Informações Sobre a Vacina Salk
Normas da Academia
Americana de Pediatria
Indicação:
Prevenção da Poliomielite:
Recomendações para a utilização da vacina de vírus inativado na Imunização de
Rotina, em substituição a Vacina de Vírus Vivo (Sabin).As informações descritas
abaixo se referem às normas adotadas pela Academia Americana de Pediatria. As
recomendações deste artigo, não indicam um esquema exclusivo de tratamento ou
atitude a seguir. Poderão estar indicadas variantes em função de circunstâncias
individuais.
Fonte:
Pediátricas (Ed.Brás.) Vol 4, num 3, 2.000.
Resumo do Texto - Desde 1997, quando a AAP (Academia
Americana de Pediatria) recomendou inicialmente a utilização ampla da vacina
anti-poliomielite de vírus inativado (IPV) para imunização de rotina durante a
infância, a ocorrência de poliomielite paralítica associada à vacina (PPAV)
diminuiu nos EUA. No entanto, a PPAV não será eliminada ate que a vacina
antipoliomielite oral (OPV) deixe de ser administrada. Em resultado do
progresso em direção à erradicação da poliomielite, o risco de infecção
importada tem continuado a diminuir. Concomitantemente, a utilização da IPV
aumentou substancialmente com o decréscimo correspondente da utilização da OPV,
indicando boa aceitação do calendário de imunização recomendado pela AAP por
parte dos profissionais de saúde e dos pais. Por outro lado, a disponibilidade
da OPV será substancialmente diminuída no inicio do ano
ABREVIATURAS: OPV, vacina
antipoliomielite oral; IPV,vacina antipoliomielite de vírus inativado; CCI
Comissão Consultiva de Imunização; CDC, Centros para o CONTROLE E Prevenção da
Doença; PPAV, poliomielite paralítica associada à vacina; OMS, Organização Mundial
de Saúde; VPI, vacinas para programa infantil.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Pediatrics (ed. Bras.) Vol. 4, num.
3, 2000
Até 31 de Agosto de 1999, 69 % das
doses compradas eram de IPV, indicando um crescente aumento da sua aceitação e
decréscimo da utilização da OPV. Num estudo recente da AAP avaliando práticas
de imunização antipoliomielite, 70% dos pediatras inquiridos em meados de 1998
referiram em geral que recomendavam o programa seqüencial.(5) O aumento da
utilização da IPV nos últimos anos e o resultante número adicional de injeções
não tem sido associado a menor cobertura da vacina antipoliomielite ou de
outras vacinas infantis. (6,7)
É provável que a utilização da IPV
aumente drasticamente num futuro próximo, devido a disponibilidade limitada da
OPV. O contrato dos CDC, que fornecem as vacinas para o programa "Vacinas
para as Crianças? (VPC), com a OPV expiraram em Dezembro de 1999, em
conseqüência das recentes recomendações da CCI, este contrato não será
renovado. O programa VPC fornece aproximadamente 35% das vacinas para lactentes
e crianças nos EUA (D. Mason, comunicação escrita, Agosto de 1999). Numa
avaliação realizada em 1997, 74% das crianças foram imunizadas, pelo menos uma
das vezes, por um profissional ligado ao programa VPC.(8) Não se sabe ao certo
se a OPV continuará a ser comercializada pelo único fabricante nos EUA.
A utilização crescente da IPV levou
a um decréscimo do número de casos de PPAV. Enquanto, entre 1980 e 1994, eram
declarados, em média, 8 casos por anos nos EUA, os CDC confirmaram 5 casos em
1997 e apenas 1 caso em 1998.(9) Todos os casos ocorreram em crianças ou em
contatos de crianças imunizadas apenas com a OPV; 4 eram crianças vacinadas e 1
um contato. Estão em investigação pelos CDC vários outros casos associados a
OPV em 1998 (W. Orenstein, CDC, comunicação escrita, Setembro de 1999). Este decréscimo
indica o sucesso do calendário seqüencial na redução da PPAV. No entanto, desde
que a OPV seja administrada em quaisquer doses, a possibilidade de PPAV em
contatos não imunizados e na comunidade continua a existir.
A adoção pela CCI e o apoio da AAP
do calendário seqüencial em 1997 baseou-se, em parte, na necessidade de manter
a imunidade intestinal num nível ideal. A administração de 2 doses de OPV
preveniria a transmissão na comunidade, em caso de introdução inadvertida do
vírus selvagem, ou seja, uma barreira populacional para beneficio global da
saúde publica. (1,2) No entanto, o único caso identificado de poliomielite
paralítica desde 1986 nos EUA ocorreu numa criança com 2 anos de idade
proveniente da Nigéria e que havia sido transportada para os EUA para
terapêutica da poliomielite. (2) O risco de importação continua a diminuir em
resultado do considerável progresso em direção à erradicação.
CONCLUSÃO:
RECOMENDAÇÕES:
O período de
transição para o programa com a IPV exclusiva deverá ser completado logo que
possível, nunca após o primeiro semestre do ano 2000. Para efetuar esta
modificação com a brevidade possível, deverão deixar de ser adquiridos lote de
OPV para utilização de rotina.
A OPV deverá ser utilizada apenas
nas seguintes circunstâncias, desde que não haja contra-indicações:
a. Campanhas de vacinação em massa
para CONTROLE de surtos de poliomielite paralítica.
b. Crianças não vacinadas que irão
viajar num período inferior a 4 semanas para áreas em que a poliomielite é
endêmica ou epidêmica, ou seja, aquelas em que o período de tempo antes da
partida é insuficiente para administração de 2 doses de IPV.
c. Aos filhos de pais que não aceitam
o número recomendado de aplicações, injetáveis da vacina, para completar o
calendário de imunização, poderá administra-se a terceira ou a quarta dose de
OPV. No entanto, esta não deverá ser administrada como primeira ou segunda dose.
d. Durante o período de transição
para um programa com a IPV exclusiva no inicio de 2000, os lotes remanescentes
de OPV deverão ser administrados, de preferência, às crianças entre os 4 e 6
anos de idade vacinadas anteriormente com 3 doses de qualquer das vacinas antipoliomielite
para satisfazer as exigências de entrada no ensino. A administração de OPV a
crianças anteriormente vacinadas com 2 doses de IPV ou OPV também é aceitável
para acabar com a OPV existente.
Sempre que OPV é
administrada, o risco de PPAV em crianças vacinadas e contatos deverá ser
discutido com os pais e outras pessoas que cuidam das crianças.
Nas crianças
vacinadas anteriormente apenas com a OPV e que tem de receber a quarta dose
para ingressarem na escola, poderá ser administrada a OPV. As quatro doses de
qualquer combinação de IPV ou OPV pelos
As precauções ou as
contra indicações relativas à administração da IPV e da OPV mantêm-se as mesmas
que figuram na última edição do Red Book.
Se ocorrer um surto
de infecção pela estirpe selvagem do poliovírus nos EUA, a OPV é a vacina de
eleição para controlar mais eficazmente a disseminação da infecção. A AAP apóia
a necessidade de recursos federais suficientes para garantir um fornecimento
adequado de OPV para CONTROLE de surtos numa tal situação de emergência em
saúde pública.
A AAP apóia a recomendação
da OMS para utilização da OPV para conseguir a erradicação da poliomielite em
todo o mundo, principalmente nas áreas geográficas em que a estirpe selvagem do
vírus é endêmica ou recentemente detectada.
COMISSÃO PARA AS DOENÇAS INFECCIOSAS, 1999-2000-09-07.
Jon S. Abramson, MD, Coordenador
Carol J. Baker, MD
Margaret C. Fisher, MD
Pediatrics
(ed. Bras.) Vol. 4, nº
3, 2000.
H.
Dennis L Murray, MD
Gary D Overturf, MD
Charles G Prober, MD
Margaret B Rennels, MD
Thomas N Saarl, MD.
Leonard B Welner, MD
Richard J. Whitley, MD
EX-OFFICIO
Georges Peter, MD
Larry K Pickering, MD
Noni E MacDonald, MD.
LIGAÇÕES
Anthony Hirsch, MD
Pediatric Practice Action Group
Richard F Jacobs, MD
American Thoracic Society
Canadian Paediatric Society
Scott Dowell, MD, MPH
Centers for Disease Control and Prevention
Walter A Orenstein, MD
Centers for Disease Control and Prevention
Peter A Patriarca, MD.
Food and Drug Administration
N. Regina
National Institutes of Health
S G
National Vaccine Program Office
CONSULTOR
Edgar O Ledbetter, MD.
REFERÊNCIAS
Centers for Disease Control and Prevention. Poliomyelitis
prevention inthe
Centers for Disease Control and Prevention.
Recommendations of the Advisory Committeeon Imuunization Practices:
Division of Health Policy Research and Center for
Child Health.
Centers for Disease Control and Prevention. Impact of
the sequential IPV/OPV schedule on vaccination coverage levels
Centers for Disease Control and Prevention.
Santoli JM,
Rodewald LE, Maes EF, Battaglia MP, Coronado VG. Vaccines for Children
Centers for Disease Control and Prevention.
Centers for Disease Control and Prevention