UMA NOVA ABORDAGEM TERAPÊUTICA

(Un nuovo modello terapeutico)

Vou utilizar aqui a palavra de H.J.Eysenck (Você e neurose -Zahar), como utilizarei a de outros autores de livros sobre neurose,incluindo Freud, para dizer o que penso, naquilo que minhas idéias com asdeles coincidem e para falar da minha experiência pessoal no tratamento damaioria dos distúrbios neuróticos. Certamente Eysenck e todos os outros, pelo reconhecimento dos seus saberes, serão melhor ouvidos do que eu.

Claro que todos podem discordar do que eles disseram, como podem discordardo que vou dizer. Não pretendo, evidentemente, analisar o ponto de vistade Eysenck, nem o de qualquer outro autor. Quero apenas apresentar meuponto de vista, diferente do deles. As coincidências existem apenas najustificativa para a introdução de uma nova abordagem terapêutica.

Podem discordar, disse eu, mas nenhuma argumentação teóricapode impedir que um fenômeno aconteça. quando ele pertence à natureza em geral, e no nosso caso, na natureza humana em particular. A maçã vinha caindo da macieira alguns milhares de anos antes que Newton formulasse a sua teoria, e continuará caindo por milhares ou milhões de anos depois dela.

Eysenck diz, na introdução do seu livro que "Poucas pessoas têm uma ideia clara do que significa precisamente o termo neurose; a maioria não sabe o que causa os distúrbios neuróticos; e tem apenas noções confusas a respeito dos métodos exeqüíveis de tratamento".

Diz ele também que "'Compreendemos agora, ao menos em princípio, por que as pessoas sofrem desses misteriosos distúrbios a quechamamos neuroses, e na grande maioria dos casos podemos fazer alguma coisa por elas - não através de diversos anos de psicanálise, nem através da administração de drogas como tranqüilizantes, tampouco através de uma operação no cérebro (lobotomia) ou de choques elétricos no mesmo (TEC), mas através de uma simples reeducação do comportamento que, quando surte efeito, o faz num período de tempo relativamente pequeno.

Diante da diversidade de alegações defendendo esta ou aquela teoria a respeito da natureza e origem da neurose e esta ou aquela forma de tratamento, fica o leigo sem saber a que conclusão chegar, embora a resposta seja muito simples, excessivamente simples diriam os críticos, segundo Eysenck.

A criação de teorias, diz Eysenck, deve existir na ciência, mas as teorias devem reter alguma conexão firme com os fatos. No campo psicoterapêutico, essa conexão foi perdida e a especulação está totalmente desligada das exigências de comprovação.

Chegamos a um ponto onde testemunhamos o que T.H.Huxley costumava chamar de tragédia da ciência: o assassinato de uma bela teoria por um horrível

fato. As belas teorias são muitas; o horrível fato é que essas teorias não funcionam - elas não resultam em tratamentos que tragam melhoras ao paciente.

Nisto concordo com Eysenck ou com qualquer outro que diga a mesma coisa.

Mas continuemos com Eysenck. Diz ele: "Para muitos psiquiatras os "sintomas" dos quais o paciente reclama são de pouco interesse ou importância; eles estão muito mais preocupados com o que acreditam estar fundamentando esses sintomas. Esta é uma analogia retirada da medicina física; não tratamos a febre, e não estamos particularmente interessados nela. O que tratamos é a doença que produz a febre; curemo-la e a febre desaparecerá. Baseados nisto muitos psicoterapeutas desconsideram os "sintomas" expostos pelos pacientes e concentram-se na eliminação de "complexos"hipotéticos que supostamente fundamentam a neurose.

Infelizmente não há qualquer evidência independente e aceitável da existência desses "complexos"', e não há qualquer evidência de que o tratamento através de uma longa psicanálise ou de uma psicoterapia a curto prazo exerça realmente qualquer influência sobre os "sintomas". Essa compreensão modificou consideravelmente as reivindicações feitas por psiquiatras sobre os alegados benefícios da psicoterapia; costumava-se

afirmar que esses métodos, e apenas eles, poderiam curar os pacientes que sofressem de distúrbios neuróticos; atualmente afirma-se que suas personalidades mudam, de algum modo misterioso, para melhor, e que eles são melhor preparados para enfrentar o fardo de seus sintomas. Porque são levados a fazer isso quando os sintomas podem ser de fato eliminados em sua totalidade por outros métodos, eles não esclarecem".

Apesar de ter a psicanálise seu início ligado a sintomas (histeria ), Freud não deu a eles maior importância, preferindo concentrar seu estudo na elaboração de um teoria que pudesse explicar o comportamento emocional do homem a partir de um processo mental. Deixou-nos assim uma teoria monumental sobre as origens dos problemas emocionais que afligem o ser humano e sobre a estrutura mental que determina o comportamento.

Mas a sua teoria sobre a cura dos distúrbios emocionais há muito desperta controvérsias sobre a sua funcionalidade.

Devo esclarecer que não apresento aqui nenhuma teoria. Não me proponho explicar ou demonstrar o que quer que seja. Minha proposta è apresentar fatos, fatos que podem ser comprovados por qualquer pessoa, em qualquer lugar, a qualquer tempo. Meu laboratório é o mundo, o pesquisador e o objeto da pesquisa é o mesmo: eu, você, o homem. Cada um de nós é ao mesmo tempo o observador e o objeto observado. Se o que eu faço serve como terapia, é auto-terapia. Eu apenas ensino, eu sou um professor de auto-terapia. Para aplicar a auto-terapia é indispensável a consciência de si mesmo, a auto percepção, eu preciso saber como é que eu sou, como é que eu ajo e como é que eu reajo.

Por isso é indispensável ensinar as pessoas a se perceberema si mesmas, a terem consciência de si mesmas.

Não preciso saber as causas de um distúrbio emocional, preciso estar o mais consciente possivel daquilo que o distúrbio provocaem mim mesmo.

*******************************************

Durval Guelfi

E.mail: psiguelf@uol.com.br

http://www.idealpage.com/guelfi/

http://home.infospace.com.durvalg1

 

Risposta di Romeo Lucioni

 

Agradezco Durval Guelfi, que con sus comentarios lleva adelante una cuestiòn muy importante y debatida.

El tema de los sìntomas y de los procesos en psicoterapia resulta de todas maneras lleno de conflictos insuperados que denotan la necesidad de llegar a esclarecer el hecho que hoy, en la era en que domina la praxis, hay que enfrentar también los problemas psiquicos y sobre todo emotivos, en la lògica de la superaciòn de los sìntomas.

Hablar de una teràpia psicologica ùtil porque se basa sobre una buena teoria es por lo menos absurdo, seguramente inùtil. Muchos terapeutas trabajan ya sobre "resultados" y, por eso, la terapia se ha dividido en "etapas". Al terminar cada etapa, se procede a verificar los resultados y, sobre todo, a cuantificar lo que se ha logrado sobre los objetivos establecidos.

Con estos criterios, creo que no sea conveniente un "nuevo abordaje terapéutico", sobre todo si èste se funda en el comportamentismo o en la re-educaciòn.

No podemos borrar miles de hojas escritas sobre los procesoso mentales, los complejos, el desarrollo psìquico, la transferencia y/o la contra-transferencia.

No se puede hacer una terapia psicològica sin proveer al analisis de la transferencia.

No se pueden lograr resultados sin tener en cuenta los problemas de la conciencia. Y de la auto-conciencia.

Otro problema es dejar predominar lo cognitivo sobre lo emotivo y lo afectivo, que es uno de lo màs grandes errores que ha hecho la psicologìa.

Lo afectivo circula mejor que lo cognitivo …. No se desarrolla lo cognitivo sin el desarrollo de lo afectivo.

Estas observaciones no necesitan màs comprobaciones ya que estàn ampliamente aceptadas.

Volvamos al sujeto (paciente) visto en su globalidad para poder empezar con modestia pero con certeza a transitar el camino de la cura que, antes de nada, es resolver la angustia, el dolor, la desesperaciòn y, ademàs, permitir el desarrollo psico-mental de quien viene a consultarnos y que aceptamos como depositarios de una perfecciòn divina, interna, que nada tiene que ver con los trastornos, los disturbos, los sìntomas o las enfermedades clìnicas.

Torna a CORRISPONDENZA 1