Aguarde
Maukee, uma
cidadezinha banhada pelo Oceano Pacífico, com pouco mais de 700
moradores, sobrevive da agricultura e do comércio, assim como as
outras ilhas da região.
Nesta mesma cidade, em 1789, foi construído um monstruoso
castelo, ligado ao centro da cidade por uma estradinha de terra.
Que depois de 49 anos abandonado no meio do nada, finalmente
encontrara novos donos...
27 de Outubro de 1881 - Sexta-feira
Um casal de
classe alta, vindo tentar uma vida nova, longe da cidade grande,
acabavam de fechar negócio com o grande casarão.
Mairlow e Kairla O'Brien, imediatamente arrumaram tudo e seguiram
viagem rumo ao grande castelo. Chegando no local, eles se
depararam com um lugar tenebroso, onde as paredes escuras e
sujas, mostravam as marcas do tempo.
Já dentro do castelo, o ambiente cheirava a uma mistura de mofo
e flores, alem do mal estar que se sentia em cada cômodo da
casa. O porão da casa estava trancado e sem chaves para abrir. A
escadaria da sala pricipal parecia ser um convite ao inferno e,
às vezes, podia se ouvir ruídos vindo do piso de madeira.
Apesar de tudo, a paisagem que se avistava das janelas, enchiam
os olhos com sua beleza.
No meio da tarde, Kairla cansada de limpar os cômodos, junto a
sua empregada Bety, foram descansar nos jardins, onde encontraram
um senhor de 72 anos, que voltava para casa.
Os três conversaram durante meia hora, quando o simpático
velhinho, meio receioso de assustar Kairla e Bety, achou melhor
contar a sua história. Ele disse a elas que antes de
construírem o castelo, havia um cemitério em baixo dele, onde
um homem atormentado, chamado Hill, envocava o demônio e
interrava pessoas ainda vivas toda sexta- feira. Ao completar 80
anos, Hill desapareceu sem deixar vestígios. Dizem que ele está
vivo, é o próprio demônio e hoje, tem aproximadamente 300
anos. Já havia morado no castelo duas famílias, onde ambas
foram mortas tragicamente e misteriosamente.
Kairla, rindo da louca história contada pelo velhinho, resolveu
voltar para casa, mas ao olhar para trás, o velhinho havia
desaparecido. Bety, permanecia calada e pálida.
Ao chegar no castelo, já era noite, Kairla achou estranho
Mairlow não estar por perto e resolveu procurá- lo. Procurou
mas não o encontrou. Quando então, meia preocupada, sentou- se
no sofá da sala principal para descansar. Começou a aparecer
manchas vermelhas, que pareciam brotar do chão, e a cada minuto
que se passava, iam se formando em grandes poças de sangue.
Kairla desesperada, começou a gritar, até que Bety chegou na
sala, e Mairlow todo ensanguentado e mutilado, parecia ter sido
jogado das escadarias. Ele estava irreconhecível. As duas
saíram correndo em direção a porta, mas era tarde demais, as
portas e janelas haviam se trancado.
O chão começou a tremer, como em um terremoto, e escorria
sangue das paredes e no chão. Alguns objetos voavam em direção
as duas, que em pânico, não sabiam mais o que fazer. De
repente, as luzes se apagaram, e da escuridão surgiu uma luz
flutuante, que cada vez mais, ia se aproximando. A luz era um
homem, com seus olhos grandes e vermelhos direcionados as duas
pobres almas. Sons horríveis surgiam do porão da casa, e um
portal enorme começou a se abrir na direção delas.
Kairla deu um último suspiro, quando um machado atravessou seu
pescoço. Bety sentiu uma forte dor na cabeça, quando uma flecha
furou seu olho direito atravessando o crânio. E para o inferno,
eles foram pela primeira vez.
Depois de duas semanas, a polícia encontrou os corpos, que
viraram manchete de todos os jornais. O caso foi fechado sem
descobrir uma pista se quer. E mais uma vez, o Castelo de Maukee
estava abandonado.
Tome cuidado com tudo o que faz, e os lugares por onde anda, pois nunca se sabe o que pode se acontecer, neste mundo onde há mais mistérios entre o céu e a terra do que se possa imaginar.
História encontrada no diário da falecida Janet Horts O'Brien.
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