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Fecho
os olhos. Silêncio...
Sinto
aroma no ar,
Flores
e folhas se agitam
À
espera da Paixão despertar.
E
do acaso ela nasce ingênua e sonhadora
Nas
asas livres de um gavião,
Cresce
maliciosa como a serpente,
Deliciosa
como a ilusão.
Poderosa,
aprisiona e encanta,
Tudo
passa a ter sentido! Nada é em vão.
Se
como um vento, num piscar escapa,
Impiedosa,
deixa marcas de um vulcão!
Abro
os olhos. Esperança...
A
chuva fina alivia a dor,
O
cheiro de terra molhada
Convence
a esperar.
Por
fim regressa
Nas
asas firmes de um condor,
Talvez,
fazer seu ninho e ficar.
Não
posso nem quero lhe aprisionar...
Esqueço
o passado
Apenas
que seja eterna
Enquanto
a Primavera durar!
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