Volta - Breve nas lojas de todo Brasil |
Novo!; Ficha Tecnica; Press Release do Abonico Smith; Letras em 16 de maio
Extra! Está sendo preparado o clip do Single "Se", do Concreteness. A direção será de Milton Martini, utilizando tecnicas de animação Disney, sobre 800 fotos de Penna Prearo.
Quando a banca se fechou e foram feitas as apostas para 97, não deu outra coisa: foi música eletrônica na cabeça. Chemical Brothers pra cá, Underworld pra lá e Prodigy acolá e as imprensas brasileira e americana finalmente se renderam ao sons techno das ácidas pistas britânicas. Muito antes deste novo futuro, porém, uma banda brasileira se dedicava a seu particular rock eletrônico. Dentro de seu QG, situado numa pequeniníssima cidade do interior paulista, quatro cabeças maquinavam (in)voluntariamente uma nova direção.
Juntando cacos das várias subdivisões do tal de rock’n roll (como punk, tecnopop, eletronic body music, dance e pop), o CONCRETENESS passou a perna em todos os contemporâneos das capitais (que, sabemos, recebe primeiro as informações para depois filtrá-las às adjacências) e colocou o município de Santa Bárbara D’Oeste no mapa musical verde-e-amarelo. Os três iguais e um parecido conquistaram toda a imprensa especializada alternativa ao rodar por inteiro o circuito de festivais do país. Hoje são unanimidade nacional e presença obrigatória na lista de melhores do ano.
Depois de surpreenderem com o bombástico (e ainda obscuro fora dos terrenos alternativos) álbum de estréia NUMBERUM, o CONCRETENESS se transforma no segundo. Coincidência ou não, é o primeiro trabalho brasileiro que, longe de simplesmente pegar carona na “nova onda” techno, é tão bom de fazer frente aos ícones já citados no primeiro parágrafo. Os caipiras plugam a tomada da tecnologia e materializam a realidade virtual do sucesso.
A ousadia do pioneiríssimo, entretanto, ultrapassa os limites de atualização sonora. Enquanto grandes gravadoras ainda discutem com a Associação Brasileira dos Produtores de Discos o single como uma nova (?!?!) opção de formato no mercado, o CONCRETENESS pula na frente e já solta o seu. Este EP conta com quatro remixagens da faixa “SE” (assinadas por alguns dos grandes bam-bam-bans da produção) mais uma nova versão de outra faixa de NUMBERUM.
O primeiro remix atualiza a música e dá a ela ares mais pesados do que o fonograma do álbum. Assinado por Carlo Bartolini (guitarrista que largou o Ultraje A Rigor no auge para passar dez anos estudando engenharia de som na Califórnia), o segundo mix, “Salisubsulus”, é o cartão de visitas da banda às pistas mais antenadas. Seu beat é tão ensandecido que bem poderia estar sendo maquinado pelo louco de piercings e verdes cabelos eriçados que comanda o Prodigy. Eduardo Bid, cultuado pelo molho que deu a Chico Science no seu último álbum, leva sua receita de groove e psicodelismo do mix “Ao Curry” e faz cítaras se juntarem ao balanço do funk e do hip hop. O último mix, “O Profundo Sexo Da Vespa Alemã”, é matador: leva o CONCRETENESS às raias do ecstasy e da loucura numa base totalmente hardcore. O mesmo tablete se estende à versão 97 de “Locomotiva”, que desacelera o punk rock e o leva para uma pirada viagem de trem pelos canaviais da região de Santa Bárbara.
Marcello Maluf (bateria e vocais), César Maluf (teclados), Marco Maluf (guitarra) e Véio (baixo) fazem deste EP “SE” um convite ao próximo milênio. Seja bem vindo ao futuro!
ABONICO R. SMITH
* Masterizado na Cia. de Áudio/SP * Direção Artística: Pena Schmidt * Assessoria de Imprensa: Paula Alves * Arte: FRED
Agradecemos a todos que colaboraram com a realização deste single.
Se (Letra e Música: César e Marcello Maluf)
LOCOMOTIVA (Letra e Música: Marco Maluf)