UM MERGULHO NO BRINCAR
A PARTICIPAÇÃO DOS
ADULTOS NAS BRINCADEIRAS
Brincar com uma criança é uma forma de
demonstrar amor por ela, mas... somente quando tivermos certeza de que isto é o
que ela deseja. Algumas vezes os adultos interferem sem necessidade, só para
dar a sua opinião ou para tentar dirigir a brincadeira, não respeitando, assim,
o tempo da criança nem seu jeito de brincar.
Entretanto,
a participação do adulto pode enriquecer e dar prestígio à brincadeira; sua criatividade
pode estimular o processo criativo da criança e sua paciência e serenidade
poderão estimular a capacidade de observar e de concentrar a atenção. Brincar
junto reforça laços afetivos e, geralmente, as crianças gostam quando um adulto
quer brincar com elas, pois sentem que o jogo assim se torna mais valorizado.
Somente com muita humildade e sensibilidade pode se perceber se é hora ou não
de intervir, mas uma coisa é certa, se não houve um convite por parte da
criança, a interferência do adulto deve se limitar a uma sugestão, um estímulo,
um esclarecimento ou uma participação de igual para igual, para que não haja
restrição à iniciativa das crianças.
Um aspecto
muito positivo da participação do adulto no jogo pode ser a introdução do hábito
de guardar os brinquedos quando a brincadeira terminar. Os pais ou professores
podem fazer com que o hábito de guardar seja uma parte natural da brincadeira,
que pode ser realizada alegremente. Quando as crianças se a ajudar, mesmo que
seja um pouco, com o tempo vão adquirindo o hábito de deixar as coisas
arrumadas. Transforme o ato de guardar o jogo em uma atividade alegre e
rotineira.
Durante o
jogo ou brincadeira, não diga que a criança errou, talvez ela apenas ainda não
tenha aprendido o jogo e, se você quer que ela aprenda, faça com que se sinta
capaz de aprender e de-lhe o tempo que precisar para isso.
SUGETÕES DE BRINQUEDOS
DE
BRINQUEDOS E VIOLÊNCIA
A violência é uma
presença significativa na vida das crianças de hoje: é uma realidade na vida de
uma criança de rua e é o tema dos filmes assistidos por aquelas que têm uma
televisão ou vídeo game. Toda a agressividade que chega à criança provoca
alguma reação, ensina formas de interação, de manifestação de emoções e de
solucionar conflitos. Os brinquedos violentos fazem parte deste contexto, pois
viabilizam o faz de conta da violência dando uma maneira de se encontrar
solução rápida para situações indesejáveis. Porém, estes tipos de brinquedos
não devem ser uma constante na vida da criança.
Brinquedos, filme e desenhos agressivos devem ser oferecidos as crianças
com moderação. Uma mescla com fantasias de amor, carinho e respeito é sempre
recomendada.
O respeito pela
vida humana deve ser cultivado também nas situações lúdicas e é muito
importante preservar a possibilidade de que haja algum impacto, algum
sentimento de estranheza diante de uma arma, diante de um objeto que pode
acabar com uma vida humana. Será que já não está na hora de aprender a resolver
problemas de uma forma mais civilizada?
Agradecimentos: Serviço de Psicologia Educacional /
Pré-escola.