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atualizações Imprensa CE - novembro/2006
ATUALIZAÇÃO N.º 342 - 06/11/2.006
OMISSÃO – Semana passada um trágico episódio mostrou como a mídia local sobrepõe interesses particulares sobre o coletivo e acarreta fatos absolutamente condenáveis. Uma das mais repulsivas práticas é a omissão motivada por razões espúrias. Há alguns anos um assassinato de uma vestibulanda fez com que a mídia local omitisse que a jovem havia sido morta num banheiro da Universidade de Fortaleza (Unifor), durante o concurso da Universidade Federal do Ceará (UFC).
OMISSÃO – Não é difícil, mas prática comum, a mídia omitir nomes de locais e pessoas de notícias, desde que haja algum tipo de interesse do meio de comunicação para isso. Informação é um bem coletivo e direito de todos. Os meios de comunicação televisivos e radiofônicos são concessões do Poder Público. Os impressos também têm sua função social definida como os demais meios de comunicação. Não se pode admitir que, em virtude de uma atitude deliberada e anética a sociedade seja privada de um direito básico.
OMISSÃO – No dia 01/11 um garoto de oito anos, Vítor Moreira César, morreu afogado numa piscina de uma das barracas da Praia do Futuro, num momento de desatenção de seus pais adotivos. A tragédia comoveu todos que dela tiveram conhecimento: o garoto era órfão de mãe e criado desde seu nascimento por uma prima dela, que já tratava da adoção oficial. A maioria das matérias publicadas pelos jornais locais e veiculadas pelas emissoras de TV locais respeitaram a vontade do casal de não dar declarações e não terem sua imagem mostradas.
OMISSÃO – Mas alguns veículos foram além do que o bom senso determina. O jornal O Povo publicou matéria na edição do dia 02/11, assinada por Rocélia Santos, onde o texto trazia: “Uma criança de oito anos de idade morreu afogada, ontem à tarde, na piscina de uma barraca na Praia do Futuro. Victor Moreira César estava passeando com os pais adotivos. Não se sabe ainda como ocorreu a tragédia, já que ninguém presenciou o momento em que ele caiu na piscina. ‘Eu não sei como ele entrou na piscina. Ele tinha pânico de água’, relata a mãe de Victor, Marlúcia Paiva Moreira, 37”. O nome da Barraca onde o garoto havia morrido, a América do Sol, foi omitido pelo jornal.
OMISSÃO – Continuou ainda o texto: “José relembra que foram aproximadamente 15 minutos de angústia à procura do garoto, até que um funcionário da barraca viu a criança na piscina, já sem vida. ‘O reconhecemos por causa do calção azul que ele usava. Procuramos em todos os cantos, mas o último lugar em que iríamos era a piscina, pois ele tinha pânico a água. Na piscina não havia, também, nenhum tipo de movimentação’, conta”. Onde é uma das informações básicas que deve – ou deveria – constar no lide de toda e qualquer matéria jornalística. É fundamento básico. Todo e qualquer jornalista, estudante de jornalismo sabe.
OMISSÃO – A omissão se torna ainda mais danosa com o que o jornal publicou no mesmo texto: “Segundo os peritos do Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a falta de grades ao redor da piscina facilitou o afogamento. Ainda segundo os peritos, a criança tinha 1,20 de altura. Já a piscina tinha 1,35m de profundidade. O laudo sobre a morte deverá estar pronto em 30 dias. O caso será investigado pelo 15° Distrito Policial (DP)”. Ora, a repórter, seu editor, a direção do jornal avaliou que o leitor deveria ser informado que a perícia do aparelho policial considerou que a falta de grades na piscina da barraca facilitou a tragédia, era informação relevante, mas não o nome da barraca. Ora, e por qual motivo o jornal não omitiu, por exemplo, o nome da empresa aérea Gol no acidente que vitimou mais de 150 pessoas no mês passado?
OMISSÃO – Afinal, que critério é esse utilizado pelo jornal para omitir o nome da barrada América do Sol? O final da matéria traz “Dicas de segurança na praia”, atribuída ao Corpo de Bombeiros. Ora, que dica de segurança maior não seria o leitor saber onde existe uma piscina onde não existem grades suficientes ao redor da piscina para evitar tragédias como a ocorrida? No dia seguinte ao enterro do garoto o jornal O Povo publicou matéria onde informou que as despesas do funeral haviam sido pagas pela barraca onde o fato havia se passado. Avaliou que essa informação era importante, mas não há qualquer tipo de ação financeira que a barraca faça que restituirá a vida perdida. O jornal também não falou que o proprietário da barraca América do Sol – se o nome do local foi omitido, imaginem o nome de seu dono – será indiciado por homicídio culposo.
OMISSÃO – O jornal Diário do Nordeste também publicou matéria sobre a tragédia, também em 02/11, trazendo em seu lide: “Um garoto de apenas oito anos de idade teve morte trágica, ontem à tarde, na Praia do Futuro (Zona Leste da Capital). Ele se divertia com um casal que pretendia adotá-lo. Mas acabou se distanciado e entrou na área de piscinas da barraca ‘América do Sol’. Minutos depois, foi encontrado morto, por outra criança, na piscina maior”. O DN citou o local onde o fato havia ocorrido. Agiu corretamente. Mas a prática não foi a tônica nas demais empresas do Sistema Verdes Mares de Comunicação. A TV Verdes Mares, por exemplo, agiu da mesma forma que o jornal O Povo, não citando o nome da barraca e evitando imagens que pudessem identificá-la, em matéria feita pelo repórter Jaime Ribeiro.
OMISSÃO – O posicionamento parcial às barracas da Praia do Futuro não é algo novo ao jornal O Povo, que se portou dessa forma quando da ação do Ministério Público Federal, que questiona exatamente a construção dessas piscinas onde numa delas o garoto morreu. O Povo demonstrou parcialidade favorável às barracas. O fato motivou a mensagem que nos foi enviada por nosso ilustre internauta ediogenes <ediogenes2000@yahoo.com.br>:
“Mais uma vez a imprensa local omite a verdade sobre acidente em empresa. Não foi dito o nome da barraca onde a criança morreu.
Quando se quer acabar com as piscinas, a presidente dos barraqueiros chora, passa mal. Mas ficou provado que não existe nenhuma segurança nas piscinas. É hora de fechar estas piscinas.
Ediogenes"
OMISSÃO – Além de algumas omitirem o nome da barraca onde ocorreu a tragédia nenhuma das matérias veiculadas pela mídia local fez qualquer alusão à ação da Procuradoria da República no Ceará, que questiona a construção dessas piscinas e solicita suas extinções. Mais uma vez o leitor/telespectador teve seu direito à informação sonegado, bem como a criticidade – ingrediente básico do jornalismo – foi solenemente ignorado.
OMISSÃO – Na edição do dia 03/11, em matéria assinada pela mesma repórter, o jornal O Povo publicou matéria onde identificava como "Marear" a barraca onde havia ocorrido a tragédia. A emenda saiu pior do que o soneto: informava que a piscina servia à barraca Marear bem como à América do Sol, ambas apontadas como pertencentes à mesma família. Ainda que a piscina estivesse localizada na barraca Marear, por qual motivo o jornal não publicou na edição do dia anterior, quando o DN citou a América do Sol como sede da piscina? Qual o critério utilizado? Porquê esperou dois dias, depois que seu principal concorrente havia citado a barraca da tragédia, para mencionar nomes?
NOTA – Em nota oficial o governo do Estado chamou de maldoso e irresponsável o jornal O Povo, em virtude de matérias publicadas pelo jornal sobre licitação para a ampliação do Porto do Pecém, obra de mais de R$ 421milhões. O jornal está tentando se credenciar como defensor do futuro governo estadual. Nada de surpreendente, numa prática habitual e usual do jornal de correr para quem detém a chave do cofre na mão. O problema é que não houve réplica por parte d'O Povo às palavras da atual administração estadual. Na base do quem cala consente...
PÉROLA – Essa foi proferida pela repórter Isabel Andrade – aquela dos mungangos com o rosto quando faz a passagem – numa matéria sobre o recadastramento de aposentados e pensionistas do INSS, veiculada no Jornal do Dez (TV Verdes Mares): “o recadastramento poderá ser feito por um procurador do segurado, desde que esteja cadastrado junto ao INSS”. A expressão “junto ao” utilizada comumente por diversos profissionais de imprensa e que se tornou vício é empregada sempre de maneira errada. A expressão tem o significado “ao lado de”. Notem que o texto não sofreria qualquer alteração e ficaria correto e inteligível se em vez de “junto ao” a moça tivesse dito “no INSS”.
CONTRATO – O contrato com a Polis, feito sem licitação pela Habitafor, da Prefeitura de Fortaleza, para que fosse prestada assessoria jurídica para que fossem elaboradas propostas à serem apresentadas na discussão da revisão da Lei Orgânica do Município e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) não mais será renovado. O contrato inicial custou ao munícipe mais de R$ 88 mil, o que resultou num gasto de quase R$ 15 mil por cada um dos risíveis seis artigos resultantes do “trabalho” da Polis para a Habitafor.
CONTRATO – Caso a prefeita Luizianne Lins na Câmara não contasse com maioria esmagadora na Câmara Municipal e a oposição fosse qualificada e de credibilidade – salvo uma ou outra raríssima exceção – esse contrato deveria ser investigado pelo Legislativo Municipal, porquê celebrado sem licitação e com seu resultado significando em rotundo prejuízo financeiro para o erário municipal.
OUTRO – Falando em revisão da LOM e do PDDU, mesmo com as audiências públicas realizadas e “trabalhos” como o da Polis, o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Tin Gomes (PHS) já foi informado e pelo que parece convencido de que o projeto de revisão é muito ruim. Somente outro para que seja feita uma revisão decente. Mesmo assim o presidente quer porque quer votar a revisão a toque de caixa, antes mesmo do final do período legislativo em curso, que se encerrará no dia 15 de dezembro, caso não haja convocação extraordinária.
ABANDONOU – Depois de ser salva pela presidência da Câmara das denúncias de desvio de salários de assessores, de estelionato e fraude – inclusive com processo judicial em curso –, confusão com o ex-marido que resultou em agressão física – os dois primeiros itens mais do que suficientes para a abertura de um processo de cassação de mandato – a dublê de vereadora/stripper Deborah Softy (foto) resolveu praticamente abandonar o mandato. O gabinete da moça vive às moscas e ela não dá o ar da graça na sede do Legislativo. A vereadora é fruto da irresponsabilidade de boa parte do eleitorado de Fortaleza.
TRI – Falando em Câmara Municipal por lá atua uma falsa profissional que tem jornada tripla: é taquígrafa – embora não desempenhe a função por conta de ter sofrido uma trombose –, tem cargo comissionado de chefe de plenário e, ufa!, ainda encontra tempo para exercer ilegalmente o jornalismo, na condição de repórter do programa do também falso profissional Antônio Viana. Chama Ana Memória a tri-mulher.
SIM, E AÍ? – Afinal, partiu da arma de quem o tiro que matou um morador da comunidade Rosalina, no início do ano, morto quando a Guarda Municipal de Fortaleza realizava uma desocupação de terreno? Até o momento, meses depois do homicídio, não se tem notícia da identificação do autor do crime, muito menos sobre o andamento do inquérito, do processo, da investigação. Afinal, onde estão as comissões de defesa dos direitos humanos, outrora tão atuantes?
OAB – A eleição da OAB-CE promete esquentar, principalmente com a proposta de anuidade zero do candidato Feliciano Júnior. O advogado toca num ponto crucial: a anuidade, que vai fazer com que mais de sete mil advogados não estejam aptos a votar, exatamente por não conseguirem pagar a anuidade. Pouco mais de cinco mil estão aptos a votar. Feliciano pode protagonizar a maior revolução na OAB-CE nos últimos tempos.
CORREIO ELETRÔNICO I – Do falso profissional Roberto César, <simplesmentebeto@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem, previamente revisada:
“Caro editor do Em Off, sou Roberto César repórter do programa Cidade 190, meu nome foi citado na edição da semana passada no sítio "em Off" sobre uma matéria exibida há quinze dias no referido programa em que trabalho. Acredito que embora o programa não faça parte do quadro dos seus favoritos, o editor da coluna (que não é assinada) deveria ter a responsabilidade de acompanhar as informações para poder publicar alguma crítica, neste caso, segundo a coluna, abordado em desrespeito ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente".
O texto relatava que o repórter e a edição do programa, haviam conduzido e exibido imagens de um "adolescente de 18" anos baleado e apreendido na delegacia da criança e do adolescente. Ora senhor editor, tenho disponível a gravação da referida matéria, mas a citação feita na coluna é inverídica!! O fato é que a matéria foi elaborada em frente a DCA (Delegacia da Criança e do Adolescente), mas o acusado já havia sido levado para o IML onde foi submetido a um exame de arcada dentária e constatado que já tinha acima de 20 anos de idade (o acusado estava mentindo a idade), isto foi dito na matéria. Por este motivo não havia nenhuma irregularidade na edição em colocar a imagem do assaltante mentiroso, e tão pouco o repórter, que frisou na matéria que o acusado estava naquela delegacia pelo fato de sonegar a verdadeira idade.
Acredito que críticas para aperfeiçoar profissionais da imprensa são imprescindíveis para a formação de um profissional, porém, é lamentável a forma distorcida como foi divulgada esta informação, sou radialista há dez anos, sou jornalista em formação (estudo comunicação), e há quatro anos sou repórter fotográfico do jornal o estado, peço ao responsável anônimo desta publicação que me procure caso queira uma cópia da matéria, para poder confirmar o que estou relatando, e se possível fazer uma nota sobre o acontecido, pois é bom lembrar, que casos semelhantes através da mídia eletrônica (em blogs e sites), já foram passíveis de processos na justiça e penalizados com indenizações.
Atenciosamente
Roberto César”.
RESPOSTA – O comentário ao qual o moço se refere é o seguinte:
Falando
Em momento algum o sítio falou de “adolescente de 18 anos”, até por que se o citado já tivesse essa idade não existira o ilícito por nós citado. A imagem do menor infrator baleado foi mostrada no programa. O sítio mantém tudo o que publicou, sem tirar uma vírgula. Não houve nem há qualquer distorção na informação. O bandido que foi citado acompanhava o menor infrator e era, de fato, maior de idade, mas não o que fora baleado.
Infelizmente, mesmo atuando ainda que ilegalmente numa área jornalística onde a lei é a principal base, o moço demonstra intensa desinformação e falta de formação. O fato de ser radialista há dez anos não lhe dá o direito de exercer ilegalmente o jornalismo e o “trabalho” que o rapaz faz é função privativa de jornalista profissional, tipificada pelo Decreto-Lei 972/69. Há parecer da DRT local sobre isso. O moço confessa exercer ilegalmente de maneira dupla a profissão de jornalismo, pois pelo que se sabe não detém o registro profissional de repórter fotográfico e, ainda que o tivesse, não lhe dá condição legal da prática do jornalismo nas funções privativas de jornalistas graduados em formação universitária em jornalismo.
Não existe a categoria profissional de “jornalista em formação”. Caso o senhor Roberto César não saiba, exercício ilegal de profissão ou atividade é contravenção à organização do trabalho, tipificado no Decreto-Lei 3.688, de 03/10/1941, que preceitua: “Exercer profissão (...) ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício. Pena – prisão simples de quinze dias a três meses ou multa”.
O sítio Em Off sabe perfeitamente o que dispõe a lei, também quanto à jurisprudência sobre ações cíveis contra blogs e sítios. Caso a citação “pois é bom lembrar, que casos semelhantes através da mídia eletrônica (em blogs e sites), já foram passíveis de processos na justiça e penalizados com indenizações” tenha sido feita com um tom de ameaça, o moço é inteiramente livre e amparado na lei, como qualquer cidadão, para buscar na Justiça a reparação de danos que porventura esteja avaliando sofrer. Conseguir êxito é outro assunto, bem como a ação de regresso também pode ocorrer. Triste ver que um estudante de jornalismo – infelizmente não citou onde freqüenta as aulas, mas pelo exposto dá para se ter uma idéia de onde pode ser – já demonstre tanto desconhecimento não apenas da legislação que regulamenta a profissão que, quem sabe, um dia irá ingressar de maneira legal, mas da matéria prima com a qual exerce ilegalmente a profissão. Com ou sem chapéu. Com ou sem HT. Entendido?
CORREIO ELETRÔNICO II – Do estimado internauta Carlos Henrique da Silva, digno morador do bairro Vila União, recebemos a seguinte mensagem:
“Caro Editor:
Ficou mais do que evidente que MAIA JUNIOR, LUIS PONTES e LUCIO BONFIM estão
desta feita desempregados. A ultima esperança deles era se o candidato paulista
a presidência conseguisse êxito.
A torcida alvinegra mais uma vez respira aliviada, pois o trio usou a máquina
estadual para ajudar o time do Fortaleza em detrimento do Ceará Sporting.
Carlos Henrique Silva
Vila União”
RESPOSTA – Com efeito os citados realmente poderão passar um período de ostracismo ao qual o povo cearense agradece e espera que seja bem longo. Longo mesmo. Não obstante o sangue alvinegro que corre nas veias do internauta – que poderia ser argüido como impedimento para o comentário emitido – foi mais do que aparente a ação do trio na máquina pública para beneficiar o tricolor do Pici. Em vários momentos e ocasiões. Torcedor é bicho de memória de elefante...
CORREIO ELETRÔNICO III – Do nosso estimado internauta Paulo José <paulo_jose6@hotmail.com> recebemos a seguinte mensagem:
“Caro redator,
A TV Jangadeiro completou na quinta-feira da semana passada a ‘limpeza’ no seu quadro de jornalismo pós-eleição. Acabou com o Jangadeiro Esporte Clube, demitindo todos os 12 profissionais, incluindo nomes antigos da casa como Alan Neto e Sandra Chaves. Acabou com o tal ‘Olho Mágico’, um programete que tirava vídeos da internet e era apresentado por um ator de teatro/estudante de comunicação. Demitiu o diretor de programação, Daniel Arruda, ex-publicitário, e considerado o ‘criativo’ da família Jereissati. Daniel entrou na TV levando uma turma de liderados: Pedro Macambira, Elcio, Paulo Maranfon e mais três pessoas. Todos também estão de fora, sendo que Pedro e Elcio já havia se desligado antes do trem passar na TV. Sobrou também para a rádio Jangadeiro. Foi demitido o diretor da emissora em Brejo Santo, Ronaldo Costa, ex-Barra Pesada. A Rádio Jangadeiro investiu em prêmios para melhorar a situação no Ibope. Conseguiu melhorar seu desempenho, indo para o terceiro lugar, mas como os prêmios acabaram, a audiência também já caiu”.
RESPOSTA – As demissões da TV Jangadeiro, quem sabe, já sejam para adequar a emissora à realidade que irá enfrentar no próximo governo estadual. Atualmente a verba oficial é responsável por expressiva fatia do faturamento da TV Jangadeiro, através dos anúncios e do patrocínio de programas, todos sem licitação. No meio dos demitidos, por trás das câmeras, infelizmente gente criativa e que pagou apenas pelo fato de ter sido indicado por quem está sendo desligado. Mais pressão para um mercado de trabalho que a cada dia se fecha mais. Deveria ser demitido também quem colocou Ronaldo Costa como diretor da Rádio Jangadeiro em Brejo Santo. Era mais do que aparente que ele não tinha o mínimo de talento para a posição à qual foi guindado.
CORREIO ELETRÔNICO IV – Da nossa magnânima internauta Alice Oliveira <aliceoliveira@uol.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
"A campanha do Fortaleza Esporte Clube na série A tem sido BIZARRA, mas o que tem divertido os torcedores/telespectadores da TV FECHADA, são as trapalhadas da dupla BOSQUIM (Bosco Farias) e BOQUINHA (Paulo César Norões).
A última foi no jogo em que o time do Fortaleza, foi goleado pelo Goiás por 3x0 .
Depois de 10 minutos de bola rolando o comentarista PC Norões gritou: " Bosco, o jogador Romerito está jogando de boné... será que pode?
O BOSQUIM mais esperto que o BOQUINHA disse: "É não Paulo César é uma faixa de proteção..."
Como diz um certo colunista: Nóis sofre, mas nóis goza.
Alice Oliveria/Aldeota"
RESPOSTA – Falta apenas adicionar à dupla o Vitor Hannover para completar a "santíssima trindade" do "jornalismo esportivo" (?) local...
CORREIO ELETRÔNICO V – Do nosso indispensável internauta José Antonio Silva <silva_ceara@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
“Caro Editor do Emoff,
Comandante dos Bombeiros do Estado do Ceará, Coronel Duarte Frota, mais uma vez age de forma parcial e clientelista ao impor a COMISSÃO DE PROMOÇÃO DE OFICIAIS a ascensão do seu Presidente da Comissão de Licitação, TEN-CORONEL QOBM JOÃO CARLOS DE ARAÚJO, ao nível 2 do ranking da lista tríplice que irá para o Governador do Estado escolher os que irão ser promovidos ao último posto da Corporação, em 25 de dezembro de 2006.
Na última promoção, em 24 de maio de 2006, o dito Comandante fez o mesmo ao influir nesta CPO para que o seu Chefe de Gabinete, TC Marcos Moreira, ascendesse a esta lista tríplice e embora tendo ficado na posição 2, foi escolhido pelo Governador Lúcio Alcântara para a única vaga do posto de Coronel, passando a frente de 12(doze) tenentes-coronéis colegas seus mais antigos. O mais interessante é que o Coronel Marcos Moreira, o dito Chefe de Gabinete recentemente promovido em 24/05/2006, agora surpreendentemente passou a compor esta comissão de promoções como membro votante e contribuindo assim na perpetuação das injustiças reinantes no Casarão Vermelho do Estado do Ceará.
Não tenhamos dúvida de que o governador do Estado mais uma vez irá atender ao pedido do Comandante e promoverá o homem de confiança do Coronel José Ananias Duarte Frota. A insatisfação é grande no seio dos oficiais superiores desta Corporação, os quais sob o comando deste déspota continuam sem voz e vez, pois na grande maioria estes oficiais são reféns de funções gratificadas que não permitem aos seus detentores opinião contrária aos desejos prepotentes e clientelistas deste Comandante. E digo mais, em 11 de setembro próximo passado, estes detentores de funções gratificadas foram obrigados a contribuir com R$ 50,00 para a compra do presente de aniversário do “renomado” Coronel Duarte Frota.
Esperemos que alguma autoridade governamental tome alguma providência sobre estas injustiças, mesmo que esta pertença ao rol dos que foram agraciados com medalhas e honrarias desta Corporação, pois centenas destas comendas foram estrategicamente distribuídas com o fim de amolecer os corações daqueles que poderiam vir a fiscalizar o vil e maquiavélico proceder deste dirigente militar dos Bombeiros do Ceará.
Atenciosamente,
José Antônio Silva”
RESPOSTA – Infelizmente o outrora exemplo Corpo de Bombeiros Militar (CBM) vem sendo manchado com episódios como o denunciado pelo nosso internauta. Desde os tempos do Coronel Leonel Alencar até agora, na gestão de Duarte da Frota, as denúncias são graves e fortes. Sem falar na campanha aberta que o atual comandante da Corporação estava fazendo para o governador Lúcio Alcântara, que acabou perdendo a eleição. Fazer campanha ele pode, em seu horário de folga e sem utilizar recursos da Corporação, o que não vinha sendo respeitado.
CORREIO ELETRÔNICO VI – Do nosso indispensável internauta Tito Oliveira <titocsc@uol.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
“A cada domingo que passa, ao ler a coluna VALE TUDO (de nome sugestivo) assinada pelo Sr. Manoel Simplicio de Barros Neto - mais conhecido como Alan Neto - supreendo-me com a capacidade "abobristica" do colunista.
Na edição do dia 05.11.06 o Sr. Neto foi "genial" para não dizer BESTIAL,ao escrever o seguinte tópico:
"PÚLPITO
DIVINO
Na missa de Chico Holanda, Catedral entupida, o padre Clairton Alexandrino, em
sua homilia, provou por qual razão é o maior orador sacro do clero cearense. Sua
fala prendeu a respiração de todos. Olhos bem abertos e ouvidos atentos. A ponto
de o desembargador Ernâni Barreira virar-se para seu vizinho e exclamar: 'Ele é
fantástico' ". Coluna Vale Tudo do Sr. Alan Neto,
(jornal O POVO de domingo, 05.11.06, pg. 2)
Que se cuidem o Lúcio Brasileiro e o Lázaro Medeiros, mas diante de tamanha "ABOBRINHA" - pergunto:
1o.) Quem é (ou era) Chico Holanda? Missa de que ou do que? Como o colunista conseguiu acompanhar a respiração, audição e olhar de todos os presentes? Que importância tem a opinião do tal Desembargador? E por que será que o Sr. Neto puxa tanto o saco (entre muitos) do Pe. Clairton?
No seu programa esportivo (esportivo, repito) da CBN/AM DO POVO, o apresentador do "SUPERLATIVO PROGRAMA DO ALAN faz referencias ao nome do Padre - que nunca chutou uma bola - inúmeras vezes. <
Tito Oliveira
Bairro Meireles
Fortaleza (CE)”.
RESPOSTA – Quem sabe o “Fagundes, o puxa-saco” não esteja querendo garantir seu lugarzinho nos jardins do Éden... Sim, mas quem é mesmo Chico Holanda? Que missa era essa? Deixamos as perguntas do Tito para que algum outro internauta, bem informado, possa nos responder esses questionamentos...
CORREIO ELETRÔNICO VII – Do preclaro advogado e jornalista Fernando Dantas <fernandodantas.ce@gmail.com>, recebemos a seguinte mensagem:
“Prezados amigos do Em Off,
EXPLORAR E HOMENAGEAR?
Se observarmos bem a realidade das emissoras de TV da Capital Cearense, perceberemos que temos bons profissionais. Não pela formação cultural ou educacional de muitos. Já que dentro das estruturas, poucos conseguiram entrar nos bancos do ensino superior, como produtores, editores e repórteres. Digo bons, principalmente em relação aos editores de imagens, cinegrafistas e auxiliares. Pessoas que vieram de outras áreas para dentro das TVs, realizando hoje importantes funções que contribuem para levar as imagens e informações à população.
Estes profissionais são bons, por que sem estrutura, com baixos salários, e sendo explorados, ainda conseguem dar conta de seu trabalho, que ao longo dos anos vira um vício. Eles sentem-se parte das transformações sociais que a informação jornalísticas levam até às diversas camadas da população. Acompanhando cinegrafistas, e editores percebemos como a maioria procura fazer o trabalho render, e com qualidade. Talvez, dentro de seus corações uma esperança de um dia a situação nos meios de comunicação venha a melhorar.
Com certeza, qualquer profissional de TV no Ceará daria um show se fosse contratado por uma grande emissora nacional, onde lhe desse toda a estrutura necessária para o trabalho, respeito à legislação trabalhista, e salários dignos. Digo isto, por que como falei antes eles aprenderam na prática. E dão bons resultados por que são nordestinos, e como tal são fortes para tentar vencer as adversidades do cotidiano. A situação de desmobilização da categoria dos cinegrafistas, editores e auxiliares, que são filiados ao Sindicato dos Radialistas, passa pela falta de formação educacional e cultural. Para os empresários é mais fácil manipular um profissional sem senso crítico e sem embasamento cultural. Com isso os bons profissionais são descartados, e novos são contratados sem um critério sério e coerente, gerando uma "oferta" excedente de mão de obra, que contribui ainda mais para o achatamento dos "salários" pagos.
Preconceitos à parte, já vimos nas emissoras que trabalhamos serventes e auxiliares de serviços gerais serem transformados em cinegrafistas. Não que estas pessoas não devam ter permissão de ascender socialmente, mas que para exercer estas funções fizessem um curso de capacitação, tivessem pelo menos o segundo grau, ou já estivessem em uma faculdade. A visão de mundo destes profissionais seria outra, tanto em relação às notícias produzidas, quanto em relação às suas vidas e suas relações trabalhistas.
Voltando à preparação cultural intelectual, também encontramos outros profissionais de rádio que amam o que fazem. São os locutores entrevistadores, que muitas vezes, a mando das empresas tomam os lugares de jornalistas profissionais nas funções de repórter. Embora com uma formação a desejar, alguns são comprometidos com o que fazem e buscam, ao seu modo ser éticos. Vestem a camisa da produção de notícias.
No âmbito dos programas policiais encontramos mais destes tipos de profissionais. Recentemente perdemos um destes profissionais, que morreu repentinamente. O sr. Jorge Ribeiro, pessoa com quem trabalhamos na TV Diário do Sistema Verdes Mares de Comunicação. Jorge Ribeiro em seu mister era dedicado e comprometido, embora não fosse jornalista. Percebíamos claramente o seu comprometimento em buscar boas notícias para as edições do programa Rota 22. Possuía fontes, contatos com a polícia, e entendia do que fazia. Um homem simples, que vibrava com a notícia, e que tinha uma boa convivência com seus colegas de trabalho. Embora bem mais velho do que outros colegas de redação, Jorge virava um jovem quando estava em busca de novas notícias. Ele se foi, e outros virão para assumir seu lugar. Render homenagens ao colega de imprensa falecido é algo justo, por sua dedicação e empenho.
Na minha opinião as homenagens dos colegas são aceitáveis. Mas as poucas homenagens da diretoria da TV Diário, são questionáveis. Digo isto, pois como outros colegas daquela emissora Jorge Ribeiro era mais um profissional explorado pela direção da TV. Como os demais ele sonhava com um futuro melhor dentro da profissão, mas que sob o julgo de uma administração autoritária era obrigado a aceitar as regras do jogo imposta por poucos que esquecem-se de seu passado, e ameaçam com demissões infundadas. Pessoas que em cargo de chefia não conseguem perceber o lado humano das pessoas com que trabalham, e acham-se donos dos veículos de comunicação. Isto acontece em grande parte por que os seus interesses pessoais ofuscam uma visão plena dos profissionais das redações cearenses.
O falecido repórter do Rota 22 não será o primeiro, e nem o último profissional de imprensa a ser homenageado pela empresa. Uma homenagem fria e sem sentido que só vem depois da morte do funcionário.
Logo nos questionamos se é válido explorar durante toda a vida, para depois homenagear? Lógico que não! Cada profissional de telejornalismo sonha com um futuro melhor para si, e seus familiares. Mas o salário de fome, não dá nem para comer direito. A verdadeira homenagem que cada profissional de imprensa deste estado deseja receber é em vida. E a homenagem não é nada mais, nada menos do que uma obrigação. A verdadeira homenagem passa pelo respeito à dignidade humana dos profissionais que não merecem receber gritos, ao cumprimento da legislação trabalhista, e a implantação de um profissionalismo ainda inexistente. Por tudo isto somos contra homenagens falsas àqueles que partiram e foram explorados em vida.
Fernando Dantas
Advogado/Jornalista”.
RESPOSTA – Toda e qualquer perda de vida deve ser lamentada. Lamentamos pelo ser humano que morreu e pela atitude da emissora, descrita pelo nobre colega. Lamentamos, também, o fato da emissora abrigar e preferir falsos profissionais do jornalismo, como opção de desrespeito a lei e redução de gastos, bem como da qualidade de sua programação.
PARA REFLETIR – "Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás ... mas vá em frente pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te." (Charlie Chaplin)
ATUALIZAÇÃO N.º 343 - 13/11/2.006
OMISSÃO – Dia 31 de outubro, o garoto Túlio Gruskas, de oito anos, sofreu um forte choque elétrico quando nadava na piscina do Náutico Atlético Cearense. Em conseqüência desse fato o garoto sofreu ferimentos e seu estado de saúde necessitou – e necessita – de cuidados médicos. Um poste de eletricidade próximo da piscina e a instalação elétrica sem manutenção teriam sido os causadores da descarga elétrica que, graças a Deus, não ceifou a vida do menino.
OMISSÃO – Embora o fato tenha ocorrido num dos mais tradicionais clubes sociais de Fortaleza, o fato manteve-se em sepulcral silêncio por parte da mídia durante os dias seguintes. Talvez, muito provavelmente, exatamente por isso. Somente no dia 08/11, uma semana depois do ocorrido, uma matéria foi publicada num dos meios de comunicação locais: uma reportagem assinada por Yanna Guimarães no jornal O Povo. Por qual motivo o jornal aguardou uma semana para publicar matéria sobre o episódio? O fato de envolver um clube destinado ao “high society” (?) cearense?
OMISSÃO – Também nunca é demais lembrar que o presidente do NAC, Guedes Neto do Ceará, é titular da Secretaria de Esportes e Juventude (Sejuv), do governo Lúcio Alcântara. A mãe do garoto, a médica Jesoní Gruskas, é nadadora máster do Náutico. O presidente deu a velha desculpa de que havia acionado a Coelce e prestado todo o apoio à família do garoto, versão desmentida pela mãe da vítima e pelo jornal, através de informações repassadas pela própria Coelce.
OMISSÃO – Mesmo tendo demorado a publicar a matéria sobre o fato – o jornal teve acesso aos fatos bem antes da publicação da reportagem – é preciso registrar que, ainda assim, O Povo foi o único meio de comunicação local que se referiu ao ocorrido. O Diário do Nordeste chegou, inclusive, a também entrevistar a mãe do garoto, mas nenhuma linha foi publicada. Uma nota que seria publicada em uma das colunas do DN chegou a ser cortada. Todas as emissoras de TV locais foram informadas, mas não houve interesse pelo assunto, tendo esbarrado num estranho – nem tanto assim – silêncio. A TV Verdes Mares – integrante do mesmo grupo de comunicação que o DN – fez matéria – com entrevista com a mãe do garoto, imagens da vítima, sonora com especialistas, etc. – que recebeu o sinal verde do diretor de jornalismo da emissora.
OMISSÃO – A matéria estava espelhada para a edição do dia 09/11 do Bom Dia Ceará, mas foi retirada após reunião que acontece diariamente com o diretor do SVM, Edilmar Norões, outros diretores do SVM e jornalistas que detêm cargos de chefia, realizada no dia anterior ao previsto para a matéria ir ao ar. Segundo informações, o diretor de jornalismo da TVM não teria participado da reunião por estar viajando.
OMISSÃO – O cômico é que, dias depois da criança ter tomado o choque elétrico, estava programada uma competição no parque aquático do Náutico Atlético Cearense. Infelizmente mais um episódio onde a maioria esmagadora da mídia local resolveu, em prática condenável e lesando o direito à informação da sociedade, omitir-se. Não é dessa forma que se faz jornalismo. O nome disso é bem conhecido: censura. Em virtude de interesses pessoais meios de comunicação de massa deixam de cumprir não apenas seu papel social, mas constitucional.
OMISSÃO – Afinal, quem são essas pessoas – jornalistas ou não – que se sentem com o direito de decidir o quê deve ou não ser informado à sociedade? Censores com a triste ilusão de que são senhores da notícia. Infelizmente não é o único nem será o último, mas mais um caso dos muitos que já ocorreram e, pelo visto, ainda irão ocorrer e que mancham o jornalismo. “Jornalismo com independência”, “a notícia sem retoques” e outras frases de efeito são comuns nos slogans e nas declarações de pessoas e empresas de comunicação que mantêm um discurso completamente dissociado da prática.
OMISSÃO – Sobre censura, omissão, utilização do jornalismo como instrumento de contemplação de interesses particulares e menores, o sítio Em Off relembra uma frase da mestra Adísia Sá: “O monopólio da informação é a morte da imprensa e a sepultura do jornalista”. Infelizmente a sociedade se vê, cada vez mais, refém dos que querem matar a imprensa, cavando covas rasas para jornalistas. Espera-se, pelo menos, que o sentimento de resistência e a capacidade de inconformidade não sejam sepultadas com os jornalistas.
ILEGAL – Menor infrator ou em situação de risco tem que ter, por lei, sua imagem e identidade preservada por parte dos meios de comunicação. Dessa forma os meios de comunicação de massa não podem divulgar imagens de menores apreendidos, tampouco divulgar seus nomes. Trata-se de um princípio legal básico e primário, mas que cada vez vem sendo mais desrespeitado pelos meios de comunicação locais.
ILEGAL – Há três semanas abordamos o fato de, pela enésima vez, imagens de um menor de dezoito anos ferido durante sua apreensão por policiais militares, terem sido veiculadas, sem qualquer efeito que dificultasse sua identificação, expondo seu rosto. Como tem se tornado prática comum desrespeitar esse princípio, eis que mais um caso ocorreu semana passada. Uma adolescente – que tinha 13 anos segundo o jornal O Povo e 14, segundo o jornal Diário do Nordeste – foi morta com um tiro no peito esquerdo, na madrugada do dia 10/11, no bairro Otávio Bonfim.
ILEGAL – A garota foi identificada como garota de programa, fato confirmado pelas amigas que a acompanhavam quando do homicídio. O Diário do Nordeste publicou o nome completo da vítima. Não contente, ainda informou onde a garota morava, identificando-a ainda mais. Sobre o mesmo assunto o jornal O Povo também publicou matéria, assinada por Landry Pedrosa, mas agiu da maneira que determina a lei, divulgando apenas as iniciais da vítima.
ILEGAL – Infelizmente a Promotoria da Infância e da Adolescência não tem dado a devida atenção a ilegalidades como essa que necessita da ação do Ministério Público Estadual. Essa tem sido a tônica da Promotoria. As entidades que militam na defesa de crianças e adolescentes têm seguido no mesmo caminho. Muito provavelmente temendo bater de frente com os meios de comunicação.
PROJETO – O Diário do Nordeste publicou matéria, na edição do dia 10/11, sobre a emenda à Lei Orgânica do Município (LOM) que concede licença-maternidade de 180 dias às servidoras da Prefeitura de Fortaleza. A Constituição prevê benefício de 90 dias, mas o a emenda duplica o prazo e amplia a abrangência da licença. O DN fez a proeza de não citar na matéria a responsável pelo projeto de indicação que deu origem à emenda da licença-maternidade: a vereadora Fátima Leite (PHS).
PROJETO – A vereadora apresentou projeto indicativo – que sugere ao Executivo a adoção da proposta, através do envio de mensagem prefeitoral com o teor do projeto suprimido ou adicionado, conforme avaliação do Poder – e foi aprovado pelo plenário. Do projeto de Fátima Leite surgiu, posteriormente, projeto que tramita no Senado, visando emendar a Constituição, mas dando caráter precário e opcional à ampliação da licença e com abrangência menor. Dentre outras limitações a proposta que deve ser apreciada pelos senadores prevê a extinção da ampliação se a trabalhadora colocar a criança numa creche.
PROJETO – A proposta da vereadora Fátima Leite sugeria a concessão de licença-maternidade às servidoras municipais que parissem, que adotassem ou conseguissem a guarda de uma criança, abrangendo, inclusive, ambos os sexos no caso da guarda, obviamente com um prazo menor em se tratando dos servidores. Também não limita ou condiciona o benefício à não colocação da criança em creche. A matéria do Diário do Nordeste cita o nome do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Tin Gomes (PHS) e do líder da prefeita no Legislativo, Guilherme Sampaio (PT), não como autores da proposta original que deu origem à emenda, evidentemente, mas não fez qualquer menção ao nome da parlamentar. A emenda já foi votada em primeira discussão e, depois da aprovação em segunda discussão e redação final, pode ser promulgada imediatamente pelo preisidente da Câmara ou aguardar a promulgação de toda a revisão da LOM.
FAGUNDES – E o Fagundes-mor do jornalismo cearense deu mais uma puxada de saco habitual no hotel Marina Park, na coluna Confidencial (jornal O Povo), edição do dia 11/11: “PINGA-FOGO QUEM TEM CREDIBILIDADE impõe-se naturalmente. É o caso da festa dos 35 anos das ''Personalidades Esportivas´´, do jornalista Sérgio Ponte. Já conseguiu o patrocínio de marcas fortes. Na linha de frente Coca-Cola e Agripec. As atrações? Todas já confirmadas. Uma delas internacional. Nomão deste tamanho. È mole? Sérgio é tão perfeccionista que arregaça as mangas, com cinco meses de antecedência, para evitar imprevistos. A deste ano, por se tratar de uma data especialíssima haverá uma reformulação completa a partir do visual. O local não podia ser outro que não o Marina Park, que há 13 anos tem lhe dado apoio e total respaldo. O lugar certo, para um acontecimento inesquecível”. Um internauta já explicou aqui o motivo de tanta babação do colunista com o hotel: além de ter cedido sem ônus as instalações para a recepção matrimonial (é o novo!) de sua filha, também há a cessão para essa festa promovida pelo irmão do colunista, que ele sempre chama pela antonomásia de “o perfeccionista”.
FAGUNDES – E para não perder a viagem, ou melhor, o espaço, na coluna Vale-Tudo (jornal O Povo), que o colunista escreve dominicalmente, dia 12/11 ele lascou mais essa: “Desencantado não é bem o caso. Pelo contrário. A experiência lhe foi gratificante, mas o empresário Beto Studart, candidato a vice de Lúcio, bate em retirada da política. Sem fazer barulho, sem acusar ninguém, sem ranços ou mágoas. Vai cuidar dos seus negócios e da família. Gente fina é outra coisa”. Beto Studart vem a ser o dono da Agripec, a mesma citada por ele como patrocinadora da tal festa das “personalidades esportivas”.
FAGUNDES – Falando ainda no colunista Alan Neto, na atualização passada nosso internauta Tito Oliveira referiu-se a um comentário feito por ele, na coluna Vale-Tudo, sobre uma missa. Foi essa a mensagem de Tito, enviada por correio eletrônico:
“A cada domingo que passa, ao ler a coluna VALE TUDO (de nome sugestivo) assinada pelo Sr. Manoel Simplicio de Barros Neto - mais conhecido como Alan Neto - supreendo-me com a capacidade "t;abobristica" do colunista.
Na edição do dia 05.11.06 o Sr. Neto foi "genial" para não dizer BESTIAL,ao escrever o seguinte tópico:
"PÚLPITO
DIVINO
Na missa de Chico Holanda, Catedral entupida, o padre Clairton Alexandrino, em
sua homilia, provou por qual razão é o maior orador sacro do clero cearense. Sua
fala prendeu a respiração de todos. Olhos bem abertos e ouvidos atentos. A ponto
de o desembargador Ernâni Barreira virar-se para seu vizinho e exclamar: 'Ele é
fantástico' ". Coluna Vale Tudo do Sr. Alan Neto, (jornal O POVO de domingo,
05.11.06, pg. 2)
Que se cuidem o Lúcio Brasileiro e o Lázaro Medeiros, mas diante de tamanha "ABOBRINHA" - pergunto:
1o.) Quem é (ou era) Chico Holanda? Missa de que ou do que? Como o colunista conseguiu acompanhar a respiração, audição e olhar de todos os presentes? Que importância tem a opinião do tal Desembargador? E por que será que o Sr. Neto puxa tanto o saco (entre muitos) do Pe. Clairton?
No seu programa esportivo (esportivo, repito) da CBN/AM DO POVO, o apresentador do "SUPERLATIVO PROGRAMA DO ALAN faz referencias ao nome do Padre - que nunca chutou uma bola - inúmeras vezes.
Tito Oliveira
Bairro Meireles
Fortaleza (CE)”
FAGUNDES – Também indagamos quem era o finado, posto que não sabíamos de quem se tratava. Felizmente temos internautas atentos e que sempre nos socorrem em nossa imensa ignorância. O preclaro internauta Antônio Martins, morador do aprazível bairro “Planalto Rodoviário” – como fez questão de frisar –, que é mais conhecido como Vila União, nos disse quem era Chico Holanda. Era secretário no município de Maranguape, descrito como “amigão, seresteiro (é o novo!) e grande sujeito”. O internauta aproveitou o ensejo, ainda, para informar que o extinto (é o novo!) era marido da desembargadora Iracema do Vale Holanda, que colocou Ider Ponte, irmão do Fagundes, ôps, do colunista no cerimonial da Procuradoria Geral de Justiça quando chefiou aquela Instituição.
BINGO – Mesmo estando proibidos, os bingos não deixam de operar e seguem desafiando a Justiça, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. O “Vegas diversões eletrônicas” funciona de maneira aberta, na rua Major Facundo, 374, no Centro de Fortaleza, um quarteirão da Praça do Ferreira. Dentro do local, bingo e máquinas de vídeo-pôquer operam diuturnamente. Esperando apenas que a Procuradoria da República no Ceará tome uma providência para que a lei seja respeitada.
COLUNA – A coluna Política (jornal O Povo) vem tentando se credenciar como uma espécie de “procuradora” do governador eleito Cid Gomes. Nada de supresa ou anormal no comportamento da coluna, mas na ânsia de se por como instrumento do futuro governo a coluna vem acentuando sua incoerência e oportunismo. O caso de ficar sempre se apresentando como combatente da tal licitação para a ampliação do Porto do Pecém vem sendo emblemático. A coluna colocou-se na posição de questionadora da licitação, realizada ao apagar das luzes da administração Lúcio Alcântara, tendo uma das argumentações de que compromete vultosa soma – R$ 421,1 milhões e – e obras nos 29 dos 48 meses do mandato de Cid Gomes.
COLUNA – O título principal da coluna na edição do dia 10/11 foi “Lúcio quer continuar licitação milionária do Pecém”. A licitação foi suspensa através de liminar concedida em ação movida pela empresa Marquise, tendo o governo do Estado recorrido com pedido de suspensão da medida ao presidente do Tribunal de Justiça, Fernando Ximenes, que acabou por conceder o efeito suspensivo à liminar. “GOVERNADOR NÃO CITOU MEGA-OBRA NA CAMPANHA Em função das circunstâncias, o caso causou grande polêmica. Caso a licitação tenha andamento, logo após a assinatura do contrato e o início do canteiro de obras, o contribuinte pagará a bagatela de R$ 21 milhões à empresa vencedora da concorrência. O restante será desembolsado ao longo dos previstos 29 meses restantes de acordo com o andamento do projeto. Ou seja, o contrato poderá ser firmado agora, mas a obra será construída e paga ao longo do mandato do futuro governador, que só soube da licitação através da imprensa. Acabamos de passar por um processo eleitoral. Em nenhum momento o governador, que disputava a reeleição, falou dessa importante obra. Lúcio citou várias vezes a Siderúrgica (Ceará Steel), um empreendimento privado, mas esse empreendimento público, financiado pelo contribuinte, permaneceu envolto no mais absoluto silêncio durante toda campanha. Pela dimensão do empreendimento, era de se esperar que a ampliação do Pecém tivesse sido um dos carros-chefe da campanha do governador. O edital foi lançado a cinco dias da eleição. Naquele momento, as pesquisas já indicavam o vencedor”, escreveu o colunista.
COLUNA – O mais curioso de tudo é que o governador eleito não se pronunciou sobre a licitação. A coluna se apresenta – para utilizar um termo que seu redator muito gosta – como interlocutora do futuro chefe do Executivo. Continuou ainda o colunista: “Há outra ação, de autoria do deputado estadual Heitor Férrer (PDT) questionando a licitação. (...) Outra questão diz respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Há dúvidas se o fato de 95% da obra ficar para ser paga pela próxima gestão não fere a LRF. Um trecho da lei diz o seguinte: ‘é vedado, nos últimos dois quadrimestres do mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito’. Nesse ponto, é preciso saber se há essa disponibilidade. O secretário de infra-estrutura, Luiz Eduardo Morais, disse ontem que há disponibilidade imediata para pagar a primeira parcela (R$ 21 milhões) e que o Orçamento de 2007 prevê recursos para garantir o pagamento no próximo ano”. Escreveu sobre o que não tinha conhecimento. Ora, bastaria pegar o orçamento para o próximo exercício e ver se as palavras do titular da Seinfra procediam.
COLUNA – Ademais, não se explica como a coluna passou a atenta fiscalizadora do Executivo Estadual nos últimos meses, quando se portou de maneira bem diferente em episódios, digamos, igualmente controversos da gestão Lúcio Alcântara ao longo dos últimos anos. Sobre a contratação sem licitação da empresa Conap – que tem entre seus gestores Luís Gastão Bitencourt, que trabalhou na campanha política de Lúcio em 2002 e é apontado como sócio do deputado federal e filho do governador, Léo Alcântara – e condenada pelo Conselho Penitenciário Estadual não houve a mesma atenção por parte da coluna. Também não houve qualquer atenção – sequer menção – no episódio em que Lúcio Alcântara intercedeu para que R$ 250 mil fossem transferidos dos cofres da Cagece, empresa pública de direito público, para a campanha “Ceará doa o troco”, encetada pelo Hospital do Câncer, empresa privada de direito privado – que tem o pai do governador como um dos fundadores e uma de suas irmãs trabalha na diretoria – em operação de mútuo bancário absolutamente ilegal.
COLUNA – O espaço também vem se apresentando como defensor – ainda que brando ou “de leve” – da administração Lula. Na edição do dia 12/11 publicou o seguinte: “UM GASTO PÚBLICO QUE NÃO É PÚBLICO Mais uma do moralismo da imprensa burguesa, direitista e intolerante com a chegada de um ex-operário nordestino ao poder. Um cartão de crédito corporativo da Presidência da República foi utilizado na compra de 280 "kits de lanches", em Jacareí (SP), no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez comício na cidade, em setembro passado. A suspeita é que os lanches foram distribuídos para militantes do PT. A Presidência confirma a aquisição, mas nega irregularidades. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Civil, responsável pelos cartões corporativos, os lanches foram distribuídos para o pessoal de segurança e do apoio presidencial, de acordo com a legislação. A averiguar. Nesse caso, não importa o valor. Se o Governo não provar o que diz, o problema é mais embaixo. Primeiro, a corriqueira confusão entre o que é público e o que é partido. Em segundo lugar, esse absurdo do cartão corporativo com gastos sigilosos. Trata-se de um gasto público que não é público”.
COLUNA – O colunista considera que fiscalizar o gasto do dinheiro público é atitude de “imprensa burguesa, direitista e intolerante com a chegada de um ex-operário nordestino ao poder”? Para esse tipo de observação, citamos uma das célebres frases de capa do Pasquim: “jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”. Afinal, o colunista foi contaminado pelo vírus petista que atribui à imprensa as irregularidades do governo Lula, sendo ele próprio um dos componentes dessa imprensa? Não há moralismo, intolerância, burguesismo ou direitismo na fiscalização da aplicação do dinheiro público, mas o cumprimento de uma das funções do jornalismo. Infelizmente a tradição local é de praticamente ausência de posição fiscalizadora e crítica pela maioria da imprensa aos que detêm o controle da máquina pública. Exceto, claro, quando essa ação se liga a algum interesse particular. Em edições passada o colunista alertou para o fato de que o governador Cid Gomes exerça um mandato nas mesmas condições que o Em Off já havia descrito no âmbito da Prefeitura Municipal de Fortaleza: sem oposição na Assembléia Legislativa. Pelo andar da carruagem a futura gestão também continuará como suas antecessoras: também sem contar com a fiscalização da maioria da imprensa.
CONCURSO – Pela enésima vez a TV União vai promover mais um concurso para selecionar VJ. Vale lembrar que dos concursos passados poucos lá permanecem. Mas o curioso mesmo é a grande receita que a emissora tem com a realização desses "concursos", onde cada incauto(a) concorrente tem que pagar uma taxa de inscrição, que rende um bom – excelente mesmo –reforço de caixa.
BODEGA – O programa Barra Pesada (TV Jangadeiro), em busca dos pontos perdidos no Ibope, diariamente disponibiliza espaço para que populares apresentem suas reinvindicações, através de links montados e diretos dos bairros de Fortaleza. Além de não ser uma idéia original, o própria programa já fazia isso com a “Tribuna do Povo”, onde as pessoas podiam fazer suas reinvindicações. A diferença é que, em vez de ter que se deslocar até a emissora para fazer a reclamação no estúdio, o telespectador pode fazê-lo agora em seu próprio bairro.
BODEGA – O problema é que não houve uma preparação maior para o quadro e em muitas ocasiões os flashes ao vivo têm se transformado em verdadeiras pantomimas, com populares por trás do reclamante – às vezes até em frente a ele – fazendo todo tipo de mugango. Numa dessas incursões num bairro da periferia havia um “mói” de meninos enchendo a paciência do morador que estava postado para fazer a reclamação, tomando a frente, fazendo zoada, etc., e quando o apresentador Nonato Albuquerque perguntou qual era a reinvindicação do homem, ele falou: “a primeira é dar um cascudo aqui nesse menino, posso?”. Evidentemente o apresentador disse que não podia dar. É preciso que a emissora se organize melhor para esse tipo de link. Isso também é fruto da exposição e do sensacionalismo que os programas policiais que infestam a programação das emissoras de TV – todos eles – apologizam. Todos querem ter seus quinze minutos – ou segundos – de fama, nem que seja num programa policial.
ORÇAMENTO – Além do programa Bolsa-Família, carro chefe do PT e que teve grande parcela de importância na reeleição do presidente Lula, os petistas também apontam o orçamento participativo como uma cria da agremiação, citada como elemento de avanço e democratização na aplicação dos recursos públicos. O orçamento participativo é – ou seria – elaborado após consulta à população sobre os setores que ela considera como mais necessitados e de necessidade, mediante discussões em fóruns, audiências públicas, etc. Aqui em Fortaleza, ano passado, a Prefeitura realizou uma série de reuniões e audiências públicas, em diversos bairros da Cidade, visando a elaboração do orçamento com a participação do povo, a exemplo do que faz também esse ano, visando o orçamento para o exercício do próximo período.
ORÇAMENTO – O problema é que esses “orçamentos participativos” têm-se igualado aos orçamentos elaborados exclusivamente pela burocracia administrativa, de maneira hermética: apenas uma peça fictícia, com o agravante de que no tal orçamento participativo este seja utilizado como instrumento de promoção e propaganda política. Não há caráter de aplicação, apenas uma “carta de intenções” para os gastos do erário. Para que se tenha uma idéia, apenas 39% do orçamento elaborado em 2005 de maneira “participativa” foi, efetivamente, aplicado pela Prefeitura de Fortaleza. Muito pouco e, levando-se em consideração de que estamos a pouco mais de quarenta e cinco dias para o final do exercício de 2006, não deverá ser aplicado em índice maior do que este. Ou seja: apenas pouco mais de um terço dos gastos que a Prefeitura de Fortaleza discutiu com a população e definiu aplicar foi executado de fato. Qualquer semelhança com pirulito na boca do contribuinte não é mera coincidência.
SECRETARIADO – O sítio Em Off recebeu algumas informações sobre os prováveis nomes que figurarão na equipe da gestão de Cid Gomes. Não conseguimos confirmação, mas a fonte assegura que são nomes praticamente confirmados. Seja como for, trata-se apenas de uma provável relação, não um fato consumado. Certo sabe-se apenas que o governador eleito convocará três deputados estaduais da coligação que o elegeu para seu secretariado, ensejando que Ana Paula Cruz (PMDB), Manoel de Castro Neto (PMDB) e Dedé Teixeira (PT) assumam cadeira na Assembléia.
SECRETARIADO – Segundo a fonte, serão convocados para o secretariado os deputados Mauro Filho (PSB) – era óbvio demais –, Artur Bruno (PT) e Zezinho Albuquerque (PSB). Esse último é apontado como futuro titular da Casa Civil, que será criada pelo futuro governador. O primeiro cogitado, José Sarto (PSB), não teria aceitado o convite. Bruno é apontado pela fonte para a Secretaria de Educação – outra colocação óbvia –. Para a Seinfra seria nomeado Paulo Porto Lima. Como chefe de gabinete outro nome sem surpresa, o empresário Arialdo Pinho. Para a pasta da Ação Social é apontado o deputado federal José Linhares (PP).
SECRETARIADO – Além de Bruno, o PT foi apontado pela fonte como aquinhoado com mais três outros postos: Joaquim Cartaxo – outro nome óbvio, que inclusive já integra a equipe de transição – para uma Secretaria das Cidades, que substituiria a de Desenvolvimento.O secretário municipal da Saúde em Fortaleza, Odorico Monteiro, também foi citado como indicado para a mesma pasta estadual. Mário Mamede para a pasta da Justiça que também ficaria com a responsabilidade de Direitos Humanos e o vice-governador, Francisco Pinheiro, completando a cota petista ocupando a pasta da Ciência e Tecnologia.
SECRETARIADO – Para chefiar a Procuradoria Geral do Estado outro nome óbvio: Fernando Oliveira. A pasta da agricultura ficaria com um nome indicado pela Fetraece. A Secult entre Paulo Linhares e Clodoveu Arruda, ficando, segundo a fonte, a Secretaria de Turismo com um dos dois que não ficasse na Setur. Para a pasta de recursos hídricos foi citado o nome de Quintino Vieira, identificado como oriundo dos quadros do Denocs. A presidência da TVC, segundo a fonte, teria Guto Benevides. Pode haver a criação de uma supersecretaria, que englobasse planejamento e administração, que ficaria a cargo de Mauro Filho, outro nome óbvio. Controladoria e Ouvidoria poderão ser fundidas em uma só pasta e o nome estaria entre os advogados Aroldo Mota e Mônica Barroso. O irmão do governador eleito, Lúcio Gomes, é apontado como provável nome na lista. Para a Casa Militar o nome é Coronel Bezerra, que organizou, estruturou e comandou por muito tempo a Guarda Municipal de Sobral. Coronel da Polícia Militar, Bezerra implantou um sistema de vigilância da GMS muito bem sucedido, que se assemelha à proposta “ronda do quarteirão”, utilizado por Cid como um de suas principais bandeiras na campanha. Faz parte da nova geração do oficialato da PM.
PARA REFLETIR – "Enquanto houver dinheiro não haverá o suficiente para todos" (frase pichada num prédio no Centro de Fortaleza)
ATUALIZAÇÃO N.º 344 - 20/11/2.006
INJUSTIFICÁVEL – O Supremo Tribunal Federal concedeu liminar no recurso interposto pelo Procurador Geral da República, Antônio Fernando, à decisão do TRF da 3ª Região, em São Paulo, no mês de outubro de 2005, que confirmou a obrigatoriedade do diploma para a obtenção do registro de jornalista e o conseqüente exercício legal da profissão. A medida foi concedida pelo ministro Gilmar Mendes (foto), e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) já está preparando recurso à Segunda Turma do STF. Trata-se de mais uma batalha que caminha para seus atos finais, pois o STF irá decidir de uma vez por todas os ataques feitos pelos que querem desregulamentar a profissão de jornalista. O STF é a instância para deliberar sobre questões envolvendo preceitos constitucionais e, em aplicando nossa Carta Magna, certamente irá confirmar a decisão do TRF da 3ª Região.
INJUSTIFICÁVEL – O mais, digamos, estranho é a insistência do procurador geral da República, o cearense Antônio Fernando de Souza (foto), em desregulamentar a profissão de jornalista. Não há vício de ilegalidade na ação do procurador geral, mas o intento dele chama a atenção pela determinação com a qual vem tentando fazer com que a obrigatoriedade do diploma seja abolida para a obtenção do registro profissional. A Constituição determina liberdade do exercício de qualquer profissão, desde que satisfeitas as especificações que a lei regulamentar. O Decreto-Lei 972/69 regulamentou a profissão, foi devidamente recepcionado pela Constituição de 1988 e, dessa forma, a lei precisa ser respeitada e cumprida. Lamentável ver quem tem a obrigação institucional pelo zêlo ao cumprimento da lei aja para que essa não seja aplicada.
INJUSTIFICÁVEL – Para coibir esses e outros ataques à profissão de jornalista, além de fortalecer a categoria, lutar pela liberdade de imprensa, aplicar o código de ética e defender o jornalismo a criação do Conselho Federal de Jornalismo é fundamental. Infelizmente muitos colegas jornalistas se posicionam contrariamente à proposta, fazendo coro com o patronato. Utilizam, inclusive, seus espaços na mídia para externarem esse posicionamento, agindo de maneira absolutamente contrária aos anseios da maioria esmagadora da categoria.
ABSURDO – Para ilustrar bem a excrescência da desregulamentação da profissão, peguemos um exemplo: o ex-árbitro de futebol Dacildo Mourão, não contente em exercer ilegalmente a profissão fazendo comentários, agora empunha microfone e sai fazendo "reportagens" na TV Diário. Ora, por qual motivo não há empenho em desregulamentar as demais profissões? Seria bom que jornalistas começassem a advogar ou abrir consultórios médicos. Quem sabe assinar projetos de engenharia...
PRÉ-DATADO – Durante o regime militar o Congresso Nacional deu uma importante prova de que o Parlamento é um instrumento necessário e sempre que os regimes de exceção se instalam buscam calá-lo, seja através de instrumentos administrativos ou mesmo pela força bruta. Já no nascedouro da República, ainda no início do golpe militar que a instituiu, o marechal Deodoro da Fonseca, ainda que sem previsão legal, decretou o fechamento do Parlamento.
PRÉ-DATADO – Em 1968 o Congresso Nacional negou o pedido de licença encaminhado pelo Supremo Tribunal Federal para processar o deputado federal Márcio Moreira Alves, jornalista, do então MDB do extinto estado da Guanabara. O parlamentar havia feito um discurso rápido mas que teria reflexos que se estenderiam por anos, onde criticou o regime militar instalado e bradou por liberdade e democracia.
PRÉ-DATADO – Os militares encaminharam, então, ação judicial contra o parlamentar ao STF, instância constitucionalmente incumbida de dar trâmite aos feitos relativos aos parlamentares. O pedido foi negado pelo plenário da Câmara Federal, mesmo contando o governo com a maioria absoluta, através do então partido que lhe dava sustentação, a Aliança Renovadora Nacional (Arena). Um expressivo número dos poucos mais de trezentos deputados que se encontravam em plenário votaram contra o pedido. Entenderam que não poderiam se submeterem ao julgamento de outro Poder por um fato gerado em seu próprio meio e somente a ele afeito.
PRÉ-DATADO – Em conseqüência dessa atitude o governo endureceu e baixo o Ato Institucional número cinco, de triste memória. O episódio valeu pela forma como o Parlamento nacional manteve a divisão republicana dos poderes constituídos. Infelizmente fatos como o ocorrido 38 anos atrás não se tornou norte para as gerações posteriores de parlamentares. Por todo o País se tem notícia de casas legislativas que se dobram à vontade do ocupante da chefia do Executivo. Instrumentos legais como as Medidas Provisórias vêm atropelando a função de legislar do Parlamento.
PRÉ-DATADO – Aqui historicamente os governos não têm sido diferentes no tocante à relação com o Legislativo, sempre contando com a subserviência dessas casas. Seja no âmbito estadual quanto municipal. Em Fortaleza, independentemente de quem seja a gestão, o apoio se dá através da concessão de benesses e privilégios dos que barganham o peso que eleitores conferem. A última produção dessa relação perniciosa se caracterizou através de um, digamos, pré-datado legislativo, com o agravante de ter sido dado por quem não tem a competência legal – se no caso alguém tivesse, coisa que não tem – para dar.
PRÉ-DATADO – A Prefeitura de Fortaleza enviou mensagem à Câmara Municipal para a criação de um programa, o Credijovem, mas com um detalhe: ele já existe e foi implantado sem a prévia aprovação do Legislativo Municipal. A PMF não apenas atropelou um outro Poder, mas deu uma demonstração cabal de que não tem nenhum compromisso com aquela Casa Legislativa, tratando-a como um apêndice.
PRÉ-DATADO – Cabe agora aos vereadores, se ainda resta algum brio, agir como os deputados federais no final da década de 60, mostrando que o Legislativo não é um Poder dispensável, tampouco um apêndice do Executivo, atuando ao sabor de seus interesses e conveniências.
PRÊMIO – É sempre bom quando profissionais de imprensa têm reconhecimento através de prêmios conquistados. O jornalista Luciano Luque ganhou o Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia, na especificidade “Derivados do Petróleo e Gás Natural”, promovido pelo Ministério das Minas e Energia e pela Petrobras, também com a parceria da Fenaj. Luque teve premiada série de reportagens sobre biodiesel, publicada no mês de agosto pelo jornal Diário do Nordeste. A entrega do prêmio será em dezembro, no Rio de Janeiro. No segundo lugar ficaram os jornalistas Renato Lima e Ângela Belfort, do Jornal do Commercio (PE) e em terceiro Carolina Ziliotto, do Jornal de Santa Catarina (SC). Muto regozijante ver bons profissionais sendo reconhecidos nacionalmente.
LAMENTÁVEL – Lamentável o episódio ocorrido na eleição da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), quando correu uma mão de tapa entre partidários do atual presidente, Hélio Leitão e um de seus opositores, Alberto Fernandes. Justamente no pleito de uma Entidade que deveria primar pelo exemplo. Triste fato que não deveria ter acontecido. As eleições foram anuladas. Espera-se que no novo escrutínio não ocorra outro episódio como esse.
CORREIO ELETRÔNICO I – Do nosso internauta ediogenes <ediogenes2000@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
“O Programa do Edson Silva, costuma fazer estardalhaço no início de seu
programa policial. Mas, fica só nisso. Gritava que a Unimed devia uma Nota preta
à Prefeitura, a Unimed passou a patrocinar o programa o assunto morreu, e
ficamos sem saber que dinheiro é esse. Se gritou sobre o estacionamento do
hospital da Unimed. O ASSUNTO MORREU e a lei do Vereador Guilherme nunca foi
promulgada pela prefeita. A Morte do favelado da Rosalina morreu 'Junto com o
morto". E a morte do garoto do numa piscina do América do Sol, também caiu do
esquecimento. Porque será que estas coisas acontecem?
Ediogenes”
RESPOSTA – Acontecem porquê existem “profissionais”, falsos profissionais e empresas de comunicação que colocam seus interesses particulares acima de sua função e mister social. Isso é o que faz com que assuntos caiam no esquecimento ou sejam submetidos ao criminoso silêncio. O problema não é o citado apresentador fazer sua pantomima no início do programa policial, mas os desmiolados cidadãos que lhe conferiram um mandato eletivo. Não apenas ele, mas outros que utilizam a comunicação como instrumento para atingir seus objetivos pessoais, tais como os também detentores de mandados eletivos Ely Aguiar e Ferreira Aragão. Nos casos citados, é simples e fácil a resposta: Edson Silva parou de falar do dinheiro que a Unimed deve à Prefeitura, pois sua intenção era apenas com que a cooperativa médica, essa era a intenção dele ao fazer os comentários. Mesmo motivo dos comentários sobre a cobrança no estacionamento do hospital da mesma cooperativa. As barracas de praia, ou melhor, da Praia do Futuro têm um forte esquema de defesa nos meios de comunicação. Até hoje, transcorridos nove meses da morte do morador da comunidade Rosalina, ainda não se sabe da arma de quem saiu a bala que o vitimou, não se sabe se a arma utilizada pelos guardas municipais naquela ação da Prefeitura foi periciada, se houve exame de balística, enfim. A imprensa local silencia sobre o fato, como em tudo que envolve a Prefeitura de Fortaleza, quanto à sua fiscalização. O caso caiu num sepulcral silêncio, nenhum meio de comunicação a ele se refere. Falta compromisso, seriedade, ética, respeito à sociedade por parte da maioria da imprensa local.
CORREIO ELETRÔNICO II – Do nosso preclaro internauta José Antonio Silva <silva_ceara@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
“Ilustre Editor,
O Comandante dos Bombeiros, Coronel José Ananias Duarte Frota, entrou com o pedido de reserva no dia 11/10/2006, conforme extrado do SPU ANEXO e no dia 03/11/2006, em tempo recorde, teve o seu processo tramitado, aprovado e publicado no DOE Nº 209, de 03/11/2006, também anexo. Em menos de 30 dias o servidor citado teve sua aposentadoria tramitada, aprovada e publicada enquanto que outros servidores, em situação similar, aguardam por anos a fio o tramitar de processos análogos.
Até aí tudo bem se não fosse a excrescência com o qual foi beneficiado, uma vez que este Coronel Frota foi contemplado pela benesse da nominada “Lei Geni”, que permitia a incorporação de gratificações de cargos comissionados, Art 2º da Lei 10.722 de 15/10/1982 (DOE Nº 13442 de 15/10/1982), sendo que esta foi REVOGADA pela Lei 12.913, de 17/06/1999(DOE 338 – 18/06/1999, anexo).
Nota-se que a Procuradoria Geral de Justiça foi inepta ao permitir esta ilegalidade. O Jornal Diário do Nordeste de 18/11/06, sábado último, publicou matéria, intitulada “BENEFÍCIO PARA POLICIAISAssembléia decide devolver o projeto”, que fala de Projeto de Lei encaminhado pelo Governo do Estado tentando dar legalidade a este benefício a uma casta de militares, ficando claro plenamente que o atributo deste benefício é ILEGAL e mais uma vez vemos o poder e influência do Sr. Duarte Frota, que nos últimos instantes do Governo Lúcio Alcântara, vai para a reserva remunerada beneficiado por esta ILEGALIDADE.
Será se esta benesse foi
fruto da condecoração recebida pelo dirigente da PGE? Leia matéria publicada no
site dos Bombeiros intitulada “CORPORAÇÃO OUTORGA A MEDALHA “DOM PEDRO
II” AO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA”
(
http://www.cb.ce.gov.br/html/outorgademedalhaaoprocurador.html)
José Antonio Silva
Fortaleza-Ceará
O Art 2º da Lei 10.722, de 15/10/1982 (DOE Nº 13442 de 13/10/1982) foi revogado pela Lei 12.913, de 17/06/1999, (DOE Nº 338 de 18/06/1999)
MATÉRIA ABAIXO COPIADA DO SITE DOS BOMBEIROS
http://www.cb.ce.gov.br/html/outorgademedalhaaoprocurador.html
CORPORAÇÃO
OUTORGA A MEDALHA “DOM PEDRO II” AO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA
A solenidade ocorreu no salão nobre da Corporação, no
dia 17/07. O Comandante Geral do CBMCE, Cel Duarte Frota e o Comandante Adjunto,
Cel Vasconcelos, realizaram aposição da condecoração e a entrega do diploma,
respectivamente.
Dezenas de Oficiais e promotores de Justiça da Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Ceará prestigiaram a outorga da Medalha da Ordem do Mérito “Dom Pedro II” ao Exmo. Sr. Dr. Manuel Lima Soares Filho digníssimo Procurador Geral de Justiça, pela significativa contribuição no fortalecimento, progresso, desenvolvimento e credibilidade do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará perante a sociedade cearense.
RESPOSTA – A mensagem do governo do Estado, de fato, recriava a famigerada Lei Geni, apenas para alguns poucos policiais militares. Muitos já estavam chamando a mensagem de “Lei Zenóbio”, em alusão ao coronel PM Zenóbio, chefe da Casa Militar, apontado como o principal beneficiado pela mensagem, que visava a incorporação da remuneração por exercício de cargos em comissão. A mensagem foi devolvida ao governo após manifestação de deputados, dentre eles Tânia Gurgel (PSDB), Heitor Férrer (PDT) e Delegado Cavalcante (PSDB). O pedetista apresentou requerimento pedindo a devolução da matéria, que foi aprovado. Nosso internauta relata fatos relativos ao comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Duarte da Frota.
O coronel BM entrou com pedido de remoção para a reserva e, como relatou o nosso internauta, o processo correu em tempo recorde. Não se pode, entretanto, fazer ilações quanto ao prêmio recebido pelo Procurador Geral de Justiça, Manuel Lima Soares Filho, se foi ou é algum tipo de influência para o MPE. Acreditamos na isenção e no sentido público do procurador geral. Como a matéria sequer foi apreciada pelos deputados, não se pode presumir que o MPE não iria agir. Provavelmente iria. Mas o posicionamento da Procuradoria Geral do Estado é, com efeito, questionável, pois deveria ter alertado ao governador da ilegalidade da mensagem. Não se pode aceitar que a PGE não tenha se posicionado contrária à matéria, que fere diretamente a lei. Infelizmente o apagar das luzes da gestão Lúcio Alcântara tem sido na mesma tônica de todo o seu mandato: lamentável. O governador comete erros e zomba não apenas da miséria, mas da inteligência de todos os cearenses.
PARA REFLETIR – "Os homens a quem se fala não são aqueles com quem se conversa" (Jean-Jacques Rousseau)
ATUALIZAÇÃO N.º 345 - 27/11/2.006
CORREIO ELETRÔNICO I – Do nosso combativo e sempre atento internauta Pedralva Pereira <pedra_pereira@yahoo.com.br> recebemos a seguinte mensagem:
“Intrépidos (é o novo) Amigos do Em Off:
Fiquei frustrado. Esperava na atualização passada que vocês salvassem a curiosidade deste velho aposentado, mas não inutilizado. E isso não ocorreu. Gostaria de fazer algumas indagações à respeito de uma viagem da prefeita de Fortaleza, a jovem Luizianne Lins com destino a Cuba. Em Havana (pesquisei) não estava acontecendo nada de relevante nas últimas semanas. Mesmo assim segundo as poucas notícias divulgadas à respeito da viagem certamente custeada pelo contribuinte, a prefeita seguiu para um evento de nome pomposo (que não recordo agora) mas que funcionaria como uma espécie de 'tratado de cooperação' entre as capitais, Havana e Fortaleza. Minhas indagações são muitas e a tal da 'imprensa livre e soberana da capital' não respondeu nenhuma delas. Vamos as tais?
- A viagem foi comunicada à Câmara Municipal? Pelo que sei o legislativo teria que autorizar a tal viagem da alcaide (é a nova). Ou não precisa?
- Constam no Diário Oficial os detalhes financeiros do traslado? Por exemplo? Luizianne Lins foi sozinha para Havana, ou seguiu acompanhada de algum(s) servidor(es)?
- Luizianne conhecia Havana? Pelo que sei ela não conhecia. E todo esquerdista que se preze tem como sonho de consumo(consumo?)conhecer Cuba. Teria sido essa uma oportunidade de fazer turismo 'na faixa', ou seja: às custas do contribuinte?
- Porque no portal da Prefeitura não havia uma só notinha no dia posterior à tal viagem (segunda-feira, dia 13 passado) se a autoridade mais importante do município se ausentara pretensamente à serviço?
- É verdade que o vice-prefeito Carlos Veneranda não sabia da viagem, e só teria sido comunicado da mesma na segunda-feira, dia 13?
- Porque a imprensa local, sobretudo os jornais impressos que tanto gostam disso, não abriram largos espaços para abordar os aspectos da viagem de cooperação da prefeita na terra do quase finado Fidel (infelizmente)?
- Porque um jornal como O Povo, com seu moderno blog, não abriu um tópico para que os leitores comentassem à respeito da viagem da prefeita, seus poréns, e seus porquês?
- Em relação ao jornal O Povo, teria sido coincidência a ausência de Luizianne da terrinha ser anunciada no mesmo dia em que Juracy Magalhães (numa longa entrevista para o Jornal) entregou que houve sim um acordão entre ele, Sérgio Novais, e o Professor Pinheiro para apoiar a Loura no segundo turno das eleições de 2.004?
- Luizianne já voltou mas até agora O Povo não publicou nada sobre o que ela acha ou achou das declarações de Juracy - Porque?
- Porque nossa nobre imprensa não abriu espaços para a prefeita 'fazer um balanço' da produtividade de sua passagem por Havana? Ou seja: o que Fortaleza ganhou com isso, meu Deus?
- Voltando ao acordão. Na câmara municipal, no dia seguinte, Sérgio Novais deu entrevistas e confirmou o encontro com o ex-prefeito. Mas negou um acordão. Negou e ficou por isso mesmo. Ninguém foi atrás do 'ex-marido' da prefeita para tentar saber mais. Porque?
- Depois de tantos poréns e porquês, amigos do Em Off, resta-me perdir-lhes desculpas. Mas como velho que sou - sofredor da velha urticária - ando inquieto demais com esse assunto e resolvi cobrar de vocês também. Afinal se nem o Em Off informar, incluirei essa viagem da Luizianne na minha agendinha das perguntas condenadas à ficar eternamente sem respostas. Querem um exemplo? Até hoje não consigo saber porque o empresário Edson Queiróz Filho, louco por política, de repente abandonou pelo meio um mandato(e ele tinha mil e uma pretensões, como sabemos)e o caso jamais foi devidamente esclarecido pela midia local? Bem, nem quero mais saber disso. Mas ficaria contente em entender mais um pouco dessa viagem da 'operosa' prefeita da quarta capital brasileira. É ou não uma boa pauta? Abraços, do Velho PP (Pedralva Pereira)”.
RESPOSTA – O sítio Em Off precisa se penitenciar, pois assim como a maioria das pessoas, soube da viagem internacional da senhora prefeita apenas quando ela já estava no caminho de volta. O sítio da Prefeitura de Fortaleza publicou duas matérias pequeninas, sem destaque, sobre a missão internacional de Luizianne:
“Luizianne firma convênios de cooperação em Cuba
A Prefeita de Fortaleza,
Luizianne Lins, reuniu-se ontem, dia 15, na capital cubana, com todos os
ex-prefeitos de Havana, pós-revolução. Na oportunidade, estabeleceu contato com
o presidente da Assembléia Provincial do Poder Popular de Havana, Juan Aslan. Na
pauta acordos de cooperação e troca de experiências em políticas sociais”.
E também essa:
“Prefeita participa de Encontro pela Cooperação e Solidariedade à Havana
Luizianne estará nas comemorações dos 487 anos de Havana, conhecendo várias experiências administrativas da ilha.
A prefeita de Fortaleza,
Luizianne Lins, participa em Cuba do "XVI Encontro pela Cooperação e
Solidariedade das Prefeituras para com Havana". A atividade, organizada pela
Assembléia Provincial do Poder Popular, faz parte das comemorações do
aniversário de 487 anos da capital cubana. Durante todo o dia de terça, a
prefeita Luizianne Lins percorreu municípios da ilha para colher e intercambiar
experiências administrativas. Na segunda-feira, o comitê organizador apresentou
aos participantes lugares de interesse social. Ontem, quarta-feira, a prefeita
de Fortaleza participou da abertura dos festejos oficiais”.
Quanto às perguntas:
“- A viagem foi comunicada à Câmara Municipal? Pelo que sei o legislativo teria que autorizar a tal viagem da alcaide (é a nova). Ou não precisa?”
Em viagens com duração inferior a dez dias o Chefe do Executivo não necessita comunicar nem receber autorização do Legislativo.
- Constam no Diário Oficial os detalhes financeiros do traslado? Por exemplo? Luizianne Lins foi sozinha para Havana, ou seguiu acompanhada de algum(s) servidor(es)?
Juntamente com a ilustríssima Sra. Prefeita, viajaram para Havana Helena Rodrigues Barroso, chefe de gabinete e Nagela Raposo Alves, assessora institucional. Foram concedidas à todas – atos nº 6535/2006, 6536/2006 e 6537/2006, publicados no DOM – seis diárias cada, totalizando um valor individual de R$ 1.848,00, com um total de R$ 5.544,00 tirados do suado bolso do munícipe. Todas receberam, ainda, passagem aérea Fortaleza/Havana/Fortaleza, igualmente custeada pelo contribuinte. O trio foi participar do XIV Encontro pela Cooperação e pela Solidariedade dos Governos Municipais com Havana (êta nome pomposo!), essencial e indispensável para Fortaleza! Aliás, o trio não. Luizianne foi participar e Helena e Nagela foram servis de pajens.
- Luizianne conhecia Havana? Pelo que sei ela não conhecia. E todo esquerdista que se preze tem como sonho de consumo (consumo?) conhecer Cuba. Teria sido essa uma oportunidade de fazer turismo 'na faixa', ou seja: às custas do contribuinte?
Pelo que se sabe, realmente a prefeita ainda não tinha visitado a capital cubana. O motivo da viagem, o fundamental “interesse da municipalidade”, com efeito, não se faz presente – pelo menos aparentemente – na viagem feita pela prefeita e suas asseclas. Um “mimo” custeado pelo contribuinte. A viagem do trio não deve ter saído por menos de R$ 15 mil aos cofres públicos.
- Porque no portal da Prefeitura não havia uma só notinha no dia posterior à tal viagem (segunda-feira, dia 13 passado) se a autoridade mais importante do município se ausentara pretensamente à serviço?
O portal publicou duas notinhas, ainda que sem qualquer destaque.
- É verdade que o vice-prefeito Carlos Veneranda não sabia da viagem, e só teria sido comunicado da mesma na segunda-feira, dia 13?
Essa informação, infelizmente, não tivemos como confirmar.
- Porque a imprensa local, sobretudo os jornais impressos que tanto gostam disso, não abriram largos espaços para abordar os aspectos da viagem de cooperação da prefeita na terra do quase finado Fidel (infelizmente)?
A imprensa local tem demonstrado uma benevolência nunca dantes vista com a prefeita Luizianne Lins. O fato praticamente passou despercebido pela maioria dos meios de comunicação locais, intencionalmente ou não. Atitude contrária, por exemplo, quando denunciou um “trem da alegria” de prefeitos cearenses que viajou para a Europa com despesas pagas pelo contribuinte.
- Porque um jornal como O Povo, com seu moderno blog, não abriu um tópico para que os leitores comentassem à respeito da viagem da prefeita, seus poréns, e seus porquês?
Esse é um fato que somente o jornal pode responder, mas, com efeito, chama a atenção a atitude do jornal e seu blog. Provavelmente não havia interesse particular do jornal para isso.
- Em relação ao jornal O Povo, teria sido coincidência a ausência de Luizianne da terrinha ser anunciada no mesmo dia em que Juracy Magalhães (numa longa entrevista para o Jornal) entregou que houve sim um acordão entre ele, Sérgio Novais, e o Professor Pinheiro para apoiar a Loura no segundo turno das eleições de 2.004?
Não se sabe se foi coincidência ou não, mas a viagem caiu como uma luva para que, como bem frisou nosso internauta, a prefeita não estivesse por aqui no dia da publicação e nos dias seguintes da entrevista com o ex-prefeito Juraci Magalhães. Luizianne retornou depois de o assunto ter “esfriado”, mas mesmo assim não foi procurada para falar sobre a entrevista de Juraci. Para não dizer que não falou em flores, o jornal publicou posicionamento de membros da entourage da prefeita. A viagem também veio a calhar para que Luizianne estivesse ausente, por exemplo, para que não sancionasse mudanças na PrevFor. O vice-prefeito Carlos Veneranda também se mandou para não ter esse fato registrado em seu currículo, a exemplo da titular da PMF, ficando para o presidente da Câmara, Tin Gomes, a incumbência de sancioná-lo. O que foi feito.
- Luizianne já voltou mas até agora O Povo não publicou nada sobre o que ela acha ou achou das declarações de Juracy - Porque?
E, pelo visto, vai continuar sem publicar.
- Porque nossa nobre imprensa não abriu espaços para a prefeita 'fazer um balanço' da produtividade de sua passagem por Havana? Ou seja: o que Fortaleza ganhou com isso, meu Deus?
O quê Fortaleza ganhou ou o munícipe lucrou é um segredo que, provavelmente, será levado para o túmulo. A imprensa local não abiu espaço para Luizianne fazer um “balanço” da viagem simplesmente pelo fato de que não teria sentido calar-se com relação à viagem e em seguida alardear seus “resultados”. Pois se o intento tiver sido discrição...
- Voltando ao acordão. Na câmara municipal, no dia seguinte, Sérgio Novais deu entrevistas e confirmou o encontro com o ex-prefeito. Mas negou um acordão. Negou e ficou por isso mesmo. Ninguém foi atrás do 'ex-marido' da prefeita para tentar saber mais. Porque?
Porque deve ter acabado aí o “interesse” do veículo de comunicação...
ACORDO – Com relação à entrevista do ex-prefeito Juraci Magalhães, na qual ele confirmou a existência de um acordo com a então candidata à Prefeitura, Luzianne Lins, nada mais foi do que a confirmação de uma notícia que já não era segredo para quase ninguém. Na época, no interstício entre o primeiro e o segundo turno da eleição de 2004, o sítio Em Off já havia citado o tal acordo. Mesmo com as negativas de tal compromisso – ainda que tenham confirmado o encontro com o ex-prefeito – os assessores e políticos mais próximos da prefeita – já que esta se encontrava, estrategicamente ou não no exterior – não há como negar o apoio prestado por Juraci à campanha da petista no segundo turno da eleição municipal passada.
ACORDO – Basta que se lembre do apoio prestado por políticos ligados a Juraci durante o segundo turno, bem como a manutenção de pessoas da gestão do ex-prefeito na atual administração. Isso coloca por terra qualquer argumentação de que não houve acordo entre Juraci e a atual prefeita.
CORREIO ELETRÔNICO II – Do nosso preclaro internauta Remo Moreira Brito Bastos <remomoreira@gmail.com> recebemos a seguinte mensagem:
"VEJA O QUE ESCREVEU O OUVIDOR, NA EDIÇÃO DE HOJE DE O POVO:
'RECORDES
Na edição de segunda-feira, a coluna 'Reportagem', assinada pelo colunista
social Lúcio Brasileiro, publicou a seguinte nota: 'Não é segredo pra ninguém
que abri dois dos melhores vinhos franceses pro Lúcio Alcântara e fí-lo (sic)
com prazer. (...) Querem, entretanto, saber mais, se o assunto da Medalha da
Abolição foi mencionado no restô Chef Júlio. Não, não foi, eu não falaria com o
governador e outros circunstantes (sobre o assunto). Mesmo assim, confesso que
levarei pro túmulo, ou melhor, pro crematório, a frustração dessa desdita. Perdi
a mais honrosa comenda do Estado e ele a oportunidade de reconhecer único
cearense apto ao Livro dos Recordes. Cinqüenta anos de jornalismo diário, fato
sem similar em todo o mundo'. (O colunista se gaba de não ter deixado de
escrever um único dia nesses 50 anos.) O leitor Gerardo Barbosa Lima Filho
escreve para mostrar que há erro na informação. Se o colunista se considera
'apto' para entrar no livro, Gerardo Barbosa, também cearense, já está inscrito
no Guinness World of Records, como pode ser conferido na página 9 da edição de
2007. Escreve ele: 'Eu tive reconhecida minha coleção de maior número de
diferentes gravações para um musica, no caso My Funny Valentine'. Gerardo
Barbosa lembra que o assunto foi matéria no O POVO, na edição de 17/8/2006, no
caderno Vida e Arte.
Até receber o e-mail, não havia lido a coluna 'Reportagem'. Ao lê-la vi outro
erro, mais grave que o factual, pois este pode ser corrigido. O colunista não
tem o direito de constranger o governador do Ceará, de forma extremamente
deselegante e desrespeitosa, na tentativa de arrancar-lhe benesses. Coluna não é
feudo pessoal, da qual cada colunista pode dispor como quiser. O POVO tem de
zelar pela sua credibilidade, portanto, a obrigação de conter tais investidas."
Podia ter ido dormir sem esta, o 'jornalista'...não? rsss......"
RESPOSTA – Poderia sim...
PRÉ-DATADO – Para confirmar o “pré-datado” legislativo passado pela Prefeitura de Fortaleza, o próprio sítio da Câmara Municipal de Fortaleza divulgou:
“O plenário da Câmara Municipal de Fortaleza aprovou hoje, 21, por unanimidade a mensagem prefeitural que regulariza o “Programa Credjovem Solidário”. Jovens de 16 a 29 anos terão o incentivo da Prefeitura de Fortaleza para montarem seus próprios negócios. Na sexta-feira (17), foi lançado oficialmente o CredJovem Solidário 2006, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município (SDE), com uma solenidade que ocorreu na Praça da Granja Portugal. Às 18h apresentaram-se atrações de teatro e música. Depois do lançamento, uma banda de forró fez a festa. Um milhão de reais estará disponível para os grupos de empreendedores, que devem ter pelo menos três integrantes, todos em situação de desemprego, estudantes ou ex-alunos da rede pública de ensino (de qualquer nível). Cada projeto pode receber até R$ 20.000,00. A Prefeitura paga metade do financiamento. O restante é devolvido em até dezesseis parcelas”.
PRÉ-DATADO – Notem que, apesar de ser aprovado apenas no dia 21, o programa CredJovem já havia sido lançado quatro dias antes. A Prefeitura de Fortaleza se sobrepôs à Câmara Municipal. E não foi a primeira vez: a PMF já havia aberto as inscrições para o concurso da Guarda Municipal sem que a Câmara tivesse aprovado a mensagem que criava os cargos. Infelizmente o Legislativo vem se mantendo numa posição de subserviência – salvo raríssimas exceções – à Prefeitura como nunca dantes havia sido registrado.
RECIBO – Em matéria sobre o estado de greve dos guardas municipais o jornal O Povo passou mais um recibo. A matéria foi publicada na edição do dia 22/11, sob o título “Guardas municipais em estado de greve”, e trouxe o seguinte: “Além do PCCS, os servidores reivindicam a criação de uma ouvidoria e uma corregedoria na Guarda Municipal, já que a regulamentação do Estatuto do Desarmamento pelo Decreto Federal 5.123/04 diz que os guardas municipais só poderão portar armas se existir uma corregedoria e uma ouvidoria. ‘A população paga impostos e não está recebendo segurança como deveria. Se a gente não pode estar seguro, pois trabalhamos sem armas contra bandidos que possuem armas, como vamos oferecer segurança aos cidadãos?’, questiona o guarda Tertuliano Gomes”.
RECIBO – Mesmo com a implantação da ouvidoria e da corregedoria – requisitos que permitirão o uso de arma de fogo pela GMF – essa somente poderá ser utilizada para o exercício de sua função constitucional: guarda patrimonial. Não está dentre as atribuições legais das guardas municipais a segurança pública, que é dever do Estado, compreendendo estados e União, não os municípios. Não obstante a visível militarização imposta pelo atual diretor da GMF, Arimá Rocha (foto), não houve mudança na lei, portanto a GMF ainda tem a missão de guarda patrimonial da Prefeitura. Enfrentamento com bandidos, segurança pública não faz parte dos atributos da GMF, tampouco para isso foi treinada.
CONSOLAÇÃO – Depois de não conseguir eleger-se deputado estadual pelo PT eis que Antônio Ibiapino da Silva não ficou ao relento. Foi nomeado assessor técnico da Comissão de Suporte Técnico (outro nome pomposo!), vinculada ao gabinete da prefeita. Remuneração símbolo DAS 1. Quem tem padrinho forte não morre pagão...
DESABAFO – Semana passada a vereadora Fátima Leite (PHS) desabafou na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, após ser mais uma vez citada pela imprensa local. A coluna Comunicado (Diário do Nordeste) do dia 22/11 trouxe o seguinte comentário: “Contramão Veja essa da vereadora Fátima Leite (PHS): ela tem estrilado que não é brincadeira contra projeto enviado pela prefeita Luizianne Lins à Câmara de Fortaleza, que torna beneficiário do Regime de Previdência dos Servidores do Município ´companheiro ou companheira, inclusive homossexual´, dos segurados. O direito Que a questão apresentada pelo Executivo Municipal é polêmica, nem se discute. Mas também é inquestionável o direito do cidadão. Aliás, outras prefeituras já implantaram medidas como a proposta por Luizianne Lins”.
DESABAFO – Visivelmente aborrecida com o comentário, a legisladora explicou que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo enquanto sacramento religioso, mas afirmou não ter nada contra o contrato social de casamento entre pessoas do mesmo sexo. Finalizou fazendo um desabafo instigante: afirmou que tem sido vítima de ataques da mídia desde que seu projeto de indicação que concede ampliação da duração e abrangência da licença-maternidade para servidoras públicas municipais foi apresentado e aprovado.
DESABAFO – O projeto da vereadora foi aprovado e enviado para a prefeita Luizianne Lins, que enviou uma mensagem com uma proposta aquém da proposta pela legisladora. A mensagem foi retirada e reenviada praticamente sem alterações. O projeto da parlamentar foi apresentado bem antes do projeto similar – mas que ainda tem abrangência bem aquém – que tramita no Congresso Nacional. Fátima disse que desde então tem sido vítima de notas que considera direcionadas a lhe prejudicar. Primeiro afirmando, erroneamente, que havia “pego carona” no projeto posterior e agora com relação ao seu posicionamento favorável à união civil mas contrário ao rito sacramental do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
ENCONTRO – Com o tema central "Ética e Credibilidade em Assessorias de Comunicação", o VII Encontro Estadual dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação no Ceará será realizado dias 1º e 2 de dezembro, em Fortaleza. O evento é preparatório ao XVI Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação (ENJAC), que acontecerá de 29 de março a 1º de abril, também na capital cearense. Realizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), o evento está com inscrições abertas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (85) 3272.2966 ou e-mail sindjorce@sindjorce.org.br.
MANCADA – A Rádio Verdes Mares AM 810 (Verdinha) cometeu uma mancada que, com certeza, vai lhe custar muito: não transmitiu o jogo entre Ituano x Ceará, na melancólica despedida da temporada de 2006 do alvinegro cearense, que foi goleado por 4 x 1 pelo time do interior paulista, em partida realizada em Itu, São Paulo. A torcida do Vozão ficou indignada com a "doidinha" levada pelo clube cearense, mas também ficou uma arara com a emissora por não ter transmitido o jogo. Desse jeito fica difícil o dublê de narrador/deputado/aproveitador Gomes Farias (foto) continuar puxando o saco da torcida alvinegra para colher dividendos pessoais. Afinal, como a eleição já passou e ele já garantiu novo mandato... Infelizmente o jeito é torcer para que os alvinegros tenham memória maior e não sejam novamente irresponsáveis em confundir urna com penico...
SELECIONADO – E o artista plástico Yuri Firmeza foi selecionado na Categoria Publicação para artes visuais do Edital das Artes 2006, da Funcet, órgão da Prefeitura de Fortaleza. O trabalho selecionado foi “Geijutsu Kakuu”, que alguns jornalistas locais não guardam boa lembrança: trata-se de um dos episódios mais bizarros dos últimos tempos ocorrido na imprensa local, onde Yuri criou um artista plástico japonês fictício, que estaria vindo realizar exposição em Fortaleza, com direito a matéria e entrevista nos jornais locais. Passou um atestado público e patente da forma distorcida como profissionais de imprensa exercem seu mister.
MOLEZA – Depois da Habitafor contratar sem licitação empresa de consultoria jurídica para elaborar propostas à revisão da LOM e do PDDU – mesmo o Município contando com uma Procuradoria para fazer esse serviço – agora foi a vez da Agência Reguladora de Fortaleza (ARFOR): contratou, sem licitação, a NÉCTAR Assessoria e Consultoria em Gestão Administrativa, para a prestação de serviços técnicos especializados de consultoria técnica, jurídica e administrativa, mesmo possuindo em seu quadro funcional profissionais capacitados para isso. O valor total do contrato: a bagatela de R$ 650.100,00, por um período de doze meses, perfazendo um custo mensal de R$ 54.175,00 ao contribuinte.
PÉROLA – Essa foi publicada em título de matéria na edição do dia 24/11 do jornal O Povo: “Médicos residentes terminam com a greve”. Até parece que os médicos residentes estavam mantendo algum tipo de relacionamento com a greve. Notem que o título não perderia nada e ficaria muito mais inteligível se a preposição “com” fosse suprimida.
PARA REFLETIR – "A solidão é o mal do século" (Renato Russo, que acabou decidindo padecer do mal, adotando a solidão como sua companheira em seus instantes finais de vida)