Como surgiram os Malas Transamérica, e o que já aprontaram?

O Clube Malas Transamérica foi fundado em 25 de abril de 1997, unindo ouvintes de todo o Brasil que curtiam o mesmo barato: Transamerica. Aos poucos a família Mala foi crescendo, e hoje eles são dezenas. Prá ser um mala é preciso ser realmente louco. Louco pela rádio. Esses malucos ficaram conhecidos pelo tanto que participavam da programação da Transamerica, e, principalmente, pelo que faziam nestas participações. O maior vício da galera é: “Transamerica”. Os Malas também marcam por colecionarem tudo o que vem da rádio, desde camisetas, CD’s, até borrachinhas, fios de cabelo dos locutores, etc.
Desde alguns anos atrás, certos ouvintes Transamerica de todo o Brasil já curtiam, adoravam a primeira rede de Fm’s do Brasil. Só que esses ouvintes não encontravam meios de se comunicar, um não sabia da existência do outro. E todos os dias ligavam prá emissora local da rede, em busca de uma chance de concorrer à uma mísera camiseta da Transamerica (um dos troféus mais desejados por um ouvinte Transamerica). A oportunidade deles se conhecerem surgiu com a chegada dos programas interativos na rádio. Primeiro o Café-Com-Bobagem, em 3 julho de 1995, depois com o saudoso Fuzuê, em 4 de dezembro do mesmo ano. E foi nesse último o palco ideal para os Malas se apresentarem. Os ouvintes de todo o Brasil notaram que certas pessoas tinham a mania de participar quase que todos os dias do programa. E seus nomes começaram a ficar meio que batidos com toda a moçada. Lembra daqueles caras que citei umas linhas atrás, aqueles que eram loucos pela rádio, mas nunca tiveram a chance de mostrar isso? Pois então, eram eles mesmo. Querendo colocar prá fora tudo o que guardaram durante anos ouvindo a rádio, eles aprontavam mil loucuras com a turma do Fuzuê, uma turma também do barulho. E prá se encontrarem não foi difícil. Um ligava para a Transamerica da cidade do outro e deixava algum recado, outro anunciava seu endereço na revista da casa, outro dava o número do seu telefone no ar, até que todos já estavam unidos. Dos primeiros, surgiu a idéia de montar o clube dos malas. A primeira tentativa veio com a Gang Transamérica, um clube com a mesma proposta. Mas o que vingou mesmo foi quando todos admitiram se tratar de ouvintes malas, então fundaram o Malas Transamérica.

O mala Paulinho Lima (à direita) com o pessoal do Fuzuê

Quando o Café-com-Bobagem colocou no ar blocos com participação direta dos ouvintes eles certamente não esperavam que teriam tanto trabalho. A “Delegachia do Café”, um dos quadros do programa, era uma espécie de “bom dia” dos Malas. As denúncias eram das mais variadas, desde o ouvinte que denunciava seu time de futebol por ter perdido, ao Mala que denunciava a turma do Café por não tocar a música do cantor Guizzo (um cantor desconhecido cuja música tornou-se um dos hinos dos Malas).
Um dos pontos de encontro dos Malas Transamérica é a Estação Paraíso, do metrô de São Paulo, que na verdade fica mais pra inferno quando a moçada baixa por lá. O principal ponto é na recepção da rádio, é claro, na central da Rede no Alto da Lapa, em SP. Na verdade, não existem outros ouvintes que façam tanto merchandising prá rádio quanto eles. As camisetas da rádio ganhadas por eles são seus uniformes do dia-a-dia; seus carros estão abarrotados de adesivos da rádio; nos quartos: pôsters, reportagens, fotos. São como out-doors ambulantes da rádio, e orgulham-se disso. Mas calma! Se algum dia você ver alguém “vestindo Transamérica” na rua, não vá o chamando logo de mala, pois Malas ou não, os ouvintes Transamérica são milhões em todo o Brasil.
Os malas também já fizeram boas loucuras. (Mas não tente fazer isso em casa, isso é coisa de profissional). Já houve certa mala que fugiu de sua casa (em Curitiba) de madrugada e foi realizar o sonho de conhecer a rádio em SP. (É comum os malas viajarem centenas de kilômetros só para ir na Rede em SP, mas costuma-se avisar aos papais e mamães nessas ocasiões). A primeira convenção Mala aconteceu no dia 30 de janeiro de 98, quando vários Malas se encontraram na Transamerica em SP.
Como bons ouvintes da Transamérica eles continuam aprontando, seja com inusitadas participações no TransaLouca, no Filet Mignon, no divã Transamerica ou no TransAção com a Marisa Orth. Se você também quer fazer parte dessa legião, aguarde! Em breve diremos como é que você pode se tornar um Mala Transamérica.




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