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Agressão Camuflada

 
Doenças alérgicas e auto-imunes atingem pelo menos 30% da população quando levamos em consideração suas manifestações em praticamente todos os órgãos do corpo. Em algumas localidades chegam a 60%.
 
Em nossa prática clínica temos observado remissão significativa destas doenças ao excluirmos os produtos suínos. Assim podemos subentender que os suínos causam agressão imunológica e não somente química. Esta diferença não é nítida em nosso universo cultural.
 
O que costumamos compreender é a agressão química, ou seja: um determinado produto que, ingerido ou inalado, agride determinados órgãos, preferencialmente pulmões, fígado e rins. O exemplo mais conhecido é o álcool que agride por contato a parede do estômago e metabolicamente o fígado e o tecido neurológico, provocando sintomas imediatos de euforia seguido de torpor, e sintomas tardios de insuficiência hepática e neurites. A agressão química é dose-dependente (quanto mais o produto é absorvido maior a agressão que causa).
 
A agressão imunológica é dose-independente (não depende da quantidade absorvida) é qualitativa, tal como o fruto proibido do paraíso. Não é necessário ingerir, somente se aproximar e sentir o cheiro ou tocar já é o suficiente para desencadear uma seqüência de reações disseminadas por todo o corpo, interna e externamente.
O exemplo mais nítido é o surgimento de um grosseiro vermelho seguido de coceira pelo corpo quando se inala um perfume. A quantidade de moléculas do perfume que está "flutuando" no ar é ínfima, dificilmente perceptível por algum instrumento, mesmo os de alta tecnologia. A reação de coceira, inchaço, vermelhidão não é causada pelo perfume em contato com os tecidos como no caso do álcool, mas por substâncias semelhantes a ácidos (aminas vasoativas) liberadas por nossas células de defesa.
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