Quem sou eu?

Noite de ternura..Saudosas quimeras

Quanto em vão tu eras; se não fosses assim.

Tu foste vislumbre; sem as mil fantasias

e de olhar luminoso em nosso jardim....

E comprime o peito, palavras de encanto

E guardei esse canto pela vez primeira

e calei-lhe a boca com "amo-te tanto",

Tanto, tanto, tanto, de amar feiticeira.

Apagaram-se as luzes; soa melodia

e as chamas sacudiam corações sedentos

E de amor profundo, embriagada a alma ardia,

esquecendo ironias, dores, - talentos.

A doce paralvra, que ao céu murmurava,

com tanto suspiro, alegrava o coração.

Na magia ardente, o corpo bem tenso. - amava,

unido, sentia as glórias de satisfação!

Inquieto, pergunto a mim mesmo: quem sou eu?

Confesso, ainda, ainda a esmo de ver-te tão bela.

Serei o Sol, ou talvez, um pedaço do céu.

Para sentir-me um deus, entre os braços dela.

Hoje vivo os sonhos que outrora vibrei,

e já coloquei na caixinha dourada

uma prece de amor que rela roubei;

tu és minha vida - Oh! mulher adorada.

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