O Código da Vida
A vida em equilíbrio está limitada à
um código molecular, o DNA. Este código está dimensionado
para construir organismos que se relacionam com outros de forma dependente
e específica (bactérias, fungos, plantas, insetos, aves,
peixes, etc). Os elementos destas relações passam por textura,
forma, cor, sabor, odor, proximidade física e emocional, possibilitando
o florescimento e continuidade das espécies envolvidas.
Uma evidência de que este equilíbrio sutil
foi quebrado em seu âmago, na sua essência molecular, é
a sobrevivência de indivíduos com anomalias genéticas.
No entanto a vida, para se preservar, não lhes permite a reprodução,
tornando-os progressivamente estéreis em suas gerações.
A sutileza desta quebra aconteceu na concepção,
quando a replicação dos códigos dos pais (íntegros
geneticamente) foi alterada. Se, durante a transcrição do
código, pessoas sadias podem ter problemas determinados por fatores
ambientais, imagine indivíduos com alterações físicas,
moleculares em seu DNA, como os transgênicos?
A importância desta sutileza foi neglicenciada pelo
nosso ambiente cultural, quando considerou os híbridos
entre espécies diferentes um melhoramento (Levítico
19.19). Esta perspectiva de melhorar a natureza
construiu elementos para uma agricultura mercantilista, devastadora.
O valor é medido em toneladas por hectare, não levando em
consideração o sofrimento agudo e crônico causado pelos
agrotóxicos em humanos e animais. Os transgênicos são
um aperfeiçoamento deste processo, onde construímos uma espécie
resistente ao veneno (herbicida) que mata outras espécies. Assim,
os transgênicos trazem moléculas desestruturadas para a vida
que irão constituir nosso corpo, e uma elevada quantidade de veneno
na forma do agrotóxico utilizado.
|