Dos pedaços
de barro amassado que estavam junto da cova, e das partes ainda intactas,
em cima das lajes, de um diâmetro de 50 mm (na coleção
arqueológica da Faculdade de Filosofia da Bahia existem alguns fragmentos
aí recolhidos por mim), foi possível fazer a reconstrução
de uma espécie de abóboda de barro amassado, com que os selvagens
tinham coberto a cabeça de um morto. De ossos, não se observava
nenhum vestígio.
Esta maneira
de enterrar seus mortos aliás corresponde perfeitamente, nos traços
essenciais, à descrição dos primeiros cronistas. A
forma redonda desta cova lembra a figura 23 de Hans Staden e a descrição
de Manuel da Nóbrega (157) e Jean de Léry (158). Fernão
Cardim (159), além disso, nos informa que cobriam a cabeça
do morto com uma cuia, para impedir que a terra caísse sôbre
o cadáver, e daí, fàcilmente, podia nascer a idéia
de suplantar a cuia por uma cobertura feita de barro amassado. |
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