Sou moço vindo de longepra na guerra pelejar. Andei por terras estranhas, vim de carro, vim por mar. Meu navio é a esperança; meu volante, meu cantar. Quero que me tragam de tudo que na vida eu quis amar.
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que eu conheci lá em Jaén,
cantando na procissao
ao Cristo que a todos vem;
me caso com todas elas
para o mal ou para o bem,
mas se me derem só uma
me satisfaço também.
De cabelo enrodilhado,
de grinalda a cintilar,
olhos claros, tez morena,
rosto moreno e luar,
vestido negro rendado,
de cavalo a passear,
ou presa pela cintura,
na colina sobre o mar.
Me tragam vinho de Rioja
para com ela beber,
calamares de Algeciras,
churrasco para valer
da carne do bom miura
que na praça vi morrer,
jerez, sangria e guitarra
pra saudar o amanhecer.
Poema: Florisvaldo Mattos / Música: Gerônimo / Voz: Lazzo