TENTAÇÃO


 

TESE 80

A verdadeira questão envolvida na tentaçao é se é possível viver vida sem Cristo.

Você já foi tentado? Já se achou lutando contra a tentação? Devo acrescentar outra pergunta: Voce é um ser humano? A tentação é um fato da vida sobre a Terra, não é? E muitos de nós temos desco berto por experiência pessoal que existe um Deus.

Quando adolescente, cheguei à conclusão que os meus problemas com a tentação estariam superados ao completar vinte anos. Mas quando atingi a casa dos vinte, concluí que ainda levaria alguns anos. Experimentaria liberdade das tentações nos meus trinta anos, decidi. Mas, cada nova década trazia seu próprio conjunto de problemas. Detesto admitir que idade agora estipulei! A penosa realidade é que vivemos num mundo de tentações, que o diabo está vivo e bem vivo, e que jamais deixa alguém completamente sozinho. Sua persistência só se iguala a sua maldade, e, quando não pode levar alguém ao pecado, contenta-se em levá-lo a sofrer. A tentação não é uma experiência agrrdável! Hebreus 2:18 fala sobre Cristo:

"Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados."

Mas, quando a tentação termina em fracasso, derrota e pecado, o sofrimento é ainda pior. Se tão somente pudéssemos descobrir como lidar com a tentação , estaríamos numa posição de responder a uma pergunta importante que muitas pessoas estão formulando. Frequentemente os métodos propostos para lidar com a tentação dependem de quanta força de vontade uma pessoa tem ou não, e o que parece funcionar para o forte é ineficaz para o fraco.

Ao começarmos a considerar este assunto, lembremo-nos novamente de que o pecado não se baseia em comportamento. Já estudamos o fato de que pecado, singular, é viver separado de Cristo, e que pecados, plural, (fazer coisas erradas) são o resultado dessa separação.

Do mesmo modo, podemos traçar uma distinção entre tentação, singular (a tentação de viver a vida separada de um relacionamento diário com Cristo) e tentações, plural, que teriam que ver com ações erradas e comportamento errado.

Se estou lutando com as tentações, plural, então qual é o meu problema real? É falta de uma constan te confiança em Deus. Eis por que o diabo faz de tudo para nos separar de um relacionamento ativo com Cristo, pois é aí que nossa confiança em Deus se desenvolve. Se o diabo puder levar-nos a escolher vida independentemente de Jesus Cristo, as tentações, plural, terão êxito como consequencia inevitável.

"A alma que ama a Deus, tem prazer em extrair força dEle pela constante comunhão com Ele. Quando se torna hábito da alma conversar com Deus, o poder do maligno é quebrado; pois Satanás não pode permanecer perto da alma que se aproxima de Deus." - Comentários de Ellen G. White, SDA Bibie Comentary vol. 7, pág. 937.

Então, vamos expor bem a questão, para começo de conversa, que o verdadeiro problema no caso da tentação é viver a vida sem o Cristo. Se estiver cedendo à tentação de começar cada dia sem tomar tempo para oração e estudo da Palavra de Deus, se estiver vivendo vida distanciada do Senhor Jesus Cristo, então já perdeu a batalha. As tentações só podem ser vencidas a partir da estrutura de um relacionamento com Cristo. E ao prosseguirmos considerando como lidar com as tentações, plural, deve isto sempre basear-se num primeiro entendimento de como lidar com a - singular - a tentação de vivermos separados de Deus.

Mas o cristão que está diariamente submetendo- se a Cristo e gastando tempo em aprender a conhecê Lo melhor e confiar mais nEle, pode ainda descobrir que não somente é tentado, mas que cedeu às tentações. Se isto for verdade para você então um estudo do mecanismo das tentações pode operar uma reviravolta

TESE 81

As tentações se tornam pecado quando consentimos com elas em nossa mente.


Suponhamos que quando você se levanta pela manhã decide passar uma hora de meditação e oração, e em contemplação da vida de Cristo. Você O convidou a ter o controle de sua vida e aceitou os Seus dons de arrependimento e perdão para o novo dia. Você coloca os seus planos aos pés dEle, convidando-O a dirigir-lhe os passos. E então sai para levar a efeito sua jornada de trabalho.

Mas, antes do anoitecer, você descobre que pecou. Cedeu a uma das tentações do demônio, e ao olhar para trás, para o que aconteceu, descobre-se perguntando: "Por quê? Como? Quando me saí errado?"

Considere, por uns poucos instantes, a "anatomia" de uma tentação.

Já temos estudado o fato de que na medida em que seus olhos permanecem fixos em Cristo, o pe cado não tem poder sobre você. Quando começou o seu dia com Deus, você se colocou sob o Seu controle. Na medida em que continua dependendo dEle, o diabo não tem poder para levá-lo a pecar. De fato, enquanto estiver dependendo de Cristo, os pecados lhe serão odiosos. Portanto, o diabo sabe fazer coisa melhor do que desperdiçar o seu tempo tentando levá-lo à prática do pecado. Primeiro, ele deve de algum modo desviar sua atenção de Jesus e da dependência dEle. O Maior Discurso de Cristo, pág. 92, afirma: "O ceder à tentação começa ao permitirdes que a mente vacile, seja inconstante na confiança em Deus."

Já observamos as táticas do demônio para remover nossos olhos de Jesus. (Ver a lista em Caminho Para Cristo, pág. 71). Ele o leva a ficar absorvidos nos prazeres, cuidados, perplexidades e tristezas, nas faltas dos outros, em suas próprias faltas e imperfeições, ou em ansiedade quanto a se estará salvo ou não. Ao desviar-se de Cristo e começar a depender de você próprio, você baixou sua defesa e o diabo pôde então introduzir-se com suas tentações para fazer o que é errado, o que você inevitavelmente achará atraente.

Essa transferência da atenção de Cristo para o eu, esta mudança da permanente dependência em Deus para a auto-suficiência, ocorre, com frequencia, de modo imperceptível. Sua primeira pista de que algo mudou pode ocorrer quando você é brindado com uma das tentações do inimigo e acha atraente.

Edward Vick, em seu livro Let Me Assure You, indica cinco etapas na tentação: tentação, reflexão, consentimento, planejamento e ação. Analisemos cada etapa:

1. Tentação: O diabo apresenta suas seduções para cometermos pecados. Ele não nos pode compe lir; pode apenas convidar. Não é pecado ser tentado. Jesus o foi.

2. Considerar: Deus não passa por alto nossa mente. Não obtemos vitória dissociada de nossa pró pria inteligência. Até mesmo Cristo considerou por tempo suficiente a tentação que o diabo Lhe apre sentava, para ver as questões envolvidas. Considerar o que está em jogo e reconhecer a tentação pelo que é, não envolve pecado.

Se você estiver dependendo de Jesus na hora das tentações, haverá de parar bem aí. O Espírito do Senhor levanta um escudo contra o inimigo, e você obterá a vitória. Mas, se desviou a atenção de Jesus para você próprio, e está dependendo de sua própria força, não terá escolha, senão prosseguir para a próxima etapa, que é onde as tentações se tornam pecados - o ponto do consentimento.

3. Consentimento: O que é consentir? É a reação que se expressa como se fosse: "Ei, isso parece divertido!" Não precisa necessariamente ser, "Sim, eu farei isso." Pois os pecados começam antes que comecem os atos. Jesus declarou em S. Mateus 5 que se você está irado, é culpado de assassínio, e se tem pensamentos maliciosos, já é culpado de adultério. É desnecessario ir além da etapa 3, para ser culpado de pecado perante Deus. "A predomináncia de um desejo pecaminoso revela a ilusão da alma." O Maior Discurso de Cristo, pág. 92.

4. Planejar: Dependendo da natureza da tentação, esta etapa pode ser breve ou bastante complicada. Às vezes, até as pessoas muito teimosas, que por pura resolução e determinação podem deixar de passar para a etapa 5, passarão ainda tempo aqui, porque pode ser divertido fazer planos! Os fracos planejarão e depois irão adiante com tais planos.

5. Agir: Finalmente, o plano se transforma em ato, pelo menos para os fracos. Mas observe que es ta não é a etapa que determina se uma pessoa pecou. O pecado já começou na etapa 3, quando foi dado o consentimento.

A novidade é que em qualquer ponto ao longo do caminho, nessas cinco etapas, você pode reconhecer o seu perigo e volver-se para Cristo em busca de arrependimento e perdão. Ele está sempre disposto a nos aceitar, não importa quando vamos a Ele. Na medida em que continuarmos a buscar um relacionamento e comunhão com Ele dia a dia, Ele nos trará ao ponto em que dEle dependeremos por todo tempo, não apenas por parte deste. Quando esse tempo chegar, em vão o inimigo nos trará suas tentações.

TESE 82

Jesus foi tentado a fazer o certo, mas em Seu próprio poder, tal como nós.

Você já foi tentado a transformar pedras em paes? Tenho lutado contra muitas tentações, mas nunca com uma desse tipo! Por quê? Porque o diabo sabe que estaria perdendo o seu tempo. Não pode ria fazê-lo ainda que o desejasse.

Haverá algo de errado em transformar pedras em pães? Há algo errado em estar faminto, quando vo cê não comeu por seis semanas? Jesus, mais tarde em Seu ministério, e sob a direção de Seu Pai, multiplicou os pães e peixes mediante poder sobrenatural, e com eles alimentou o povo que estava jejuando somente a partir do desjejum! O diabo não tentou Jesus a transformar as pedras em sorvetes ou chocolates. Tentou-O a transformar as pedras em pão e essa parece uma ótima coisa a fazer quando você nada comeu por quarenta dias e quarenta noites.

Todas as tentações que o diabo apresentou para desviar a Jesus de Sua missão, tinham um denomi nador comum. Todos destinavam-se a levar Jesus a parar de depender do poder do Seu Pai e empregar o poder com o qual nascera.

Os pecados são repulsivos a Jesus. Hebreus 1:8 e 9 di-lo em palavras bem claras: "Amaste a justiça e odiaste a imiquidade." Assim, o diabo teria sido incapaz de atraí-Lo pelas tentações a fazer coisas erradas. Sua única possibilidade era tentar levá-Lo a fazer o que era certo - mas por Seu próprio poder. Consideraremos em maiores detalhes a natureza de Cristo nas Teses 90 a 94. Mas, para entender o assunto da tentação, precisamos pelo menos ter em mente o seguinte: Jesus não foi tentado a fazer coisas erradas. Ele foi tentado a fazer coisas certas, mas fazê-las em Seu próprio poder - e somos tentados da mesma maneira.

Apocalipse 3:14-22 registra a mensagem à igreja de Laodicéia. Laodicéia não é falha em obras, mas falta-lhe um relacionamento com Jesus. Ele é retratado como estando de fora, batendo à porta para ser admitido. O laodiceano precisa arrepender-se de seu pecado - não de seus pecados. Ele tem vivido sua vida imaculada independente de Cristo. Tem-se esquecido de que sem Deus a aparência exterior não tem qualquer peso. As formas exteriores de religião, sem o amor de Deus na alma, são totalmente sem valor". - Comentários de Ellen G. White, SDA Bibie Commentary, vol. 7, pág. 958. Laodicéia é uma igreja cheia de pessoas fortes, que não sentem necessidade de um Salvador.

Mas há boas notícias para Laodicéia no verso 21

- uma promessa ao que vencer. E o método para vencer? Podemos vencer da mesma forma que Cristo venceu. Tal como Cristo dependia de poder que estava acima dEle, em vez de poder de dentro dE le, assim se dá conosco.

O diabo procurará vencer-nos da mesma forma que tentou vencer a Cristo. E, como dificilmente nos apercebemos, frequentemente tem êxito em desviar- nos a atenção do Salvador. Ele não se chega a nós e pergunta se estaríamos interessados em cometer algum pecado terrível. Apenas tenta encher-nos os dias, as horas e os minutos com uma multidão de coisas, boas em si mesmas, que tirem nossa atenção de Jesus. Tenta manter-nos ocupados o bastante para não passar tempo em comunhão e relação com Cristo. Ele nem se incomoda que estejamos ocupados, trabalhando para a igreja, desde que nos encontremos demasiado ocupados para dar atenção a Cristo. Este é o pano de fundo. Ele não se preocupa com as coisas "boas" que fazemos, na medida em que a façamos por nossa própria força.

Mas fomos advertidos do perigo. Jesus não só veio para morrer por nós, como veio para mostrar-nos como viver. Veio para mostrar-nos como resistir à tentação do inimigo de afastar-nos de nosso relacionamento com Deus para depender de nós próprios. Quando compreendemos as questões envolvidas em pecado e tentação, sabemos onde jaz a nossa força. Ao nos recusarmos estar separados da dependência de Cristo, mesmo por "boas" razões, seremos vencedores mediante o poder de Deus.

TESE 83

O Senhor sabe como livrar o justo das tentações, mas não os injustos.

Por uma boa quantidade de anos, tenho pastoreado igrejas de colégios. Ensinar uma classe no colé gio cada semestre, tem-me ajudado a estar em contato com a população estudantil. E isso me faz re cordar a tolice do sistema de notas! Os estudantes cedo aprendem a usar estratagemas para escapar ao estudo daquilo para que supostamente estão na escola! Tentam analisar o professor e suas técnicas. Ficam à deriva durante a maior parte do semestre, e então tentam compensar tudo no ultimo instante a fim de conseguir passar de ano.

Meus alunos tentam ser mais espertos do que eu, nas tentativas de ensinar-lhes algo; então, comecei a tentar superá-los em esperteza! Nesse processo, desenvolvi um sistema de "notas por contrato". Garanto a cada estudante que frequentar as aulas regularmente, e fielmente fizer as lições de casa cada dia, uma nota que lhe permita passar - não importa quão fracamente se haja saído nos testes e exercícios.

O que é mais interessante (e divertido) é que após anos de ensino e centenas de estudantes, nem uma vez um aluno que assistiu às aulas regularmente e entregou os trabalhos, deixou; de qualquer forma, de obter uma nota que o aprovasse. Na medida em que assista às explicações e realize as tarefas de casa, ele não tem problemas em superar os testes e exercícios!

Deus prometeu livrar os justos da tentação. Você pode lê-lo em II S. Pedro 2:9: "O Senhor sabe li vrar da provação os piedosos." Mas quem são os "piedosos"? Já lhe passou pela cabeça a idéia de que se você fosse "piedoso", não precisaria de ajuda nenhuma para lidar com a tentação? O Salmo 1:6 declara:

"Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos impios perecerá." Assim, os piedos são os justos - e os impiedosos são os injustos. Os que são piedosos, ou justos, são os que não dependem de si próprios, ou de sua justiça, mas da justiça de Cristo. Estes são os que o Senhor sabe como livrar da tentação. Os que são injustos, ou impiedosos, são os que dependem de sua própria justiça e seu próprio poder. Mas não têm nada! Até mesmo Deus é incapaz de livrar da tentação os que insistem em confiar em si mesmos.

Seria seguro dizer que o Senhor não é capaz de livrar os impiedosos da tentação? Quantas vezes já foi derrotado em suas tentativas de viver a vida cristã porque, numa crise, você tenta fazer retiradas do poder em reserva com o qual não conta? É como tentar passar num exame para o qual não se preparou. Ou emitir um cheque quando não dispõe de dinheiro no banco para cobri-lo.

A Ciência do Bom Viver, pág. 510, nos fala que "quando permitimos que nossa comunhão com Deus seja quebrada, ficamos sem defesa. Todos os bons objetivos e boas intenções que tenhais não vos tornarão aptos a resistir ao mal. Deveis ser homens e mulheres de oração."

Ao buscar o Senhor dia após dia e ser transformado pela contemplação dEle, você aprende quão til é depender de sua própria débil força. Quando pára de procurar lutar contra o pecado e o diabo por você mesmo, então o Senhor é finalmente capaz de trazer a libertação. Ele tem todo o poder no Céu e na Terra, e, quando você repousa sobre tal poder, a vitória está assegurada.


TESE 84

As tentações não são vencidas no momento da tentação, mas sempre antes.

Certa vez ouvi um pregador dar, do pulpito, vã os exemplos de como julgava que devíamos vencer a tentação. "Suponhamos que você tenha um problema com o álcool" dizia ele. "Você vai até o bar compra uma garrafa de vinho, volta pàra o carro, 'tira a tampa e leva a garrafa aos lábios. Subita mente, percebe que está sendo tentado!

Bem, acredito que sim!

Mas ele prosseguia: "Suponhamos que você te um problema com tóxico, faça um contato com seu traficante e adquira uma quantidade maior do produto. Você volta para o seu apartamento, pega seringa, agita a mistura e, quando está prestes a introduzir a agulha no braço, reconhece que está sendo tentado. O que deve fazer?

Talvez um dos nossos maiores problemas com a tentação seja o de esperar até chegar à condição descrita por esse pregador e, depois, procurar resolver que fazer. Mas então já é tarde demais! Se o pecado começa na mente, dando lugar a que nossa confiança e dependência de Cristo seja interrompida, então a tentação já se apresentou e foi acionada muito tempo antes. Se os pecados não constituem apenas atos errados, mas também pensamentos, planos desejos (como temos feito notar nos últimos capítulos), então a tentação teve êxito mesmo antes da ida até o bar ou ao traficante. A tentação já se tornara pecado no momento do consentimento mental. Planejar e cometer o pecado foi o resultado inevitável do pecado que já, anteriormente, houvera assumido forma.

O Maior Discurso de Cristo, pág. 60, nos diz: "O peodo de tentação sob a qual, talvez, uma pessoa caia em um pecado ofensivo, não cria o mal revelado, mas apenas desenvolve ou torna manifesto aquilo que estava oculto e latente no coração. Um homem 'é tal quais São os seus pensamentos'; porque de seu coração 'procedem as saídas da vida'. Provérbios 23:7; 4:23."

Quando você fracassa num exame de aritmética, o verdadeiro problema teve lugar quando deixou de aprender sua tabuada ou negligenciou resolver os problemas dados como dever de casa. Se de repente sua conta bancária apresenta saldo negativo, o problema começou quando você deixou de registrar no canhoto do talão todos os cheques que emitiu, ou nao fez a adição ou subtração corretamente. Se se encontrar afogando na extremidade mais profunda de uma piscina, o problema real é que não aprendeu a flutuar primeiro, na extremidade rasa.

Os fortes têm-se valido de toda sorte de técnicas para tentar vencer o pecado no tempo da tentação. Os fracos tentam as mesmas técnicas e concluem que elas não fazem qualquer diferença. O problema não consiste em encontrar as palavras certas que deve dizer, ou oração que deve proferir, ou cántico que deve entoar no momento da tentação. O problema é descobrir a Fonte de poder, de modo que, quando vier a tentação, o Espirito do Senhor erga um estandarte contra o inimigo, em seu benefício.

Qualquer método que tente impor o comportamento certo no instante da tentação, irá centralizar sua atenção em você mesmo, e esse é tão-só um beco sem saída. O único modo pelo qual uma pessoa vence o pecado e o diabo é olhar para Jesus - não para o eu. Mesmo os fortes têm descoberto que, quando estão separados de Cristo, tudo quanto esperam controlar são os atos exteriores. Não podem mudar o desejo de seu coração.

Quando Jesus Se aproximou dos discípulos no Jardim e os encontrou dormindo, disse-lhes: "Levantai- vos, e orai, para que não entreis em tentação." S. Lucas 22:46. Estavam eles sendo tentados naquela ocasião? Bem, eles estavam sendo tentados a dormir. Mas o que contribuiu para a sua derrota quando vieram as tentações foi o fato de que cederam à tentação de negligenciar o poder disponível do Alto. E, devido a sua negligência, quando veio a crise, todos O abandonaram e fugiram.

Hebreus 4:16 nos fala em achegar-se "confiadamente junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna". Com frequência lemos, em vez disso, que devemos ir confiadamente ao trono da graça em tempo de necessidade. É verdade que Jesus sempre nos aceita quando quer que nos volvamos a Ele, mas somente buscando Sua misericórdia junto ao trono da graça agora, teremos graça para nos ajudar quando chegar o tempo de necessidade. Ele sempre oferece perdão do pecado - mas se formos livrados de pecar, será porque fomos a Ele em busca de Seu poder antes de chegar a tentação. Obtemos vitória aprendendo a permanecer nEle dia após dia, e momento a momento.

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