Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores
"Preservando as Abelhas
Indígenas Sem Ferrão"
A APIME foi criada em 1991 e tem voltado seus
trabalhos para a conservação de meliponíneos baseado em
trabalhos de educação ambiental, criação de abelhas,
desenvolvendo e divulgando técnicas de manejo.
Jardim Botânico do Recife - a APIME mantém o meliponário das Uruçus
Visita de alunos ao meliponário da APIME no Parque Dois Irmãos - Zoológico do Recife
Ninho de Abelha Mosquito Plebeia sp. (discos de cria, potes de alimento e invólucro).
Rainha de abelha Jataí - rainha fisogástrica
ABELHAS BRASILEIRAS
ABELHAS SEM FERRÃO
As nossas abelhas, chamadas de nativas ou indígenas são insetos sociais e tem como particularidade não possuir ferrão (ferrão atrofiado).
As abelhas nativas são conhecidas no meio científico como
Meliponíneos. Pertencem à ordem Hymenóptera, à sub-família
Meliponinae, agrupadas em três tribos: Meliponini, Trigonini e
Lestrimelitini.
O Brasil é muito rico em abelhas sociais da subfamília
Meliponinae, possuindo dezenas de espécies descritas.
No meio rural são bastante conhecidas e dão nome a algumas
localidades do interior como: Uruçu-Mirim, Sanharó e Cupira.
As abelhas sem ferrão brasileiras constituem-se nos
polinizadores principais de 90% das árvores brasileiras, algumas
das quais dependem exclusivamente destes insetos.
As espécies possuem tamanhos, formas, coloração e hábitos os
mais diversos. Dependendo de cada espécie, os ninhos contém de
500 a 80.000 indivíduos.
A maioria nidifica em ocos de árvores, outras em baixo da terra,
ninhos subterrâneos (só 2% das espécies). Os favos de cria
são em forma de discos, dispostos na horizontal, possuindo
células hexagonais ou em forma de cachos (poucas espécies) e
ficam envolvidos por uma grande quantidade de lâminas de cera,
chamado de invólucro ou isolante térmico.
O armazenamento dos alimentos (mel e pólen) é feito em potes de
forma esferoidal, distintamente e ficam distribuídos em volta do
conjunto dos discos de cria.
É característica de cada espécie as formas de entrada dos seus
ninhos que variam de um simples orifício ou orifício com uma
"boca" de barro adornado a tubo de cera liso ou poroso.
A maior importância das abelhas na natureza está na
realização da polinização, fecundação das plantas que
consiste em levar o grão de pólen de uma flor a outra,
permitindo eficiência na fecundação, evitando
"consangüinidade" e garantindo a perpetuação das
espécies vegetais. A polinização significa maior produção de
frutos, sementes e diversidade do material genético produzido.
Com a destruição das florestas, uso de inseticidas, queimadas e
ação de meleiros, as abelhas nativas chegaram a uma situação
delicada de sobrevivência. Para evitar a extinção destes
insetos, a APIME entre outras entidades, estudiosos e
pesquisadores do Brasil está realizando trabalhos neste sentido
e convidando você a participar.
INFORMAÇÕES:
APIME - ASSOCIAÇÃO PERNAMBUCANA DE APICULTORES E
MELIPONICULTORES
AV. CAXANGÁ, 2200 - CORDEIRO - RECIFE - PE 50711-000
E - MAIL: alexapis@elogica.com.br
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14 de abril de 2000
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