1,2 O
SENHOR DEU A Moisés o seguinte regulamento para os casos de leprosos
curados:
3-5 “O
sacerdote sairá do acampamento para examinar a pessoa. Se ele vê
que a lepra desapareceu mesmo, exigirá o seguinte, para a cerimônia
de purificação:
duas aves que a Lei permite ao povo comer;
um pedaço de madeira de cedro;
um pano de forro vermelho;
e uns ramos de hissopo.
Mandará matar uma das aves, que deverá
ser posta numa vasilha de barro pendurada em cima de água corrente.
6
“O
sacerdote molhará a outra ave, ainda viva, no sangue da ave sacrificada.
Molhará junto com ela a madeira, o pano vermelho e os ramos de hissopo. 7
“Então
o sacerdote borrifará daquele sangue sobre a pessoa curada da lepra.
Fará isso sete vezes. Só depois disso tudo é que o
sacerdote declarará que aquela pessoa está curada. Em seguida,
soltará a ave viva, para que viva livremente nos campos.
8
“Para completar
a purificação, o doente curado lavará as roupas que
estiver usando, rapará a cabeça, as sobrancelhas e a barba,
tomará banho e tornará a morar dentro do acampamento. Só
que terá de ficar fora da tenda dele durante sete dias. 9
“Ao
sétimo dia, rapará de novo a cabeça, a barba e as
sobrancelhas, lavará a roupa dele e tomará banho. Então
será declarado totalmente curado da lepra e cerimonialmente limpo.
10 “No dia seguinte
– no oitavo dia – irá ao sacerdote levando dois cordeiros sem defeito,
uma cordeira de um ano de idade, também sem defeito, e quinze litros
de farinha fresca da melhor qualidade para oferta de cereal preparado com
azeite; fora meio litro de azeite de oliveira, que será levado separadamente.
11 “O sacerdote
encarregado de fazer a purificação apresentará ao
Senhor a pessoa e as ofertas que trouxe, na entrada do Tabernáculo. 12
“O
sacerdote oferecerá ao Senhor um dos cordeiros e o meio litro de
azeite, como oferta pela culpa. Fará os movimentos próprios
de oferecimento ao Senhor, pois é oferta movida diante do Senhor. 13
“Então
matará o cordeiro no lugar em que é costume matar os animais
das ofertas pelo pecado e das ofertas queimadas, lugar consagrado para
este fim, junto ao Tabernáculo. Isto porque a oferta pela culpa
é para o sacerdote usar como alimento – como no caso da oferta pelo
pecado. É oferta muito santa. 14
“O
sacerdote usará o sangue da oferta pela culpa para pôr um
pouco na ponta da orelha direita e nos polegares direitos do pé
e da mão daquele que está em processo de purificação
cerimonial. 15,16
“Depois
o sacerdote derramará o azeite trazido separado, na palma da mão
esquerda dele mesmo. Molhará o dedo direito dele e, com o dedo,
borrifará sete vezes azeite diante do Senhor.
17 “Da sobra do
azeite que está na mão esquerda, o sacerdote porá
um pouco na ponta da orelha direita e nos polegares direitos do pé
e da mão do candidato à purificação – como
tinha feito com o sangue da oferta pela culpa. 18
“O
restante do azeite será derramado na cabeça daquela pessoa.
“Assim o sacerdote fará expiação pela culpa – ou seja,
ficará paga a culpa daquela pessoa diante do Senhor.
19,20 “Depois
o sacerdote apresentará a oferta pelo pecado, e fará a cerimônia
de expiação por aquele que está sendo purificado da
impureza da lepra. Feito isso, o sacerdote matará o animal dado
para a oferta queimada. Apresentará essa oferta junto com a oferta
de cereais, sobre o altar. Assim o sacerdote fará expiação
por aquela pessoa que, afinal, será declarada limpa.
21 “Se a pessoa
for pobre, não tendo recursos suficientes para trazer tudo aquilo,
poderá trazer somente um cordeiro para a oferta pela culpa, para
ser apresentado ao Senhor, na cerimônia de expiação
feita com os movimentos próprios pelo sacerdote diante do altar.
Além do cordeiro, basta trazer cinco litros de farinha fresca
e boa, preparada com azeite, para a oferta de cereais, e meio litro de
azeite de oliveira.
22 Deverá
trazer também duas rolas ou dois pombinhos, o que lhe for possível,
e usar um deles para oferta pelo pecado e o outro como oferta queimada. 23
“Estas
coisas serão trazidas ao sacerdote, à entrada do Tabernáculo,
ao oitavo dia, para a cerimônia de purificação diante
do Senhor. 24,25
‘O
sacerdote deverá pegar o cordeiro para oferta pela culpa e o azeite
trazido em separado, e mover as duas ofertas diante do altar, como gesto
de oferecimento ao Senhor. Depois, matará o cordeiro e porá
sangue dele na ponta da orelha direita e nos polegares direitos do pé
e da mão daquele que está sendo purificado.
26 “Então
o sacerdote derramará azeite na palma da sua própria mão
esquerda.
27 “Com o dedo direito,
borrifará azeite sete vezes diante do Senhor.
28 “Depois ele terá
de pôr um pouco do azeite – da mão esquerda – na ponta da
orelha direita e nos polegares direitos do pé e da mão daquele
que está sendo purificado, como tinha feito com o sangue da oferta
pela culpa.
29 “O azeite restante
na mão do sacerdote será posto na cabeça daquele que
está em processo de purificação, para fazer expiação
por ele, diante do Senhor.
30,31 “Depois
oferecerá as rolas ou os pombinhos (conforme a pessoa tenha podido
trazer). Uma das aves é para oferta queimada – para ser sacrificada
junto com a oferta de cereais. E assim o sacerdote fará expiação
por aquele que está sendo purificado diante do Senhor.” 32
São estas, pois, as leis para aqueles que, estando limpos da lepra,
não têm recursos para oferecer os sacrifícios normalmente
exigidos para a cerimônia da purificação.
33 “Disse ainda
o Senhor a Moisés e a Arão: 34,35 “Quando entrarem na terra
de Canaã – terra que darei a vocês – e eu puser lepra em alguma
casa de lá, o dono da casa comunicará o fato ao sacerdote,
dizendo: ‘Parece que a minha casa pegou lepra!”
36-38
“O
sacerdote tomará as seguintes medidas: que a casa seja esvaziada,
para que a praga não contamine os móveis e os objetos domésticos;
depois, ele mesmo irá até lá examinará a casa.
“Se encontrar nas paredes da casa manchas esverdeadas
ou avermelhadas, parecendo mais fundas do que a parede, o sacerdote sairá
e trancará a casa, ficando interditada por sete dias. 39,40
“Sete
dias depois, o sacerdote fará novo exame. Se vê que a praga
se alastrou nas paredes da casa, ordenará que as pedras atingidas
pela praga sejam arrancadas e lançadas fora da cidade, num lugar
declarado impuro.
41 “Além
disso, fará raspar a casa inteira. O pó que ajuntarem da
raspagem será lançado fora da cidade, num lugar impuro. 42
“Serão
colocadas outras pedras no lugar das que foram arrancadas, e a casa será
rebocada com novo reboco.
43,44 “Se
depois de feitas essas coisas todas, a praga tornar a brotar na casa, será
examinada outra vez pelo sacerdote. Se a praga se tiver alastrado na casa,
é lepra maligna. A casa está contaminada.
45 “Por isso, a
casa será demolida totalmente, de modo que não fique nada
de pé: nem pedras, nem revestimento, nem madeira. E tudo será
levado para fora da cidade, para um lugar impuro. 46
“Quem
entrar na casa enquanto ela estiver interditada, ficará cerimonialmente
impuro até o anoitecer. 47
“Quem
descansar ou come naquela casa, terá de lavar a roupa usada na ocasião.
48 “Mas se quando
o sacerdote voltar para novo exame, verificar que as manchas não
reapareceram nas paredes reformadas, ele dará atestado de que a
lepra está curada e que a casa está limpa.
49 “Para completar
a purificação da casa, pegará duas aves, um pedaço
de madeira de cedro, um pano vermelho e uns ramos de hissopo.
50 “Matará
uma das aves numa vasilha de barro pendurada em cima de água corrente. 51,52
“Depois
molhará a madeira, o hissopo, o pano vermelho e a ave viva no sangue
da ave sacrificada, e borrifará o sangue na casa sete vezes. Deste
modo a casa será purificada. 53
“Então
o sacerdote soltará a ave fora da cidade, para que viva livremente
nos campos.
“Assim ficará feita a expiação pela
casa, e ela estará cerimonialmente limpa.”
54-57
São
estes, pois, os regulamentos para os vários lugares e coisas que
podem pegar lepra. Tanto servem para resolver a questão quando aparecem
pragas em roupas e em casas, como também aparecem na pele humana
manchas lustrosas, inchaços e feridas vivas nas queimaduras.
Assim fica fácil verificar se uma coisa é
limpa ou impura; isto é, se uma coisa está com lepra ou não.
Aí está, pois, a lei da lepra.