Meu filho, de 3 anos, não come.
Eu já tentei de tudo. Até comidas que ele adorava, agora gelam no prato. O que fazer?
Andreia Rio de Janeiro, RJ ( Novembro, 1996)
Quase todas as crianças mais cedo ou mais tarde passam por uma fase “difícil” com a alimentação.
Pode ser o caso de estarem mais interessadas na “brincadeira” de comer do que no alimento, propriamente dito, ou “aprendem” este padrão com alguém da família( irmãos mais velhos, pais, etc...).
Algumas crianças sentem o ato de se alimentar como uma das poucas coisas sobre as quais tem algum controle. Isso não é uma rebelião contra os pais, mas dependendo da reação destes, a situação pode se tornar uma verdadeira disputa de poder.
Os pais, preocupados que a criança adoeça ou fique subnutrida ( terror das avós ! ) tentam de tudo. Fazer comidas especiais, imitar um bicho a cada garfada até desfilar o zoológico inteiro, não é um cenário incomum para muitas mães. É claro que a criança, aos poucos, passa a entender o instrumento poderoso de pressão que tem nas mãos ao não se alimentar.(Schonkoff,1992)
Diminua a quantidade de comida por refeição. Muitas vezes estamos servindo a criança aquilo que achamos que ela deveria comer e não o quanto ela realmente necessita. Sirva bem pouquinho( duas colheres de sopa rasas de alimento e só !). Seu filho ficará feliz por ter conseguido esvaziar o prato. Ele pode até querer repetir ( neste caso, mais meia colher de sopa).
O lanche da manhã ou da tarde, se for hábito da família, deve ser também pequeno e não ser repetido. Deixe a fome crescer para as refeições principais.
Não faça comentários que ele come bem ou mal, incluindo os elogios por esvaziar o prato. Vamos tirar a propaganda do negócio.
Limite o tempo das refeições. Trinta minutos é mais do que crianças normais, e até alguns adultos, agüentam se concentrar em um prato. Avise quando faltar dez minutos. Terminado o tempo, não discuta , gentilmente diga a ele que agora é hora de retirar o prato.(Webster-Stratton, 1994)
Não permita comida fora de hora. Se seu filho recebe alimentos fora de hora ou esvazia um saquinho de “besteiritos” as quatro horas da tarde, não espere que ele se interesse por “comida de verdade” no jantar.
Não negocie. Não faça promessas de sobremesa, ou de passeios, se seu filho esvaziar o prato. Afinal você não quer que ele aprenda a comer quando não tem fome para ganhar um doce e sim que esteja bem nutrido. O ideal é que seu filho esteja com fome antes de cada refeição e alimente-se para sacia-la. Comer muito não é sinal de saúde!
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