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Arquivo de atualizações Imprensa CE - Mar/2005
ATUALIZAÇÃO N.º 256 - 07/03/2.005
ABSURDO – Como prova cabal de que as editorias de política dos jornais impressos e as emissoras de TV se transformaram em meros registradores do cotidiano político local, há na Assembléia Legislativa uma situação absurda à qual os que cobrem o setor têm se mantido distantes, seja por incompetência, seja por omissão voluntária. Infelizmente os profissionais e falsos profissionais que cobrem a Casa fazem o mero papel de, digamos, taquígrafos.
ABSURDO – Cada deputado estadual tem direito a nomear 15 assessores para seus gabinetes, com salário variando entre R$ 1 mil e R$ 7 mil. Entre os lotados nos gabinetes, número excessivo, além da cota, pessoas que nem aparecem na sede do Legislativo Estadual e até nomes bem conhecidos da população. Muitos deputados mantêm na folha de pagamento da Assembléia assessores, mesmo não estando no exercício da atividade parlamentar. Tudo, claro, custeado pelo suado dinheiro tomado do bolso do contribuinte.
ABSURDO – O deputado Mauro Filho (PPS), atualmente ocupa a função de secretário de Administração do Estado, mas mantém 16 assessores à custa do erário: Adailson Sousa Lima, Alexsander Magalhães Bastos, Amilton Sousa Lima, Irana Melo de Oliveira Marques, George Melo Escóssia Barbosa, Lusiane Maria Bezerra de Oliveira, Manuel Francisco de Oliveira, Maria Genesilda Lima Mesquita, Maria Laurenice Moreira, Maria Vanda Ximenes Albuquerque, Mirian Castelo Branco Demes, Otacílio Pinto de Macedo Neto, Paulo Sérgio Sales de Carvalho, Terezinha de Jesus Martins, Tozel Neto Diógenes Pessoa, Vera Pessoa Bezerra de Menezes.
ABSURDO – Mesmo cassado, o ex-deputado Sérgio Benevides (PMDB) tem também assessores ainda recebendo pela Assembléia: Adriana Matos Rocha Arrais Maia, Alexandre de Borba Vasconcelos, Anísio Silva de Alcântara, Danielle Lima Nogueira, Delânia Benevides Barbosa Gomes, Eduardo Daladier Lessa Barroso, Francisco Cláudio Pinto Pinho, Francisco Osório da Silva, Margarida Maria Paula Furtado, José Laureano da Silva – ex-vereador de Fortaleza –, Luiza Fernandes Dantas, Margarida Maria Bezzato de Magalhães, Maria das Graças de Oliveira Pinheiro, Maria de Fátima Alves Barroso, Silviane Sousa Paula Costa, Solange Lisboa Marinho Almeida, Tarcísio Caminha Duarte, Raimundo Medeiros de Sousa Filho, Priscila dos Santos Freire, Naiana de Magalhães Benevides, Maria Luiza Teixeira, Vinicius Benevides Leite Barbosa. São 22 assessores, bem mais do que os 15 permitidos, ainda que ele estivesse no exercício do mandato.
ABSURDO – Agenor Neto, apesar de ter sido eleito prefeito de Iguatu e já estar no exercício do mandato no Executivo daquele Município, tem os seguintes assessores na folha da Assembléia: Carlos Silva – que é um dos três assessores de comunicação da Câmara Municipal de Fortaleza, não podendo, portanto, acumular as funções –, Anternildo Queiroz de Abreu, Antonio Bandeira Junior, Fabiano Mendonça Calixto, Francisca Amélia Gomes Rodrigues de Sousa, Janier Facó Peixoto Maia, Lineu Jucá Martins, Londrina Maria Alves de Sousa, Maria Neuracy Chaves Florentino, Maria Joaneide Augusto Chaves, Mirlândia Alves Oliveira, Maria Zênia de Oliveira Brasil, Natanael Cortez Barros, Miguel Erasmo Rocha Alencar, Theognis Martins Teixeira Florentino, Wilton Correia Lima Neto, Wolka de Yaracy Gomes Frota, Walter Queiroz Maia, Valdenor Pinheiro Silva, Sheila Rabelo Cavalcante. São vinte assessores pagos pelo povo.
ABSURDO – Até mesmo os 21 assessores da ex-deputada e hoje prefeita de Fortaleza, Luzianne Lins (PT), ainda constam da folha de pagamentos da Assembléia: Afonso Tiago Nunes de Sousa, Ana Javes Andrade da Luz, Antonio Carlos de Freitas Souza, Carlos Marcos Augusto, Francisca Enelsa da Costa Catanho, Francimara Carneiro Araújo, Francisco Adalton de Oliveira Ferreira, Francisco de Assis Feitosa de Araújo, Helena Rodrigues Barroso, Jose Ferreira de Sousa, Marcus Roger Gomes de Medeiros, Marcus Vinicius de Oliveira, Maria Vânia Lopes Braga, Maria de Fátima Flor da Silva, Maria Edite Silva, Mitchelle Benevides Meira, Nágela Raposo Alves, Waldemir Catanho de Sena Júnior , Telma Regina Venâncio Vaes, Simone Chagas Holanda, Raimundo Nonato Lima Ângelo.
ABSURDO – Apesar de estar no exercício do cargo de prefeito de Juazeiro do Norte, o ex-deputado Raimundo Macedo (PSDB) mantém nada menos do que 24 assessores na folha do Legislativo Estadual: Airton Oliveira Lima, Denúsia Gurgel do Vale, Francisco Acácio da Silva, José Genilton Silva, Hortência Maria Cavalcante Pinto, Francisco Cruz, José Adailton Macedo, Jesus Lucélio Leite Callou, Jose Mauro Gonçalves de Macedo, José Orivan Fernandes Sousa, Maricoele Gonçalves de Macedo, Robson Paula Albuquerque, Rodrigo Fraga, Marcos Ayala Farias de Almeida Nicolau, Maria Helena de Assis Fernandes Garcia, Maria Neuma Coelho, Neudimar Fraga, Marta Maria Jucá Pordeus, Michele de Oliveira, Tereza Mônica de Andrade, Margarida Maria Fernandes Macedo Castelo, Rosilene Silva de Sousa, Samantha Cavalcante de Brito, Silvia Helena da Silva Góis.
ABSURDO – A atual prefeita de Caucaia, Inês Arruda (PMDB), ainda tem seus 18 assessores remunerados pela Assembléia: Alba Valéria de Freitas, Ana Lúcia Vidal Sousa, Claudeci Pinho Rodrigues, Emanuela Pinho Rodrigues, Francisca Lucilde Carneiro de Lima, Harnesson Carneiro de Lima, Francisco de Assis Rodrigues da Silva, Hercilia Maria Barroso do Nascimento, Juarez Gomes de Oliveira, Lúcia Maria Magalhães Correia, Luciana Correia Barros, Lucilla Fonseca Ferreira, Maria Ednusa da Silva Nojosa, Mikael Tenório Freire, Raimundo Alves Peixoto, Webster Costa Pinheiro, Vanessa Siqueira de Oliveira, Ana Laura Gomes Braga.
ABSURDO – Mesmo estando ocupando o cargo da Ouvidoria e Meio Ambiente, Vasques Landim (PSDB) ainda assim tem 13 assessores pagos pelo contribuinte cearense, via Assembléia: Allan Sabry Monroe, Allan Sabry Monroe Filho, Edineila Farias dos Santos, Edna Maria dos Santos Braga, Cláudia Maria dos Santos Braga, Fernandes Antônio Souza da Silva, Jorge Sabry Monroe, José Maria Lopes de Sousa, Luiza Helena Amaral Oliveira, Marivalda da Silva Araújo, Zulmira Araújo Oliveira, Rafael Sousa de Abreu, Ronaldo Alves Fontenele. Três pessoas da mesma família: Sabry Monroe.
ABSURDO – Mesmo tendo sido eleito prefeito de Acaraú o ex-deputado estadual Manoel Duca da Silveira, o “Duquinha” (PMDB), ainda tem 17 assessores pagos pela “viúva”: Amadeu Ferreira Gomes Filho, Eneida Soares Pinto, Filomena Odete Ribeiro Ferreira Gomes, Francisco José Magalhães da Silveira, Gleick de Freitas Sousa, Francisco Flávio Silveira Gomes, Liduína Silveira Gomes Vasconcelos, Maria Albani Morais Ferreira Gomes, Rossana Borburema Ferreira Gomes, Waldivia Gurgel Ferreira Gomes da Silveira, Rose Inês Giffoni Moura Araújo, Ricardo Ferreira Gomes Matos, André da Silveira Ribeiro, Carson Alves Pereira, Francisco Pereira Júnior, Paulo Sérgio Farias Aragão, José Arnaldo Silva dos Santos.
ABSURDO – O caso de Duquinha possui ainda mais agravantes. Amadeu Ferreira Gomes Filho foi apontado pelo ex-prefeito de Acaraú, Jaime Ferreira Gomes, num vídeo gravado antes de seu assassinato, como um dos mandantes do crime. Mas uma assessora chama também a atenção: Maria Albani Morais Ferreira Gomes.
ABSURDO – Na década de 80, Maria Albani tornou-se amante do então deputado estadual Orzete Ferreira Gomes e com ele tramou o assassinato do próprio marido, o construtor Francisco Adalberto Feitosa, que foi atraído para a morte, o famoso “cheiro do queijo”, e assassinado pelo então deputado – que também é coronel da reserva do Exército – com a ajuda do caseiro do sítio que pertencia ao assassino, onde o corpo – ossada, na verdade – acabou sendo achado, numa cova rasa.
ABSURDO – Seria quase um crime perfeito, não fora as desconfianças da família do construtor. Para os familiares do marido, Albani e Orzete disseram que Adalberto havia sumido, abandonado a família. Com a eliminação do construtor, o então deputado e sua assessora puderam, enfim, assumir o romance, inclusive indo morar juntos. Não fosse o trabalho e empenho da Polícia Civil muito provavelmente o crime ainda estaria no rol dos insolúveis. Na época Albani chegou ao cúmulo de, quando prestou depoimento à Polícia, dizer que não reconhecia a aliança encontrada com o cadáver, cujo nome dela estava gravado. Orzete é pai do vereador de Fortaleza Marcílio Ferreira Gomes (PSDB).
ABSURDO – É um absurdo que o contribuinte cearense pague mais essa conta. Assessores de deputados que não são mais parlamentares ou não estão no exercício do mandato, além do excessivo número e de outros com o retrospecto de Maria Albani e Amadeu Ferreira Gomes são remunerados com o dinheiro dos impostos pagos pelo povo. E pensar que o governo instituiu um tal Fecop – Fundo Estadual de Combate à Pobreza – que elevou o percentual de ICMS de produtos e serviços que o Executivo considerou supérfluo, como telefone e gasolina, com a desculpa sempre de assistência social. Ora, bastaria que o próprio Executivo cortasse despesas, bem como o Legislativo. Que o presidente do Poder, Marcos Cals (PSDB) esclareça esses absurdos.
ABSURDO – Também há na Assembléia o vicioso e danoso costume de remunerar “profissionais” de imprensa através do Comitê de Imprensa. Ora, o comitê é formado por profissionais e falsos profissionais que já tem a incumbência de fazer a cobertura do Poder, então não é correto, ético nem moral que essas pessoas recebem dinheiro do contribuinte. A Câmara Municipal de Fortaleza também praticava essa promiscuidade, mas há alguns anos foi suspensa. Não se tem notícia se a sinecura voltou ou não a ser paga.
ABSURDO – Não é possível que as pessoas encarregadas da cobertura do Legislativo Estadual continuem a ser meros instrumentos de registro do dia a dia da Casa. Existem três justificativas para essa situação de inércia: incompetência, preguiça ou omissão. Ou as três juntas. Outro problema que existe há muito tempo na Assembléia é a famosa “rachadinha”, ou seja, parte do salário do assessor é destinada ao parlamentar que o nomeia para seu gabinete. São muitos, mas muitos mesmo esses casos. Sob os olhares omissos dos “profissionais” de imprensa.
ISENÇÃO – A cobertura do assassinato do vigia José Renato Coelho Rodrigues, crime praticado pelo juiz Pedro Pecy Barbosa Araújo, transformou-se numa arma na guerra pela audiência por parte das emissoras de TV. Até aí nada de muito condenável, pois essa é a realidade do mercado. O que faltou e está faltando, com ou sem intenção, é isenção.
ISENÇÃO – O crime foi estúpido – como qualquer crime –, sem justificativa ou compreensão, mas cabe à opinião pública e à Justiça o julgamento do réu. Isso não é atribuição de apresentadores e repórteres. Até se pode entender que é um pouco difícil manter a emoção distante do fato, mas quem está conduzindo um programa, uma reportagem num meio de comunicação necessita disso. Até mesmo para que possa cobrar isenção dos que terão a responsabilidade de julgar o réu.
CONTESTÁVEL – Em uma matéria veiculada pelo Diário da Manhã (TV Diário), sobre os crimes registrados pelos circuitos internos de TV, a repórter (?) Clotilde Dantas disse que a “gravação das imagens dos crimes tem sido prova incontestável na Justiça”. Não existe prova incontestável no âmbito do Judiciário. Algumas provas são mais robustas do que outras, possuem probabilidade de aceitação da contestação reduzida, mas, em princípio, à toda prova comporta contradita.
CONTESTÁVEL – Os advogados do réu, por exemplo, já trataram de contestar a gravação, afirmando que o tiro teria sido acidental. A gravação, as circunstâncias, os testemunhos, os laudos periciais e todo um conjunto de evidências sim, podem assumir ares de incontestação para quem irá julgar o caso.
CONFUSO – No mesmo programa surgiu um tal João Neto, apresentado como professor de Direito, afirmando que “por se tratar de um juiz o crime não será julgado por um juiz singular, mas pelo pleno do Tribunal de Justiça”. O problema é que, mesmo se não tivesse como réu um magistrado, o crime de homicídio não é julgado por juiz singular. Constitucionalmente cabe ao Tribunal do Júri o julgamento. A fase de aceitação de denúncia, instrução criminal e pronúncia sim, é conduzida por um juiz singular, mas o julgamento não.
CONFUSO – Como não foi informado em qual curso de Direito o rapaz leciona, fica difícil para os incautos se precaverem de “professores” como esse. Mão é à toa que a OAB cada vez mais se preocupa com a proliferação desenfreada de “cursos de Direito”, muitos deles com corpo de professores do nível desse que foi entrevistado pelo Diário da Manhã.
OMISSÃO – Ainda sobre o assassinato do vigilante a TV União simplesmente preferiu não noticiar nada. Foi a única dentre as emissoras. Preferiu continuar fazendo o trabalho de porta-voz oficial da Prefeitura de Fortaleza. Nem nas notícias que saem em caracteres o assunto foi abordado. Pelo visto o jornalismo da emissora considerou que era mais importante puxar o saco da prefeita do que noticiar o fato jornalístico.
SUGESTÃO – Agora que a cearense e ex-Big Brother Brasil Natália Nara assinou contrato para posar nua para a revista Playboy, depois do que andou falando do Ceará, o Em Off sugere para cenário das fotos a avenida Leste-Oeste, com direito a cliques, na praia e na escadaria do Instituto Médico Legal... a moça nua em pêlo, deitada na escadaria, em meio a pernas, braços, cabeças, pés, mãos, orelhas – não, orelhas não, as dela já são respeitáveis –, uma vez que acusou o IML de despejar pedaços de corpos naquela praia...
GUERRA – Na guerra pela audiência entre o Cidade 190 (TV Cidade) e o Barra Pesada (TV Jangadeiro), após o término do horário de verão o Barra está perdendo no Ibope para o 190. O programa da TV Jangadeiro, que monopolizou a audiência no horário quando estava sozinho, só consegue recuperar uma parte dos índices que detinha quando o programa da TV Cidade acaba. Essa guerra está influindo até em emissora que não possui programa policial naquele horário.
PÉROLA – Que o crime praticado pelo juiz Percy Barbosa causou indignação à sociedade não se discute, mas alguns profissionais de imprensa ficaram atônitos mais do que o permitido. Isso talvez explicaria essa preciosidade publicada pelo jornal Diário do Nordeste, edição do dia 02/03: “O pai, Renato Coelho, compareceu acompanhado de familiares e do filho de José Renato, de apenas 6 anos de idade. Nas entrevistas que concedeu, pediu providências ao Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, para que evitem a impunidade”. Supremo Tribunal de Justiça? Mas que Corte é essa criada pelo jornal? Um cruzamento do Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça.
PERTO – O tema Assédio Moral foi abordado no programa Assunto de Mulher, da TV Diário. O assunto refere-se a tratamento indigno dispensado por chefes a seus subalternos. Segundo consta muita gente gostaria que diretores da emissora tivessem assistido ao debate, principalmente quanto ao fato de que já há jurisprudência sobre a matéria, através da condenação, pela Justiça Trabalhista do Rio de Janeiro, de um empregador que tratava desrespeitosamente um funcionário.
BABANDO – Semana passada também esteve na emissora o Delegado Regional do Trabalho, Alberto Fernandes, que foi entrevistado sobre a inclusão de deficientes físicos em postos de trabalho. Poucos metros do estúdio o titular da DRT-CE poderia encontrar na redação muitos falsos profissionais do jornalismo e perdeu a oportunidade de autuar a TV Diário pelos falsos profissionais e estudantes de jornalismo que executam trabalho privativo de jornalistas profissionais. Os poucos – ainda existem – jornalistas profissionais da emissora ficaram babando, esperando que Alberto aparecesse pela redação, uma vez que a maioria deles é registrado como radialista e recebe salário abaixo da metade do piso salarial da categoria original. Mas no que depender do petista Alberto “Gato” Fernandes o problema continuará sendo ignorado pela DRT-CE.
TROCA-TROCA – O falso profissional Paulo César Norões agora só apresenta o programa Debate Bola na TV Diário, aos domingos. Na semana o cidadão voltou a atuar como repórter da TV Verdes Mares. Com isso a esposa dele, Simone Morais, deixou a TVM e migrou para a TV Diário. Mas o genro dela, Edilmar Norões, já prepara um jornal que será incluído na grade para não deixar a nora fora do vídeo. Nesse troca-troca pelo que parece só não houve troca do salário da TVM para a “gorjeta” que a TV Diário paga a profissionais e falsos profissionais de seu plantel.
CONFUSÃO – Ao vivo, na edição do Bom Dia Ceará (TV Verdes Mares) do dia 03/03, Daniely Portela, após gaguejar, disse que iria abordar o “caso do vigilante que matou o juiz”. Força do hábito, talvez.
IMAGENS – Em termos de imagens exclusivas de notícias a TV Verdes Mares deixou de ser referência. Outrora tida como “bicho-papão” nas imagens exclusivas, a emissora perdeu imagens importantes para a caçula do grupo, TV Diário e para a TV Jangadeiro. Para a primeira patinou nas imagens da saída do juiz Pecy Barbosa no dia em que foi prestar depoimento no Tribunal de Justiça. Para a segunda, as imagens do circuito interno do supermercado mostrando a chegada e a saída do juiz, além da testemunha que, segundo alega, tentou evitar o crime.
ASSINATURA – Depois das catracas eletrônicas e do cartão de ponto – que acaba não tendo utilidade, pois não há remuneração das horas extras – a TV Diário agora obriga os funcionários a assinar livro de ponto na redação. O cartão de ponto perdeu sua validade e no livro só deve ser colocado o horário de trabalho oficial de seis horas. Quem entra no horário já assina que saiu – ou teria saído – seis horas depois, mesmo que passe de seu horário de trabalho, o que não é remunerado.
PARA REFLETIR – “Ante o que foi exposto, não adianta nada bater na tecla de que faltam recursos, por mais que brade a Prefeitura, não vai ecoar sensivelmente na consciência coletiva. Criação de Secretarias e Coordenadorias representa mais sangria no erário. Além de folhas de pagamento dos novos quadros, há despesas com a acomodação de tais órgãos, aquisição de veículos, etc. Há contradição na essência das informações: pobreza franciscana nos cofres e ''burguesismo'' na exibição. Pode ser que o marxismo ortodoxo esotérico da prefeita chegue a uma síntese que minha vã filosofia não alcança”. (Adísia Sá, em artigo publicado pelo jornal O Povo, edição do dia 01/03)
ATUALIZAÇÃO N.º 257 - 14/03/2.005
ABSURDO – Semana passada o Em Off divulgou lista de assessores que constavam da folha de pagamentos da Assembléia Legislativa, mesmo estando lotados em gabinetes de deputados que ou não fazem mais parte daquele Poder ou estão licenciados para exercício de outra função. Até os assessores do cassado deputado Sérgio Benevides (PMDB) ainda eram remunerados pela “viúva”. Muitos eram os que recebiam por conta do contribuinte cearense sem que trabalhassem.
ABSURDO – Entre os muitos casos absurdos, os nomes dos radialistas Carlos Silva e Arnaldo Santos, que atualmente são assessores de comunicação da Câmara Municipal de Fortaleza. Mas havia ainda os casos de Amadeu Ferreira Gomes, acusado pelo falecido prefeito de Acaraú, Jaime Ferreira Gomes, em vídeo gravado – lógico – antes de assassinado, de ser um dos beneficiados e provável mandante caso perdesse a vida, além de Maria Albani Ferreira Gomes, que no meio da década de oitenta tramou o assassinato do marido, Adalberto Feitosa, atraído para o “cheiro do queijo” na fazenda do então deputado estadual Orzete Ferreira Gomes, que praticou o crime com a ajuda de um funcionário, enterrando o corpo em cova rasa. O então deputado era amante de Maria Albani, que era uma das integrantes da folha de pagamento da Assembléia.
ABSURDO – Ambos estavam lotados no gabinete de Manuel Duca da Silveira Neto, que desde o primeiro dia desse ano foi empossado no cargo de prefeito do município de Acaraú. As denúncias tiveram repercussão na Assembléia, muito embora o presidente Marcos Cals tenha respondido apenas com um sorriso às pessoas que o questionaram sobre o fato.
ABSURDO – O presidente determinou que fossem cortados da folha de pagamento, pelo menos oficialmente, alguns dos assessores de deputados que não estão mais naquela Casa, mantendo os dos que estão licenciados para o exercício de outra função. Os assessores de Sérgio Benevides, Agenor Neto, Inês Arruda, Manoel Duca e Raimundo Macedo não constam mais na folha de pagamento como lotados em seus gabinetes. O problema é que a emenda ficou pior, mas muito pior do que o soneto.
ABSURDO – Alguns dos assessores apenas migraram de gabinetes e departamentos da Assembléia. Dessa forma Amadeu Ferreira Gomes continua recebendo salário pago pelo contribuinte, lotado no gabinete do deputado Manoel de Castro (PMDB), que assumiu a titularidade após a posse de deputados de seu partido eleitos prefeitos, dentre eles o que dantes o mantinha em seu gabinete, Duquinha.
ABSURDO – Maria Albani não consta mais, pelo menos oficialmente, da folha de pagamentos do Legislativo Estadual. Filomena Odete Ribeiro Ferreira Gomes e Ricardo Ferreira Gomes de Matos foram outros dois dos assessores de Duquinha, além de Amadeu Ferreira Gomes, que migraram para o gabinete do também peemedebista Manoel de Castro. Gleik de Freitas Souza, Liduina Silveira Gomes Vasconcelos, Rossana Borburema Ferreira Gomes e Waldivia Gurgel Ferreira Gomes da Silveira – é muito Ferreira Gomes junto, aliás, existem nada menos de 15 pessoas com esse sobrenome na folha de pagamentos da Assembléia – agora estão lotados no Departamento de Recursos Humanos da Assembléia. Aliás, esse Departamento inchou bastante, tendo recebido muitos dos que figuraram na lista de assessores de deputados que não estão no exercício parlamentar. Carlos Silva e Arnaldo Santos também figuram mais oficialmente na lista de pagamentos do Poder. Os deputados Vasques Landim e Mauro Filho, que ocupam secretarias estaduais continuam com assessores pagos, muito embora não estejam no exercício do mandato.
ABSURDO – O RH da Assembléia também recebeu na folha José Orivan Fernandes de Sousa e Marta Maria Jucá Pordeus, que constavam da folha de pagamentos da Assembléia lotados no gabinete do ex-deputado e agora prefeito de Juazeiro do Norte Raimundo Macedo (PSDB). Mas o caso mais curioso e absurdo mesmo se verifica na primeira secretaria, ocupada pelo deputado Gony Arruda (PSDB). Nada menos do que 255 – isso mesmo, 255 não é erro de digitação – pessoas estão lotadas naquele gabinete. O que faz concluir que muita, mas muita gente mesmo continua a receber sem trabalhar, uma vez que não há espaço físico para acomodar todas essas pessoas, nem em nenhum outro setor ou gabinete do Legislativo.
ABSURDO – José Genilton Silva e Robson Paula Albuquerque foram dois dos que constavam na relação de assessores do gabinete de Raimundo Macedo que foram “encaixados” no gabinete da 1ª Secretaria que, dentre outros absurdos, curiosamente tem duas pessoas lotadas incluídas na função de “datilógrafo”, quando se sabe que a Assembléia está totalmente informatizada. É muita gente num gabinete só, uma multidão sangrando os cofres públicos e fazendo escoar pelo ralo o suado dinheiro tirado do bolso do contribuinte. Daí se pode começar a entender de onde vem também a culpa, por exemplo, do sucateamento do aparelho policial do Estado, do fechamento de escolas da rede estadual, do estado de penúria que se encontram os hospitais públicos, etc.
ABSURDO – Como se não bastasse, além dos 255 assessores e funcionários lotados no gabinete da 1ª secretaria, outros 28 também estão recebendo pela Assembléia via gabinete do deputado Gony Arruda. Ora, ainda que exista a argumentação de que o exercício do mandato parlamentar deve ser dissociado da função de primeiro secretário – o que na prática não existe –, trata-se de dois números excessivos, abusivos, absurdos.
ABSURDO – Depois de Gony Arruda, os deputados que mais possuem assessores são o presidente Marcos Cals (PSDB) e Domingos Filho (PMDB), que é segundo vice-presidente, com 43 cada. Cals tem 28 lotados no gabinete da presidência e 15 em seu gabinete próprio. Domingos tem 26 no gabinete próprio e 17 na 2ª vice-presidência. O terceiro secretário, Fernando Hugo (PSDB), tem lotado em seu gabinete próprio 26, além de outros 12 no da mesa diretora, perfazendo 39. O segundo-secretário José Albuquerque (PPS) possui 30 em seu gabinete – é o que mais possui – e dois pela mesa diretora, totalizando 32. O primeiro vice-presidente, Idemar Citó (PSDB) tem 29 em seu gabinete e mais 09 pela mesa diretora, somando 38. O quarto secretário, Gilberto Rodrigues (PHS) possui 28 assessores: 25 em seu gabinete e 3 pela mesa.
ABSURDO – O deputado Pedro Uchôa (PMDB) conta com 29 assessores em seu gabinete. Ele é seguido de perto pelos deputados Jaziel Pereira (PHS), que está licenciado e, quem diria, Heitor Férrer (PDT), ambos com 28 assessores cada em seus gabinetes. Com 27 assessores cada aparecem nesse triste ranking os deputados João Jaime (PSDB), Carlomano Marques (PMDB), Francisco Caminha (PHS) e Leda Moreira (PSL), que está licenciada e em seu lugar está Silvio Frota (PAN). Em seguida registra-se um empate quádruplo: José Sarto (PPS) – que ocupa a vaga de Mauro Filho, licenciado –, Lucílvio Girão (PL), Rogério Aguiar (PSDB) e Moesio Loiola (PSDB), todos com 26 assessores cada, lotando seus gabinetes.
ABSURDO – Com 25 assessores cada estão empatados os deputados Artur Bruno (PT), Delegado Cavalcante (PDB), o também tucano Osmar Baquit e Gislaine Landim. Com 24 assessores cada estão empatados os tucanos José Maria Pimenta e Meyre Costa Lima, Antônio Granja (PPS), Marcos Tavares (PPB) e Caetano Guedes. Com 23 assessores empoleirados em seus gabinetes estão os tucanos Pedro Timbó e Francisco Aguiar, o peemedebista Sávio Pontes, o petista José Guimarães e Chico Lopes (PC do B). O peemedebista Manoel de Castro e a petista Íris Tavares possuem, cada, 22 assessores em seus gabinetes. Isolado aparece o deputado licenciado Mauro Filho (PPS), que mesmo sem estar no exercício do mandato, ainda tem 21 assessores pagos pelo contribuinte. O radialista Gomes Farias (PSDC) está isolado em sua posição, com 19 assessores, seguido pelos tucanos Tânia Gurgel e Francini Guedes, além de Ivo Gomes (PPS), os três com 17 assessores cada. O pastor evangélico Ronaldo Martins (PL) divide a posição com os tucanos Marcelo Sobreira, que é suplente e o titular Vasques Landim, que cedeu o posto por estar licenciado mas mantendo seus cargos comissionados, todos com 16 assessores.
ABSURDO – O tucano emplumado Sineval Roque conta com 15 assessores revoando por seu gabinete, enquanto seu colega de partido Paulo Duarte possui 14. O próximo da lista decrescente é também um tucano, Adahil Barreto, com 12 assessores. Colado nele está o petista Nelson Martins, com 11, Guaracy Diniz de Aguiar, que nem está mais em exercício de mandato, com 7 e na rabeira o suplente Teo Menezes, com 11.
ABSURDO – A verba de gabinete serve para que o parlamentar possa contratar profissionais que dêem suporte ao exercício de seu mandato, tais como advogado, jornalista, engenheiro, secretária, etc. O problema é que a maioria dos legisladores prefere realizar manobras para embolsar parte ou todo o dinheiro. Muitos são os que nomeiam parentes ou conhecidos e fazem a chamada “rachadinha”, ou seja, ficam com a metade ou um percentual maior que isto do valor do salário. Existem até mesmo os que embolsam o valor integralmente. Essa prática não é nova, tampouco é desconhecida pelos dirigentes do Poder e, principalmente, pela imprensa que cobre a Casa.
ABSURDO – Difícil não pensar que, com 283 pessoas recebendo salário por apenas dois gabinetes – gabinete próprio e da 1ª secretaria – não se verifique essa distorção.Trata-se de uma enorme irresponsabilidade para com o dinheiro do povo. Afinal como o Legislativo vai fiscalizar o Executivo, cobrar deste último moralidade na aplicação da verba pública se também age da mesma forma errada? Uma farra lamentável baseada na miséria da população, pois o dinheiro destinado às essas ilicitudes é, também, o que falta para resolver ou minorar o problema do caos da segurança pública, da educação, da saúde, da fome.
ABSURDO – Há ainda o absurdo praticado pelo deputado-radialista Gomes Farias, que tem pelo menos um dos repórteres de sua equipe esportiva, André Ribeiro, pago às custas do contribuinte. O moço figura entre os assessores lotados no gabinete do parlamentar. Infelizmente o presidente da Assembléia tomou apenas uma medida para maquiar a situação de absurdo naquele Poder. Precisa explicar porquê assessores de deputados que não estavam mais no exercício do mandato – incluindo-se aí a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins – continuavam até semana passada na folha de pagamentos do Legislativo Estadual, porquê há superlotação de assessores nos gabinetes, pessoas que respondem, responderam processo ou estão sob suspeição recebiam e recebem salário bancado pelo povo, etc., etc., etc. A imprensa que cobre aquela Casa também precisa deixar de ser mera registradora do cotidiano dos deputados. Não é possível que a mídia local continue a fazer vistas grossas para esses absurdos, seja por incompetência ou omissão.
RESPONSABILIDADE? – Falando em Assembléia e Imprensa, quando recebeu o prêmio Tancredo Carvalho, concedido pelo Parlamento Estadual, o editor de política do jornal O Povo, Erick Guimarães, ao ser entrevistado por uma emissora de TV sobre a conquista do prêmio, declarou o seguinte: “essa é a prova de que o jornalismo pode ser feito com responsabilidade”. Pode? Não! O jornalismo não pode, ele tem que ser feito com responsabilidade, em todos os sentidos e em todas as ocasiões.
CORPORATIVISMO – É fato que um desembargador ligou para o comandante do policiamento de Sobral, coronel Jarbas, afirmando que o juiz Pecy Araújo, que assassinou o vigilante José Renato, iria apresentar-se à Justiça naquele Município. Com isso o aparato para a prisão do magistrado foi desmontado ou sequer chegou a ser montado. Afinal, sendo uma figura pública e conhecida na Cidade e cercanias não seria difícil para a Polícia prendê-lo ainda em flagrante. Mas não foi isso o que aconteceu.
CORPORATIVISMO – Fato também de que, adversamente do que comunicou o desembargador ao policial militar, Pecy Araújo acabou se apresentando, acompanhado do também juiz Paulo de Tarso, ao Tribunal de Justiça em Fortaleza.
CORPORATIVISMO – É também fato de que o pleno do TJCE não esperava pelo pedido de prisão apresentado pelo procurador Maurício Carneiro, indicado pela Procuradoria Geral de Justiça para atuar no caso. Enquanto a sessão do TJ acontecia a assessoria do procurador preparava o pedido, aproveitando a presença da imprensa no local e a comoção que o crime provocou na população para funcionarem como elementos de pressão aos desembargadores.
CORPORATIVISMO – Mas fato é também, ainda que não divulgado, que também um desembargador, após a atitude de Maurício Carneiro, telefonou para a Procuradora Geral de Justiça, Iracema do Vale, para pedir a substituição do procurador. A titular da PGJ conseguiu responder cortesmente que já havia feito a indicação e não teria como fazer tal substituição. Infelizmente os fatos apontaram para uma ação extremamente corporativista com o sentido de favorecer o magistrado que cometeu o crime. O corpo foi retirado do local antes que a perícia da Polícia Civil estivesse no local, que foi logo lavado. Não há desculpa nem justificativa para a atitude do coronel PM. Trata-se de um agente público da lei, que não pode agir em desacordo com esta.
DISTORÇÃO – Além de trazer de volta ao vídeo uma patota de falsos profissionais – Marilena Lima, Cícero Lúcio e Euri Andrade – o programa “Cartão Vermelho”, da TV União, está funcionando, primordialmente, como instrumento de promoção de seu apresentador, o vereador Ferreira Aragão. O parlamentar utiliza o programa para fazer autopromoção, sempre enfatizando que foi votado em bairro tal e colocando imagens das ruas no ar.
DISTORÇÃO – As matérias também são basicamente direcionadas para isso. Além do condenável e execrável clientelismo, as matérias feitas na Câmara Municipal, por exemplo, em sua maioria tem o vereador do PDT como figura principal, além da prefeita Luizianne Lins. Ferreira é um dos três líderes da prefeita na Casa. Ferreira foi eleito graças à sua exposição enquanto apresentava o programa Cidade 190, na TV Cidade, que deixou de apresentar depois que se negou a votar no então candidato à presidência da Câmara Carlos Mesquita, como queria o proprietário da emissora, Miguel Dias, preferindo sufragar o nome do candidato de Luizianne, Tin Gomes, que acabou eleito.
DISTORÇÃO – O vereador sabe que os meios de comunicação são pródigos em facilitar a eleição à cargos no Legislativo e Executivo, e a cada eleição surge um novo eleito pela mídia. Aconteceu assim com Tadeu Nascimento em 1992, quando se elegeu vereador em Fortaleza e apresentava o Barra Pesada (TV Jangadeiro); com Afrânio Marques que também foi eleito vereador da Capital quando era repórter do extinto programa Aqui & Agora (TV Cidade); com o delegado Francisco Cavalcante, eleito deputado estadual quando era habitué de todos os programas policiais e, agora em 2004, com ele, Ferreira Aragão. Vale lembrar que Nascimento e Marques foram parlamentares de um mandato só. Deixaram de ter seus rostos divulgados pela mídia e tiveram votação insignificante. Mas até as próximas eleições, seja para o Legislativo Municipal ou Estadual ele precisará de fôlego, pois está bancando o pagamento do arrendamento do horário e dos profissionais e falsos que atuam no programa.
PÉROLA – Da repórter (?) Cíntia Rodrigues, no Diário da Manhã (TV Diário): “a maioria dos funcionários decidiram paralisar as atividades”. O correto é “a maioria dos funcionários decidiu paralisar as atividades”.
HOMENAGEM – Muito justa a homenagem prestada pela Fanor à jornalista Adísia Sá pelos seus 50 anos de profissão. O pátio da universidade estava lotado de profissionais da imprensa, amigos de Adísia e alunos de Jornalismo, que mandaram confeccionar até uma camisa sobre os 50 anos de jornalismo de Adísia. Eram as “adisestes”, brincava a própria Adísia.
HOMENAGEM – O jornalista Luciano Luque, diretor do Sindjorce e da APCDEC em mais de uma oportunidade, falou em nome da Associação Cearense de Imprensa (ACI). Na sua fala citou a Coluna Em Off, que também homenageou Adísia através de depoimentos de reconhecidos profissionais. Ele leu, ainda, texto de uma mensagem de Norton Lima Jr a Adísia, publicado no blog <http://nortonlimajr.blogspot.com/>.
HOMENAGEM –No agradecimento, Adísia homenageou a Ivonete Maia, que foi aplaudida de pé. Ivonete, lembrou Adísia, foi a primeira mulher a presidir um sindicato de jornalistas no Brasil e a primeira mulher a presidir a ACI. “Na época que Ivonete era presidente do Sindicato, Eduardo Campos, representante dos empresários nas negociações, chamou-a de pelega... Ora, isto foi o cúmulo da aberração”.
DESCULPA – Com mais uma derrota do Ceará Sporting – a quarta consecutiva – e para seu maior rival, de goleada, qual será a nova desculpa da diretoria e dos representantes da parceria do clube? Não há desculpa. Os motivos para a maré baixa que se instalou há tempos em Porangabuçu são incompetência, irresponsabilidade e mão grande. Um dos cúmulos foi a contratação do volante Wendel, que já havia jogado no alvinegro e quando saiu colocou o clube na Justiça Trabalhista cobrando o exorbitante valor de R$ 44 milhões de indenização, além de ter se transferido para o maior rival.
DESCULPA – Em suas declarações o jogador tentou se explicar, dizendo que o valor foi pedido por sua advogada, não por ele. Justificativa imbecil para quem acha que a maioria da torcida é idiota. O valor foi pedido com a aquiescência dele. Wendel também é protagonista de um intrincado caso: foi adquirido pelo Ceará ao Uniclinic por R$ 250 mil, pagos pelo alvinegro. Pouco tempo depois disso ele deixou o clube, transferiu-se para o Flamengo, o Ceará não ganhou um tostão com esse negócio e continuou a pagar o valor do passe. Negócio até hoje não explicado. Lógico que a imprensa esportiva (?) tratou logo de dizer que a contratação de Wendel era extremamente benéfica para o clube. Como sempre, representa o contrário.
ECLETISMO – O quase governador Zé Airton Cirilo contratou a Dracom como assessoria de imprensa. Ele insiste que será candidato, novamente, a governador do Ceará nas próximas eleições porque “aqueles votos são meus”, quando, na verdade, foi resultado da “onda Lula”. Os proprietários da Dracom convenceram Zé a assinar um encontro para ter seu nome divulgados pelas emissoras de rádio e TV e nas páginas dos jornais.
ECLETISMO – O grande problema é que a Dracom já é responsável pela assessoria de imprensa de Lúcio Alcântara (Governo do Estado), Eunício Oliveira (Ministério das Comunicações), Luiz Pontes (Secretário de Governo do Estado) e Marcos Cals (Assembléia Legislativa) – todos governamentáveis. Agora entra Zé Airton. É o caso de se servir ao dois senhores aos mesmo tempo, no caso, cinco senhores.
PARA REFLETIR – “Eu sei que os assessores de Imprensa precisam mostrar serviço e, mais do que isto, aproveitar a onda da ''Fortaleza Bela'' que assola a administração petista”. (Adísia Sá em artigo publicado pelo jornal O Povo, edição do dia 01/03)
ATUALIZAÇÃO N.º 258 - 21/03/2.005
ABSURDO – Além de deputados com quase 300 assessores nomeados em seus gabinetes, mais absurdos são verificados na Assembléia Legislativa. Na folha dos aposentados e pensionistas há, por exemplo, um caso inusitado: o radialista e deputado Gomes Farias (PSDC) recebe das duas fontes, ou seja, um contra-cheque como parlamentar aposentado e outro como atual deputado.
ABSURDO – No gabinete de Osmar Baquit (PSDB), ex-líder do Governo, há cinco sobrenomes Baquit, enquanto que no gabinete de Moésio Loiola, ex-líder do PSDB, há sua mulher, Benvinda, e seu filho Igor. No gabinete de Pedro Uchoa está seu filho (dele, deputado).
ABSURDO – E tem mais: Ademar Mendes Bezerra filho, filho do desembargador Ademar, está lotado no gabinete de João Jaime (PSDB). Ali, ninguém o conhece, como também não dá expediente no gabinete de Artur Bruno (PT) o professor Anízio Melo, coordenador da comissão de acompanhamento das escolas públicas do Ceará e diretor do sindicato APEOC.
ABSURDO – Na folha da 4ª Cia, que havia sido extinta e que aos poucos voltou sem que a sociedade tomasse conhecimento, existem 55 PM que deveriam estar nas ruas protegendo o cidadão. Só oficiais são 8, que ganham uma gratificação de 40% sobre seu salário na PM.
ABSURDO – Caso todos os assessores fossem trabalhar não cabia naquele prédio. Nem cadeira suficiente existe. O mais revoltante disso tudo é que a Assembléia, pelo que se tem notícia, nunca realizou concurso público para a contratação de funcionários. Boa parte dos serviços da casa são feitos por pessoas que detém cargos em comissão, devidamente indicados pelos senhores parlamentares.
VERBORRAGIA – E o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Tin Gomes (PHS) teve seu dia de José Grazianni, o ex-coordenador do programa Fome Zero, “ministro da segurança alimentar”, que disse ser necessário gerar empregos no Nordeste para que a população do Sudeste e Sul não precisassem mais andar em carros blindados, insinuando que todo nordestino que migra para aquelas regiões sejam bandidos.
VERBORRAGIA – Durante entrevista ao cômico programa Must (TV Diário), Tin disse que a Prefeitura de Fortaleza vai investir maciçamente na periferia, se fazer presente para que houvesse paz na Aldeota e nos demais bairros adjacentes. Ora, por acaso o chefe do Legislativo Municipal considera que os moradores dos bairros periféricos são marginais? Curioso, uma vez que a esmagadora maioria da votação do vereador foi registrada exatamente nesses bairros periféricos, agora apontados por ele como celeiro de bandidos.
VERBORRAGIA – Que Tin Gomes é um desastre falando não é nenhuma surpresa para os que o conhecem desde a primeira vez em que esteve na Câmara, ainda na condição de suplente de vereador pelo PSDB, mas a falta de tato dele em seus pronunciamentos tem, consideravelmente, aumentado nos últimos tempos. Quando de sua primeira passagem pelo Parlamento, quando discursava ou aparteava, não falava lé com lé nem cré com cré. Mas agora ele ocupa a presidência do Poder. Não pode sair por aí falando as bobagens que costuma. Melhor, decididamente, que se mantenha calado.
PALHAÇADA – Nada como integrar a base de apoio da prefeita Luizianne Lins: no intervalo do clássico Ceará x Ferroviário a dublê de vereadora, empresária do turismo sexual e cafetina – além de outras coisitas mais – Deborah Softy desfilou por toda a borda do gramado, acenando para os torcedores. Num determinado setor das arquibancadas ganhou coro dos torcedores de “p..., p...”. Estádio de futebol não é local para se fazer política, principalmente quando se trata de um espaço público, mas se ela assim procedeu é porquê alguém da administração do PV – que pertence à Prefeitura de Fortaleza – autorizou.
DUBIEDADE – A prefeita Luizianne Lins sabe que, nas questões administrativas, conta com 41 vereadores a lhe apoiar na Câmara, mas quando se tratam de assuntos políticos, conta apenas com pouquíssimos gatos pingados. O exemplo mais marcante disso ocorreu por ocasião da apresentação de requerimento, de autoria do vereador Lula Morais (PC do B), para convocar o promotor que está acionando judicialmente o ex-prefeito Juraci Magalhães por improbidade administrativa. Imediatamente uma manobra comandada pelo vereador Sérgio Novais – o homem forte da prefeita naquele Poder – fez com que o requerimento não vingasse. A nova administração de Fortaleza não quer nem ouvir falar em apurar denúncias contra o ex-prefeito.
RECIBO – O caso do flanelinha assassinado por um vigia de posto de gasolina, numa suposta tentativa de assalto e que resultou na prisão de um outro homem, mostrou como a imprensa local que cobre a área policial ultrapassou todos os limites com relação à responsabilidade e compromisso com a informação. Os programas de TV e jornais impressos fizeram o que costumeiramente exercitam: puxaram o saco da Polícia e reproduziram apenas a versão oficial, não questionando quem a apresenta.
RECIBO – No local as equipes de reportagens entrevistaram o comandante de policiamento da Capital, coronel Deladier Feitosa, que afirmou ter o flanelinha morto várias passagens pela Polícia por diversos delitos, dentre eles assalto. Ninguém o questionou ou inquiriu a apresentar provas, tampouco perguntou em quais fundamentações o oficial fazia aquelas declarações. A notícia revoltou a família da vítima, seus amigos e logo se manifestaram e mobilizaram para contestar a notícia. Não era verdade. O flanelinha morto não tinha nenhuma passagem pela Polícia, nenhum antecedente criminal.
RECIBO – A pressa, o despreparo, a falta de compromisso com a profissão e para com seu cliente – o telespectador, o leitor – fizeram com que os profissionais e falsos profissionais que realizaram a cobertura do fato agissem de maneira irresponsável e condenável. O coronel Deladier é um caçador dos holofotes da mídia. Gosta de aparecer em todos os programas policiais, nas páginas dos jornais. Mesmo que seja uma prisão corriqueira, lá está o oficial para colocar seu rosto na tela. Nesse episódio não passou de um mentiroso. Pior: não foi às emissoras de TV e aos jornais para se penitenciar, se desculpar com a família da vítima. Pior ainda: os programas policiais de TV não o procuraram para se explicar.
RECIBO – Quando se apresentou e prestou depoimento, o vigia que matou o flanelinha afirmou que nem a vítima, nem o outro homem preso anunciaram assalto. Disse que agiu por pressupor que os dois iriam realizar um assalto. Nem mesmo a arma que ele disse portar a vítima foi encontrada e apresentada. A imprensa passou mais esse recibo. Cabe à família do morto processar o policial, o Estado e os meios de comunicação, pleiteando indenização por danos morais.
RECIBO – Talvez vislumbrando isso e/ou orientada pela direção da emissora, a apresentadora do programa “Diário da Manhã”, Katiúzia Rios, fez uma dura crítica ao episódio, direcionada à Polícia e também aos meios de comunicação. Não nominou o oficial, tampouco referiu-se ao Rota 22, da própria emissora, que foi um dos programas que agiu de maneira irresponsável. Jornalista – ou até mesmo falso – que age apenas como reprodutor de versão oficial se transforma em mero escrivão e registrador do óbvio. Essa não é a essência e a característica do jornalismo, tampouco sua função.
CAMPANHA – O dublê de apresentador/palhaço Paulo Oliveira está em plena campanha para a Assembléia Legislativa, utilizando para isso, aneticamente, seu programa na TV Diário. Adotou uma postura ainda mais populista, passou a puxar ainda mais o saco dos “cardeais” tucanos do Estado e colocou uma miniatura em gesso do símbolo do partido ao qual é filiado, o PSDB, em sua mesa. Pelo visto Ferreira Aragão – que vem agindo da mesma forma na TV União – vem fazendo escola.
AMADORA – Para fazer jus à maneira amadora como faz televisão, a TV Diário realizou uma reunião para os que compõem a “área de shows” da emissora com duas estudantes do curso de Estilismo e Moda da UFC. Não existe na grade curricular do curso cadeiras voltadas para o figurino de televisão. Em um momento foram tiradas fotos dos apresentadores e repórteres, feito um questionário sobre peso, medidas, cor dos olhos, cabelos, preferência de roupa, grife preferida, e outras coisitas. A promessa existente é de que os figurinos irão mudar.
AMADORA – Quem está por trás da idéia, é um "diretor" da linha de show, conhecido por Fernando Travessoni, marido da apresentadora do programa "M de Moda", a falsa profissional Márcia Travessoni. O ex-cinegrafista da campanha de Edson Filho para deputado federal e que agora se traveste de "diretor", continua querendo mostrar serviço na emissora. Mas ficam dúvidas no ar: resta saber se as novas roupas serão adquiridas pelos funcionários, e depois descontadas nos minguados salários.
AMADORA – No dia seguinte todos do jornalismo foram convocados para uma reunião com o diretor superintendente Ricardo Nibon Nothingan. As 17:30h a reunião começou, com Ricardo dizendo que tinha boas novidades para os funcionários da TVD. As novidades segundo ele surgiram após a conclusão de um trabalho de pesquisa qualitativa sobre a programação, e apresentadores da TVD. Vale ressaltar que esta pesquisa possui em seu bojo possui opiniões tendenciosas a respeito de algumas figurinhas carimbadas da TV.
AMADORA – A primeira novidade informada se refere à mudança no figurino, cabelo e maquiagem. As demais foram: mudanças de cenários e vinhetas, campanha publicitária para divulgar programas e apresentadores da TVD, suporte na área comercial para que os já explorados funcionários tentem vender mídia, e um investimento de R$ 400 mil no estúdio três. E só.
PUXA-SACO – No início de sua breve o "diretor" disse que o resultado da TV Diário foi fruto de um trabalho de equipe dos funcionários, e que qualquer um poderia dar a sua opinião. Mas todos ficaram calados. Apenas alguns funcionários puxa-sacos, e estagiários – obviamente – insistiram em bater palmas para a pantomima. No final o diretor do Sistema Verdes Mares, Edilmar Norões, parecia estar em uma quermesse leiloando frango. Ele disse: "após as palavras de nosso superintendente, aguardo as palavras de vocês. Ninguém fala?!!!! Então dou-lhe uma, dou-lhe duas e dou-lhe três.Muito obrigado."
PESQUISA – A TV Diário encomendou a um tal Ipespe uma pesquisa qualitativa sobre sua programação. O trabalho foi realizado em dezembro do ano passado e apresentado aos funcionários e estagiários da emissora há algumas semanas. Além da análise qualitativa a pesquisa tinha também o objetivo de levantar e analisar a imagem da TV Diário diante das principais concorrentes. O Em Off teve acesso à apresentação da tal pesquisa e constatou dados curiosos, pitorescos, alguns cômicos mesmo.
PESQUISA – A metodologia utilizada foi a formação de dez grupos, formados por dez pessoas, sendo nove deles formados por pessoas que tinham o hábito de assistirem a emissora e que tivessem preferência por determinados tipos de programas, com o último grupo integrado por quem não assiste à TV Diário. O primeiro grupo foi formado por homens, 25 a 45 anos, classes B/C, com preferência por programas automotivos, esportes e sensual.
PESQUISA – O segundo grupo constituído de jovens, de 18 a 25 anos, classes C/D, com preferência por programas de auditório. O terceiro grupo mulheres, de 25 a 49 anos, classes C/D, também com predileção por atrações de auditório. Quarto grupo composto por adultos, 25 a 39 anos, classes C/D e que não assistem à TV Diário. Quinto grupo de mulheres, 25 a 49 anos, classes B/C, que preferem programas de entrevista, moda, saúde e variedades. Sexto grupo de adultos, 25 a 49 anos, classes C/D, com predileção por programas jornalístico, policial e imobiliário. Sétimo grupo de adultos, 25 a 49 anos, classes A/B, com a mesma preferência de programas do grupo anterior. Oitavo grupo de homens, 30 a 50 anos, classes C/D, com preferência de programas de cunho regional. Nono grupo de mulheres, 25 a 45 anos, classes B/C, com opção por programas de variedades e infantis. O décimo e último grupo de homens, 25 a 49 anos, classes B/C, com as mesmas opções de programas do grupo anterior.
PESQUISA – O Ipespe afirmou que a percepção geral é de que a marca da TV Diário é consolidada e que possui identidade própria, distinta do Sistema Verdes Mares de Comunicação. Aí é que o negócio começa a degringolar. Primeiro porquê a emissora não é dissociada do SVM, tanto que alguns – poucos, mas alguns – dos rostos que desfilam pelos programas da TV Diário são de outras empresas do Grupo, como a TV Verdes Mares, o jornal Diário do Nordeste, a Rádio Verdes Mares AM e a FM 93. Além disso, some-se à constante citação que os funcionários que atuam nas demais empresas do SVM sempre fazem sobre estas na TV Diário.
PESQUISA – Como “diferencial” na programação da emissora, uma das características que a tal pesquisa disse ter sido aferida foi “cultural”. Cultural? Um ou outro programa da TV Diário até pode ter um pouco dessa pecha, mas a maioria não tem qualquer conteúdo cultural. Nem alguns dos que se dizem regionais – afinal, todos acabam sendo, de uma maneira de outra, seja os produzidos aqui ou os que são produzidos em outros estados –.
PESQUISA – Uma dos pontos positivos apontados pela pesquisa, em relação à imagem da TV Diário, foi “inovadora”. Ora, mas em quê inovou a emissora? Nenhum novo programa foi lançado sem que já tivesse sido colocado no ar por emissora locais ou nacionais. A grade está recheado de clones de Irapuan Lima – que também era uma xerox do Chacrinha –, programa policial no mesmo formato dos que já existiam, fotocópias apagadas de Silvio Santos, etc. Na exposição dos pontos negativos inicia-se a série de contradições com os dados da própria pesquisa.
PESQUISA – Dois pontos negativos detectados merecem destaque: “baixa qualidade – produção caseira, artesanal” e “pouco nível de conteúdo”. O primeiro não é nenhuma novidade para quem acompanha os meios de comunicação locais. A quase totalidade dos programas da TV Diário é feita de uma maneira amadora, por amadores. Falta seriedade e compromisso com a qualidade, e isso não significa uma grande estrutura ou gastos exorbitantes. Investir da maneira certa, nas pessoas certas é coisa que a emissora nunca fez.
PESQUISA – No momento em que o Ipespe atesta em sua pesquisa que a imagem da TV Diário é de “pouco nível e conteúdo”, conflita-se com a afirmação de que a programação é “cultural”. Ora, se a primeira afirmação fosse correta, a segunda não existiria. O terceiro ponto descrito como negativo em sua imagem é “violento”. Com efeito, o programa Rota 22 é extremamente explícito quando se trata de casos violentos. À isso some-se apresentadores que reforçam e extrapolam a exposição da violência e se chega ao resultado da avaliação.
PESQUISA – Quanto à imagem projetiva da TV Diário, a pesquisa trouxe: “Há a percepção de que a programação é tão “divertida” como o cearense, que teria “veia humorística.” Mesmo nos programas de noticiários policiais, há quebra da tensão pelos apresentadores, que dão uma tônica debochada aos comentários ou expressões”. Comentários e expressões debochadas em demasia e em cima de fatos trágicos. Trata-se da velha máxima de rir da desgraça alheia. Há um limite entre comicidade e palhaçada, cabendo a quem as formula e, principalmente, ao telespectador, o bom senso de detectar onde termina uma e começa a outra. Como os “profissionais” da TV Diário não têm esse bom senso...
PESQUISA – Com relação à imagem projetiva da TV Jangadeiro, o Ipespe, através da pesquisa, sentenciou: “A TV Jangadeiro foi apontada como concorrente da TV Diário apenas pelo Programa Barra Pesada que a Jangadeiro apresenta, que se assemelharia ao estilo do jornalístico Rota 22 da TV Diário.” Trata-se justamente do contrário. O Rota 22 foi quem copiou o mau acabado formato do Barra Pesada. Não há diferenças marcantes entre os dois programas. Além do mais, não há concorrência direta, uma vez que as “atrações” são veiculadas em horários distintos.
PESQUISA – Curiosamente a pesquisa não fez referência à TV Cidade, mas à Record, tampouco citou o programa Cidade 190, pois se o Barra Pesada concorre com o Rota 22, o Cidade 190 também o faz. Ainda sobre a percepção geral da TV Diário, registrou a pesquisa: “Por outro lado, a ausência de novelas viria contribuir para a percepção de menor audiência do segmento feminino, que valoriza esse tipo de programa, e ainda poucas opções para o público infantil”. Novelas? Ora, se um simples programa de auditório, ou de humor a produção é para lá de amadora, o que dirá se ela for se arriscar em produzir uma novela...
PESQUISA – Na relação dos melhores programas, a tal pesquisa comete muitas atrocidades. O programa Forrobodó é avaliado como bom e “um programa para toda a família”. Ora, um programa feito e apresentado de maneira simplória, com dançarinas com roupas minúsculas e closes ginecológicos é avaliado como “para toda família”? Família de quem? O programa Nas Garras da Patrulha, que também é apontado como um dos “bons”, descrito como “um programa para a família, principalmente crianças”. Para a família e principalmente as crianças? Com aquelas situações vexatórias, vocabulário chulo? Para que tipo de família e crianças?
PESQUISA – Cômico ainda é constatar o programa João Inácio Show como um dos “melhores”, descrito como “polêmico entre as mulheres”. O programa Paulo Oliveira na TV também foi, segundo a pesquisa do Ipespe, avaliado entre os melhores, apontado como “programa “curinga”, tem tudo”. Tem tudo sim, exceto, infelizmente, qualidade. Os dois programas avaliados entre os melhores e que não causaram surpresa foram “Assunto de mulher”, que precisa apenas de alguns ajustes e Diário Turismo, de longe destoante dos demais e de reconhecida qualidade e apreciado pelas classes A/B. Além dos citados, foram incluídos entre os “melhores” da emissora o Beco do Riso, A grande jogada, Sábado Alegre e Jornal da Manhã – dever ser o Diário da Manhã, mas o Ipespe parece não conhecer a programação da emissora –.
PESQUISA – Os dados também apontaram os piores da emissora. Tarefa difícil de cumprir para quem fizer uma avaliação séria da TV Diário, a pesquisa apontou os programas Painel Imobiliário – avaliado como “muito restritivo, pouco atrativo” –, João Inácio Show – descrito com “restrição das mulheres em relação às tigresas” –, Must – apontado como “considerado “inútil” para o segmento mais popular”, como para todos os segmentos – e Turminha da Jack – colocado como “sem graça, falta desenho”. Não obstante os inúmeros outros programas que deveriam ser incluídos nessa lista, esses quatro de fato não poderiam ficar de fora da relação dos piores, por motivos que todos os telespectadores sabem.
PESQUISA – Sobre avaliações específicas foi escrito na pesquisa: “Nota-se que o segmento que não tem o hábito de assistir à TV Diário, assim como o segmento A/B, têm a imagem negativa sobre a qualidade de seus programas. Essa percepção de suposta baixa qualidade técnica dos programas seria em conseqüência dos cenários considerados “pobres”, sobretudo nos programas jornalísticos e de auditório”. Sinceramente, não era preciso contratar um instituto de pesquisa para saber que a programação da TV Diário não é atraente para os segmentos A/B, mas “suposta baixa qualidade técnica dos programas” é um pouco demais. Mesmo os que assistem à emissora e não pertencem às classes A/B atestaram isso. Também não se pode jogar a culpa da baixa qualidade apenas nos cenários, eles são a conseqüência de um trabalho feito de maneira ruim e amadora.
PESQUISA – Além de novelas, uma outra demanda para a programação, apontada pela pesquisa são filmes. Produto bem difícil de ser incluído na programação da TV Diário, pois um bom pacote de filmes não sai por menos de US$ 4 milhões, valores que geralmente redes como a Record paga pelos direitos de exibição de filmes.
PESQUISA – Também foi incluído entre as demandas para a programação um programa “talk show”, com a seguinte sugestão: “O perfil do apresentador desse tipo de programa deve transmitir “inteligência” e “destreza” para lidar com diversos tipos de assunto”. Nada disso adiantará se a emissora resolver colocar o programa no ar e optar por uma solução caseira...
PESQUISA – A avaliação do programa “Acontece” é de que “remete ao que está acontecendo”. Errado. Remete ao que já aconteceu, pois o programa é um apanhado do que já foi amplamente divulgado e explorado na semana. Segundo a pesquisa o programa “concorre diretamente com o Domingo Maior”. Um programa de matérias jornalísticas frias concorrendo com um filme? Esquisito...
PESQUISA – Do programa Diário da Manhã, a avaliação da apresentadora é: “Katiúzia,“ segura”, “maravilhosa”, “bonita”. Não foram atribuídas as palavras “séria”, “confiável”, “isenta”. Da avaliação do programa Diário no Campo, sobre o apresentador há a observação: “Restrição: “muito novo” “pouca identificação com o campo”e estaria “acima do peso”. Tudo bem que televisão é também imagem, mas, acima de qualquer coisa, talento, competência e uma série de outros atributos subjetivos. O apresentador em questão é Marco da Escóssia, que não possui os requisitos subjetivos. A pesquisa se contradiz quando não apresenta a mesma avaliação de “estar acima do peso” ao apresentador do programa Caminhão & Cia., Afrânio Pio, infinitamente mais “rechonchudo” do que Marco da Escóssia.
PESQUISA – A pesquisa sugere ainda uma nova grade para o final da manhã e início da tarde:
11:30 Esporte; 12:10 Programa policial; 12:50 Jornal (novo); 13:30 Garras; 14:00 Carlos Augusto (programa de variedades). O tal “jornal novo” é o que está sendo preparado para a jornalista Simone Morais – nora do diretor do SVM, Edilmar Norões –. A proposta contém o risco de colocar o Rota 22 em concorrência com Barra Pesada e Cidade 190.
PESQUISA – Depois de puxar o saco do diretor de jornalismo, Roberto Moreira, a “pesquisa” tratou de fazer o mesmo com o filho de Edilmar Norões, que, segundo o Ipespe, “tem empatia com o público”. Ora, a maneira parcial e distorcida como ele conduz o programa tem provocado ojeriza dos que procuram isenção. A pesquisa também sugere a criação de um reality show: “foi pré-testada a idéia da TV Diário criar um programa tipo reality show. Essa idéia obteve boa receptividade. Majoritariamente, foi sugerido que os participantes do jogo fossem pessoas anônimas, com talentos diversos que pudessem ser aproveitados pós-fama”. Talvez venha por aí o BBB da TV Diário...
PARA REFLETIR – “O homem é um animal racional que sempre perde sua calma quando é chamado a agir de acordo com os ditames da razão”. (Oscar Wilde)
ATUALIZAÇÃO N.º 259 - 28/03/2.005
ESFARRAPADA – Depois de divulgado pelo sítio Em Off a colunista Inês Aparecida (Pela Fechadura, publicada no caderno Gente, do jornal Diário do Nordeste) fez referência em sua coluna publicada no dia 13/03, sobre assessores lotados em gabinetes de deputados estaduais que não estão no exercício do mandato ou renunciaram para assumirem outros cargos, na semana seguinte (20/03) foi publicada uma resposta enviada pela coordenadora de Comunicação da Assembléia Legislativa, Cristiane Sales.
ESFARRAPADA – A coordenadora afirmou que teria havido má-fé do sítio Em Off em divulgar os dados, afirmando que os estes se referem a janeiro de 2004, quando todos os deputados citados ainda estavam no exercício de seus mandatos. Não houve qualquer tipo de má-fé. Esse tipo de alegação apenas serve para mascarar a incompetência do Legislativo e desviar a discussão do foco central da questão, estratagema bastante utilizada por quem não dispõe de argumentos para rebater denúncias.
ESFARRAPADA – Caso a argumentação da coordenadora de comunicação da Assembléia seja verídica – hipoteticamente – demonstra que os dados não estão sendo atualizados pelo Poder. E por qual motivo? Evitar que o contribuinte acompanhe como está sendo o dinheiro que o Executivo retira do seu suado bolso? Ora, ainda nessa hipótese denota a extrema incompetência como aquela Casa vem sendo conduzida.
ESFARRAPADA – O sítio Em Off não acrescentou ou criou os dados que apresentou. Pelo contrário, checou os dados e comprovou que, entre os que ainda recebiam por gabinetes de deputados que não estavam no exercício do mandato ou que haviam renunciado para assumirem outros cargos, figuravam algumas pessoas bem conhecidas por casos notórios: Amadeu Ferreira Gomes, denunciado em vídeo gravado pelo falecido prefeito assassinato de Acaraú, Jaime Ferreira Gomes, de ser um dos responsáveis caso algo lhe acontecesse, além de Maria Albani Ferreira Gomes, que na década de oitenta tramou, juntamente com o amante, o então deputado estadual Orzete Ferreira Gomes, o assassinado do marido, Adalberto Feitosa, atraído para a morte, assassinado e enterrado numa cova rasa num sítio do parlamentar.
ESFARRAPADA – Albani ocupava um cargo de assessoria lotada no gabinete do deputado Manoel Duca da Silveira, que renunciou ao cargo no final do ano passado exatamente para assumir a prefeitura de Acaraú. Esses dados foram inventados? O deputado Mauro Filho, que atualmente ocupa uma secretaria estadual, também possui assessores pagos pelo contribuinte, via Assembléia. Ora, se não está no exercício do mandato, não tem porquê manter assessores e gabinetes custeados pelo erário, da mesma forma que Vasques Landim, na mesma situação. Qual a justificativa da coordenadora de comunicação para isso?
ESFARRAPADA – Teria sido, por acaso, o sítio Em Off que “inventou” o fato de 255 assessores estarem lotados no gabinete da primeira secretaria e 28 no gabinete pessoal do primeiro-secretário da mesa, Gony Arruda? Muitos desses assessores são, inclusive, pessoas que residem no interior do Estado, mais precisamente nos municípios que formam o reduto eleitoral do parlamentar, sem sequer comparecerem à Assembléia. Também são muitos os lotados nesses gabinetes que se queixam de terem que dar parte, boa parte, maior parte e, às vezes, até todo o salário para o parlamentar.
ESFARRAPADA – Caso exista má fé esta não emana do sítio Em Off, mas de quem tem o dever de explicar o motivo pelo qual esse tipo de coisa acontece no Legislativo Estadual. Qual a explicação para o fato de outros deputados terem até mais de 40 assessores lotados em seus gabinetes, número muito acima do que estipula o Regimento Interno? Infelizmente muitos jornalistas ainda confundem o cargo de assessor de imprensa com o de advogado de defesa de quem lhes contrata. Vale salientar que o salário mensal de R$ 2.869,90 pago à coordenadora também é custeado pelo contribuinte. Todo e qualquer centavo oriundo do erário precisa ser justificado, pois vivemos num Estado em que a maioria esmagadora da população vive mergulhada na mais completa e absoluta pobreza e miséria, bem distante dos refrigerados gabinetes da Assembléia, que teriam de ser bastante ampliados caso os “assessores” fossem obrigados ou decidissem “trabalhar”.
ESFARRAPADA – Não houve má-fé nem equívoco. Os dados estavam realmente na página da AL na Internet até pouco tempo. Quer dizer: quase três meses depois dos ex-deputados terem deixado a Assembléia. A maioria dos servidores foi apenas remanejada para outros gabinetes e departamentos do Poder. Ou será que o Em Off também inventou isso, constatado nos dados oficial do Legislativo Estadual? Não há razão para os assessores ainda estarem na folha de janeiro, como afirmou a Coordenadora. Deveriam ter saído depois do pagamento do dia 31 de dezembro do ano passado. Ademais, se a página da AL foi atualizada depois da denúncia era para, humildemente, a presidência da Casa, no mínimo, reconhecer o erro. Esta coluna se dispõe apenas a contar os fatos não divulgados, na maioria das vezes, pela grande impressa por omissão, por desinformação ou por “aprofundados” compromissos financeiros.
ESFARRAPADA – De acordo com a mesma página da AL a folha total do Legislativo Estadual custa R$ 6.046.201,34 mensais, sendo R$ 477.701,72 com deputados, outros R$ 5.041.482,03 com funcionários e cargos comissionados, além de R$ 527.017,59 com 296 prestadores de serviços (folha 8). Ninguém sabia, mas os membros das comissões técnicas têm direito a gratificações. Cada deputado-presidente de comissão tem um DNS-3. Por exemplo: Chico Aguiar (PPS) é presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Para desempenhar a função ele ganha mais R$ 1.347,65 (valor do DNS-3), além dos R$ 9.576,90 como parlamentar. O agravante é que Chico Aguiar, que já tem aposentadoria como ex-governador, recebe outro valor de DNS-3 por ser presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Desmonte.
ESFARRAPADA –Cada membro das comissões (são 16 ao todo, incluindo-se as do Desmonte e a dos Abusos contra Crianças e Adolescentes) ganha um DAS-1, que custa ao erário R$ 941,00. Há, ainda, dois assessores de comissões que têm direito a DAS-1, além de um defensor dativo e seis secretários com direito a DAS-2. Segundo ainda a página da AL na Internet existem 27 datilógrafos e um deles ganha R$ 6.058.46, quando se sabe que há muito tempo que as máquinas Olivetti foram desativadas na AL. Mesmo porque existem 13 taquígrafos legislativos (o maior salário é de R$ 2.925,87) e outros 18 taquígrafos revisores (o maior salário é de R$ 8.779,86).
ESFARRAPADA –Existem na Assembléia Legislativa nada menos do que 27 engenheiros, sendo que o maior salário é de R$ 9.635.40. São nove farmacêuticos (onde fica mesmo a farmácia da Assembléia Legislativa?). O maior salário é de R$ 3.649.95. Esquisito mesmo é a contratação de 12 – isso mesmo, 12 – fisioterapeutas com o maior salário sendo de R$ 4.071.40. São 25 médicos e o maior salário é R$ 5.715,28. Há, ainda, três terapeutas ocupacionais e um deles ganha R$ 4.063.88. Quantidade de profissionais da área de saúde que muita grande clínica e até hospital da Cidade não dispõe.
ESFARRAPADA – São 220 assistentes de administração, cujos salários começam em R$ 450,00. Há, no entanto, 13 privilegiados: oito deles ganham R$ 8.266.98, um ganha R$ 8.443.74, outros três percebem R$ 8.463.82 e outro tem salário mensal de R$ 9.635.40. É muito dinheiro para um simples burocrata. Os números citados acima estão disponíveis no sítio da AL para qualquer pessoa. Espera-se que o presidente Marcos Cals venha a público para justificar as aberrações.
MAMATA – Tradicional crítico – agora, pelo visto, ex-crítico – dos políticos que se utilizam do Poder Público, da máquina estatal para proveito próprio, o PT hoje apresenta os furos em seu telhado de vidro. No melhor exemplo de como não se deve tratar a coisa pública e num triste caso de nepotismo, petistas famosos arranjaram um jeito de faturar um pouco mais enganchando outras pessoas da família nas tetas do governo federal.
MAMATA – A esposa do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a socióloga Maria Rita Garcia, desde março de 2003 foi nomeada assessora da presidência da Escola Nacional de Administração Pública, com o “parco” salário de R$ 17 mil mensais.
MAMATA – Outro petista que tratou de apensar seu cônjuge em outra sinecura pública foi o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Margareth Rose Silva Palocci, que é médica sanitarista, foi nomeada em fevereiro de 2003 assessora da presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com o “pífio” salário de R$ 14.850,00 mensais. Uma miséria...
MAMATA – Mas esperto mesmo foi o ex-ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, cuja esposa, Sônia Lourdes Rodrigues Berzoini, bancária aposentada, desde maio de 2003 é assessora lotada no gabinete do deputado federal Paulo Bernardo (PT-PR), com o “minguado” salário de R$ 19.500,00 mensal. Uma ninharia...
MAMATA – Isso demonstra que, infelizmente, independentemente da tendência que o governo de plantão apregoe seguir, as práticas acabam sendo as mesmas. Triste fim de um partido que passou anos dizendo ao povo que tinha proposta e prática diferentes das adotadas pelos partidos que ocupavam o poder. O PT sempre alicerçou seu discurso na moralidade pública, no zelo em tratar a coisa pública, na defesa dos critérios de competência e do concurso para preenchimento dos cargos públicos, mas dá, habitual e constantemente, exemplos de que, na verdade, não passa de mais um partido político a seguir a filosofia do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. No melhor estilo FHC: esqueçam o que eu escrevi... não lembrem do que falei...
MAMATA – Na Prefeitura de Fortaleza, ocupada pelo PT, por exemplo, não se tem notícia dos critérios adotados para o preenchimento dos cargos comissionados, fora os políticos. Nomeação de pessoas desconhecidas do meio político não significa, absolutamente, a adoção de critérios técnicos, mas a mascaração de contemplação de tendências internas e indicados. Faltou e falta transparência.
FALTA – Somente falta de assunto pode justificar o fato da TV Verdes Mares ter promovido uma overdose de N(anta)lia Nara, a cearense que expôs sua deficiência de neurônios no programa BBB, da Globo. Logo pela manhã, o Bom Dia Ceará transmitiu flashes ao vivo da casa da moça. E tome besteira. Depois, ela participou no estúdio de todo o Jornal do Meio Dia, desfilando uma série de frivolidades e futilidades que lhe é peculiar.
FALTA – Tentou se explicar pela besteira que falou sobre o despejo de pedaços de corpos na praia da Avenida Leste-Oeste por parte do Instituto Médico Legal (IML). “É uma lenda urbana”, justificou-se. A verdade é que ela falou uma enorme asneira e foi devidamente instruída sobre a explicação que deveria oferecer. Texto decorado, repetido. Nem mesmo diante da matéria com o diretor do IML, Francisco Simão, a moça admitiu que falou besteira. Da mesma forma a apresentadora Danielly Portela não inquiriu incisivamente. O papel dela era levantar a bola para a ex-BBB chutar.
FALTA – Mas o inusitado ainda estava por vir: uma pergunta atribuída à um telespectador indagava sobre o posicionamento da moça sobre o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. “Estava trancada na casa desde janeiro e não estou a par disso”, respondeu. Ora, o projeto é bastante antigo e alegar estar desinformada pelo fato de ter ficado trancada na casa do BBB durante pouco mais de dois meses é uma piada. A moça não discorreu sobre o assunto simplesmente porque não sabe absolutamente do que se trata.
FALTA – Eram famosas as gafes e as aberrações que ela proferia quando apresentava o programa Da Hora, na TV União. Falando em Natália Nara e TV União, a moça envolveu-se num complicado episódio quando trabalhava naquela emissora, envolvendo ainda o então diretor geral da emissora, o playboy Pompeu Vasconcelos e o proprietário Alberto Bardawil, que culminou com a demissão do diretor.
FALTA – Existem três versões para o fato: do demitido, da moça e uma terceira, que parece encaixar-se mais na realidade. Tudo começou depois que Natália e Daniel Viana foram selecionados num cômico “concurso” de vj, realizado pela emissora. Os dois estavam indo diariamente à emissora, passavam horas lá, mas o tão sonhado e prometido programa e a conseqüente contratação aconteciam. Segundo se comenta, nesse momento teria se iniciado um envolvimento entre a moça e o então diretor que extrapolou os, digamos, limites profissionais. Isso seria o atalho para a materialização do programa, o quê, de fato, acabou acontecendo.
FALTA – O relacionamento estaria tendo curso. Quando teria se sentido firme na emissora, programa no ar, a moça teria resolvido por um ponto final na história, o que supostamente teria desagradado o então diretor. Da insistência para a manutenção da história para a ameaça de demissão foi um pulo. A partir daí a moça armou uma forma de desmoralizar o chefe e manter-se no posto: gravou uma das conversas com Pompeu, onde a situação ficava cristalizada.
FALTA – Apresentou-a ao proprietário da emissora e disse que se não fossem tomadas providências ela iria dar publicidade à gravação e aos fatos. Pompeu Vasconcelos é um playboy que nunca teve qualquer experiência de direção em nenhuma empresa de comunicação. Caiu no cargo de pára-queda, conduzido pelo fato de ser amigo de longa data do dono da TV. Nenhum critério de competência ou profissionalismo.
FALTA – Aí surgiram as duas outras versões: segundo Pompeu, nada do que alegava a moça era verídico, até que lhe foi mostrada a tal gravação. Não teve alternativa senão assumir, contar uma versão com outros ingredientes e dizer que não agiu diferentemente de outras pessoas que se encontravam na posição que ocupava. A moça negou que tivesse tido qualquer tipo de envolvimento com o diretor, cedido ao assédio. Ambas versões estavam sendo contadas pela metade, com a omissão de fatos. Diante do exposto, o proprietário da emissora, temeroso em ver a exposição da situação, optou por demitir seu amigo.
PÉROLA
– No dia 16/03, a modelo,ôps, "repórter" (?) Clotilde Dantas em matéria sobre o
caso do juiz, no Diário da Manhã, utilizou de seu belo português e disse que o "Ministério
Público protocolou a denúncia contra o juiz". O correto é
protocolizou.
PIFOU – A TV Diário anda largada até mesmo em termos de manutenção. O único
elevador da emissora, que sempre quebra, outra vez pifou há alguns dias com seis
pessoas, digamos, “cheinhas”. Entre eles o apresentar Petrúcio Melo, o qual
possui programa pago na emissora, e que, depois de retirado do elevador, saiu
soltando os cachorros. O socorro só chegou depois de 50 minutos.
PEIXADA – A nova atração jornalística da TVD, já está confirmada com mais um
revival. Wellington Nunes, que deixou a apresentação do Diário na TV em outro de
2003, conseguiu se colocar ao lado de Simone Morais, na apresentação do novo
noticiário do meio-dia. O melhor é que o rapaz, que é funcionário de carreira da
Caixa Econômica onde atua como assessor de imprensa, irá receber um bom cachê,
enquanto alguns dos pouquíssimos profissionais da emissora ficam a ver navios,
sem uma valorização profissional.
CHATEADA – Dizem que a dublê de empresária do ramo de
calcinhas/apresentadora/repórter da TV Diário, a falsa-profissional Pollyana
Menezes estaria chateada pelo fato do novo jornal da emissora ter sido entregue
à nora de Edilmar Noróes. Parece que algum “grande” da TVD havia sinalizado para
ela com o posto de apresentadora no telejornalístico.
SUPERFICIAL – Reportagem sobre proprietários de barracas de praia que acabam
dando dinheiro para que policiais militares façam a segurança de seus
estabelecimentos, quando estão de serviço, assinada por Cidicley Miranda e
publicada na edição do dia 26/03 do jornal O Povo não trouxe nada de surpresa,
mas poderia ser mais aprofundada. Principalmente quando cita que o gerente da
barraca Atlantidz, na Praia do Futuro, Wilson Júnior, diz que não “acha nada
demais” cometer esse tipo de ilícito, e que dispensou os seguranças particulares
por sair mais barato dar R$ 10,00 para policiais militares fazerem rondas
periódicas no local. Wilson Landim Júnior é o mesmo que, há algum tempo, foi
preso tentando embarcar para São Paulo ilegalmente com mais de US$ 400 mil
colados no corpo. Daí porquê ele acha “normal” pagar funcionário público para
cumprir sua função.
SUPERFICIAL – Nesse episódio acabou sendo preso o pai dele, o dono da barraca Atlantidz e da casa de câmbio Wall Street, Wilson Landim, acusado de lavar dinheiro e remeter e trazer divisas ilegalmente do exterior. Landim foi condenado e está cumprindo pena, enquanto seu filho continuou cuidando dos “negócios”. A casa de câmbio fechou, mas a barraca continua funcionando. Landim ocupou o espaço deixado por outro doleiro que se encontra foragido da Justiça, Alex Ferreira Gomes.
OMITIU – Falando no doleiro foragido, em outra matéria, publicada na edição do mesmo dia, assinada por Cláudio Ribeiro, revela que Alex movimentou mais de meio bilhão de reais de maneira ilícita, através de empresas fantasmas. Nada de surpreendente, uma vez que já se sabia que o esquema criminoso de Alex envolvia muitas pessoas, empresas e movimentou, de fato, muito dinheiro.
OMITIU – Em determinado momento o jornalista escreveu: “Um dos casos que chamaram a atenção foi o de uma grande empresa local que se beneficiou de cheques emitidos pela Comercial Marília, no valor total de US$ 2,4 milhões (equivalentes a R$ 6,7 milhões). A empresa envolvida, conforme a denúncia, era usuária dos serviços de uma empresa de segurança de Alex, para o transporte de valores do faturamento diário. O ''fechamento do caixa'' era feito por funcionários dessa empresa ao lado de Vilfran Torquato e João Edmilson Medeiros, denunciados no processo”. Ora, que “grande empresa local” é essa? Por qual motivo o nome da tal empresa foi omitido?
OMITIU – Finalizando o texto, Cláudio escreveu: “O POVO opta por não divulgar o nome dos empresários envolvidos nas transações ilegais por não terem sido denunciados à Justiça pelo Ministério Público. Eles deverão ser convocados pela Justiça como testemunhas do processo criminal”. Primeiro não divulgou nem o nome dos empresários, tampouco das empresas. Segundo, se já há um processo ou uma denúncia do Ministério Público Federal, não há qualquer motivo para essa omissão. A informação ficou incompleta e a impressão que passou para o leitor é de que a omissão dos nomes teve motivos outros do que foi alegado.
PARA REFLETIR – “Não há fatos eternos como não há verdades absolutas". (Nietzsche)