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Vem, sem
demora, ver estes pombinhos
Que se
beijam tão ternos, venturosos,
Deixando
muito tempo os seus biquinhos
Colados
em enlêvos amorosos;
Vem mirar
- como fazem seus carinhos;
Ora arrulando
em cantos maviosos,
Ora as
asas batendo para os ninhos
- Ninhos
plenos de olor, ninhos ditosos!
E já
que tu sentiste o quanto é bela
Essa cena
que vimos, dando ensejo
De imitá-la
por dentro da janela
Resta
apenas dizer-te, ó minha flor
Que colemos
os lábios num só beijo
Fingindo
de pombinhos, meu amor!...
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