ESTRANGEIRO
E de
repente estou no meio de falas, risos e gestos - da vida de antes e sempre, conhecida - como se fosse um estrangeiro... Não entendo a alegria, não percebo as palavras não respondo aos acenos, não conheço ninguém. Permaneço alheio, vazio como o imigrante solitário, atordoado, ao descer do navio... Agora, em minha vida me encontro sempre em terra desconhecida quando não estás presente....
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Estranho, como de
repente - o que era a minha vida, ou o que eu julgava que era - não faz sentido mais... Tenho a alma daquele imigrante em terra estranha a carregar sozinho seus pensamentos em meio à algazarra do cais... Antes de ti a vida era um velho roteiro, rotina comum... Agora, quando venho de teus braços estou voltando do Paraíso... E estou sempre chegando a lugar nenhum.... |