|
De
alma embebida nessa imagem pura,
De
olhos no azul do seu destino imersos,
Hei
de oferecer-lhe sempre à formosura,
O
nardo e a mirra destes pobres versos.
Hei
de, em salmos de amor, vibrando a lira,
Salmos
de amor sem ecos de esperança,
Glorificar
a musa que me inspira,
Musa
adorada! Esplêndida criança!
Tímida,
a invoco, e sei que me perdoa,
Porque
dos anjos a cristal coroa
Lhe
cinge a fronte graciosa e bela.
Tímida,
a invoco, e faz-se até risonha,
Porque
é de joelhos que minha alma a sonha,
Porque
é sonhando que me lembro dela.
|