fairy9-6.gif (10163 bytes) Emoções Compartilhadas fairy9-2.gif (10215 bytes)

 

Cate era uma criança muito tímida. Ao invés de brincar com as outras crianças no parque do lado de sua casa, ela preferia ficar em casa lendo uma coleção enorme de livros que sua mãe lhe tinha dado de presente, com os mais belos contos de fadas de vários países. Cate passava horas lendo, sonhando e colorindo os desenhos que ilustravam essas histórias.

O tempo foi passando e Cate se transformou em uma mulher adulta, cheia de responsabilidades, e já nem se lembrava mais dos sonhos da infância.

Um dia, uma amiga de Cate resolveu levá-la para conhecer o Bosque Encantado de Zalinus. Lá viviam os mais diversos seres e todos possuíam uma caixinha mágica preta que permitia que eles se comunicassem entre si e eles passavam o tempo todo implicando uns com os outros, fazendo a maior farra através dessas caixinhas. Cate ficou deslumbrada e se divertiu muito no seu primeiro dia de visita. Gostou tanto que passou a ir lá todos os dias, mesmo depois que sua amiga, com as atribulações da vida diária, deixou de frequentar o bosque.

E Cate redescobriu a alegria de ser criança. Mas ao contrário dos contos de fadas de sua infância, os vilões de outrora se transformaram em grandes amigos seus. O Lobo mais antigo de Zalinus ficou muito amigo de Cate, e apesar dos lobos terem fama de maus, ele era sensível e com um coração enorme. Ele tinha tanta força, tanta luz, que às vezes, após um uivo seu era ele quem mais se assustava e corria para trás das árvores esperando não ter assustado mais ninguém além dele próprio.

hr-wolfmoon.gif (9831 bytes)

Cate conheceu bruxas e feiticeiras, todas elas bonitas e modernas, mas que não dispensavam uma vassoura e um caldeirão. As bruxas, vejam só, gostavam de ajudar e dar conselhos a todos da floresta, e eram muito queridas e respeitadas. De vez em quando elas brigavam entre si, e aí Cate fugia para um lado e o Lobo para o outro, e esperavam as coisas se acalmarem. Em brigas de bruxas ninguém gostava de se meter.

Existia um cantinho no Bosque de Zalinus que era mágico. Poucos seres iam até lá, mas Cate o descobriu e sempre que podia dava uma passadinha para conversar e aprender com esses seres mágicos que ali ficavam. Lá ela conheceu um dragão, que apesar de posudo e gostar de falar frases dificeis em latim, era muito gentil. Cate foi transformada em fada por esses seres mágicos, e a amizade com o dragão cresceu tanto que perto de Cate ele se transformava num lagartinho dócil e amigável. Até davam boas risadas juntos.

figment1.gif (13467 bytes)

Logo o bosque inteiro começou a chamar Cate de fada e ela procurava ajudar a todos que a procuravam pedindo conselhos. Claro que também haviam algumas brigas, mas Cate com sua caixinha mágica pedia, aconselhava e até ameaçava dar palmadas e puxões de orelhas nos brigões, e tudo se ajeitava. Claro que Cate não era nenhuma santa, e até entrou em algumas briguinhas também, provocadas por algumas hienas que andavam pelo bosque procurando carniça e confusão. Mas no fundo no fundo, ela até se divertia com isso, pois elas eram inofensivas, só faziam barulho e fofocas.

Cate fez grandes e profundas amizades. Anjinhos, alguns caídos e nem tão anjos assim, um em especial que vivia se perdendo na floresta e Cate corria para socorre-lo, um piloto de uma nave espacial que passou por Zalinus e resolveu ficar, um elfo que só gostava de ficar cantando as menininhas através da caixinha preta mas que gostava de prosear com Cate pessoalmente, um passarinho preto e rabugento conhecido por todos, mas só Cate e uma bruxinha gaguinha e suave conseguiam aturá-lo, que um dia disse que ia embora procurar novos bosques mas continuava por ali fantasiado de outro ser mas Cate sempre o descobria escondidinho, diabinhas que eram doces e calmas como o mel, bonequinhas loiras alegres e falantes, magos que adoravam dançar e farrear, e em especial, uma duendina tímida, Dralaman, que tinha vergonha de aparecer mas acompanhava tudo através das histórias que Cate contava pois as duas se tornaram grandes amigas.

frsbrch.gif (32467 bytes)

As pessoas do mundo real de Cate não entendiam porque é que ela preferia sempre ir até o bosque ao invés de sair para dançar, assistir tv ou teatro, como antes. Mas lá ela podia ser ela mesma, rir, chorar, e sabia que tinha amigos que mesmo morando no outro canto da floresta, lembravam sempre dela com saudades e carinho, e que podia sempre com eles contar.

Com o passar do tempo, Cate foi guardando tudo que contava para Dralaman, e o que tinha visto e vivido no bosque numa caixinha dourada escondida por ela no fundo de um abismo, que existia no bosque mas que poucos conheciam. Apesar do abismo estar lá, bem na frente de todos, só os seres mais sensíveis e de coração puro podiam vê-lo e nele mergulhar.

E a vida continua em Zalinus....

                                                                                                            11/4/2000

Se você gostou, leia mais sobre Zalinus na página especial " O Bosque de Zalinus"

lapoglobe1.gif (104375 bytes)

Clique aqui para voltar ao menu inicial

1