Informações Sobre a Vacina D.P.T. Acelular     
(INFANTIL E ADULTO)

INFANTIL

Descrição:

Vacina acelular, contendo cinco antígenos purificados da bactéria Bordetella pertussis, combinados com um preparado de toxóide tetânico e toxóide diftérico adsorvidos em fosfato de alumínio. A vacina "acelular" tem demonstrado taxas mais baixas de reações adversas locais e sistêmicas quando comparada diretamente com a vacina contra difteria, tétano e coqueluche, contendo células inteiras da Bordetella pertussis inativada (Tríplice bacteriana). Por ser uma vacina acelular, contendo apenas proteínas purificadas, apresenta menor probabilidade de provocar reações adversas.

Indicação:

Está indicada para a imunização primária contra a Difteria, Tétano e Coqueluche, em lactentes a partir de 2 meses, e como dose de reforço até os 7 anos de idade.

Eficácia:

É necessária uma série inicial de duas ou mais doses para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos que alcancem níveis satisfatórios para conferir imunidade. Após completar a imunização primária (veja: Calendário de Vacinação da Secretaria de Saúde do Estado de SP), a quantidade de anticorpos contra os toxóides diftérico e tetânico começa a diminuir gradualmente, porém conferem proteção por até dez anos. Por esta razão, recomeda-se injeções de reforço de toxóide tetânico e diftérico a cada dez anos.

Reações Adversas:

Estudo comparativo à vacina Tríplice Bacteriana (D.P.T.), revelou que a incidência de reações locais, febre, irritabilidade e todas as demais reações sistêmicas foi significativamente mais baixa no grupo de lactentes vacinados com a Tríplice Acelular. Raramente ocorrem febre alta acima de 40,5ºC, convulsões, hipotensão ou reações anafiláticas. O aparecimento de nódulos no local da injeção, com a aplicação de vacinas adsorvidas é pouco freqüente.

Contra - Indicações:

§ Hipersensibilidade aos componentes da vacina;

§ Reações alérgicas ou anafiláticas a doses anteriores da vacina;

§ Não deve ser administrada em pessoas acima de 7anos;

§ Crianças com distúrbios neurológicos em evolução, associados ou não com convulsões;

§ Deve ser adiada a vacinação na presença de estado febril e infecção aguda

§ Gestantes e Lactantes não devem receber esta vacina.

Administração:

A administração da vacina deve ser feita por via Intramuscular.

Doses:

Vacinação Primária: uma dose de 0,5 ml, aplicada aos 2, 4, 6 e 18 meses de idade. Se por qualquer motivo essa rotina não puder ser obedecida, recomenda-se que as três primeiras doses de 0,5 ml sejam administradas com intervalos de 4 a 8 semanas entre si, seguidas de uma quarta dose de 0,5 ml administrada um ano após a terceira dose.

Outra dose de 0,5 ml deve ser administrada entre os 4 e 6 anos de idade. Esta dose de reforço não é necessária se a quarta dose do esquema primário de vacinação tiver sido aplicada após os quatro anos de idade.

Uma vez completada este esquema de vacinação, a imunização de reforço deverá ser efetuada a cada dez anos com os toxóides Tetânico e Diftérico (D.T.).

 

        CRIANÇAS MAIORES DE 10 ANOS E ADULTOS ( NOVIDADE )

 

A partir deste ano está disponível no Brasil a única vacina combinada contra difteria, tétano e coqueluche para adultos, adolescentes e crianças maiores de 10 anos de idade (Refortrix®). Até agora a vacinação contra a coqueluche só era possível para crianças menores de 7 anos de idade.

Tendo-se em vista que a capacidade de reagir contra a coqueluche declina com o tempo, antes da década de 1970 havia um reforço natural freqüente da imunudade, sem que ocorre-se a doença nos vacinados. As pessoas dificílmente desenvolviam a doença na idade adulta. Nos dias atuais, graças à excelente cobertura vacinal entre as crianças, a circulação desta bactéria é muito menor, não permitindo o reforço natural. Adolescentes e adultos que foram vacinados, ou mesmo aqueles que já tiveram a coqueluche no passado, por não serem reexpostos, tornam-se suscetíveis novamente, ou seja, podem ter a doença mais vezes, sendo que o diagnóstico torna-se mais difícil, pois há muita confusão com outras infecções respiratórias. Desta forma, os adultos infectados transmitem a Bordetella pertussis aos bebês numa fase em que a melhor proteção freqüentemente ainda não foi alcançada, ou seja, antes do 6º mês de vida, quando o bebê ainda não recebeu as três doses básicas da vacina (2º, 4º e 6º meses de vida).

Indicações:

A vacina combinada contra difteria, tétano e coqueluche é importante nas seguintes situações:

§ adultos, adolescentes e crianças com mais de 10 anos de idade que tenham asma ou doença pulmonar crônica;

§ adultos em contato com bebês;

§ adultos, adolescentes e crianças com mais de 10 anos de idade que sejam fumantes;

§ adultos, adolescentes e crianças com mais de 10 anos de idade que tenham contao com pacientes de alto risco

§ pessoas submetidas a cirúrgias torácicas (cardíacas e pulmonares, por exemplo)

§ adultos saudáveis que desejam o risco de ter coqueluche, difteria e tétano.

Fontes:bulário da Smithkline Beecham; Revista Vacinação, Ano VII - Nº 4

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