Dentre os
acidentes por animais peçonhentos, o ofídico é o principal deles, pela sua
freqüência e gravidade. Ocorre em todas as regiões e estados brasileiros e é um
importante problema de saúde, quando não se institui a soroterapia de forma
precoce e adequada. São 4 os gêneros de serpentes brasileiras de importância
médica (Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus) compreendendo cerca de 60
espécies.
Os soros
para picadas de cobra, no Brasil, são: Antibotrópico,
Antibotrópico/cotálico, Antibotrópico/laquético, Anticrotálico e Antielapídico.
Os
acidentes por picada de escorpião são menos notificados que os ofídicos
(cobra). Sua gravidade está relacionada à proporção entre quantidade de veneno
injetado e a massa corporal do indivíduo picado. As principais espécies do
gênero Tityus responsáveis por acidentes são: T. serrulatus (escorpião
amarelo), T. bahiensis (escorpião marrom), T. cambridgei (escorpião preto), T.
costatus (escorpião), T. fasciolatus (escorpião), T. metuendus (escorpião), T.
silvestris (escorpião) e T. stigmurus (escorpião).
A picada
de aranha é o acidente menos grave e a grande maioria dos casos notificados é
proveniente das regiões Sul e Sudeste do país.
As espécies
mais comuns são: Phoneutria nigriventer (aranha-armadeira), Phoneutria fera,
Phoneutria keyserling; Loxosceles gaúcho (aranha marrom); Loxosceles
intermédia; Loxosceles laeta.
Para a
Latrodectus curacaviensis (viúva-negra, flamenguinha), a FUNASA tem importado o
soro, porque os laboratórios nacionais ainda não dispõem da tecnologia de
produção. No entanto, o número de acidentes é raro no país, porque essas
aranhas não são agressivas.
Os
acidentes ocorrem principalmente na região Sul e no Estado de São Paulo. O
acidente se dá pelo contato das cerdas e quanto maior for o número de animais
contatados maior é a gravidade do acidente.
A raiva
apresenta uma letalidade de 100% em pessoas que não recebem o tratamento. No
ciclo urbano, as principais fontes de infecção são o cão e o gato. No Brasil, o
morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Outros
reservatórios silvestres são: raposa, gato-do-mato, guaxinim e macacos (sagüi).
Fonte:
Home page da FUNASA (Fundação Nacional da Saúde).