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HEPATITE B
É definida como inflamação do fígado causada por uma infecção pelo Vírus da Hepatite B (HBV), um vírus DNA, da família Hepdnaviridae.
Do ponto de vista epidemiológico a transmissão sexual de agentes infecciosos causadores de hepatite ocorre mais freqüentemente com os vírus das hepatites tipos A, B, C e Delta. Os tipos B e C podem evoluir para doença hepática crônica, e têm sido associados com carcinoma hepatocelular primário.
Dentre os fatores que influenciam o risco de infecção pelo HBV citamos: número de parceiros, freqüência das relações sexuais, tipo de prática sexual (oro-anal, oro-genital, relacionamento sexual passivo ou ativo), associação com uso comum de seringas e agulhas, concomitância de outras DST (sífilis, cancro mole, gonorréia, herpes genital e/ou oral, etc.).
No Brasil, estudos de prevalência do HBV detectaram índice de infecção médio de 8,0% na região da Amazônia legal, de 2,5% nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, de 2,0% na região Sudeste e de 1,0% na região Sul.
O período de incubação da Hepatite B aguda situa-se entre 45 e 180 dias e a transmissão é usualmente por via parenteral embora outras vias (oral, sexual e vertical) foram demonstradas.
Nos pacientes sintomáticos, a hepatite B, usualmente evolui nas seguintes fases:
Fase prodrômica: sintomas inespecíficos de anorexia, náuseas e vômitos, alterações do olfato e paladar, cansaço, mal-estar, artralgia, mialgias, cefaléia e febre baixa.
Fase ictérica: inicia-se após 5 a 10 dias da fase prodrômica, caracterizando-se pela redução na intensidade destes sintomas e a ocorrência de icterícia. Colúria precede esta fase por 2 ou 3 dias.
Fase de convalescença: a sintomatologia desaparece gradativamente, geralmente em 2 a 12 semanas.
A Hepatite B pode evoluir cronicamente, o que se demonstra pelos marcadores laboratoriais, testes de função hepática e histologia anormais, e doença persistente por mais de seis meses. A Hepatite B crônica pode evoluir de forma:
Persistente: de bom prognóstico, em que a arquitetura do lóbulo hepático é preservada.
Ativa: caracterizada por necrose hepática, que pode evoluir para cirrose hepática ou para câncer.