INTERLÚDIO
Há uma estranha ternura, há uma estranha meiguice na expressão de teu rosto e em teu modo de ser. Criança e mulher...talvez, ainda ninguém te disse o que, com o meu olhar, confessei, sem querer... Teu olhar....esse teu olhar adolescente onde há um misto de sonho e indeciso desejo, me perturba e emociona inesperadamente sempre que em meu caminho, eu te encontro, eu te vejo...
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Quando vens para mim, e te sinto ao meu lado a olhar-me nos meus olhos, terna, fundamente, teu coração, - bem vejo, - é um pássaro agitado, a bater em teu peito, as asas, febrilmente. Que fazer? E essa dúvida atroz me alucina. Em teus olhos inquietos, há um clarão qualquer. Devo deixar passar a criança, a menina, ou devo transformar a menina em mulher?
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