A filosofia
e o Pensamento de
Edward Bach
Abaixo você encontrará trechos dos escritos de Edward Bach, que retratam sua filosofia e seu pensamento sobre vários temas. Todos os trechos foram extraídos do livro "A Terapia Floral - escritos selecionados de Edward Bach" , editora Ground. Para um maior aprofundamento e entendimento recomendamos a leitura do livro.
O número que vem ao final de cada frase corresponde à página do livro onde se encontra a citação.
Os dois Aspectos do Homem
É essencial compreender que o homem tem dois aspectos: um espiritual e um físico, e que dos dois, o físico é infinitamente menos importante. 27
1) O homem tem uma Alma que é seu verdadeiro Eu: um Ser Divino, um Filho do Criador de todas as coisas, do qual o corpo, embora templo terreno dessa Alma, é apenas o menor dos reflexos; que nossa Alma, nossa Divindade, que reside em nós e ao nosso redor; estabelece nossas vidas para nós, da maneira que Ela deseja e, conforme permitamos, sempre nos guia, protege e encoraja ... 63
2) Nós, como nos conhecemos neste mundo, somos personalidades aqui colocadas com o propósito de obter todo o conhecimento e experiência que podem ser conseguidos através da existência terrestre, de desenvolver virtudes de que carecemos e de eliminar tudo que está errado dentro de nós, avançando assim em direção à perfeição de nossas naturezas. 63
3) A curta passagem por esta Terra, que conhecemos como vida, é apenas um momento no curso de nossa evolução, assim como um dia na escola está para uma vida, e embora no presente possamos apenas enxergar e compreender esse único dia, nossa intuição nos diz que nosso nascimento encontra-se infinitamente longe de nosso início e nossa morte infinitamente longe de nosso fim. 64
4) Enquanto nossas Almas estiverem em harmonia com nossas personalidades, tudo será alegria e paz, felicidade e saúde. O conflito surge quando nossas personalidades são desviadas do caminho estabelecido por nossas almas, seja por causa dos nossos desejos terrenos, seja pela persuasão de outras pessoas. Este conflito é a base da doença e da infelicidade. 64
5) A unidade de todas as coisas, ... o Criador de tudo é Amor e de que tudo aquilo de que temos consciência é, em seu número infinito de formas, uma manifestação do Amor, seja um planeta ou um seixo, uma estrela ou uma gota de orvalho, o homem ou a mais elementar forma de vida. ... Deste modo, qualquer ação contra nós mesmos ou contra alguma outra pessoa afeta o todo ... 64
Os dois erros fundamentais dos seres humanos
Podemos ver que são possíveis dois grandes erros fundamentais: a dissociação entre nossas almas e nossas personalidades e a crueldade ou erro para com os outros, pois constituem pecados contra a Unidade. 65
A regra básica do tratamento
É bom que afirmemos mais uma vez que, esteja a pessoa não muito bem ou tentando evitar a doença, seja esta curta ou longa, o princípio é sempre o mesmo: TRATE O PACIENTE. Trate o paciente de acordo com seu estado interior, de acordo com seu caráter, sua individualidade e você não errará. 178
O sentido da vida do Homem
Sob a orientação de nosso Eu Espiritual, nossa Vida Imortal, o Homem veio ao mundo para adquirir conhecimento e experiência e para se aperfeiçoar como ser físico. 27
O corpo sozinho, sem comunhão com o Espiritual, é uma concha vazia, uma rolha sobre as ondas, mas, quando há união, a vida é uma alegria, uma aventura de interesse absorvente, uma jornada cheia de felicidade, saúde e conhecimento. 27
Há um método bastante seguro para o alívio de todo sofrimento - a transformação do egoísmo em altruísmo. Se desenvolvermos suficientemente a qualidade de nos fundirmos no amor e no cuidado para com aqueles que estão ao nosso redor, alegrando-nos com a gloriosa aventura de alcançar o conhecimento e ajudar os outros, nossas tristezas e sofrimentos rapidamente chegarão ao fim. Este é o grande objetivo final: a perda de nossos próprios interesses no serviço da humanidade. 70
Cada um de nós tem uma missão divina neste mundo e nossas almas usam nossas mentes e corpos como instrumentos para a realização dessa missão, de modo que, quando os três, alma, mente e corpo, trabalham em uníssono, o resultado é a perfeita saúde e a perfeita felicidade. 99
Como Filhos do Criador, temos dentro de nós toda a perfeição e viemos a este mundo simplesmente para podermos perceber nossa Divindade. Deste modo, todas as provas e experiências porque passamos não nos derrubam, pois, através desse Poder Divino, tudo nos é possível. 109
O objetivo supremo de toda a humanidade é a perfeição. 112
Aprendemos lentamente, uma lição de cada vez, mas precisamos, se quisermos viver bem e felizes, aprender especialmente aquela lição particular que nos é dado por nosso Eu Espiritual. 28
Não estamos todos aprendendo a mesma lição ao mesmo tempo. Um está dominando o orgulho; outro, o medo; outro o ódio e assim por diante, mas o fator essencial para a saúde é que aprendamos a lição que nos foi destinada. 28
Qualidades e virtudes são relativas; o que é virtude em uma pessoa, pode ser uma falha em outra. Buscar apenas poder pode ser correto em uma alma jovem e não causa conflito entre a personalidade e o Eu Espiritual. Mas poderia estar fora de lugar, e portanto errado, num estágio mais avançado do discipulado, quando a Alma decidiu que a personalidade deve dar. ... Uma qualidade em si mesma não pode ser julgada certa ou errada sem se considerar o estágio evolutivo do indivíduo. 32
Não tenhamos medo de mergulhar na vida; estamos aqui para ganhar experiência e conhecimento, e pouco aprenderemos se não enfrentarmos a realidade e não dermos o máximo de nós mesmos. 75
Nossas Almas são perfeitas, pois somos filhos do Criador e tudo o que elas nos sugerem é para nosso próprio bem. 100
Você só resolve suas dificuldades no mundo após estudar o que está ao seu redor e pensar calma e cuidadosamente, preparando-se para a iluminação que provém do interior. 194
Todo verdadeiro conhecimento vem apenas de dentro de nós mesmos, através da comunicação silenciosa com a Alma. 197
As doutrinas e a civilização roubaram-nos o Silêncio, roubaram-nos o conhecimento de que sabemos tudo dentro de nós mesmos. 197
Busque com seus sentidos e sua mente, mas a resposta virá de sua alma interior. É assim que as andorinhas aprendem a voar cruzando o oceano. 194
Precisamos aprender a desenvolver a individualidade segundo a orientação de nossa própria Alma, a não temer ninguém e a não permitir que interfiram ou nos desviem de nossa evolução, da realização de nosso dever e do auxílio aos nossos irmãos, pois quanto mais avançamos, mais nos tornaremos uma benção para os que estão ao redor. 74
Nosso único dever é obedecer aos ditames de nossa própria consciência, que, em momento nenhum, deve tolerar o domínio de outra personalidade. É preciso que cada um se lembre que sua Alma estabeleceu para ele um trabalho particular e que, a menos que realize este trabalho, mesmo não conscientemente, haverá inevitavelmente um conflito entre a Alma e a personalidade, que necessariamente irá se expressar sob a forma de doença física. 78
Ao permitimos interferência de outras pessoas, deixamos de ouvir os ditames de nossa alma e isso traz desarmonia e doença. No momento em que o pensamento de outra pessoa penetra em nossas mentes nos desviamos de nosso verdadeiro caminho. 103
Qualidades da Alma a serem desenvolvidas
Amor, Compaixão, Paz, Firmeza, Prestatividade, Força, Compreensão, Tolerância, Sabedoria, Perdão, Coragem e Alegria. 105
Nossa alma (aquela voz interior tão calma, a própria voz de Deus) fala conosco através de nossa intuição, de nossos instintos, nossos desejos, ideais, gostos e desgostos comuns. Qualquer que seja a maneira é mais fácil para nós ouvi-la individualmente. 102
Não devemos dar atenção à interpretação que o mundo faz de nossos atos. Somente nossa alma é responsável pelo nosso bem, por nossa reputação. Podemos descansar certos de que o único pecado que existe é o de não obedecermos aos ditames de nossa própria Divindade. 102
Quanto mais nos libertamos das influências externas e de outras personalidades, mais nossa alma pode nos usar para realizar Sua obra. 103
... pontos importantes do tratamento com essas flores são ... que, sem qualquer conhecimento médico, o seu uso pode ser compreendido tão facilmente que podem ser utilizadas no lar. 174
Novamente para convencê-los de que não há necessidade de qualquer conhecimento científico na utilização dessas flores, posso dizer que nem mesmo o nome da doença é necessário. Não é a doença que importa, é o paciente. Não é o que o paciente tem. Não é a doença, por assim dizer, que é realmente importante tratar, porque a mesma doença pode apresentar sintomas diferentes em pessoas diferentes. 174
A doença é o resultado do conflito que surge quando a personalidade se recusa a obedecer os ditames da alma e há desarmonia entre o Eu Espiritual ou Superior e a personalidade inferior, que é como nos conhecemos. 28
De acordo com o estágio particular que estamos falhando, desenvolve-se no plano físico uma mentalidade definida, com seus conseqüentes resultados sobre nós e aqueles a nós ligados. É esta mentalidade que mostra ao curador a causa real do problema do paciente e lhe dá a chave para o tratamento bem sucedido. 29
A doença serve para nos fazer parar de praticar ações erradas; é o método mais eficaz para harmonizar nossa personalidade com nossa alma. Se não fosse a dor, como poderíamos saber realmente que a crueldade fere? Se não tivéssemos tido qualquer perda, como poderíamos compreender o sofrimento causado pela falta? Na verdade deveríamos aprender nossas lições no plano mental, salvando-nos do sofrimento físico, mas muitos de nós não o conseguem. E assim a doença nos é enviada para acelerar nossa evolução. Embora possa parecer cruel de nosso ponto de vista estreito, é na realidade de natureza benéfica. É o método adotado por nossa própria Alma para nos trazer ao caminho da compreensão. 29
A doença é única e puramente uma correção; não há nela nada vingativo nem cruel. É simplesmente o meio adotado por nossas Almas para nos apontar nossas faltas, para impedir que cometamos erros maiores, para evitar que causemos danos maiores, para nos trazer de volta ao caminho da Verdade e da luz ... Sempre que cometemos um erro, ele re-age sobre nós, trazendo-nos infelicidade, desconforto ou sofrimento, de acordo com o erro cometido. 50
A doença é o resultado do mau pensamento e da má ação e cessa quando a ação e o pensamento são corrigidos. 47
A doença nunca será curada ou erradicada pelos atuais métodos materialistas, pela simples razão de, em sua origem, a doença não ser material. Aquilo que conhecemos como doença é o resultado final produzido na corpo, o produto final de forças profundas e de longa duração. E mesmo que o tratamento material seja aparentemente bem-sucedido, isso não é nada mais do que um alívio temporário, a menos que a verdadeira causa seja eliminada. ... Em muitos casos, a recuperação aparente é prejudicial, uma vez que oculta do paciente a verdadeira causa de seu problema e, na satisfação da saúde aparentemente renovada, o fator real, ao passar despercebido, pode ganhar força. 61
A doença é, essencialmente, o resultado do conflito entre a Mente e a Alma e só será erradicada através de esforços mentais e espirituais. 61
A doença em si mesma é benéfica e tem por objetivo trazer a personalidade de volta à vontade Divina da Alma; desse modo, podemos ver que é tanto prevenível quanto evitável, uma vez que, se pudermos compreender por nós mesmos os erros que estamos cometendo, e corrigi-los por meios espirituais e mentais, não haverá necessidade da severa lição do sofrimento. ... 65
As doenças fundamentais do homem
As verdadeiras doenças fundamentais do homem são defeitos tais como o orgulho, a crueldade, o ódio, o amor-próprio, a ignorância, a instabilidade e a ambição. E se considerarmos cada um deles, veremos que são contrário à Unidade. Defeitos esses são as verdadeiras doenças ... e a constância e persistência em tais defeitos, após termos atingido aquele estágio de desenvolvimento em que sabemos que são errados, precipitam no corpo os resultados prejudiciais que conhecemos como doença. 67
As causas reais de doenças são: controlar os outros, medo, inquietude, indecisão, indiferença, fraqueza de caráter, dúvida, excesso de entusiasmo, ignorância, impaciência, terror, tristeza. 106
A partir da mentalidade dos pacientes, podemos descobrir o erro que estão cometendo e a falha particular da personalidade que os impede de manter o passo com o padrão evolutivo desejado pela Alma. 33
Paracelso e Hahnemann nos ensinaram a não dar muita atenção aos detalhes da doença e sim a tratar a personalidade, o ser interior, percebendo que, se as naturezas mental e espiritual estão em harmonia, a doença desaparece. 47
Até a parte do corpo afetada pela doença indica a natureza da falha ... se você sofre de enrijecimento de um membro ou junta, pode ficar igualmente certo de que possui enrijecimento mental, de que está rigidamente sustentando alguma idéia, algum princípio, algum conceito que não deveria ter. 50
Cada parte do corpo afetada não o é por acidente, mas está de acordo com a lei de causa e efeito e é um guia para nos ajudar. 69
Procure o conflito mental mais evidente no paciente, dê-lhe o remédio que o ajudará a superar tal falha, bem como todo o encorajamento e esperança que puder, e deixe que a virtude curativa existente no interior do próprio paciente faça o resto. 115
Se você tiver qualquer dificuldade de escolher seu próprio remédio, pergunte-se quais as virtudes que mais admira em outras pessoas ou quais falhas das outras pessoas que mais lhe causam aversão, pois qualquer falha da qual você ainda tiver algum traço e está tentando especialmente erradicar é o que você mais odeia ver nas outras pessoas. 115
Para acharmos a flor que necessitamos, não podemos ficar pensando na doença que temos: se é severa ou leve, se começou há poucas horas ou há muito tempo. Tudo o que temos que fazer é encontrar o que está errado em nossa natureza e tomar a flor correspondente. 126
Todos sabem que a mesma perturbação pode apresentar conseqüências diferentes em diferentes pessoas. São estes resultados individualizados que precisam ser tratados, porque são o guia para se atingir a verdadeira origem da doença. A mente, sendo a parte mais delicada e sensível do corpo, demonstra o estabelecimento e o curso da doença muito mais definidamente do que o corpo, de modo que o panorama mostrado pela mente é escolhido como guia para a escolha do remédio ou remédios necessários. 143
Não é a doença que tem importância, é o paciente; a maneira pela qual fica enfermo é o guia verdadeiro para a cura. 175
As alterações em nossas mentes nos guiarão claramente para o remédio necessário, quando o corpo mostra apenas uma ligeira alteração. 175
A doença de ontem é de ontem e não tem interesse ou importância agora. O que é preciso tratar é o estado atual do paciente, exatamente como está quando o vemos e mesmo que vejamos novamente numa semana vindoura, ele será outra vez um novo paciente. 190
O estado de ânimo não só nos orienta em relação ao tratamento a ser dado para aquela doença, mas também nos avisa com antecedência que uma doença está chegando, permitindo-nos impedir que venha materializar. 175
Antes de quase todas as doenças surgirem, geralmente há um período em que não nos sentimos bem ou apresentamos alguma pequena alteração no estado de ânimo. Essa é a hora de tratarmos de nossos problemas, de nos reajustarmos e impedirmos que a perturbação prossiga. 176
Os remédios ... são de ação benéfica e não causam qualquer agravamento ou reação, pois o seu efeito é enaltecedor. 34
A cura da doença pode ser encontrada pela descoberta do que está errado dentro de nós mesmos e pela eliminação da falha, através do desenvolvimento sincero da virtude, que a destruirá; não pelo combate do erro, mas pelo desenvolvimento da virtude oposta a um tal ponto que ele seja varrido de nossas naturezas. 70
A cura final e completa vem de dentro, da própria Alma, que, através de sua bondade, irradia harmonia por toda a personalidade, quando se permite que assim seja. 70
A cura passará do domínios dos métodos físicos de tratamento do corpo físico para aquele da cura espiritual e mental, que, ao trazer harmonia entre a Alma e a mente, eliminará a verdadeira causa básica da doença, permitindo, só então, que os meios físicos sejam utilizados, se necessários, para completar a cura do corpo. 84
A falha terrena e a falha espiritual
Fundamentalmente, a falha terrena é o desejo por coisas materiais; um grande perigo nos céus é a avidez e o desejo muito grande por coisas espirituais. E do mesmo modo que este desejo terreno pode dificultar a elevação da alma, na vida espiritual a humildade e o serviço são mais necessários do que o desejo de perfeição. 191
O desejo de ser bom, o desejo de ser Deus, pode se constituir em um obstáculo tão grande na vida espiritual quanto o desejo pelo ouro ou pelo poder na vida terrestre. Quanto mais se avança, maior deve ser a humildade, a paciência e o desejo de servir. 191
A única maneira de alcançar o merecimento é a realização do serviço impessoal, não pela promoção espiritual, mas apenas pelo desejo de servir. Esta é a chave para a superação de todos os obstáculos. 192
Nossa vitória sobre a doença dependerá: primeiro, da compreensão da nossa Divindade interior e de nosso poder conseqüente de superar tudo o que está errado; em segundo lugar, do conhecimento de que a causa básica da doença é a desarmonia existente entre a personalidade e a Alma; em terceiro, de nossa vontade e capacidade de descobrir a falha que está causando tal conflito e, em quarto lugar, da eliminação de tal falha pelo desenvolvimento da virtude oposta. 91
A saúde é nossa herança, nosso direito. É a completa e total união entre Alma, mente e corpo. 99
Nossas Almas nos guiarão, se lhes dermos ouvidos, em todas as circunstâncias, em cada dificuldade. E a mente e o corpo assim dirigidos transporão a vida irradiando felicidade e perfeita saúde, livres de todas as preocupações e responsabilidades, como uma criança confiante. 100
Hahnemann ensinou que "semelhante cura semelhante". Isso é verdade de uma certa maneira, mas a palavra "cura" é um pouco enganosa. Semelhante repele semelhante seria uma expressão mais precisa. 29
O Gênio de Hahnemann, compreendendo a natureza e a razão da doença, empregou remédios semelhantes, que, por intensificarem temporariamente a doença, apressavam o seu término. Usou toxinas semelhantes para repelir as toxinas do corpo. ... O problema poderá ser repelido e a toxina eliminada do corpo, mas resta um vácuo: uma força adversa se foi, deixando vazio o espaço que ocupava. ... O método perfeito (o do Dr. Bach) não consiste tanto em repelir a influência adversa, mas em transformá-la na sua virtude oposta e, através dessa virtude, expulsar a imperfeição. 30
Uma outra visão gloriosa descortina-se diante de nós e vemos que a verdadeira cura pode ser obtida não através do errado repelindo o errado, mas pelo certo substituindo o errado, pelo bem substituindo o mal, pela luz substituindo a escuridão. ... Na verdade, o ódio pode ser dominado por um ódio maior, mas pode ser curado apenas pelo amor ... um medo (só) pode ser ... curado ... (pela) coragem perfeita. 48
Não pensem em momento nenhum que estou depreciando a obra de Hahnemann. Pelo contrário! Ele indicou as leis fundamentais, a base. Mas ele tinha apenas uma vida e, se tivesse continuado sua obra, teria, sem dúvida, chegado a essas conclusões. Estamos simplesmente continuando seu trabalho, fazendo-o progredir e chegar a seu próximo estágio natural. 49
Escolhendo a origem dos remédios
Na escolha dos remédios devemos considerar seu estado evolutivo em relação ao homem. Os metais são subumanos. O uso dos animais implicaria no emprego de crueldade e não deve haver nenhum traço dela na divina arte da cura. Assim resta-nos o reino vegetal. As plantas são de três tipos. O primeiro grupo encontra-se relativamente abaixo do homem em sua evolução: ... as algas marinhas, os cactus, ...., etc. São também aquelas empregadas para os maus propósitos, algumas das quais são venenosas: ... beladona e orquídeas são exemplos. O segundo grupo ... é composto por aquelas plantas não-prejudiciais e que podem ser usadas como alimento. Mas há o terceiro grupo, relativamente tão ou ainda superior à humanidade em geral. É neste grupo que devemos escolher nossos remédios, pois a essas plantas foi dado o poder de curar e abençoar. O primeiro grupo, por reduzir as vibrações do corpo, torna-o inadequado à residência do Eu Espiritual e, conseqüentemente, pode causar a morte. Mas o terceiro grupo tem o poder de elevar nossas vibrações e assim desenvolver o poder espiritual, que limpa a mente e o corpo e cura. 31
A farmacopéia do futuro próximo deverá conter apenas aqueles remédios que têm o poder de trazer à tona o bem, eliminando todos aqueles cuja única qualidade é resistir ao mal. 48
As flores curadoras são aquelas que receberam o poder de nos ajudar a preservar nossa personalidade. ... Cada flor corresponde a uma qualidade positiva, e seu propósito é fortalecer essa qualidade, de modo que a personalidade possa eliminar a falha, que é a causa particular do bloqueio. 110
Curar com os puros, limpos e belos agentes da natureza é certamente o único método entre todos que atrai a maioria das pessoas e, lá no fundo de nosso Eu Interior, certamente isto ressoa como verdade - algo que nos diz que este é o método que a Natureza nos oferece e que é mais adequado. 172
A ação desses remédios é elevar nossas vibrações e abrir canais para a recuperação de nosso Eu Espiritual, inundando nossas naturezas com aquela virtude que necessitamos para eliminar a falha que está causando a desarmonia. Tais remédios ... podem elevar nossas verdadeiras naturezas, aproximando-nos de nossas Almas e, através disso, trazer-nos paz e alívio para o nosso sofrimento. 53
Eles curam, não pelo ataque à doença, mas por inundar nossos corpos com as belas vibrações de nossa Natureza Superior, na presença da qual a doença derrete como a neve sob a luz do Sol. 53
Lições de Jesus Cristo
Lembrem-se das palavras de Cristo: "Quem é minha mãe e quem são Meus irmãos?", que implica que todos nós, mesmo pequenos e insignificantes, como podemos ser, estamos aqui para servir a nossos irmãos, à humanidade, ao mundo em geral e nunca, nem mesmo por um breve instante, ficar sob os ditames e comandos de um outro ser humano, que sejam contrários àqueles motivos que sabemos ser comandos de nossa Alma. 57
Lembrem-se sempre do que Cristo disse a Seus discípulos: "Não resistam ao mal." A doença e o mal não devem ser conquistados pela luta direta e sim através de sua substituição pelo bem. A escuridão se desvanece com a luz e não com uma escuridão maior; o ódio, pelo amor; a crueldade, pela simpatia e piedade e a doença pela saúde. 57
Pensemos no grande mandamento: "Ame a Deus e a teu próximo". Desenvolvamos nossa individualidade, para que possamos alcançar a completa liberdade de servir a Divindade interior, e apenas ela. Sejamos capazes de dar absoluta liberdade a todas as pessoas, servindo-as dentro de nossas possibilidades, de acordo com os ditames de nossas Almas, sempre lembrando que conforme aumenta nossa própria liberdade, aumenta também nossa capacidade de servir aos nossos irmãos. 58
... o conhecimento de que há uma vida anterior e outra posterior ... 83
O homem passou a encarar seu corpo como se fosse ele mesmo, pois lhe é difícil compreender que é apenas um instrumento. Até o próprio ensinamento da encarnação foi absorvido por ele de maneira errada, porque, ao invés de convencê-lo de sua imortalidade e da não importância de um corpo, o homem tornou-se orgulhoso de suas várias vidas, daquilo que tem sido e do que realizou. 192
O médico do futuro
Nosso trabalho como médico está definido: estudar a natureza humana, de modo que sejamos capazes de ajudar nossos pacientes a conhecerem-se e mostrar-lhes como harmonizar a personalidade com a alma e também administrar-lhes remédios benéficos, que elevem as vibrações da personalidade, tornando-a uma morada mais aceitável para a alma ... 32
Este médico não terá mais interesse na patologia ou anatomia mórbida, pois seu estudo será da saúde. Não lhe importará, por exemplo, se a respiração curta é causada pelo bacilo da tuberculose... ou qualquer outro microorganismo. Mas importará enormemente saber por que o paciente sofre de dificuldade respiratória. ... O prognóstico da doença não mais dependerá de sinais e sintomas físicos, mas da capacidade do paciente de corrigir suas falhas e harmonizar-se com sua Vida Espiritual. 52
A formação do médico será um profundo estudo da natureza humana, uma grande percepção do puro e perfeito, uma compreensão do estado divino do homem e o conhecimento de como assistir aqueles que sofrem, de modo que possam harmonizar sua conduta com seu Eu Espiritual e possam trazer a concórdia e a saúde à sua personalidade. 52
Hospital do futuro
Ele será um santuário de paz, esperança e vida. Se correrias, sem ruídos, inteiramente isento de toda aquela parafernália aterrorizante dos aparelhos e instrumentos de hoje, livre dos odores de anti-sépticos e anestésicos, destituído de tudo o que possa sugerir doença e sofrimento. Não haverá necessidade de nenhum laboratório, pois o exame microscópico de detalhes não mais importará; haverá total compreensão de que é o paciente que deve ser tratado e não a doença. 51
Tudo, no hospital do futuro, será belo e exaltador, de modo que o paciente que buscar esse refúgio não apenas seja aliviado de sua doença, mas também desenvolva o desejo de viver uma vida mais em harmonia com os ditames da Alma do que a que vivia anteriormente. 51
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Última atualização: 20 novembro 2000.
Campinas, 10 de Fevereiro de 2000.