use a configuração (SYSTEM.INI) criada  pelo PCA  somente  quando for usar o mesmo, e que tenha um SYSTEM.INI com sua configuração normal para usar sempre.
    Ambos os lados precisam instalar ele para rodá-lo,  mas  ele  também possui  a  opção  de “Remote Install” para instalá-lo no outro micro via telefone/modem.
    A performance é muito boa, imaginando-se que se está  controlando  um modo  gráfico  (Windows).   O PCA consegue enviar dados de tal forma compactados, que chega a ser notável o seu desempenho.
    Como programa completo, possui recursos  como  os  outros  programas mais sofisticados, como CHAT e transferência de arquivos.
Ele ocupa pouco mais de 3 Mb no HD depois de instalado.

  - Doorway 2.22
    O  programa  Doorway v2.22 é um software de controle remoto de micro bem simples, mas poderoso.   É  para  DOS,  e normalmente usado como DOOR em BBSs, mas pode ser usado por simples usuários também.
    A instalação é um pouco complicada, pelo excesso de  parâmetros  que precisam ser enviados na hora de carregar ele, como por exemplo:
    DOORWAY.EXE com1 /a:on /o:T /g:on /i:WELCOME.ANS /o:T /s:* /b:mz
                     /v:d /M:120 /p:C:\4DOS\4DOS.COM *M
    O  manual  explica  bem  quais  os  parâmetros  usar  e  dá bastante exemplos, portanto este problema pode ser resolvido.
    Apenas o lado que se pretende controlar remotamente precisa instalar o Doorway.  Para quem está controlando o micro remotamente, o máximo que  pode  fazer  é  ligar  o  DOORWAY  MODE,  disponível  em alguns programas de comunicação, como o Terminate, por exemplo.
    O  que ele faz é simplesmente jogar o usuário para o DOS, portanto a performance vai depender somente do  modem.  Ele irá enviar tudo que aparece na tela do DOS no micro controlado via modem  para  o  micro que está controlando.

    Ocupa menos de 400 kb no HD.  Além do próprio executável, traz ainda um protocolo de comunicação para transferir arquivos facilmente de e para  o micro controlado, e um programa que pode ser usado como HOST para o lado  que  controla,  caso  este  não  possua  um programa de comunicações.
    A limitação do Doorway é poder somente rodar aplicativos puro  TEXTO no DOS, nada de programas gráficos.
 
  - Carbon Copy 6.0 for DOS
    A instalação do Carbon Copy é  bem simples.  Ambos os lados precisam instalar ele para rodá-lo.
    Possui boa performance,  e  os  recursos  normais  para  esse tipo de programa, como CHAT e transferência de arquivos.
    Ocupa apenas 400 kb no HD, tornando-o o mais  vantajoso  na  relação utilidade/espaço necessário.
 

III.[2.0] Video Texto

“O  videotexto surgiu na década de 70 procurando utilizar dois  componentes existentes nas residências: o telefone e o televisor. A idéia era acoplar o telefone  e  o  televisor, possibilitando que  sinais  na  rede  telefônica pudessem  ser decodificados e apresentados na tela do televisor  domestico.  Alem  disso,  para  possibilitar que fosse  interativo  foi  necessário  um adaptador com teclado que possibilitasse essa função.”
Aplicações:
*   Serviços  de  informação:  com  noticias  jornalísticas,   anúncios   e informações de lazer como cinema, teatros, etc..
* Telesoftware: transferencia através do serviço VIDEOTEXTO de programas  e arquivo
*  Teleshopping: compras a distancia, sem o uso de combustível e  tempo  de transito, atraves do servico
*  Homebank:  prestacao  de servicos  atraves  de  instituicoes  bancarias, fornecendo  informacoes  de saldo, extratos de conta  corrente,  opcoes  de investimento, etc
*  Servico  de reservas: para agencias de  turismo,  hoteis,  restaurantes, etc..
 

III.[3.0] O que é FOSSIL?

    O FOSSIL é uma padronização da lista dos padrões regulamentados pela Fidonet.  É  uma  sigla,  que  significa:  Fido/Opus/Seadog Standard Interface Layer.
    Há alguns anos atrás havia problemas com modems e comunicação serial (mais do que hoje!).   Com  os  vários  clones  do PC ficava difícil fazer um programa que funcionasse em qualquer  máquina  (cada  autor teria  que  estudar  todos  os modelos para fazer o mais simples dos programas).
    A  solução  foi  criar  um  driver  que  cuidasse  de  cada  tipo de computador.  Assim, bastaria que os programadores aprendessem a usar o driver e ninguém precisaria quebrar a cabeça com os  problemas  de comunicação  serial.   A idéia foi tão boa que dura até hoje, quando as coisas já estão um pouco mais estáveis.  É por isso que a maioria dos  programas  de  BBSs  prefere  acessar  o  driver  FOSSIL  e não diretamente a porta serial:  garante  a  compatibilidade  (basta  ao sysop  trocar  de  FOSSIL  se  tiver  problemas)  e  a facilidade de programação.   Alguns   programas   de   comunicação  (por  exemplo, Terminate e TeleMate) aceitam opcionalmente que se use  esse  driver para acessar as portas seriais ao invés de suas rotinas internas.
 
 

                        IV. ESPECIFICO HARDWARE
 

     Aqui serão feitas  algumas  considerações  sobre  hardware  e  temas ligados a modems.
    Os tópicos dessa parte são:
     1.0  UART
     2.0  USR Sportster 14400 bps
     3.0  USR Sportster 28800 bps
     4.0  USR Sportster V.34 x USR Courier V.34
     5.0  Zoltrix não-RPI
     6.0  Comandos úteis
     7.0  Caller-ID
     8.0  Resposta adaptativa
     9.0  Modem interno x Modem externo
    10.0  Modem 2400/9600
 
 
 
 IV.[1.0] O que é UART?

    Um UART é um chip que está presente em qualquer máquina  que  possua um modem.  O UART é o  responsável  pela conversão dos bytes que vem do micro para os bits que serão enviados pela porta  serial  e  vice versa.
    As principais funções dos chips UART são:
     - controle de velocidade de transmissão (bauds);
     - conversão das informações paralelas  em seriais (na transmissão) e conversão das informações seriais em paralelas (na recepção); detecção e geração dos bits de start e stop; detecção e geração dos bits de paridade.
    A  porta  serial  COM  do micro possui um desses chips.  Os UARTs na maioria das saídas seriais de PCs são baseados nos  chips  Ns8250  e Ns16450  da National Semiconductor.  Para identificar qual CHIP está presente em sua configuração,  use  o  programa  MSD.EXE que está no diretório do DOS ou do Windows (não execute ele enquanto estiver  NO Windows, mesmo que em  um  “Shell  to  DOS”!).   A opção <C>om ports indica qual chip você possui para cada porta serial.  Existem diferentes modelos  dos  chips  UART,  segue uma relação dos principais, com as principais características de cada um:

  - 8250
    Foi o primeiro chip UART a surgir e foi usado  em  IBM  PCs  e  seus clones.   É  um  chip  lento  e hoje em dia totalmente obsoleto para transmissão de dados via modem.

 - 16450
    O UART 16450 parece uma versão  mais  rápida do 8250A.  Não há meios diretos de um software de detectar diferenças entre  um  8250  e  um 16450, assim, se o MSD indicar “8250”, pode também ser um 16450.

  - 16550 (Não “A”)
    Esse  modelo  é  raro  de  ser  encontrado,  visto  que ele logo foi substituido por uma versão com  correção de alguns erros, chamada de 16550A.

    Nesse modelo foi implementado  o  que  conhecemos por FIFO (First In First Out).  É semelhante ao buffer de uma impressora.  Os dados que vão chegando e são armazenados na FIFO.  Na medida do possível, eles são escoados  para  o  micro.   Sempre  que  o  micro  dá atenção ao programa de comunicação (em caso de programas de multitarefa),  esse buffer é esvaziado.
    Nessa   versão   “Não-A”   do   UART  16550,  o  FIFO  não  funciona corretamente.

  - 16550A, 16550AF e 16550AFN
    São modelos que  não  apresentam  diferenças  notáveis  um do outro.  Todos são correções da versão 16550.  Todos são  compatíveis  com  o 8250,  para  assegurar  que  softwares  que  foram escritos pra 8250 possam ser executados corretamente.   Programas que oferecem suporte ào 16550A podem prover uma performace muito superior.  A  velocidade máxima que pode ser atingida com o UART 16550A é de 256 kbps, mas as portas seriais dos micros atualmente só suportam até 115 kbps.
    Nesse  modelo  o  FIFO é de 16 bytes tanto para a recepção de dados, quanto para a transmissão.

  - Onde está esse chip em meu micro?
    Basicamente ele pode estar  em  dois  lugares, em duas situações: Ou você  possui um modem EXTERNO ou um modem INTERNO.
    No caso de ser um modem EXTERNO, o modem está ligado  ao  computador por  um cabo RS-232.  Esse cabo está ligado na chamada PLACA SERIAL, e é lá  que  deve  se  encontrar  o  chip UART.  Para identificá-lo, procure nessa placa onde está ligado o modem por um chip que tenha a identificação que parece com as siglas  apresentadas  anteriormente.  Se não estiver na placa serial, pode estar também na placa-mae, é só procurar.
    No  segundo caso, de ser um modem INTERNO, se este modem for de alta velocidade  (9600  bps  ou  mais), é muito provável que este chip já venha no seu modem, já  que  é  ele  quem está ligado diretamente ao computador.

  - Por que eu precisaria de um UART 16550?
    Se você está trabalhando numa plataforma multitarefa,  o  computador nem  sempre está de olho no programa de comunicação.  Com um 8250 ou 16450, cada byte que chegar  causa uma interrupção no micro, fazendo com que ele deixe de lado o que estava fazendo e execute  o  serviço da interrupção.  Mas pode existir  uma  demora  entre  o  pedido  de interrupção  e  o  momento que o micro lê esse byte.  Se essa demora for  maior  do  que  a  chegada  de  bytes,  o  caracter  que chegou anteriormente é perdido.
    Já com um UART 16550, 16 bytes  podem  chegar  e  serem  armazenados nesse  buffer FIFO, assim garantindo que não se percam dados até que o buffer esteja lotado, mesmo que  o  micro não atenda de imediato a interrupção.
    É possível que se sinta essa “perda” de caracteres  causada  por  um chip  antigo  (8250  e  16450),  pois  isso se manifesta por meio de CRC-errors durante uma  transmissão  de  um  arquivo por exemplo.  A “cura” para isso é instalar um chip 16550A.
    Normalmente os chips são  removíveis  e  facilmente  trocáveis.   Os chips  16550A  são  compatíveis  na  pinagem  com  o  16450 e 8250A, enquanto ambos vierem numa embalagem de circuito  integrado  iguais.
    O  preço de um chip 16550A varia, na média deve estar entre US$ 10 e US$ 20.

  - E o que tem UART 16550 a ver com Windows?  E no OS/2?
    O caso é que para comunicação  admissível no Windows é necessário um chip UART 16550.  Os drivers de comunicação do Windows não fazem uso de todos os recursos do UART 16550.
     Junto com o Winfax Pro, programa para enviar faxes pelo Windows, vem um driver de comunicação melhor que o driver normal do Windows.  Seu nome é WFXCOM.DRV.
    O  OS/2  2.0  com  service  pack 2, OS/2 2.1 e acima possuem suporte total ao UART  16550,  portanto  não  devem  apresentar problemas na comunicação.  Alternativamente pode-se usar um driver shareware para comunicação  no  OS/2,  que  possui  algumas  melhoras em relação ao driver da IBM.  Existe uma  atualização  do driver de comunicação do OS/2 WARP feito  pela  própria  IBM,  que  possivelmente  melhora  a comunicação no OS/2.
 

IV.[2.0] Qual é a configuração ideal para modems USR Sportster 14400?

    Para init string em seu  programa  de comunicação tente digitar esta linha no seu programa de comunicação (modo terminal):
        AT &F L0 X4 &A3 &B1 &C1 &D2 &H1 &K3 &R2 &S1
    A seguir, entre um:
        AT &W
    Com isso essa configuração é gravada na memória  do  USR  Sportster.  Agora  você  digitando  “ATZ”  estará  chamando essa configuração de volta à memória.  Assim sendo, coloque “ATZ” na linha de INIT STRING de seu programa de comunicação.
 

IV.[3.0] Qual é a configuração ideal para modems USR Sportster 28.8 kbps?

    No modo terminal de seu programa de comunicação, digite o comando:
       AT &F1

    Depois de receber o “OK”, digite:

        AT &W

    Agora  configura  a  string  de  inicialização  de  seu  programa de
    comunicação para “ATZ”.
 

IV.[4.0] Quais as diferenças entre o USR Sportster V.34 e o Courier V.34?

    O que o Courier V.34 apresenta e o Sportster V.34 não possui:

    - Flash ROM
    - Quick Connect
    - V.32terbo (21.6, 19.2 e 16.8 kbps)
    - Botão de VOICE/DATA com funções programáveis (modelo externo)
    - Modo síncrono
    - Discagem V.25bis
    - Rediscagem automática (comando “>”)
    - Configurável remotamente
    - Segurança de Dialback
    - Cinco indicadores luminosos adicionais (modelo externo)
    - Modo HST (modelo Dual Standart)
    - Modo HST com telefone celular (modelo Dual Standart)
    - Operação em linhas dedicadas
    - Três níveis de informações adicionais (X5, X6 e X7)
    - Execução de comando gravado (AT&ZC)
    - Reconhecimento de touch-tones (comando %T)
    - Mais seis memórias para auto-discagem
    - Três DIP-switches adicionais
    - Compatível com o sistema USR Total Control Management
    - Mais comandos “AT” e registradores “S”.
    - Mais tipos de respostas de conexões
    - Melhor audio do speaker
 

IV.[5.0] Qual a melhor string configuração pro Zoltrix NON-RPI?

    Se o seu Zoltrix é um modelo mais antigo, que não seja  RPI,  use  a seguinte linha de configuração:
        AT &F &C1 &D2 S0=0 Q0 E1 X4 S95=46 %E1^M~~
 

IV.[6.0] Existem comandos que são bons de se usar em qualquer configuração?

  - Para centrais CPA
    Se  sua  linha  estiver  em  uma  central CPA (veja depois), deve-se (pode-se) ajustar o registrador S11 para 38.  Isso é feito usando-se “AT S11=38”.  Isso muda o intervalo entre os tons emitidos  na  hora da discagem, aumentando sensivelmente a velocidade com que  o  modem disca um número.
    Em centrais CPA é recomendado  antes  de  estabelecer  conexões  com outros  modems,  de  se  usar  um comando para desativar a função de atendimento simultâneo.  Este  causa  um  sonido na linha telefônica quando alguém ligar para o seu número  e  você  estiver  ocupando  a linha, atrapalhando a conexão.  Consulte a documentação de  comandos de sua central CPA.

- Outros
    Para  linhas  telefônicas  ruins, onde a conexão sempre cai, pode-se aumentar o valor do registrador  S10,  que  indica o intervalo que o modem espera desde que cai a linha temporariamente e ele desconecta.  Colocando-se o valor “255” o modem NUNCA  desconectará.  Note-se de que nesse caso pode acontecer  da transmissão ficar interrompida por um período de tempo maior do que o normal.
    Para alguns modems (com chips da Rockwell), pode-se  tentar  usar  o comando “AT &P2” ou “AT &P3” para aumentar a velocidade  com  que  o modem  disca.   Nos  modems  USR  esses  comandos não funcionam, mas em modems com chipset Rockwell normalmente sim.
 

IV.[7.0] O que é Caller-ID?

    Caller-ID  é  um  serviço  oferecido  por  companias  telefônicas de operação semelhante à Bell americana (RBOC = Regional Bell Operating Companies) que envia a hora,  data  e  número do telefone da chamada que  está  sendo  recebida  através  de uma linha telefônica.  Essas informações são enviadas  pela  central  telefônica entre o primeiro e o segundo toque de RING, a 300 bps.
    Para fazer uso dessa informação,  é  necessário que o modem usado na recepção  da  chamada  tenha  suporte  a essa função.  Alguns modems ZOOM, BOCA e Zyxel  oferecem  isso.   Essas informações são passadas para o seu programa de comunicação, e são apresentadas na tela  logo depois do primeiro RING.
    No  programa  de  comunicação  Procomm Plus 2.0 for Windows existe a opção de usar essas informações em conjunto com um banco de dados de Caller-IDs para aceitar ou não ligações de determinados números.
    A TELESP possui  esse  serviço  de  Caller-ID,  mas  não em todas as entrais, mas sim em somente algumas.  Para o correto  funcionamento do  sistema  são  importantes  também  as  centrais por onde passa a chamada.   Se  uma  das  centrais  não  possuir  esse  serviço,  não funcionará.  É necessário ainda que  se peça à TELESP para habilitar o serviço na central, o que ainda traz um pequeno custo mensal.
Se o seu modem  possuir  essa  opção  (com  chips Rockwell depois de 1992), teste o seguinte comando:
        AT #CID=1
    Assim você habilitará essa função no modem (se a resposta  for  OK), ou saberá que seu modem não possui tal função (resposta é ERROR).
    Se você conseguiu habilitar essa  opção,  e sua central telefônica e a do telefone que estará chamando possuir essa  função  ativa,  você receberá as chamadas em seu programa de comunicação assim:
        RING
        ID: xxx-xxxx
    Onde “xxx-xxxx” é o número do telefone chamado.
 

IV.[8.0] O que é resposta adaptativa?

    Resposta  adaptativa  é a capacidade de um modem de reconhecer quais são chamadas de MODEMS/VOZ e quais são chamadas de FAX.
    Para  acionar  resposta  adaptativa  no  seu  modem,  voce  tem  que acresentar um comando a cadeia  de  inicialização do modem.  Para os modem classe 1, baseados no Rockwell, execute o comando:
        AT+FAE=1
    Assim que uma chamada de FAX entrar, o  modem  gerará  uma  resposta “FAX”.
    Para modems de classe 2, o comando é:
        AT+FAA
    O código de resultado é “+FCON”.
 

IV.[9.0] Modem interno x Modem externo

    Na hora de pensar em comprar um modem, surge a dúvida de se ele deve ser INTERNO  ou  EXTERNO.   Para  cada  opção,  existem  vantagens e desvantagens, vejamos algumas:

  -INTERNO

    Vantagens:
      - Não ocupa espaço em sua mesa de trabalho.
      - Ele próprio é interface  serial  para  micro, assim sendo, não é necessário ter uma placa serial com uma porta desocupada.
      - É ligeiramente mais barato que o mesmo modelo do  tipo  externo.
        Isso  porque  ele não precisa de uma “apresentação” decente, nem as luzinhas indicadoras, nem fonte de energia.
      - É ligado junto com o micro.

    Desvantagens:
      - Ocupa um slot dentro de seu micro.
      - Não é facilmente removível e desinstalável (o micro precisa  ser aberto, o parafuso desaparafusado e a placa retirada).
      - Não possui indicadores visíveis para mostrar o status da conexão atual.
      - Pode não ser compatível com outros tipos de computadores.
      - Pode requerer mais energia da fonte  do  que  esta  é  capaz  de prover.

  - EXTERNO

    Vantagens:
      - Não ocupa um slot dentro de seu micro.
      - É facilmente desinstalável e removido (é só tirar o fio RS-232)
      - Possui   indicadores   luminosos  para  informar  o  status  das conexões, facilitando o diagnóstico de possíveis problemas.
      - Pode ser um objeto decorativo para seu lugar de trabalho. :-)

    Desvantagens:
      - Ocupa espaço que pode ser precioso em sua mesa.
      - Não possui uma interface  serial.   Precisa  de uma placa serial disponível no micro com uma porta livre.
      - Um pouco mais caro  do  que  o mesmo modelo tipo interno, também porque é necessário um fio RS-232 além do modem.
      - Precisa ser ligado quando precisar usá-lo e desligado quando não for usá-lo.

 
IV.[10.0] Por que  não  consigo  conexões  a  9600  bps  com  meu  modem 2400 / 9600?

    Porque  está  havendo uma falha na interpretação do que significa de fato esse 2400/9600.   Isso  significa  que  você  pode conseguir no máximo conexões de 2400 bps como MODEM, e 9600 bps como  FAX.   E  é *impossível*  usar  a  velocidade  de  fax  (9600 bps) para conexões modem, já que os protocolos são totalmente diferentes.
    Portanto não se deixe enganar por essa indicação de, 2400/9600 ou similares: Eles indicam modems de  2400 bps, com fax de 9600 bps, o que é bastante comum.

V. TENDÊNCIAS FUTURAS

[1.0] WebTV
         - Como funciona?

[2.0] Cable Modem

[3.0] O Modem de 56 kbps
         - Caminhos assimétricos
         - Problemas de controle de fluxo
         - Problemas de instalação

[4.0] Network Computer
 
 
 

V.[1.0] WebTV

O WebTv é uma espécie de modem que liga o seu televisor a maior rede de comunicações do mundo. Assim você poderá acessar bibliotecas, fazer pesquisas sobre variados assuntos como se você estivesse entrando na rede através do seu PC.
Através do correio eletrônico você poderá enviar e receber mensagens de qualquer parte do mundo, além de uma infinidade de serviços.

-  Como funciona?
O sistema modula e demodula os pulsos telefônicos como nos PC´s, através dele você acessa um provedor que presta serviços de acesso a Internet pagando apenas uma mensalidade ao provedor e os impulsos telefônicos locais.
 

V.[2.0] Cable Modem

         O CABLE MODEM não funciona usando uma linha telefônica, mas sim um cabo, igual aqueles que usamos nas TVs a cabo, com isso você não paga mais conta telefônica.
         Com o  CABLE MODEM, você deverá pagar uma taxa mensal para uma empresa, que será o seu provedor de acesso. Você não usará, portanto o telefone, mas terá de pagar uma taxa pelo uso do acesso com o CABLE MODEM.
 Mas os provedores não estão preparados para essa tecnologia, e não podem suportar tanta velocidade. Para conseguir uma transmissão real de um CABLE MODEM você deve estar conectado a outro CABLE MODEM. Se você estiver conectado com outro modem que seja um 28.800 ou um 33.600, por exemplo, você não conseguirá tirar o máximo do CABLE MODEM, já que ele está conectado a um modem inferior a ele.
         O CABLE MODEM deve chegar no mercado norte-americano  no início de 1.997. Aqui no Brasil
 deverá começará a ser divulgado em  Agosto, Setembro, e ainda chegará aqui até o fim do ano.
          Para utilizar o CABLE MODEM, é necessário ter no mínimo um Pentium 133 com 16 mega de RAM para que a máquina consiga acompanhar e que valha a pena ter um CABLE MODEM.
          A velocidade de um CABLE MODEM hoje para fazer download de algum arquivo é de 10 Mbps. Está previsto nos próximos CABLE MODEMs a serem fabricados, que possam alcançar até 36 Mbps. A velocidade de fazer upload de algum arquivo pode chegar a até 2 Mbps.
          O CABLE MODEM chega a ser 1000 vezes + rápido do que os modems 33.600 que usamos hoje.
 

V.[3.0] O Modem de 56 kbps

Modems de 56 K: Problemas antes do desempenho

 - Os novos modems de 56 kbps poderão reduzir a espera na World Wide Web, mas não antes da solução de alguns problemas difíceis.
Downloads mais rápidos da Web. Essa é uma das promessas dos recém anunciados modems de 56 kbps, de fabricantes como a Rockwell Semicondutor Systems, a U.S. Robotics e a Lucent Microeletronics para usuários domésticos. Entretanto, para os usuários corporativos que utilizam acesso remoto, três fatores limitarão o papel do modem, pelo menos a curto prazo:
 As transmissões assimétricas dos aparelhos.
  - A qualidade das instalações da companhia telefônica, que poderá manter a velocidade real abaixo do 56 kbps.
  - Questões de padrões relacionados não somente com modems, mas também com o novo modelo de rede do qual dependem. Provavelmente ainda serão necessários 18 meses - no mínimo - para que os padrões sejam resolvidos.
 

-Caminhos Assimétricos
A nova tecnologia de modems representa uma separação fundamental dos conhecidos modens V.34, que vão até 33.600 kbps. O termo “modem de 56 kbps” é na verdade um engano: todos os três fornecedores oferecem 56 kbps somente no sentido do dawnload, de um site central ou provedor de internet, até o usuário final. O caminho inverso ou upload continuará empregando o V.34 e limitado a 28.8 ou 33.6 kbps.
Os modems devem a natureza assimétrica - e o fluxo de descida mais rápido - ao fato de que as transmissões descendentes são iniciadas em meio digital, de um site central RDSI ou conectado com E-1 e permanecem digitais até o link final de loop no modem de destino. A conversão digital/analógica de descida no loop local pode ser conseguida sem degradar a transmissão, enquanto a conversão analógico / digital de subida introduz ruídos de restrição em cerca de 33.6 kbps. Se o site central não estiver conectado digitalmente à central digital, os usuários finais não poderão utilizar a tecnologia dos modems de 56 kbps. Está é a primeira limitação da tecnologia.
 

- Problemas de controle de fluxo
Além disso, os métodos de acesso assimétrico trouxeram novos para usuários comerciais, segundo Ken Krechmer da Action Consulting. “Se houver aplicativos que esperam por controle de fluxo em canais simétricos, poderá haver problemas tais como estouro de buffers... porque o aplicativo não preve que o canal será assimétrico.”
“Se você observar esses aplicativos, eles dirão: `defina sua velocidade de tranmissão de dados”, prosseguiu. “Eles não dizem: `defina sua velocidade de transmissão de dados para cima e para baixo.”
Contudo, os desenvolvedores poderiam criar novos drivers para acomodar os aplicativos assimétricos e Krechmer reconhece que “se for investido dinheiro suficiente, o problema poderá ser resolvido. Todos esses problemas podem ser resolvidos”.
A assimetria por si só não desqualifica os modems de 56 kbps para aplicativos comerciais, afirmou Larry Kraft, gerente de marketing de produtos da U.S. Robotics comercializará como X2 - como sendo “ideal” para acesso por controle remoto de intranets e banco de dados.
Conexões mais rápidas significam também menos tempo on-line, Kraft alega. “Reduz o tempo de espera, já que os usuários passam menos tempo em uma porta. Com menos portas bloqueadas, pode-se suportar mais usuários. E assim também poderá ser econômico.”
 

- Problemas de Instalação
“Mas os fatores que estão fora do controle dos fabricantes de modem podem limitar o desempenho da tecnologia. Em grande parte trata-se de uma função do sistema telefônico, da qualidade da conexão que se pode obter e da qualidade dos modems de todos os lados”, afirmou Mark Kirstein, analista de sistemas da Instar. “Velocidade de 26,4 kbps são muito comuns com os modems de 28.8.”
Isso poderá não ser um trabalho pequeno e poderá ser necessário um modelo de redes totalmente novo para os modems de 56 kbps. Em primeiro lugar, o modelo antigo - que enxerga a rede como se fosse analógica em ambas as pontas e digital no meio - precisa ser corrigido. Em seguida, a versão atualizada será usada como base para um modelo totalmente novo - um no qual haverá, somente uma ponta analógica, e o resto será digital. Esse modelo caracterizará o tipo de rede utilizado pelos modems de 56 kbps.
Esse modelo de rede apresenta implicações práticas bastante importantes. Por exemplo, sem um modelo não há nada com o qual testar os novos modems. Steve McIntyre, gerenciador de produtos da Rockwell para modems de sites centrais, observou que é necessário pelo menos um conjunto de testes “que represente adequadamente esse novo paradigma de enxergar a rede como sendo essencialmente metade digital e metade analógica”. McIntyre também levantou a questão sobre se os equipamentos de testes atuais suportarão os tipos de conexões digitais necessários para equipamentos de 56 kbps.
 

-Padronização
Modelos de instalações de telecomunicações e de redes inadequados poderão impedir que os modems de 56 kbps sejam tudo o que poderiam ser, mas o principal fator numa decisão de compra provavelmente será o padrão para antes de 1998, no mínimo.
Os dois principais concorrentes parecem estar preparados para a batalha. A Rockwell está forçando a rápida aprovação de um padrão norte-americano, através da telecommunications Industry Association (TIA), enquanto a U.S. Robotics levou sua versão para a União Internacional de Telecomunicações (UIT).
“Não parece que eles (U.S. Robotics) estejam muito motivados para obter um padrão final muito rápido”, afirmou Armando Geday, da Rockwell. “Nós achamos que se não houver objeções das diversas partes envolvidas, provalvelmente teremos um padrão (TIA) dentrode seis ou nove meses. Mas se houver controvérsias, poderá demorar entre 18 e 24 meses.”
Larry Kraft respondeu observando que a U.S. Robotics foi a primeira empresa a levar a proposta do modem de 56 kbps à UIT, enviando o documento em setembro. “Queremos obter isso o mais rápido possível; queremos trabalhar com todo o setor para conseguirmos isso, inclusive com a Ascend, a Rockwell, com quem quer que seja”, afirmou.
A Rockwell acha que a posição da U.S. Robotics não é franca. “É inteligente dizer que o padrão deve a UIT, já que todo mundo sabe que qualquer coisa que seja levada a UIT demora pelo menos dois anos e essa é uma maneira indireta de dizer ‘não quero apoiar o patrão’”, insistiu Geday. “Vamos ter muito trabalho para convencer a U.S. Robotics que um padrão será benefico para todos brevemente, já que acham que podem criar o padrão de facto.”
Kraft respondeu a U.S. Robotics que foi à UIT porque “somos uma empresa internacional, nossos clientes são internacionais e estão precisando de padrões internacionais o mais rápido possível”.
Enquanto isso, o resultado é que serão inevitáveis produtos pré-padrão, embora todos os fornecedores vão jurar qu seus produtos poderão ser atualizados por software para qualquer outro padrão que surgir. Mesmo assim, Martin Rauchwerk, gerente da Lucent Microeletronics, reconhece que o problema do padrão provavelmente será o maior obstáculo para os usuários comerciais.
“Acho que inicialmente serão os usuários domésticos e os surfistas da Web (que utilizarão os modems)”, afirmou à BCR. “Tradicionalmente, o mercado comercial perdeu velocidade ... Por exemplo, somente agora  muitos aplicativos comerciais estão passando para 28.8... As empresas gostam de esperar até que as tecnologias tenham sido um pouco mais testadas antes de adotá-las.”
 

- Os Provedores Adotarão ?
O problema dos padrões poderia afetar o mercado dos provedores de serviços Internet também para a nova tecnologia. “O problema para os provedores Internet em suportar duas tecnologias é que eles provavelmente terão que ter dois números telefônicos diferentes no mínimo”, afirma McIntyre, da Rockwell. “Também terão que, de alguma forma, enviar informações e identificar cada tecnologia e quais os números que deverão ser utilizados.” MacIntyre acrescentou que a confusão resultante fará com que os provedores de serviços Internet tenham que atender a mais chamadas de suporte.
Enquanto a Rockwell e Ascend afirmem que 300 provedores de diversos portes apóiam suas implementações e que a U.S. Robotics anunciou 30 provedores em todo mundo interessados em sua tecnologia, há um clima de cautela entre os provedores. Os padrões são “certamente um problema”disse Bruce Linton, vice-presidente de novos empreendimentos da BBN Planet, que não defendeu nenhum dos lados da briga dos modems de 56 kbps.
“Nossos engenheiros realmente ainda estão na fase de avaliação”, declarou Linton à BCR. “Não acho que acreditem que a batalha (dos padrões) já tenha terminado.”
O problema das instalações externas também da uma pausa aos provedores. Embora a PSINet esteja suportando a parceria Ascend / Rockwell, ela pretende com cautela com a apresentação do serviço, segundo o gerente técnico Chuck Davin. Sua principal preocupação é que as velocidades dos modems podem não ser consistentes o bastante.
“Para provedores como nós, preocupado com a maior difusão em larga escala possível, talvez a pergunta mais inquietante seja quantas linhas serão capazes de atingir velocidades de 56 K.”
Linton, da BBN, observou que velocidades de transmissão mais lentas do que as prometidas refletem nos provedores, mesmo que a culpa seja das instalações da companhia telefônica. “Temos visto usuários com modems de 28.8 kbps e com pacotes que mostram a taxa com que estão transmitindo. Eles verão 26.5 kbps e dirão: Você não está me dando o serviço pelo qual estou pagando”, afirmou Linton. “Presumo que quando os usuários passarem para 56 kbps, terão o mesmo tipo de exigência.”
Mas apesar do dilema dos padrões múltiplos, prepare-se para ver os provedores aumentando suas capacidades para 56 kbps, por uma razão importante: a maior velocidade sempre ganha. “Independente de haver ou não uma verdadeira melhoria de desempenho, em conseqüência dessa tecnologia, ela chegará ao mercado dos PCs”, afirmou o analista Mark Kirstein. “O fato de que ser mais rápido e o fato disso poder ser usado como uma arma de marketing, é suficiente para que comande o mercado em grande escala.”
O objetivo dos modems de 56 kbps é substituir o RDSI como método de acesso para aplicações comerciais. Quando as pessoas quiserem 128 K, os modems de 56 K não poderão oferecer isso, mas até lá 56 K satisfarão suas necessidades de uma alta velocidade um pouco mais alta”.
Os modems de 56 Kbps podem dobrar as velocidades dos modems analógicos tradicionais. Oferecem aos surfistas mais atualizados da Web uma ferramenta mais veloz, mas  o desepenho dos novos modems está aquem do que até mesmo um único canal-B RDSI é capaz de oferecer.
 
 

V.[4.0] Os Network Computers

Com o grande crescimento da Internet como uma rede mundial de grande importância, as empresas de hardware começaram a perceber que realmente é lá, na Internet, que as coisas acontecem e por isso cada vez mais cresce uma corrida para ver quem apresenta mais novidades em termos de Internet e de computadores em geral, uma vez que, cada vez mais caminhamos para uma dependência total da rede. Foi aí que surgiu o chamado micro Internet, ou browser boy, que é um dos produtos que mais tem dado o que falar nessa corrida.
Apresentado em várias concepções, esse micro, apesar de já possuir alguns protótipos, ainda não é uma plena realidade, porém já provoca várias discussões. A proposta desse micro mais conhecida, foi apresentada pela Oracle em 1995, com o nome de Network Computer. O conceito do produto parte da observação de que a maioria dos usuários utiliza o computador apenas para escrever documentos, ler e enviar correio eletrônico, além de preencher formulários. Com base nisso, a Oracle conclui que existe extenso mercado - 1 bilhão de unidades - para máquinas com menos recursos que o PC padrão e fundamentalmente com capacidade de executar aquelas operações mais comuns. Fixou então, um chamariz de marqueting, ressaltando que o Network Computer deverá ter um custo acessível, cerca de 500 dólares, e já trará embutida a capacidade de se ligar a Internet.
Essa máquina possui os seguintes componentes básicos: Processador Risc de baixo custo; 4 MB de memória RAM; telefone ou outro dispositivo de entrada; placa de rede, interface ISDN (telefonia digital) ou T1 (satélite); vídeo com padrões VGA, NTSC e PAL; e compactação de vídeo MPEG2.

Concluindo: Será  realmente viável uma máquina deste tipo uma vez que a Internet ainda nao é um meio seguro para transmissão de dados? Talvez sim. A Internet vem evoluindo cada vez mais em termos de segurança apesar dos problemas e quedas de linha acontecerem com frequencia e facilidade. Por outro lado, a alegação de Ellison da Oracle dizendo que os micros hoje em dia são "robustos e pesadões" é totalmente inválida. Como um micro que processa a uma velocidade de 200Mhz em 64 bits com um espaço em disco de 4GB, pode ser um micro robusto ou pesado?  Além do mais seriam necessários linhas telefônicas e modems muito bom e velozes para que não haja a perda de dados e a demora ao escrever um texto pro exemplo, ou abrir algum utilitário. E se por exemplo a linha telefônica cai ao se fazer a digitação de um texto importante? E a conta Telefônica que teriam que pagar as pessoas para isso? Bom, isso o futuro nos provará.



RASTREAR IP

Artigo sobre rastreamento de IP : Rastreando Ips em chats sem ferramentas apropriadas para isso : Primeiro cheque se você tem estes arquivos : arp.exe ,arp.com ou arp.arj e tracert.exe tracert.com ou tracert.arj Tendo estes arquivos dará tudo certo. Ao estar em um chat se tem um lamaH pentelho te enchendo o saco abra o Dos e Digite : arp -a seguido de enter. Ao executar este comando ele pegará os Ips de quem estão na sala. O primeiro IP será sempre o seu . Depois do seu IP o primeiro a aparecer será o IP da pessoa que mandou a última mensagem. Caso queria ir mais fundo nisso execute este comando : tracert o IP do kra seguido de enter. Artigo escrito por «†666oFëÐëRå£o666†» adaptado por Phantom of Illusion


          Manual Definitivo de Violação a

   Telefones Públicos e Privados Versão 1.1

                         por Tom Waits
 
 

                                  Índice

0 - Aviso

1 - Introdução

1.1 - Prefácio da versão 1.1

1.2 - Pobreza de informações e pessoas mal informadas

1.3 - Conceitos básicos a respeito de telefonia

2 - Telefones privados

2.1 - Introdução

2.2 - Efetuando ligações de aparelhos sem teclas

3 - Telefones públicos

3.1 - Introdução

3.2 - Efetuando ligações gratuitamente utilizando um diodo

3.3 - Efetuando ligações gratuitamente utilizando um aparelho comum

3.4 - Conectando notebooks a telefones públicos

3.5 - Observação

4 - Caixas de verificação

4.1 - Introdução

4.2 - Efetuando ligações gratuitas de caixas de verificação

5 - Pequena FAQ sobre telefonia

5.1 - É possível tomar um choque mexendo em fios telefônicos?

5.2 - Como faço para fazer chamadas grátis de minha residência?

5.3 - O que é o BINA?

5.4 - Existe alguma maneira de se bloquear o BINA?

5.5 - As famosas "boxes" funcionam aqui no Brasil?

6 - O Autor

6.1 - PGP Key

6.2 - Agradecimentos

6.3 - Como contatar o autor
 

                                  Aviso

Antes, aquele chavão de sempre: todos os procedimentos descritos nesse documento são ilegais e
podem levar o infrator a cumprir penas de prisão e/ou pagamento de multas.

Vale lembrar também que eu sou contra qualquer tipo de vandalismo, e que todo o processo aqui
descrito não causa nenhum tipo de dano aos aparelhos telefônicos. Mesmo a longo prazo.

O cidadão idiota que copiar este documento, totalmente ou em parte, sem avisar o autor, não
passará de um lamer de primeira que não faz porra nenhuma e tenta enganar os outros mas
consegue enganar a si mesmo.

Esse texto poderá ser mencionado em outros documentos, desde que conste nesses de onde ele foi
retirado e quem o escreveu (no caso, eu :-))
 

Seção 1 - Introdução
 
 

1.1 - Prefácio da versão 1.1

Depois de ter editado a primeira versão deste manual, recebi dezenas de mensagens,
principalmente do pessoal do BHC (Brazilian Hackers Club), com várias perguntas. Algumas se
tornaram adendos e complemento para as seções e outras eu levei para uma Mini-FAQ, que está
localizada na seção 5.

1.2 - Pobreza de informações e pessoas mal informadas

Ao me deparar com alguns textos do gênero, sentia-me decepcionado ao perceber que eram
incompletos e fracos, quando o assunto em questão era a telefonia.

É triste também perceber que pessoas mal informadas e sem conhecimento técnico (embora tenham
boa vontade), assinam estes textos. Faço aqui um tutorial com material bastante útil, que explica
muitas coisas que podem ser feitas com a intenção de buscar um pouco de liberdade para se utilizar
os sistemas telefônicos.

Este texto também é destinado àqueles que se rasgam de ler textos americanos de phreaking e
boxing. Não importa o que fulano ouviu dizer que dava o sistema telefônico nacional é
completamente diferente do usado nos E.U.A. e não permite o "boxing". Ver maiores detalhes na
seção 5.

1.3 - Conceitos básicos a respeito de telefonia

Ao contrário do que muita gente pensa, os fios da linha telefônica possuem uma tensão contínua
equivalente a -48 volts. Esta tensão se altera para um valor alternado de 96 volts quando o telefone
toca. Portanto, ao lidar com os fios do telefone, tenha o cuidado de não encostar no orelhão, na
parede, ou em qualquer coisa que possa "aterrá-lo". Este cuidado deve ser redobrado se o telefone
for comunitário ou residencial. Levemos também em consideração que se o aparelho possuí uma
tensão contínua, significa que ele tem também uma polarização correta (fio positivo e fio negativo).
Na instalação do aparelho esta polarização não faz diferença, mas quando o assunto é violação, ela
deve ser observada.

Vamos lembrar também que existem dois tipos de linhas telefônicas:

A) Decádicas (ou Pulse) - são as linhas dos prefixos mais antigos do sistema telefônico. A
identificação de chamadas se dá através de uma série de sinais (pulsos), que são interpretados pela
central telefônica.

B) Multifrequenciais (ou Tone) - são as linhas dos prefixos mais novos onde trabalham o serviço
de CPA (Central telefônica com controle por Programa Armazenado). A identificação de
chamadas se dá através da decodificação de tons frequenciais em números.
 

Seção 2 - Telefones privados
 
 

2.1 - Introdução

Nesta seção, explicarei o processo (bem simples) de se efetuar ligações a partir de telefones sem
teclas ou com cadeado, muito comuns em empresas e ambientes de trabalho.

2.2 - Efetuando ligações de aparelhos sem teclas

Antes de começarmos, precisamos definir o que significa "duração de um pulso". Um pulso é
simplesmente uma interrupção no fluxo de corrente que circula na linha telefônica, e a sua duração é
entendida como o espaço de tempo decorrido do início ao fim desta interrupção.

Os pulsos enviados pelo aparelho telefônico quando você aperta o botão de algum número, são
iguais ao sinal emitido quando você coloca o telefone no gancho. A diferenciação é feita pela
central telefônica, usando como referência a duração do pulso. Se ele for um pouco maior do que
0.5 segundos (aumentar um pouco esse valor para as linhas mais antigas), a central considera que é
um pedido de linha. Se a duração do pulso for menor do que esse valor, a central irá considerar
que um número a ser discado está sendo enviado.

Para formar os números de 0 a 9, são enviado uma série de pequenos pulsos em seqüência
referentes ao número, ou seja, 2 pulsos para o número 2, 3 para o número 3 e assim por diante.
Para o número 0 são enviados dez pulsos.

Para simular esses pulsos sem a necessidade de teclas, basta usar o botão onde se "pega" a linha,
aquele onde você coloca o telefone em cima quando quer terminar uma ligação. Aperte e solte este
botão rapidamente de acordo com o número que você quer discar, espere um pouco e aperte outra
série de vezes de acordo com o outro número. Lembre-se que para o número 0 deve-se apertar o
botão dez vezes.

Faça isso com todos os números e, ao final, você escutará o tom de chamada.
 

Seção 3 - Telefones públicos
 
 

3.1 - Introdução

Nesta seção explicaremos alguns métodos de efetuar ligações com telefones públicos sem a
necessidade de se gastar fichas. Mostraremos também como ligar notebooks a telefones públicos
(se é que existe um hacker que não saiba...).

3.2 - Efetuando ligações gratuitamente utilizando um diodo

O diodo é um componente eletrônico que possui diversas utilizações. Podemos resumir seu
funcionamento basicamente na seguinte síntese:

     Um diodo (ou junção PN), permite que a corrente circule em apenas uma direção
     dentro de um circuito.

Ao se utilizá-lo para o fim aqui desejado, vamos precisar de um diodo IN4002, IN4004 ou
IN4007. Estes podem ser encontrados facilmente em qualquer casa de componentes eletrônicos.
Vamos precisar também de um resistor com valor nominal de 22K e potência de 1W.

Basta que você ligue o diodo em paralelo com o resistor (conforme tenta mostrar a ilustração
abaixo) e, em seguida, descasque os fios do telefone e ligue cada uma das pontas obtidas com o
diodo e o resistor neles.

Lembre-se: você vai apenas descascar os fios do orelhão!!! Se você cortá-los, ele vai ficar sem
linha.
 
                                                  ||
                                                  ||   fio do telefone
                                                  ||
                                                  ||
                   +------------------++-------------------+
                   |                                                              |
                   |                                                              |
                   |                   +----¦¦¦¦¦¦¦----+                     |
                   |                  /      diodo      \                     |
      ponta   +_----------+                    +------------_+   ponta
                   |                   \                   /                      |
                   |                   +----¦¦¦¦¦¦¦----+                     |
                   |                        resistor                           |
                   |                                                              |
                   +------------------++-------------------+
                                                  ||
                                                  ||   fio do telefone
                                                  ||
                                                  ||

Para executar esta tarefa, eu aconselho que você descasque os fios dos orelhões que você utiliza
com mais freqüência pois, devido ao fato dos fios do telefone público serem muito grossos, não é
um trabalho que se possa fazer tranqüila e rapidamente sem ser notado.

Você deverá observar também a polarização correta a ser utilizada. Você perceberá isso facilmente
pois, quando você ligar o diodo de maneira errada, o orelhão vai ficar sem linha.

Uma dica pessoal: os telefones de cabine e os de cartão são mais fáceis de serem violados. Alguns
orelhões comuns tem uma proteção blindada que impedem o acesso ao cabo telefônico. Embora
mesmo assim seja possível puxar o fio com um gancho, que você enfiará do lado esquerdo do
aparelho telefônico, entre o telefone e uma grade preta de sustentação que fica atrás dele, eu
aconselho que você evite esses tipos.

Vamos voltar um pouco para a parte técnica da coisa.

O diodo que estamos utilizando vai funcionar da seguinte maneira:

Quando uma ligação é completada de um telefone público, a central inverte a polarização do
telefone de -48 para 48 volts. Quando o aparelho telefônico percebe isso, ele pede uma fixa. É aí
que entra em funcionamento o nosso querido diodo. Ele permite que a tensão caia até 0 volts, mas
não permite que ela se torne positiva. Dessa forma o orelhão não vai pedir a ficha.

Nesse caso o resistor está funcionando apenas como um dissipador de potência, para que você
não dê o azar de queimar o diodo (não que ele seja caro, é que em algumas localidades ele pode
ser uma peça rara que custa R$0,10) e ficar sem telefonar. Mesmo se você não achar nenhuma loja
que venda, pegue uma placa antiga de alguma coisa que tenha queimado. Elas sempre tem diodos.

Você deve procurar uma peça pequenininha que tem dois terminais, é preta e normalmente estará
escrito IN qualquer coisa.

3.3 - Efetuando ligações gratuitamente utilizando um aparelho comum

Primeiro, você deve tomar os processos citados anteriormente para descascar os fios do telefone.
Em seguida você deve conseguir um aparelho telefônico comum e ligar cada uma das pontas dos
fios dele nos fios do orelhão.

Para facilitar a sua vida, eu aconselho que o seu telefone seja o menor possível e que você prenda
um jacaré (pequeno gancho achado em qualquer loja de componentes eletrônicos) em cada uma
das pontas do seu telefone, para facilitar a ligação no orelhão.

Aí é só efetuar a ligação normalmente.

3.4 - Conectando notebooks a telefones públicos

O processo para se conectar notebooks a orelhões, é igual ao de se conectar telefones comuns.
Resumirei nesse item, algumas considerações a respeito da fiação do notebook, que segue os
padrões da FCC Americana e é um pouco diferente da nossa.

O conector do fio do notebook, que é do tipo jack, tem quatro fios dentro dele. Arranque o
conector de plástico transparente que fica na ponta do fio, pegue os dois fios centrais e separe-os
dos fios das extremidades.

Estes dois fios centrais, são os que serão utilizados para fazer a ligação no orelhão. Eu aconselho
que você coloque jacarés neles também.

Basta conectar-se a BBS's da mesma forma que você se conecta em casa.

Caso você queira testar se está tudo OK, abra um programa de terminal qualquer e digite o
comando ATA, se fizer um barulhinho parecido com o tom de linha é que está tudo OK.

3.5 - Observação

As chamadas telefônicas se dividem em três categorias: locais, DDD regionais e interurbanas (ou
nacionais).

As chamadas locais são aquelas efetuadas dentro de sua cidade, as DDD regionais são as ligações
feitas dentro do complexo urbano onde você mora, no caso de São Paulo, as chamadas DDD
regionais são aquelas feitas para as cidades que fazem parte da Grande São Paulo: Jundiaí, Santo
André, São Bernardo, etc. As chamadas interurbanas são aquelas feitas para fora do complexo
urbano onde você está localizado. Usando São Paulo como exemplo, podemos citar o interior do
estado de São Paulo e cidades localizadas em outros estados.

Os telefones comuns efetuam chamadas locais e DDD regionais, e os telefones DDD efetuam
chamadas interurbanas, ou seja, para qualquer lugar do Brasil.
 

Seção 4 - Caixas de verificação
 
 

4.1 - Introdução

As caixas de verificação (ou armários na linguagem "técnica" da TELESP) são caixas de ferro, que
geralmente ficam localizadas em vias públicas, e são utilizadas para se fazer a checagem das linhas
do sistema e identificar problemas antes de se enfiar no subsolo para tentar resolvê-los.

Tais caixas costumam ser da cor cinza e tem cerca de 1,5 m de altura, com um código em preto
escrito na parte superior.

Elas possuem um grande número de fios telefônicos, todos eles divididos em pares. Tais caixas
podem ser facilmente abertas (se é que a que você achar já não estiver arrombada), pois
geralmente possuem uma tranca padrão em forma de triângulo que qualquer chaveiro conhecido
pode fazer. Lembre-se que você é um hacker, não um vândalo. Não vá arrombar a porra da caixa.
Isto é coisa pra quem não tem cérebro. Mesmo se ela estiver trancada com um cadeado. Se não
puder abrir um cadeado ou procurar informação de um método para abrí-lo, procure outra caixa.
Ou então esqueça que você leu esta seção.

4.2 - Efetuando ligações gratuitas de caixas de verificação

Para se efetuar uma ligação de dentro destas caixas, basta que você pegue um dos diversos pares
de fios que se encontram lá dentro e ligue eles ao seu pequeno telefone comum portátil ou a um
notebook. Não esqueça de por os fios que você tirou de volta no lugar para que, nem o pessoal da
manutenção e nem o dono da linha, percebam.

Como essas caixas de verificação costumam se situar em vias bem movimentadas, a prática desse
tipo de ligação é desaconselhada. Mas, como toda a regra tem sua exceção, fica aqui mais uma
informação para você.

Vale lembrar que de caixas de verificação, pode-se efetuar telefonemas para qualquer lugar,
inclusive chamadas internacionais.
 

Seção 5 - Pequena FAQ sobre telefonia
 
 

5.1 - É possível tomar um choque mexendo em fios telefônicos?

Como descrito no item 1.3, os fios telefônicos possuem uma tensão suficiente para dar choque
relativamente forte em uma pessoa. Este valor de tensão pode atingir um patamar em que ele pode
dar um verdadeiro coice na pessoa, no momento em que a linha envia o sinal para o telefone tocar.

Isto depende muito da situação e da pessoa. Se você estiver com a mão no orelhão e mexer nos
fios, você provavelmente vai tomar um choque legal. Se você tiver acabado de comer algo salgado,
provavelmente este choque será ainda mais forte, pois o sal aumenta a condutividade do seu corpo.

5.2 - Como faço para fazer chamadas grátis de minha residência?

Quando você efetua uma chamada, a central telefônica identifica de onde você está discando,
identifica qual o tipo de telefone que você está usando (público ou residencial), e então ela arquiva
pra onde está senda feita a ligação e toma as providências necessárias com relação a cobrança.

Essa identificação é feita na fonte e não por um sinal enviado pelo seu telefone. Desse modo, é
praticamente impossível pra você que está na sua residência, tentar driblar essa tarifação. Imagine
que sua linha telefônica não passa de um ramal de PABX.

5.3 - O que é o BINA?

O BINA, é um sistema de identificação de chamadas desenvolvido com tecnologia nacional, que
permite a quem está recebendo a chamada, visualizar o número do telefone de quem está
telefonando para ele.

O esquema teve que ser desenvolvido aqui no Brasil, pois o sistema telefônico é tão arcaico, que
não existiam pacotes prontos para se adquirir. É como você tentar comprar um Kit Multimídia para
um TK-85 ou um MSX.

Tal sistema só funciona em linhas Decádicas, portanto, se você quiser passar um trote para alguém,
procure se certificar qual o tipo de linha que ela possui. Para isso, basta você dar uma olhada no
prefixo e ligar para a sua companhia telefônica local perguntando se ele suporta CPA. Se eles
falarem que sim, então pode ficar tranqüilo e efetuar a ligação que você não corre o risco de ser
descoberto.

Mas tome cuidado com o que você vai fazer pois, sob ordem judicial, as companhias locais podem
fornecer um rastreamento de chamadas e assim descobrir de onde você telefonou.

5.4 - Existe alguma maneira de se bloquear o BINA?

Da mesma maneira que a tarifação, o BINA não pode ser driblado do telefone que você está
efetuando a chamada. Quem fornece o número que vai aparecer no aparelho do receptor, é
enviado pela central telefônica e não pelo seu telefone.

Vale que acrescentar que o sistema não funciona perfeitamente bem e que às vezes não consegue
identificar determinada chamada. Ele também não identifica chamadas de telefones públicos.

5.5 - As famosas "boxes" funcionam aqui no Brasil?

Como se pode notar nesta seção, o sistema telefônica nacional, trabalha de maneira centralizada ao
contrário do americano que trabalha de forma distribuída. E não é por acaso, pois, além de
possuírem um número bem maior de linhas telefônicas, os serviços lá são privatizados e diversas
companhias oferecem linhas telefônicas.

A tarifação se dá por diversas identificações enviadas pelos telefones e diversas centrais
distribuídas pelo país. O que os "boxes" fazem, e driblar esses sinais enviando outros de diversas
frequências diferentes.

Por exemplo, você faz uma chamada internacional mas usa uma "box" para enviar um sinal para a
central de como esta chamada fosse uma chamada local.

Já de telefones públicos (quem já foi pra lá sabe disso), depois que você efetua uma chamada,
aparece novamente um tom de linha que fica aguardando o sinal do orelhão que diz que você pagou
determinada taxa para o determinado serviço. Neste caso os "boxes" enviam os sinais no lugar do
orelhão e a chamada é completada. Esses tipos são conhecidos como Red Boxes, mas não
funcionam em todos os telefones públicos.

Se bem que, ultimamente, as centrais telefônicas estão sendo substituídas por modelos mais novos.
Isto ocorre principalmente em São Paulo. Mas caso elas permitam o "boxing", isto será um assunto
para um próxima versão desta FAQ.
 

Seção 6 - O autor
 
 

6.1 - Agradecimentos

Agradeço a todas aquelas pessoas que escreveram textos ruins sobre violação de telefones e me
estimularam a fazer um trabalho melhor elaborado.

Espero em breve poder escrever uma FAQ sobre telefonia celular, detalhando processos de escuta
telefônica e mais algumas coisas.

Obrigado ao pessoal do Brazilian Hackers Club, que mandaram perguntas que foram adicionadas à
Seção 5. Suas perguntas ajudaram também a completar algumas seções.

Hackers do Brasil, uni-vos contra o preconceito e contra o vandalismo eletrônico.

Agradeço também a todos aqueles que contribuem para que haja uma maior liberdade de
expressão em todos os meios de comunicação, em especial, a nossa querida NET.

Saudações também a todos aqueles que lutam por condições melhores de vida. Quem sabe um dia
possamos viver em um mundo mais justo e com menos desigualdades sociais.

Morte ao pensamento neoliberal.

"Lutamos por um mundo melhor. Um mundo onde você possa ser feliz sem que isso implique na
infelicidade do seu próximo"

Marcos - Líder do Exército Zapatista de Libertação Nacional

6.2 - PGP Key

Tipo Bits/IDChave Data Usuário (IDU)

pub 1024/11E9A405 1996/12/21 Tom Waits
 
 

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=+Fdu

-----END PGP PUBLIC KEY BLOCK-----
 
 
 
 
 

6.3 - Como contatar o autor

Para esclarecimentos ou correções, mande-me um e-mail ou procure-me no Brazilian Hackers
Club. Uma associação mantida da livre iniciativa de um cara muito dedicado que atende por Liquid
Byte.

Terei prazer em responder a perguntas inteligentes, não sou fresco como alguns membros da
comunidade...

Dependendo do que você for perguntar, isto é, coisas comprometedoras, use o PGP. Tenha bom
senso. Se você fizer perguntas idiotas, receberá respostas cretinas.

e-mail: tom.waits@usa.net

LiquidByte home-page (Brazilian Hackers Club)

http://geocities.datacellar.net/SiliconValley/Heights/6152/

Free Speech!!!

Rage Against The Machine.
 

                          Arquivos Úteis

     Bina   (16,4k) - Isso mesmo, aquele aparelho que dá o telefone de quem esta chamando...

     Allboxes (61,3k) - Texto explicativo em inglês de todas as caixas americanas.

 


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