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Fungos e Saúde

 
Embora não tenha uma relação direta com alimentação, coloco este texto complementando os aspectos alérgicos não valorizados em nossa cultura.
 
Fungos, bolor, mofo, cogumelos, leveduras: Todas estas entidades são compostas do mesmo elemento biológico: fungos. Não são bactérias como as que causam a amigdalite, nem protozoários como as amebas, nem vermes como as lombrigas; são um tipo de vida extremamente poderosa pois conseguem brotar em paredes feitas com cal, conseguem digerir óleos, conseguem crescer dentro da geladeira, mesmo muito abaixo de zero. Basicamente o que precisam é de umidade, detestam ambientes secos.
 
Os fungos exercem um papel valiosíssimo na reciclagem dos elementos da natureza, desmanchando (digerindo) praticamente tudo. Imaginem o que fazem no nosso corpo. Na pele causam inflamações chamadas genericamente de "impinge" (ptiríase versicolor) e as micoses dos pés, virilha, e dobras em geral. Causam também inflamações nas unhas, tanto na base (candidíase) como na ponta (escurece e descasca). Na boca são os "sapinhos" (grumos brancos principalmente em crianças), na vagina dão o corrimento esbranquiçado parecendo leite coalhado. Nos órgãos internos podem crescer praticamente em qualquer lugar, desde os intestinos até às meninges, com a ressalva de isto acontecer basicamente com os imuno-deprimidos como portadores da AIDS e do câncer.
 
Não é por acaso que nas leis que recebemos no antigo testamento, a regulamentação sobre fungos é a mais extensa entre todas. Fungos nas leis? Exatamente! A confusão existe basicamente por uma questão semântica: a palavra "lepra" significa mancha. 
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