O primeiro álbum da banda, lançado em 1983, é considerado um divisor de águas na
história de rock. O Kill ‘em All apresentava letras de músicas e um estilo de tocar
carregados de agressividade, semelhante ao das bandas da época que influenciaram os
integrantes do Metallica, mesmo assim eles viriam a mostrar um estilo novo e único
que em pouco tempo serviu de modelo para toda uma geração de novos roqueiros em
diversos pontos do mundo. São do Kill ‘em All alguns clássicos como The Four Horsemen,
Motorbreath, Anesthesia, Whiplash e Seek & Destroy.
Ride the Lightning
Lançado em 1984, este foi o álbum que afirmaria o sucesso mundial do Metallica. Foi com
o Ride the Lightning que eles alcançaram a fama fora dos Estados Unidos, projetando o
reconhecimento do mercado europeu e brasileiro (entre outros). Neste, a banda começou
a variar um pouco seu som, compondo até uma "balada", mas sem abandonar o estilo
que os consagrara. São deste álbum sucessos como Ride the Lightning, For Whom the
bell tolls, Fade to black e Creeping Death.
Master of Puppets
Assim como Kill ‘em All, Master of Puppets (1986) é um marco na carreira do Metallica
e na história do rock. Nesta época surge uma das maiores oportundade da banda até então:
uma turnê mundial com Ozzy Osbourne, que vai de fevereiro a agosto. No Puppets culmina
o som pesado e elaborado, sem mencionar os sensacionais solos de guitarra e os
eventuais solos de baixo que caracterizam a banda. Master of Puppets, Welcome Home
(Sanitarium), Leper Messiah e Orion são algumas das maravilhas deste álbum.
A tragédia
Durante a turnê do Master of Puppets, ocorreu um fato que quase encerrou com a carreira
do Metallica. Era o dia 27 de setembro de 86, o ônibus com os integrantes do Metallica
voltava de um show na Suécia. Havia nevado naquele dia e a pista estava escorregadia.
Repentinamente, o motorista perdeu o controle, o ônibus derrapou, girando violentamente e
arremessando na estrada Cliff, que dormia numa cama suspensa próxima à janela. Em seguida,
o ônibus virou sobre a pista e sobre Cliff, matando-o instantaneamente. Foi muito difícil
para Lars, James e Kirk prosseguir após a perda de uma peça importante para a banda mas
acima de tudo de um grande amigo. Contudo, apoiados pelos próprios pais de Cliff, eles
decidiram continuar. "Se tivéssemos pendurado as chuteiras Cliff teria ficado
puto" (Kirk) . Após testes com vários baixistas, foi escolhido Jason Newsted, vindo
da banda Flotsam & Jetsam. Jason estreiou como baixista do Metallica no dia 8 de novembro de
86, em um concerto surpresa na Califórnia.
...And Justice For All
Superada a dor da morte de Cliff, o Metallica lança seu quarto álbum, agora, com músicas
bem mais elaboradas e mais extensas. Segundo Lars, era preciso compor músicas mais
compridas para manter o interesse do público e sair da mesmice. O ...And Justice for All
(1988) marca o primeiro trabalho da banda para a TV, com o clip de "One" . Além
desta, são grandes sucessos deste álbum: ... And Justice for All, Eye of the beholder,
Harvester of Sorrow e To live is to Die. "To live is to Die" foi a última música
composta por Cliff em parceria com James e Lars.
Metallica
O também chamado "Black Album" marca uma fase de transição na carreira da banda.
Alguns fãs mais radicais acusaram o Metallica de ter mudado o seu estilo, se tornando uma
banda "comercial", visando a TV e o Rádio. Verdade ou não, a partir do Black (1991),
o Metallica começou a emplacar sucessos não apenas junto ao seu público mas também nas
rádios de todo o mundo e também na MTV. Alguns destes hits são: Enter Sandman,
Sad but true, The Unforgiven, Wherever I may Roam e Nothing else Matters.
Load
O sexto CD lançado pela banda decretou uma interessante mudança de estilo, na qual as
letras continuavam pesadas, os solos e vocal continuaram a marcar presença, mas o som
não estava tão pesado. O Load (1996) apresentou músicas mais melodiosas e trabalhadas, que
confirmaram o talento de todos os integrantes da banda em fazer vários tipos de som.
Entretanto, essa foi considerada uma mudança radical por parte dos fãs antigos do Metallica,
por outro lado, milhares de novos fãs apreciaram a mudança.
No Load tivemos músicas como: Ain't My Bitch, Until It Sleeps, King Nothing, Hero Of
The Day e Bleeding Me.
Reload
O Reload pode ser considerado o "complemento" de Load. A idéia original era lançar em 96
o álbum duplo Load, mas por algumas circunstâncias não reveladas, Load foi um álbum
simples. Surgiu então em 1997 o Reload, contendo várias músicas que deixaram de ser
lançadas em 96. O sétimo álbum do Metallica representa uma retomada do som pesado mas
ainda distante do antigo Heavy Metal. Algumas destas boas porradas são: Fuel, The
Memory remains, Devil´s Dance, Unforgiven II, Carpe Diem Baby, Attitude e Fixxxer.
Garage Inc.
Foi lançado em novembro de 1998 o oitavo álbum do
Metallica, GARAGE INC. Este álbum representa um momento bastante
peculiar na discografia da banda, já que ele é um álbum duplo
e composto apenas por covers de bandas que os caras curtem.
Na minha humilde opinião a grande maioria das novas versões feitas
pelo Metallica ficaram bem melhores que as versões originais.
Um fato interessante é que em alguns shows da turnê do Garage, foi o James
que tocou o solo de algumas músicas enquanto o Kirk fazia a base. Dentre os
dois CDs destaco Sabbra Cadabra, Turn the Page, Die Die my darling,
Whiskey in the jar, Last Caress, Breadfan, Stone Cold Crazy, So What,
Killing Time e Overkill.
Slaves & Masters
Aproximadamente um ano após o lançameno do Garage (Novembro de 1999)
o Metallica lança mais um álbum com boas surpresas. Só que desta vez
não se trata de um álbum apenas de covers e sim um segundo álbum
duplo com 2 novas músicas e velhas composições regravadas ao vivo
juntamente com a Orquestra Sinfônica de São Francisco (regida pelo renomado maestro
Michael Kamen). A inovação musical feita no S&M (a união entre música clássica
e Heavy metal) ficou excelente! A grande maioria das músicas ficaram muito "assassinas".
Destaque para as músicas inéditas No Leaf Clover e Minus Human.
Destaque também para as novas versões de Master Of Puppets,
Fuel, The Memory Remains, Hero of The Day, Bleeding Me, Nothing Else Matters,
Until It Sleeps, For Whom The Bell Tolls, One e Battery.
Juntamente com James, Lars é outro membro da banda com grande participação na composição
de praticamente todas as músicas do Metallica. Quanto a maneira de tocar, Lars teve
influências de Charlie Watts (Rolling Stones) Phil Rudd (AC/DC), Ian Paice (Deep Purple)
e Neil Peart (Rush). Essas influências lhe proporcionaram criar um estilo próprio, arrojado
e inconfundível, podendo ser considerado um dos melhores no seu ramo. "Você não deve
se preocupar sobre como as pessoas vão interpretar o que fazemos. Você será condenado
a andar em círculos o dia inteiro".
Kirk é o segundo guitarrista solo da banda, tendo ocupado o lugar de David Mustaine (que
após sair do Metallica fundou o Megadeth). Seu talento permite que seja considerado um dos
melhores guitarristas do mundo na atualidade. Kirk teve seu estilo influencido por mestres
como Hendrix e Steve Vai. Destaco seus sensacionais solos em Ride the Lighting, Orion, One,
To live is to Die e The house that Jack Built onde ele praticamente faz a guitarra gritar.
"Eu tenho muita sorte de estar fazendo o que faço de melhor, que é tocar guitarra. Não
há muitas outras coisas que eu poderia fazer".
Jason foi o terceiro baixista do Metallica. No início as coisas foram muito difíceis para ele,
pois eram inevitáveis as comparações entre ele e Cliff Burton. Seria muito difícil arranjar
outro baixista no mesmo nível de Cliff, e mesmo não sendo tão bom o quanto seu antecessor foi,
Jason não decepcionou. Um de seus passatempos prediletos é ouvir música, principalmente
Tom Waits e Bob Marley. Quanto a maneira de tocar, Jason teve grandes influências do próprio
Cliff, além de Gene Simmons (Kiss), Geddy Lee (Rush), Geezer Butler (Black Sabbath), Steve
Harris (Iron Maiden) e Chris Squire (Yes). "Cliff tinha um monte de fãs super fieis,
inclusive eu".
(Clique sobre as capas para ver as letras)
Kill 'em All
James Hetfield - Guitarra base e vocal
James é o principal compositor na banda, tendo composto todas as músicas do Metallica até
hoje. Além disso, na guitarra base, é ele quem dita o ritmo das músicas com precisão e
talento. No início, James tinha medo de se desconcentrar por ter que tocar e cantar ao
mesmo tempo, entretanto isto nunca aconteceu. "O que faz uma banda ser talentosa é
poder escrever tipos diferentes de merda: lenta, pesada, rápido pra cacete, instrumental,
super satânico. Taí o desafio, sabe, não chegar com tudo pronto, mas com coisas diferentes".
Lars Ulrich - Bateria
Kirk Hammett - Guitarra solo
Jason Newsted - Baixo e Backing Vocal
"Chame de anarquia ou o que quiser. Tem horas que você quer fazer qualquer
porra que quiser, e sabe, a vida é curta, então ... por que não ?"