A Expedição Fawcett
  • Autor: P. H. Fawcett
  • Editora: Editora Civilização Brasileira S/A
  • 1954 
  • Organização: Brian Fawcett
  • Tradução: Leonidas Gontijo de Carvalho
  • A partir dos manuscritos, cartas, diários e registros de viagens do coronel inglês P. H. Fawcett, seu filho, Brian Fawcett, preparou um fantástico livro que narra as expedições de Fawcett a América do Sul.

     O coronel Fawcett empreendeu várias viagens as selvas da América do Sul e em especial do Brasil, onde acreditava iria encontrar as ruínas de uma grande e poderosa civilização. Sua vida, marcada pela aventura e por conquistas, reservou ao mundo um final misterioso. O que teria acontecido ao aventureiro? Perdeu-se no interior do Mato Grosso? Foi exterminado por selvagens? Encontrou suas ruínas? Vive no mundo subterrâneo, como acreditam alguns esotéricos?
    Neste livro, o fantástico se aproxima de nós de uma forma regional, mostrando-nos o quanto foi e o quanto ainda é difícil descobrir e conhecer os mistérios de nossa terra.


    na página 126
     
     

    Estávamos deslisando sem dificuldades pelas águas não muito abaixo da confluência do rio Negro, quando apareceu quase debaixo da proa da igarité uma cabeça triangular e um corpo ondulante de muitos pés de comprimento. Era uma anaconda gigante. Saltei para pegar o meu fuzil, pois a criatura tomou a direção da margem. Não esperava que fôsse acertar no alvo, mas o fato é que lhe esmaguei a espinha com uma bala 44, a uns dez pés abaixo da sua diabólica cabeça. Levantou-se logo muita espuma e sentimos fortes pancadas contra a quilha do barco. Aquilo nos sacudiu muito, era como se tivéssemos passado por cima de um tronco de árvore. 
    Foi com dificuldades que convenci a tripulação de índios a dirigir o barco para a margem do rio. Êles estavam apavorados; no momento que fiz fogo, ouvi-os pedirem-me em voz trêmula que não atirasse, pois receavam que o monstro destruisse o barco e nos matasse a todos, pois, além de aquelas criaturas atacarem os barcos, corria-se ainda o risco de ser atacado pelos seus companheiros. 
    Descemos em terra e aproximamo-nos cautelosamente do réptil. Estava ......
     
     

     sumário
     
     
    PRÓLOGO 
       
        I - As minas perdidas de Muribeca 
       II - O ídolo de pedra 
      III - O caminho da aventura 
      IV - Na orda do sertão 
       V - A valorização da borracha 
      VI - Nascidos para o sofrimento 
     VII - O Acre 
    VIII - O rio do mal 
       IX - Desagradável interlúdio 
        X - Inferno envenenado 
       XI - O nº 13 - número de mau agouro 
      XII - A porta de entrada 
     XIII - Sondando o caminho 
     XIV - O véu do passado 
      XV - Ao alvorecer 
     XVI - Desce o véu 
    XVII - O continente obscuro 

    EPÍLOGO 
         
     I - Através do véu 
    II - O novo Prestes João

     


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