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De Homens e Ratos - por Ray Greek MD, Vice-Presidente, DLRM
Mentiras e Mais Mentiras-
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Animais, Macacos, Homens - Igualmente Vítimas da Vivissecção - Prof. Pietro Croce - Itália

A Contaminação Pelas Vacinas - Palestra Proferida em Congresso Médico Internacional da LIMAV
Os Cães de Banting e Best e a Descoberta do Diabetes em Humanos
Câncer - Perdendo Uma Guerra Que Poderia Ser Facilmente Vencida - SUPRESS
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Medicina Faz Mal à Saúde - Entrevista Com Vernon Coleman
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Fatores ambientais causam 25% das doenças, diz OMS - Folha Online
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Vivissecção = experimentos efetuados com animais vivos

São várias as finalidades dos experimentos realizados com animais nas universidades brasileiras: observação de fenômenos fisiológicos e comportamento a partir da administração de drogas, estudos comportamentais de animais em cativeiro, conhecimento da anatomia interna e desenvolvimento de habilidades e técnicas cirúrgicas. Estes experimentos são comuns em cursos de Medicina Humana e Veterinária, Odontologia, Psicologia, Educação Física, Biologia, Química, Enfermagem, Farmácia e Bioquímica, e eventualmente em outras áreas das ciências biológicas.
Estas práticas vem sendo severamente criticadas por muitos educadores e profissionais, onde argumentos de ordem ética e, em alguns casos, técnica, são levantados em favor de uma educação mais humanitária e responsável.
A grande maioria destes experimentos podem ser substituídas por alternativas tecnológicas que envolvem simulações em computadores (CD ROMs), modelos anatômicos e vídeos interativos. Existe um crescente número de artigos científicos que comprovam que estudantes que passaram por estas técnicas aprendem igualmente, e em alguns casos melhor, do que estudantes que passaram pelo uso tradicional da vivissecção.

Abaixo estão descrições breves de alguns dos experimentos mais encontrados nas universidades:

1. Miografia: um músculo esquelético, geralmente o zigomático, na perna, é retirado da rã, onde estuda-se a resposta fisiológica deste músculo à estímulos elétricos. As respostas são registradas em gráficos. O músculo é retirado da rã ainda viva, eventualmente anestesiada com éter.

2. Sistema nervoso: uma rã é decapitada, e um instrumento pontiagudo é introduzido repetidamente na espinha dorsal do animal, observando-se o movimento dos músculos esqueléticos do restante do corpo.

3. Sistema cardiorespiratório: um cão é anestesiado, tem seu tórax aberto, e observa-se os movimentos pulmonares e cardíacos. Em seguida aplica-se drogas, como adrenalina e acetilcolina, para análise da resposta dos movimentos cardíacos. Outras diversas intervenções ainda podem ser realizadas. O experimento termina com a injeção de uma dose elevada de anestésico, ou de acetilcolina (o que causará parada cardíaca).

4. Anatomia interna: diversos animais podem ser utilizados para tal finalidade. Geralmente os animais já estão mortos, ou são sacrificados como parte do exercício, com éter ou anestesia intravenosa.

5. Estudos psicológicos: animais como ratos, porcos-da-índia, ou pequenos macacos, podem ser utilizados como instrumentos de estudo. São vários os experimentos que podem ser realizados: privação de alimentos ou água, para estudos diversos (caixa de Skinner, por exemplo); experimentos com cuidado materno, onde a prole é separada dos genitores; indução de estresse, utilizando-se métodos como choques elétricos, por exemplo; comportamento social em indivíduos artificialmente debilitados ou caracterizados. Alguns animais são mantidos durante toda sua vida em condições de experimentos, outros são sacrificados devido à condições extremas de estresse ou quando não podem mais ser reutilizados.

6. Habilidades cirúrgicas: muitos animais podem ser utilizados para estas práticas. Os animais geralmente estão vivos e anestesiados, enquanto as práticas se procedem. Os exercícios de técnica operatória são comuns em faculdades de medicina veterinária e humana, e exigem uma grande quantidade de animais.

7. Farmacologia: geralmente pequenos mamíferos, como ratos ou camundongos. Drogas são injetadas intravenosa, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato digestivo por catéter, ou por meio de injeção). Os efeitos são visualizados e registrados. O "diabetes" também pode ser induzido em animais, de modo a verificar-se os efeitos de substâncias no organismos destes animais, como a glicose, por exemplo.

Um número crescente de estudantes brasileiros opõe-se aos experimentos cruéis com animais para fins didáticos. Veja o depoimento de uma estudante do curso de medicina veterinária:

"Sou aluna do segundo período de medicina veterinária da UFRPE. É incrível a crueldade encontrada em um lugar que deveria apenas ensinar a tratar dos animais, ao contrário disso os alunos são incentivados a matar animais para testes. Os animais são eletrocutados, recebendo antes da morte um banho para o choque fazer mais efeito, injeções de formol ( aplicadas na v. jugular externa ), ... Certa vez tive uma grande discussão com uma professora de anatomia, porque me recusei a matar um cachorro totalmente sadio para estudar ( ela me chamou de fresca ); ..."

"(...) outra vez encomendaram 12 cachorros à carrocinha (CVA) e sete destes cachorros apodreceram na universidade porque o formol para conservá-los não era suficiente ( estes animais haviam sido mortos para estudos, mas até para isso suas mortes foram desnecessárias ). Só para se ter uma idéia dos maus tratos com os animais pela carrocinhas, mais da metade dos animais apreendidos já chegam ao CVA mortos ( morrem no meio do caminho! ). São espancados, humilhados, condicionados a fome e sede. Eu estou enviando este e-mail pois eu ainda tenho esperança e sei que estes animais só podem contar com nós, e se cada um fizer a sua parte com certeza um dia essa crueldade acaba."

Nos países desenvolvidos a realidade é outra. As universidades alemãs já não utilizam a vivissecção como técnica didática. Nos Estados Unidos as principais escolas também já aboliram estas práticas e na Itália os estudantes têm o direito de negarem-se a participar de procedimentos vivisseccionistas assegurado por Lei.

Site Eu Gosto de Bicho - http://www.eugostodebicho.com.br/animais_universidades.htm



De Homens e Ratos - por Ray Greek MD, Vice-Presidente, DLRM

Eu li, por diversão, um artigo de Nicholas Wade ( “De Ratos e Homens: Aqui Vieram Para Salvar o Dia” ), o qual afirma que ratos são iguais aos homens em todos os sentidos, “do gene à célula, à fisiologia”. Talvez ele pudesse explicar o que segue:

1. Morfina causa convulsões em ratos, não em homens.

2. Cortisona é teratogênica, causando má formação em ratos, não em humanos.

3. Tumores comuns em roedores, assim como o pituitário, de fígado e tiróide, não são muito comuns em humanos, assim como os de próstata, do colo e do reto são raros em ratos.

4. Cientistas que conduzem experimentos na área do câncer em ratos concluíram que “o tempo de vida e estudo em ratos parece ter menos que 50% de probabilidade de encontrar algum câncer conhecidamente humano ( ... ) nós seríamos melhores no cara ou coroa”.

5. O “oncorato” ( do inglês “oncomouse” ) tem sido falho em ajudar nas curas do câncer em humanos, como os cientistas têm conhecimento: (1) “No curso da progressão do tumor, é sabido que homens e ratos são totalmente diferentes ( ... ) os tumores-supressores dos genes e oncogenes se comportam muito diferente entre ratos e homens.” E Tyler Jacks do Instituto de Tecnologia de Massachussetts declara (2): “Uma forte expectativa de que estes animais poderiam imitar os sintomas humanos, não apenas as mutações genéticas. De fato, são normalmente a exceção, não a regra ( ... ) a ligação genética para controle do crescimento ( do câncer ) em ratos e humanos é sutilmente diferente”.

6. O “The National Cancer Institute” testou 12 drogas anti-câncer ( atualmente usada em humanos ). Eles pegaram ratos que supostamente estavam desenvolvendo 48 tipos diferentes de câncer humano, tratando-os com as 12 drogas. Trinta das 48 drogas não funcionaram: em 63% das vezes o resultado obtido com os ratos foi errôneo.

7. Em seleções de ratos, nos quais a talidomida foi testada, defeitos em recém nascidos foram observados apenas ocasionalmente.

8. Benzeno* causa leucemia em humanos, mas não em ratos.

9. Nitrofenol produz catarata em humanos, mas não em ratos.

10. Aspirina causa defeitos congênitos em ratos, mas não em humanos.

11. De 30 substâncias químicas que foram testadas positivamente para inibir os retrovírus em ratos, apenas uma, AZT, foi efeitva para humanos com HIV – e tem sido usada por anos.

12. Dr. Richard Klausner do “National Cancer Institute” declara (3): “A história da pesquisa do câncer tem sido uma história de cura do câncer em ratos... nós temos curado ratos com câncer há décadas – e simplesmente não funciona em humanos.”

13. Dr. Carrel ( Prêmio Nobel ) declara que ratos têm “apenas muitas analogias remotas para homens.”

Considerando esta lista parcial de diferenças entre humanos e ratos, estou curioso em saber como Nicholas Wade pode honestamente sustentar que ratos “funcionam da mesma forma que humanos”, Os ratos apenas contribuíram para confundir o progresso da pesquisa médica. Os cientistas que usam animais têm desviado verbas dos modelos de doenças humanas e dos avanços médicos, que têm contribuído ao avanço do conhecimento relacionado à doença humana.
Isto inclui os seguintes métodos:

· Pesquisa de cultura celular humana;
· Observação humana;
· Estudos de autópsia humana;
· Testes clínicos em humanos;
· Epidemiologia humana e
· Métodos tecnológicos.

Os ratos não salvaram o dia.

Referências:

1. “Nature”, 26 Nov. 1992.
2. Jacks, Tyler. “Science”, Vol. 278, 7 nov. 1997: 1041.
3. Sharpe, Roberto. “The Cruel Deception”, ref 114:119.
* e a “benzina” causa câncer de pele



A Contaminação Pelas Vacinas - Palestra Proferida em Congresso Médico Internacional da LIMAV

Palestra proferida durante o congresso médico internacional da LIMAV. Em maio de 1997, Madrid, Espanha, por Milly Schar-Manzoli: periodista científica da Suíça, presidente de ATRA, AG STG, OIPA, Secretária Geral da LIMAV, medalha Albert Schweitzer.

ATRA: Associação suíça pela abolição da vivissecção
AG STG: Comunidade antivisseccionista suíça
OIPA: Organização internacional de proteção aos animais
LIMAV: Liga internacional de médicos pela abolição da vivissecção

A vacinação é considerada pela maioria das pessoas um triunfo da medicina moderna e está protegida por um tabu muito difícil de atingir, também porque a administração da vacina é considerada um bem social. Porém, no transcurso dos anos as estatísticas epidemiológicas revelaram fatos que desmentiram totalmente esta pretensão, levando a constatações muito diferentes. Historicamente, as populações submetidas a vacinações em massa não foram protegidas contra o regresso das epidemias. Ao contrário: por exemplo, na França, depois da introdução da vacinação , os casos de difteria dobraram, quanto a OMS ( Organização Mundial de Saúde ) afirmava que o risco de contrair o sarampo é 15 vezes mais alto entre os vacinados. A introdução da vacina antipoliomielítica Salk desencadeou uma epidemia de pólio na França, onde os casos desta doença multiplicaram-se por 4, e assim também na Itália. A vacina antipoliomielítica Sabin provocou epidemias de pólio no Brasil, Madeira e em uns 70 países das regiões tropicais com um aumento dos casos de pólio de uns 300%.
No início dos anos 90, na Suíça, um grande número de crianças vacinadas contra a caxumba contraiu a doença. Casos deste tipo são muito freqüentes e são a prova de como as vacinas afetam de alguma maneira a curva ( às vezes até decrescente ) das doenças, produzindo focos infecciosos. Além disso, com o mesmo nível de vida, muitas doenças retrocederam de modo uniforme tanto nos países vacinados como nos que não o estavam, demonstrando que a vacinação tem um papel secundário no regresso das epidemias, que, como veremos mais adiante, se manifestam alcançando seu topo e logo retrocedem até desaparecer por razões completamente alheias à prevenção da vacina.
Na realidade, a vacinação é uma introdução forçada no organismo de agentes patógenos, e o organismo pode, em determinados casos, não estar em condições de agüentar o choque da vacina. Por isso se manifesta outro problema: o dos danos que pode provocar uma vacina. A interação entre um vírus forçadamente introduzido no sistema imunológico do organismo receptor pode provocar uma alteração nos tecidos, que se converte em lesões renais, vasculares, articulares, ou de outro tipo. Desde esta ótica, hoje em dia há quem pensa que até algumas infecções cerebrais podem ser a conseqüência de interações entre as defesas imunológicas e os vírus da vacina. Esta tese é sustentada em vários ambientes científicos com referência às recentes epidemias de meningite desencadeadas em países cuja população havia sido anterior e forçadamente submetida a vacinações em massa.
Em 1993 a meningite afetou o Chile com centenas de casos, dos quais várias dezenas foram mortais. No início de 1996 essa doença afetou alguns países da África ocidental com 70.000 casos e mais de 9.000 mortes, dos quais a metade foi na Nigéria. Também na Europa vários países foram afetados, embora com cifras menos chamativas. Na Suíça, por exemplo, nas primeiras 45 semanas de 1996, houve 131 casos. É importante precisar que todas ou quase todas as vítimas tinham sido vacinadas anteriormente. Entre os casos de meningite provocados pela vacinação há um antecedente alarmante: em 1992 a vacina trivalente sarampo-caxumba-rubéola fabricada por SmithKline Beecham era retirada porque tinha provocado vários casos de meningite pós-vacínea. O escândalo tinha estourado na Grã-Bretanha, onde ao menos 53 crianças tinham adoecido depois de ter recebido a vacina. Outros casos de meningite por vacina constataram-se repetidamente no passado depois de outras vacinações, por exemplo a antipolio.
Um dos danos mais freqüentes das vacinas é o de provocar a doença que teriam que prevenir. Por exemplo, o dano mais freqüente da BCG ( antituberculose ) foi o de desencadear a tuberculose. Pode-se dizer o mesmo de outras vacinas. No ano passado, apesar de que a pólio praticamente tinha desaparecido na Albânia, as autoridades sanitárias fizeram vacinar a título de “prevenção” a um grande número de pessoas. O resultado foi uma epidemia de pólio entre os vacinados, também com casos mortais.
Atualmente, segundo as estatísticas publicadas no último mês de fevereiro pelo Centre for Diseases Control de Atlanta ( Estados Unidos ), a quase totalidade dos casos de poliomielite que se manifestaram nos Estados Unidos foram causados pela administração da vacina oral do tipo Sabin. A estatística, que se refere ao período 1980-1994, estabelece que de 133 casos de pólio, 125 são a conseqüência da vacinação.
O que hoje está sendo descoberto sobre as vacinas preocupa infinitamente mais que os acidentes visíveis e evidentes dos que as vacinas são a conseqüência imediata. De fato deve-se ter em conta os agentes patógenos alheios à vacina, que muitas vezes contém vírus dos quais se ignora sua presença. Esta circunstância é típica das vacinas cultivadas em tecidos animais e foi tristemente provada em 1960 quando Sweet Hillemann descobriram em tecidos de cultivo da vacina antipolio, cultivada em rins de macaco, um vírus cancerígeno chamado SV 40. Este vírus forma parte do patrimônio genético dos macacos, que são portadores de uns 50 vírus conhecidos como SV ( Simian Virus ) inócuos para sua espécie, já que formam parte de seu patrimônio genético, mas são capazes de desencadear graves doenças se são introduzidos em outras espécies.
A vacina antipolio provocou paralisia, encefalites, esclerose múltipla, epilepsia, danos neurológicos com vertigens e transtornos do equilíbrio, e muitos outros danos, mas é sobretudo relacionada com o desenvolvimento de tumores cerebrais. Segundo o Dr. Kushi, presidente da “East West Foundation” e especialista em terapias naturais contra o câncer, os tumores cerebrais são hoje em dia a causa de 35% de todas as mortes por câncer em crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Este aumento de casos de tumores cerebrais coincide com a introdução da vacina antipolio.
A contaminação por vírus alheios diz respeito a todas as vacinas cultivadas em tecidos animais. Um caso evidente foi o da mencionada BCG, cultivada em tecidos bovinos, que provocou lesões ósseas e renais, leucemia, diabetes, otites, e uma doença linfática particularmente grave que os franceses chamam de "bécégite" evidenciando sua derivação da BCG. Também a vacina contra o sarampo, quando é cultivada em rins de cão, está contaminada pelos agentes patógenos da hepatite canina, enquanto que quando é cultivada em embriões de galinha pode conter os vírus da leucose aviária.
No outono de 1996, algumas publicações científicas tinham evidenciado um novo risco das vacinas, que depende dos procedimentos de fabricação: No cultivo dos vírus das vacinas utilizam-se soros bovinos, de porcos, de cabras, etc., que contém hormônios do crescimento, para facilitar a produção em grandes quantidades. Porém, os soros de origem animal estão infectados por agentes patógenos, e agora existe também o risco de que estejam contaminados também pela Encefalopatia Bovina Espongiforme.
Baseando-se em tais constatações, as autoridades sanitárias italianas ordenaram em janeiro de 1997 retirar uma vacina contra a meningite, a Hib Titer de Cynamid, fabricada com caldo de cultivos de cérebro e coração de boi. Foi uma decisão admirável, que contudo nem a União Européia nem a Suíça aprovaram.
Quando se descobrem agentes contaminantes em vacinas que já foram administradas em grandes quantidades a crianças e adultos em todo o mundo, as autoridades sanitárias minimizam os riscos e afirmam que os processos de depuração são seguros. Isso é uma enorme mentira ! De fato, a tecnologia atual de depuração das substâncias não é perfeita, nem muito menos ! O mesmo se pode dizer do sangue contaminado usado nas transfusões. As provas de controle, tanto para as vacinas quanto para o sangue, na maioria das vezes são efetuadas com animais, mas já que os dados obtidos com animais não são válidos para o ser humano, o resultado é que vírus também mortais podem passar despercebidos. É assim com vacinas e sangue destinado às transfusões foram usados apesar de que contiveram em alguns casos os vírus da hepatite, da sífilis, da AIDS, os vírus SV dos macacos, os vírus CAEV das cabras, os vírus da leucose aviária das galinhas, e uma quantidade enorme de outros agentes patógenos perigosos para a saúde humana.
A esta contaminação do tipo biológico, deve-se acrescentar a contaminação química, com substâncias expressamente acrescentadas à vacina a título de conservantes ou como aditivos genéricos. Entre elas mencionamos as seguintes:

Ácido salicílico - responsável, nas crianças, da doença de Reye ( doença mortal caracterizada por encefalopatia, edema cerebral, convulsões e coma ) e, em adultos, de asma, hemorragias internas, trombocitopenia, etc.
Alumínio - acrescentado às vacinas como absorvente de soro. Em 1992, durante um congresso médico de Abano Terme ( Itália ) o alumínio foi acusado como veículo da doença de Alzheimer. Além disso, o alumínio pode provocar tumores no sistema linfático.
Antibióticos - alguns antibióticos, como por exemplo a eritromicina, são acrescentados às vacinas. Já desde os anos 70 se sabe que a eritromicina pode causar danos hepáticos mortais, como revelou o Health Research Group americano.
Formaldeído - declarado cancerígeno já desde os anos 80 por várias autoridades sanitárias, embora, em 1985, é acrescentado às vacinas pela comissão científica da Comunidade Européia como conservante. Usa-se também para filtrar e depurar as vacinas.

Entre os clássicos acidentes atribuídos às vacinas estão a leucemia e o câncer. Já no início deste século tinha-se observado casos de leucemia em pessoas vacinadas contra a varíola até os fatos de Nova Zelândia ( 1983 ) quando pessoas vacinadas contra a pólio contraíram câncer e outras graves doenças.
Entre os danos mais comuns das vacinas está a esclerose múltipla. Recentemente, na França, estourou um escândalo que envolveu um par de vacinas contra a hepatite B, fabricadas pelo Instituto Pasteur e por SmithKline Beecham: Várias pessoas adultas, vacinadas, contraíram a esclerose múltipla. Deve-se observar que a hepatite B se transmite unicamente por relações sexuais. Apesar disso, a vacina contra a hepatite é aconselhada, em vários países, também para os recém nascidos ! Um exemplo de como os interesses financeiros dos produtos são prioritários nas decisões das autoridades sanitárias... Com este propósito recordamos que, no início dos anos 90, o então Ministro da Saúde italiano recebeu 600 milhões de liras da empresa produtora da vacina contra a hepatite B, 3 meses antes de que esta vacina se tornasse obrigatória na Itália. Ao mesmo tempo, a mesma vacina produzia ao produtos mais de 100 bilhões de liras por ano.
Entre os danos neurológicos mais freqüentes estão as convulsões, a epilepsia, encefalites, paralisias, alterações da linguagem, danos cerebrais e deficiências mentais. Estes efeitos são típicos da vacina contra o sarampo e a coqueluche, que se administram sobretudo às crianças. Os transtornos mentais e do caráter também estão entre as conseqüências mais comuns: há crianças que não estão em condições de adaptar-se ao ambiente escolar e que se tornam inadaptados sociais por causa das vacinações.
No final de 1986 a publicação científica "Acta Médica Empírica" relatava lesões cerebrais com a conseguinte perda da inteligência por causa da vacina antipolio. Também "Le Concours Medical", em 1977, chegava às mesmas conclusões com referência à vacina antidiftérica; em 1970 a publicação "Médicine et Hygiène" chegava a conclusões análogas com referência à vacina contra coqueluche. Como se vê, estes danos são conhecidos há muito tempo, e além disso, podem ser comprovados com a observação dos casos clínicos.
O fato de que as autoridades sanitárias calem ou neguem a evidência, fez com que vários médicos se perguntassem se nos encontramos frente a um genocídio sanitário, ou se o jogo dos interesses políticos e econômicos administrados pela máfia do poder é tal que supera qualquer limite. Também deve-se ter em conta que no âmbito do sistema sanitário não apenas as vacinações estão sob acusação: ao contrário, talvez seja as menos perigosas ! Se se consideram os danos reais e potenciais dos medicamentos, dos pesticidas, dos corantes, aditivos alimentícios, dos inseticidas para uso doméstico, de todos os bens de consumo derivados da experimentação animal, nos damos conta de que o sistema sanitário mundial se baseia numa fraude colossal, baseada por sua vez na fraude da vivissecção:

Estamos frente a falsidade científica, a fábrica do horror e do erro, onde se começa com uma matança de animais para logo acabar com uma matança de humanos através de produtos que estragam nossa saúde em vez de protegê-la.
Estima-se que 1 milhão de animais são sacrificados a cada dia nos laboratórios de todo o mundo: 1 a cada 10-12 segundos, em média ! Criaturas vivas e sem defesas torturadas lentamente até a morte por fins comerciais, de carreira, de proveito, por experimentos de guerra e fins que, por detrás do pretexto da saúde, escondem os interesses ocultos de uma máfia de sádicos e de politiqueiros sem escrúpulos: nós dizemos NÃO à vivissecção poque é um crime contra a vida humana e animal, porque é uma falsa ciência, mas lhes asseguro que diríamos NÃO à vivissecção também se um só destes experimementos fosse válido. Aqui não se trata só de denunciar alguns erros científicos, aqui se trata, também e sobretudo, do respeito ético da vida. De fato podemos gritar contra a corrupção, contra as brechas no sistema sanitário e contra o fracasso científico da vivissecção, e nunca teremos gritado o suficiente. Porque, embora detrás das paredes dos laboratórios não se perpetrassem a habitual fraude com prejuízo da nossa saúde, nós lutaremos igualmente até o final para abolir a vivissecção, já que não podemos tolerar que seres vivos e sensíveis sejam submetidos à tortura, e além disso sistemática, legalizada e financiada pelos poderes públicos. Segundo as estatísticas mais de 90% das doenças tumorais hoje em dia são devidas aos efeitos nocivos dos medicamentos, das vacinas, de uma alimentação que contém substâncias químicas estranhas e pela contaminação do meio ambiente.
O fato de que muitas pessoas, apesar das vacinas que receberam se encontrarem em perfeita saúde, não prova a anunciada inocuidade das vacinas, senão o fato de que estas pessoas têm defesas imunológicas fortes, que lhes permitem fazer frente aos ataques virais e, naturalmente, também ao choque da vacina. Desde esta ótica, uma pessoa com boa saúde e com defesas imunológicas eficientes pode superar sem dificuldades a vacinação. Mas, se um organismo pode fazer frente a um ataque viral artificial, isto é, a uma introdução forçada de agentes patógenos, melhor ainda pode fazer frente a um ataque viral procedente de vias naturais. Por isso deve-se perguntar onde está a necessidade de fazer obrigatórias as vacinações, e sobretudo as de massa, tendo em conta que há doenças que desapareceram e que hoje ninguém tem a probabilidade de contraí-las.
De fato é verdade que muitas epidemias foram derrotadas, mas se deve ao fato de que foram eliminadas as causas que as provocaram: a miséria, a falta de higiene, o trabalho infantil, as moradias insalubres, comida e água contaminadas, as guerras, e muitas outras razões de ordem histórica, higiênica e social. O exemplo da Grã Bretanha durante o século passado é emblemático: a vacinação contra a varíola tornou-se obrigatória em 1853. Em 1867 a obrigação foi reforçada com a detenção e o embargo imobiliário dos que não se vacinavam. Três anos depois, em 1870, depois de ter vacinado a população, estourava na Grã Bretanha a maior epidemia de varíola da história britânica. Por fim, em 1875, o governo inglês decidiu introduzir leis sobre a higiene: então, e somente então, a varíola começou a retroceder.
As grandes epidemias de peste ou de lepra desapareceram da Europa antes que existissem as vacinações, porque as situações históricas que as tinham favorecido desapareceram. Também a escarlatina, que no princípio de nosso século dava medo, hoje desapareceu sem que nenhuma vacina contra essa doença fosse jamais posta no mercado.
Se desde o ponto de vista histórico, a higiene é a grande ganhadora das infecções, hoje que vivmemos num mundo onde a higiene é uma coisa normal, podemos dizer que a melhor prevenção está em reforçar nossas defesas imunológicas com uma alimentação sã, e uma vida sã tanto desde o ponto de vida psíquicos como fisiológico.
Tudo depende dos métodos terapêuticos usados: por exemplo, substâncias como os antibiõticos artificiais e em geral todos os medicamentos não-naturais provocam carências imunológicas. Há organizações que lutam no mundo pela liberdade de escolha terapêutica e vacínea. Trata-se de uma luta pela saúde, e também de uma luta pelos direitos civis porque o conceito de liberdade e amadurecimento das populações inclui também o respeito das escolhas sanitárias. Mas inclui sobretudo o respeito pela vida dos demais: a dos doentes e a dos animais que se acham nos laboratórios, vítimas de um falso conceito de ciência e saúde.
Eu peço hoje, a todos vocês, unir-nos para lutar em favor da abolição da vivissecção e por um mundo melhor.

Tradução do espanhol para o português: Johanns de Andrade Bezerra



Animais Não São Recurso à Nossa Disposição - Entrevista Com Tom Regan

"Explorar os animais é eticamente inaceitável", frisa Tom Regan, em entrevista ao DN.

A assunção de que os animais têm direitos tem sido apontada como o próximo desafio ético.
A UE abolirá em breve as gaiolas de bateria, as celas individuais para porcas reprodutoras e a, Inglaterra, muito possivelmente, a caça à raposa. Impensável há 30 anos, quando comecei. E, quanto mais as pessoas assumem que o consumo de carne é mau para os animais como sujeitos de uma vida que lhes é negada, mau para a saúde e o ambiente, mais avanços veremos. Sou optimista.

Há quem se recuse a admitir a ideia. Fá-lo-á porquê?
Stuart Mill escreveu que todos os grandes movimentos passam por três fases: ridicularização, discussão, adopção. Estamos na fase de discussão. Há, obviamente, quem ridicularize, o que indicia uma enorme dúvida acerca do valor da sua própria vida.

Como explicar a indiferença perante o sofrimento?
Educação, sexo, papéis e expectativas sociais não lhe serão alheios, mas a um nível mais profundo penso que se prenderá com uma "insegurança cósmica". Os animais são bode expiatório das nossas inseguranças.

O sistema de valores e de práticas que temos impede-nos de os olhar na sua individualidade?
Para alguns será mais fácil não investir emocionalmente numa vida em particular. Perante um animal em particular, somos levados a pensar no que fazer para o ajudar, a agir. Na raiz do movimento pelos direitos dos animais está, no fundo, isto: "Eu preocupo-me e vou fazer alguma coisa". E isso exige trabalho, tempo e que mudemos a nossa vida. Pensemos nisto: houve um esforço para dar melhores condições aos animais, mas isso não mudou o que está errado no fundamento: estamos a abatê-los a uma escala jamais vista. Imprimir um rosto mais humano à injustiça é prolongá-la, torná-la mais aceitável. Retardará a mudança.

A mudança é palavra-chave.
O melhor que podemos fazer é deixarmos de os explorar, cessando formas específicas de exploração. Nos EUA, os animais estão a ser usados em experiências no campo do vício das drogas, no campo do tabaco, entre tantas outras. Para derrubar esta parede, há que fazê-lo tijolo a tijolo.

As pessoas ficam chocadas, mas, muitas vezes, não mudam o seu comportamento...
É verdade, podem dizer "Meu Deus, é horrível!" e não mudar. O fosso entre saber e agir tem de ser preenchido pela empatia, pelo imaginarmos que vida de desespero seria se essa fosse a nossa vida. E que nada mudará se não agirmos. Muitas pessoas preocupam-se com o seu cão, mas não com outros cães, outros animais. E, no entanto, eles existem - nos matadouros, nos laboratórios -, mas não existem. Há que tornar visível o que é "invisível".

Há quem mude, por vezes inesperadamente.
Há quem nasça com empatia, como São Francisco. Outros serão como São Paulo, que, na estrada para Damasco, boom, se transformam! Conheço pessoas assim, que mudaram ao ver algo de terrível acontecer a um animal. Poderão ter ido a um matadouro - aconselho todos a fazê-lo - e, nesse choque, tudo mudou. Noutros, o processo é gradual.

Existe forte ligação entre a violência exercida sobre os animais e a violência interpessoal. A mesma, na sua essência?
A ligação existe. Por outro lado, julgamos que a violência partirá de um estranho, mas ela dá-se, sobretudo, na família. Donde vem esta epidemia de violência? Creio que a permissividade face à violência que exercemos sobre os animais, uma violência institucionalizada, a alimenta em larga medida. Haverá algo mais violento que ser-se esventrado? O gado é esventrado; há animais em laboratório cegados para testar um produto ou nos quais se induziram tumores. Nunca falamos disto como violência.

A tradição tem sido apontada como razão para determinadas práticas. Qual a sua visão?
É uma parte valiosa da cultura humana. Mas isso não significa que seja, necessariamente, sábia, boa e justa. As piores formas de aviltamento da vida humana foram defendidas em seu nome - como a escravatura na América. Pensemos na tourada em Portugal: tradição? Sem dúvida; sábia, boa e justa? Penso que não. É, porém, fácil fazer destas práticas bode expiatório de todos os males que afligem os animais. E a ajuda mais importante é deixarmos de os comer - nos EUA, nove biliões por ano são mortos para esse fim. Não temos a noção da real dimensão destes números.

O estudo destas questões é hoje reconhecido e prestigiado em vários países. A tal mudança?
Não há hoje uma única universidade nos EUA onde os direitos dos animais não sejam discutidos, em filosofia, antropologia, sociologia. Produziu-se uma massa crítica, reputada, a favor e contra. Não se voltará atrás.

Maria João Pinto Entrevista originalmente publicada em Diário de Notícias (9 de Julho de 2001)



Medicina Faz Mal à Saúde - Entrevista Com Vernon Coleman

O médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles

Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências, Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo "Como Impedir o seu Médico de o Matar".
Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais jornais do Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica - para ele, a grande financiadora da decadência - e, principalmente, os médicos que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios e cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que 90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.

Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento possível a seu paciente?
Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família. Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis. Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos estão entre os três maiores causadores de mortes atualmente. Os pacientes deveriam aprender a ser céticos com essa profissão. E os governos, obrigá-los a usar um selo na testa dizendo "Atenção: este médico pode fazer mal para sua saúde".

Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos dos tratamentos?
A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos colaterais. E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os remédios podem causar. Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos sejam informados quando seus companheiros de outros países detectarem problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você imagina que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que foi proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos para sair de circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes souberem do lado ruim dos remédios é que poderão tomar decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus tratamentos.

Você considera que os médicos são bem informados a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes?
A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia que vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes e esconder defeitos. Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis, severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é a ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas fabricando e vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria bélica internacional parecendo caridade de igreja.

E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar remédios?
É perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem utilizar remédios. Cerca de 90% das doenças melhoram sem tratamento, apenas por meio do processo natural de autocura do corpo. Problemas no coração podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma combinação de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas que precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios.

Receber remédios não é o que os pacientes querem quando vão ao médico?
É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso acontece porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando uma receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser feita. Os médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos apenas quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais bem do que mal.

Que problemas os remédios causam?
Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão, confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão, chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência.

Em um artigo, você cita três greves de médicos (em Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976) e diz que elas causaram redução na taxa de mortalidade. Como a ausência de médicos pode diminuir o risco à vida?
Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso estar muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias, uma infecção o fará. Sempre que os médicos entram em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo.

Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom caminho?
Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas alternativas em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer dizer que a medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas, muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar sem ter o treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente melhor ou pior que a medicina ortodoxa. O melhor remédio é aquele que funciona para o paciente.

Em um de seus livros, você afirma que a tecnologia piorou a qualidade dos diagnósticos. A lógica não diz que deveria ter acontecido o contrário?
Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam a acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década de 70, os médicos mais velhos apostavam na própria intuição. Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos se baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros que antigamente.

Você faz ferrenha oposição aos testes médicos realizados com animais em laboratórios. De que outra maneira novas drogas poderiam ser desenvolvidas?
Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos humanos que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados. Qual o sentido de testar em animais? Existe uma lista de produtos que causam câncer nos bichos, mas são vendidos normalmente para o uso humano. Só as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.

O que você faz para cuidar da saúde?
Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios físicos leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é absolutamente segura e não tem efeitos colaterais.

Sérgio Gwercman , para Superinteressante - fevereiro 2004



Pergunta ao Doutor Vernon Coleman - Site Temas Atuais na Promoção da Saúde

Ao famoso médico Dr. Vernon Coleman, autor de inúmeros livros e artigos na área da medicina e do combate à experimentação animal, perguntaram:
"O senhor acha que a ampliação dos programas de vacinação poderia explicar o aumento do número de doenças graves, antes desconhecidas entre crianças pequenas? Mortes no berço, autismo, dislexia e diversos tipos de câncer são cada vez mais comuns. É possível que estejam relacionadas com as vacinas?"

Resposta
"Acredito firmemente que se o programa de vacinação continuar — e for ampliado — veremos muitas doenças novas. Acredito, também, que doenças raras há uma ou duas gerações serão cada vez mais comuns.
Estudei vacinas e programas de vacinação durante mais de duas décadas e meu receio a seu respeito envolve três aspectos.
Primeiro, os efeitos colaterais imediatos são preocupantes. Alguns são graves (como os danos cerebrais), outros mais leves.
Segundo, temo os possíveis danos que essas vacinas podem causar ao sistema imunológico. Muitas crianças tomam 30 vacinas antes de chegar à idade adulta. Que efeito essas vacinas exercem sobre o organismo?
Em terceiro lugar, estou preocupado com o fato de que as vacinas podem interferir no processo normal de crescimento — a exposição às doenças infantis comuns, que em sua maioria são relativamente inofensivas. Essas doenças não seriam necessárias para o desenvolvimento sadio do sistema imunológico? Será que as vacinas interferem com esse processo? Desconfio que sim.
Existe, também, o perigo de que as vacinas mudem a forma como as infecções afetam o corpo humano. A idade com que as crianças costumam contrair caxumba aumentou desde que a vacina contra caxumba foi introduzida. E a caxumba atípica (uma forma da doença muito perigosa e difícil de tratar) está se tornando mais comum. Que novas cepas de doenças estamos introduzindo ao usar vacinas de forma tão imprudente?"

Fonte: Vernon Coleman's Health Letter, vol. 5 nº 3, outubro 2000
Site TAPS - Temas Atuais na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/vacina03.htm



Porque Defendem os Cientistas as Investigações Com Animais - National Anti-Vivisection Society

Os anti-vivisseccionistas usam um argumento de duas vertentes para dar substância à sua luta contra as experiências em animais. Eles opõe-se às experiências com animais tanto a nível ético como cientifico. Ambas as perspectivas deste argumento providenciam testemunhos compelentes de que a vivissecação é cruel e inadequada, e que desperdiça tempo, dinheiro e recursos que poderiam ser aproveitados no alivio do sofrimento humano. Então, porquê, os investigadores continuam a conduzir e defender as experiências em animais à luz das invencíveis provas - mesmo aquelas vindas da comunidade cientifica - de que estas providenciam resultados insignificantes? As respostas são muitas e variadas - mas todas levam ao mesmo caminho: dinheiro.
Apesar do facto que as experiências em animais têm sido mostradas como uma metodologia obsoleta, as investigações em animais continuam porque estão dentro dos melhores interesses financeiros dos cientistas, assim como um certo número de outras entidades. Estas entidades incluem hospitais, burocratas de regulamentação, empresas farmacêuticas, jornais cientificos, criadores de animais, advogados e até mesmo os media noticiosos. Todos eles lucram, seja directamente ou indirectamente, das investigações em animais, e estão desta forma profundamente comprometidos a manter o seu status quo.
Considere o cientista cuja garantia do seu trabalho e prestigio estão depositadas no número de artigos cientificos que este consiga publicar. É chamado o síndroma do "publique ou pereça", e está vivo e de boa saúde em todas as instituições académicas nos EUA. Não é a qualidade da pesquisa que é importante, mas sim a quantidade. Quantos mais artigos o investigador publicar, manterá cada vez mais segura a sua posição. Os investigadores que não publiquem o suficiente em determinados períodos de tempo, acabam despromovidos ou desempregados. E a competição é dura. Cerca de apenas 15% de todas as aplicações de investigações são aceites.
Os cientistas são frequentemente postos num pedestal, glorificados pela sua inteligência e poderes de investigação. Mas eles também têm contas a pagar e familias para sustentar. Tudo resume-se a uma segurança financeira e evolução na carreira - e as experiências em animais providenciam uma forma eficiente. Diferente da investigação clinica - que trabalha com informações baseadas em seres humanos - as experiências em animais geram resultados mais rápidos com menos esforço. Está estimado que para cada documento que um clinico possa produzir, um investigador que use animais pode produzir cinco. Isto porque a investigação com animais não demora tanto tempo a demonstrar resultados; o tempo de vida de um animal é muito menor que o de um ser humano, e as doenças progridem muito mais rapidamente.
Frequentemente, os investigadores seguem pelo caminho mais fácil de todos: tomando um conceito que já havia sido estabelecido, e torcendo-o um pouco de modo a ser introduzida uma variável (assim como diferentes espécies animais ou dosagens) para justificar um estudo suplementar. Isto é feito a toda a hora, e resulta numa enorme quantidade de estudos virtualmente duplicados. Para além do mais, na maior parte dos casos o "conceito" já havia sido comprovado usando dados de seres humanos.
Apesar do lucro ser provavelmente o maior motivo pelo qual os investigadores continuam as experiências em animais, este não é o único. Muitos cientistas estão aficionados à tradição - e a tradição diz-lhes que as experiências em animais é um método apropriado de investigação. Grandes instituições académicas recompensam a convencionalidade sobre a inovação, e desta forma o pensamento creativo não é geralmente bem-vindo nestes santificados corredores da ciência. Os cientistas que se apercebem da inutilidade das experiências em animais são rápidamente silenciados. E os que se recusam a ser silenciados, fazem-no à margem dum grande perigo na sua carreira.
Agora vamos seguir o rasto do dinheiro um pouco mais longe pelo caminho - até às empresas farmacêuticas que também beneficiam das investigações em animais. Quando as empresas de medicamentos desenvolvem um novo composto que tem potenciais efeitos terapêuticos em seres humanos, eles dão largas quantias de dinheiro - em milhões de dólares - a uma instituição académica para estudar o medicamento. Os investigadores testam os medicamentos em animais. Se o medicamento passar nos testes em animais, segue para os ensaios clínicos (humanos), e depois para o mercado onde serão gerados lucros incalculáveis para as empresas de medicamentos.
Os testes em animais são usados como uma alternativa rápida aos ensaios clinicos, enquanto que providenciam uma rede legal de segurança para as empresas de medicamentos. Porque os testes em animais são usados para provar ou refutar queixas contra as empresas de medicamentos (e o Estado) que resultam de efeitos secundários imprevistos, eles protegem as empresas de serem processadas o que lhes poderia custar grandes quantias monetárias.
Para além dos cientistas e das empresas farmacêuticas, as experiências em animais coloca dinheiro nos bolsos de casas que fornecem material biológico e os animais assim como o equipamento e materiais utilizados para os manter em laboratórios. Os editores de jornais cientificos - muitos deles apoiantes das experiências em animais uma vez que providencia-lhes uma fonte estável de material para publicar - têm lucrado ao criar cada vez mais jornais, que trazem imensos proveitos de anúncios (de empresas de medicamentos e casas de material biológico).
Mesmo quando uns poucos beneficiam desta vasta e inter-relacionada teia de proveitos, existem muitos perdedores. Incalculáveis números de animais sofrem destinos inimagináveis. Pessoas doentes que poderiam beneficiar dos tratamentos que são postos de parte pela máquina da investigação animal são, de muitas formas, tão vitimizados quanto os animais. E o dinheiro difícil de ganhar do contribuinte americano, que suporta a vasta conta da maior parte das experiências em animais através dos fundos de investigação do governo, é desperdiçado enquanto que programas de longe mais vantajosos continuam sem fundos ou cortados pela falta destes.

Site da National Anti-Vivisection Society, USA - http://www.navs.org
Traduzido por Ricardo Martins, PT



Um Chimpanzé Tem Mais Direito à Vida Que Um Feto Humano - Entrevista Com Peter Singer

Defensor do aborto, da eutanásia e dos direitos dos animais, Singer é um dos bioeticistas mais polêmicos do planeta

Entrevista

Quem tem mais direito à vida: um chimpanzé na floresta ou um feto humano no útero da mãe?
"O chimpanzé", responde, sem medo, o professor de bioética Peter Singer, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. "Só o fato de ser membro da espécie Homo sapiens não é garantia de direito à vida", diz ele.
Defensor do aborto, da eutanásia e dos direitos dos animais, Singer é um dos bioeticistas mais renomados e polêmicos do planeta. Fala o que muitos se atreveriam a pensar, mas jamais teriam a coragem de dizer.
"Não acho que o feto tem direito à vida porque ele não é um ser autoconsciente." Os chimpanzés, gorilas e outros primatas superiores, por outro lado, são animais plenamente conscientes de sua existência, diz o professor. Singer, inclusive, é um dos fundadores do Great Ape Project, uma iniciativa internacional que busca garantir aos primatas os mesmos direitos básicos dos seres humanos: vida, liberdade e proibição da tortura.
Australiano, vegetariano e com quase 60 anos, Singer é fundador da Associação Internacional de Bioética e autor de Libertação Animal, de 1975, um dos livros mais influentes sobre o movimento de defesa dos direitos dos animais. Na semana passada, esteve em São Paulo para participar do Congresso Pitágoras 2006 e falou ao Estado sobre algumas de suas posições mais polêmicas.

Há um projeto de lei no Congresso brasileiro que visa a descriminalizar o aborto, que hoje é permitido apenas em casos de estupro e risco de vida para a mãe. Qual a posição do senhor sobre isso?

Eu sou a favor de que as mulheres possam fazer abortos quando desejarem. Especialmente se o aborto for feito quando o feto ainda é incapaz de sentir dor. Minha preocupação maior é com a dor e o sofrimento. Até 20 semanas de gestação, quando ocorre a maioria dos abortos, o feto não está nem mesmo consciente, por isso não acredito que tenha direito à vida. Por essa razão, eu permitiria às mulheres escolher se querem fazer um aborto até esse período. Após 20 semanas, eu ainda não seria completamente contrário, mas seria mais flexível à adoção de restrições.

O que o senhor está dizendo certamente vai deixar muita gente indignada. Imagino que deva receber muitas críticas por isso.
O conceito geral é o de que se você é um ser humano, você automaticamente tem direito à vida. Esse é um dos problemas com o debate do aborto: as pessoas que são contra dizem que o feto é um ser humano e, portanto, tem direito à vida. Eu acho que a primeira parte está correta: o feto é um ser humano. Mas não necessariamente a segunda. Não acho que o simples fato de pertencer a uma espécie seja garantia de direitos morais; acho que você adquire direitos morais pelo indivíduo que você é. Se você não é um ser autoconsciente, não acho que tenha direito à vida. A idéia geral é, muitas vezes, religiosa: as pessoas acreditam que o ser humano possui uma alma e que o homem é feito à imagem de Deus ou coisa desse tipo. Acho que muitas das pessoas que criticam minhas opiniões são contra o aborto por questões religiosas, mesmo que não usem esse argumento explicitamente.

O mesmo conceito se aplicaria a um embrião humano?
Certamente. É mais difícil ainda, até para uma pessoa religiosa, dizer que um embrião prematuro tem direito à vida. Como até alguns católicos argumentam, o embrião em seus estágios iniciais de desenvolvimento é apenas um aglomerado de células, e cada uma dessas células pode se tornar um indivíduo - já que, às vezes, o embrião se divide e dá origem a dois ou mais indivíduos.

Nesse caso, então, não haveria problema ético nas pesquisas com células-tronco embrionárias?
Acho que não. Eu acho que você deve obter o consentimento dos donos dos gametas (os pais). Se eles estiverem dispostos a doar seus gametas ou seus embriões para pesquisa científica, não vejo nenhum problema ético nisso.

Considerando sua posição com relação aos primatas, então, seria correto dizer que o senhor dá mais valor à vida de um chimpanzé do que à de um feto humano?
É verdade; não nego isso. O chimpanzé é um ser autoconsciente. Os chimpanzés são capazes de se reconhecer no espelho, eles demonstram pensamento e planejam o que fazem. Eu diria até que têm um certo senso de moralidade na maneira como lidam uns com os outros. Eles sofrem quando alguém próximo a eles morre. Portanto, é preciso reconhecer que os chimpanzés têm um estado de vida mental e emocional que um feto não tem, porque seu cérebro não está suficientemente desenvolvido. Então é verdade: eu diria que os chimpanzés têm direitos que superam os de um feto humano. É claro que, normalmente, o feto é algo que a mulher ama e deseja, e por isso ele merece nossa proteção. Mas se a mulher não quer a gravidez, e você considera apenas os direitos do feto isoladamente, acho que ele não tem direito à vida, enquanto o chimpanzé tem.

Ainda sobre reprodução humana, há muita expectativa (e preocupação) sobre a futura possibilidade de selecionar a cor dos olhos, cabelos e outras características de uma criança por meio de embriões in vitro. Além da seleção de sexo, que já é possível. Até que ponto devemos nos permitir escolher as características de nossos filhos?
Esse é, certamente, um dos grandes dilemas que teremos de enfrentar nos próximos anos. No caso da escolha de sexo, eu permitiria a seleção para fins de equilíbrio familiar - ou seja, quando um casal já possui crianças de um sexo e deseja escolher o sexo do próximo filho. Mas não permitiria a escolha desde o início, pois temo que isso levaria a um aumento desproporcional do número de meninos, com conseqüências indesejáveis 20 anos mais tarde.

E sobre outras características?
Aí é mais difícil. Não acho que a cor dos olhos seja uma preocupação. Acho que o dilema será a seleção de habilidades e aptidões especiais - assumindo, é claro, que essas tenham uma base genética que possa ser selecionada. Se os cientistas forem capazes de identificar, geneticamente, embriões que tenham melhor aptidão educacional ou melhor aptidão esportiva, podemos certamente imaginar casais que vão querer fazer essa seleção. Isso seria um problema. Não sou, a princípio, contra qualquer tipo de seleção, mas me preocupo com a questão da eqüidade: se temos uma sociedade que já é profundamente dividida em termos de riqueza, e se apenas as pessoas ricas puderem ir a uma clínica e selecionar os melhores embriões, vamos transformar essa divisão econômica em uma divisão genética. Não gostaria de ver isso acontecer.

E quanto à eliminação de doenças genéticas, via seleção de embriões? Até que ponto podemos, eticamente, tentar "melhorar" a raça humana?
Se ignorarmos a questão da eqüidade, imaginarmos que todas as pessoas têm acesso a esse tipo de seleção e considerarmos apenas coisas que todos concordam ser uma melhoria, não vejo problema nisso. Nós já tentamos melhorar as gerações futuras de muitas maneiras - por exemplo, por meio da educação - e se pudermos fazer a mesma coisa por meio da genética, acho que seria apenas um outro caminho para chegar ao mesmo objetivo.

Muitas pessoas chamariam isso de eugenia.
Você pode usar esse rótulo se quiser. É claro que é um rótulo que cheira mal, porque foi usado pelos nazistas, mas isso já é praticado nos países que permitem o aborto. Nos EUA, qualquer mulher que engravida após os 35 anos é indicada a fazer um teste genético por seu médico. Se o teste revela que a criança tem síndrome de Down ou outra doença genética grave, mais de 80% das mulheres optam por interromper a gestação. Portanto, é uma seleção que já está sendo feita, com o apoio da maioria dos casais. Há uma sensação de que as pessoas não querem ter filhos com problemas cromossômicos graves, e isso é absolutamente razoável.

Herton Escobar - Jornal O Estado de São Paulo



Câncer - Perdendo Uma Guerra Que Poderia Ser Facilmente Vencida - SUPRESS

Após mais de 100 anos de pesquisas com animais, um número muito maior de pessoas está morrendo de câncer

Mais e mais evidências do fato de que alguma coisa está mortalmente errada pelo caminho, o qual a indústria biomédica está tentando encontrar curas para muitas doenças que afligem os americanos. Após décadas desperdiçando elevadas quantias de dinheiro em pesquisas e sendo cobradas diariamente por avanços “iminentes” na cruzada nacional contra o câncer, nós agora afirmamos que mais pessoas estão morrendo de câncer muito mais do que antes.
É um tipo de catástrofe (o mesmo está acontecendo com praticamente todas as outras doenças) que trouxe o mais abundante sistema de saúde da história aos seus joelhos. A conseqüência deste colapso em termos de devastação econômica pode apenas ser parcialmente medida: só em 1994, os E.U.A. gastou 1.15 trilhões de dólares, no que ainda chamamos de ”cuidados com a saúde” (e está aumentando 16 % anualmente – 160 bilhões ao ano). As perdas, referentes a falta de produtividade, por exemplo, são igualmente astronômicas; embora muito mais difíceis de medir. O que este colapso representa em termos de sofrimento humano para todos nós, é realmente incalculável.
Em 30 de setembro de 1994, a manchete jornalística, “Painel Americano Deseja Total Revisão da Pesquisa do Câncer”, o “Los Angeles Times” divulgou que 15 membros do comitê consultivo, um sub-comitê do “Comitê Nacional do Câncer” (composto por representantes da pesquisa do câncer, medicina, indústria da enfermagem, comunicações e direitos legais dos pacientes) recomendou uma varredura na campanha anti-câncer.
Isto foi o que se teve conhecimento do relatório do sub-comitê ao congresso:

UM CHAMADO DE ALERTA

Interessantemente, está não é a primeira vez que alguém da área fez uma grande chamada de alerta. Existem muitas outras durante estes anos, incluindo John C. Bailar III, da Escola de Saúde Pública de Harvard e Elaine Smith, do Centro Médico da Universidade de Iowa, a qual coordenou e participou do artigo intitulado, “Progresso Contra o Câncer?” publicado em 8 de maio de 1986, parte da edição do “NEW England Journal of Medicine”.
Naquela época, o artigo em questão fez considerável barulho divulgando que a guerra contra o câncer estava perdida. Existem algumas declarações feitas pelos Drs. Bailar e Smith na conclusão do artigo:
“O nível de mortalidade pela idade mostrou um devagar e constante aumento ao longo de muitas décadas e não existe evidência de uma recente tendência para baixo. Neste senso clínico, nós estamos perdendo a guerra contra o câncer.”
“A conclusão principal que temos, é que estes 35 anos de intensos esforços enfocando um largo progresso, deve ser julgado como um qualificado fracasso.”
“Por que o câncer é a maior causa de morte, a qual o índice por idade avançada continua aumentando?”
“Com base na pesquisas médicas anteriores com doenças infecciosas e benignas, nós suspeitamos que uma das áreas mais promissoras é a prevenção do câncer ao invés do tratamento. Oportunidades de pesquisas na área da prevenção do câncer deveriam ter um suporte melhor, mesmo que fosse necessária uma substancial redução de pesquisas. Certamente, que experiências decepcionantes do passado devem lidar com um objetivo direto, e uma maneira compreensiva antes de irmos em busca de curas que sempre parecem estar fora de alcance.”
Assim como muitas outras doenças continuam incuráveis, a questão óbvia com relação ao câncer é: Após gastar bilhões e bilhões de dólares e décadas de massivos esforços na área médica e de instituições de pesquisa no país, como é possível não apenas falharmos em parar o câncer, mas vivemos uma situação pior que antes?!
Visto por este ângulo, é claro, que o problema foi mentiroso ao nível de promessas. Em outras palavras, a fundação da pesquisa do câncer teve que ser falha no âmago da questão. Apenas um erro fundamental pode tender para um desastre desta magnitude.
O que seria este erro? O que está na raiz de uma falha total da pesquisa biomédica? Doutores Bailar e Smith deram apenas uma parte da resposta à está questão vital quando eles corajosamente demonstraram que existe uma total falta de interesse na prevenção que impregna o sistema atual. Eles ressaltam que a comunidade médica/científica está apenas interessada em “pesquisas relacionadas ao tratamento”, significando é claro, que a única utilidade é quando o câncer aparece.
Mas os doutores Bailar e Smith vão um passo além: Eles claramente afirmam que as “pesquisas relacionadas ao tratamento” estão baseada totalmente na pesquisa experimental em animais, a qual é a verdadeira razão para o seu fracasso.

PREVENÇÃO: UM SONHO ALCANÇÁVEL

Existem apenas 2 maneiras de lidar com os problemas de saúde humana: prevenção e pesquisa clínica. Sendo assim, a escolha mais inteligente é empregar nossos recursos na prevenção.
Não existe dúvida, que muitos tipos de “câncer” estão diretamente relacionados a nossa dieta. Massivos pontos de evidência pelo fato que uma dieta vegetariana (sem produtos de origem animal) é a melhor maneira de prevenir o câncer, além de evitar álcool e cigarros. Substâncias cancerígenas são também outros fatores. Um verdadeiro programa enfocando a prevenção poderia eliminar o grau incalculável de sofrimento e economizaria trilhões de dólares.
Infelizmente, a prevenção enfoca dois problemas: “O império das pesquisas médica/química/farmacêutica”, que não estão interessados na prevenção, porque sabem muito bem que não podem melhorar a saúde humana. O único que se beneficia com a prevenção é o próprio indivíduo. Mas, em geral, a prevenção não é abraçada por aqueles que tem algo a ganhar com o público na sua totalidade.
Nos últimos 50 anos, o império biomédico fez um fantástico trabalho de descrédito pela prevenção (convencendo as pessoas ser uma utopia) e que a maioria das pessoas não acreditam que possam ter uma vida livre de doenças. Realmente, a maioria das pessoas pensam o contrário, e que é natural as pessoas ficarem doentes. Além disso, como alguém espera que outras pessoas acreditem neste conceito, quando o que todos vêem é uma doença totalmente difundida no meio!?

PESQUISA CLÍNICA X PESQUISA EXPERIMENTAL

Em conjunto com a prevenção, a única outra escolha inteligente é a pesquisa clínica ou a observação de todos o que ficaram doentes apesar de medidas preventivas.
Sem sombra de dúvida a informação mais confiável que serve para qualquer doença, só pode ser obtido pelo exame daqueles que contraíram a doença espontaneamente. Somente esta informação vital pode nos conduzir ao tratamento efetivo e a cura real. E por isso apenas os que “clinicam”, é que são os únicos que sabem alguma coisas sobre doenças humanas, pois infelizmente, a atual classe biomédica rejeita tanto a prevenção como a pesquisa clínica. Ao invés disso, preferem confiar na experimentação animal.
A pesquisa experimental é o oposto tanto da prevenção como da pesquisa clínica. Tentando recriar doenças humanas (naturalmente adquiridas pelos humanos) em um corpo sadio constitui a pesquisa experimental. É impossível recriar uma doença espontaneamente adquirida pelos humanos em um animal saudável (ou um humano para esta finalidade), simplesmente por que desde o momento em que seja recriada, é artificial e e não mais a doença natural - “original”. Francamente, “recriado” e “ espontâneo”, são termos contraditórios. Algumas vezes é possível recriar aparentemente alguns sintomas da doença, mas jamais a doença em si. A exceção a este fato é o caso de doenças infecciosas. Embora, animais não peguem doenças infecto-contagiosas de humanos. Isto explica, por que não existe um simples animal não-humano que tenha contraído a AIDS-humana, apesar do esforço contínuo dos vivissectores em tentar criar um modelo animal não-humano de AIDS. Isto segue a premissa, de que a pesquisa experimental não pode achar curas para doenças, não importando os milhões de dólares que são gastos.
O conceito pelo qual a vivissecção se vale destituí de qualquer validade científica, lógica ou senso comum. Considere a premissa sobre a qual se baseia a pesquisa biomédica:

1. Animais não-humanos saudáveis são “supostamente” infectados com doenças humanas.
2. A doença é então estudada no animal.
3. A “cura” é encontrada (usualmente após se iludir com drogas) para o animal de laboratório.
4. A “cura” é depois extrapolada aos humanos.

Isto é o chamado modelo animal de câncer humano, diabetes, etc. Tragicamente, quase todas as pesquisas biomédicas conduzidas hoje em dia, incluindo a pesquisa do câncer, é baseada no modelo animal de doença humana.
Previsivelmente, o absurdo conceito de que doenças espontaneamente adquiridas por humanos, podem ser recriadas em laboratórios (obviamente um oximoro) e que a medicina humana pode se basear nisto.

SUPRESS



Os Vendedores de Doenças - Le Monde Diplomatique-Brasil

As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa "síndrome" que exige tratamento

Há cerca de trinta anos, o dirigente de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo fez declarações muito claras. Na época, perto da aposentadoria, o dinâmico diretor da Merck, Henry Gadsden, revelou à revista Fortune seu desespero por ver o mercado potencial de sua empresa confinado somente às doenças. Explicando preferiria ver a Merck transformada numa espécie de Wringley's - fabricante e distribuidor de gomas de mascar -, Gadsden declarou que sonhava, havia muito tempo, produzir medicamentos destinados às... pessoas saudáveis. Porque, assim, a Merck teria a possibilidade de "vender para todo mundo". Três décadas depois, o sonho entusiasta de Gadsden tornou-se realidade.
As estratégias de marketing das maiores empresas farmacêuticas almejam agora, e de maneira agressiva, as pessoas saudáveis. Os altos e baixos da vida diária tornaram-se problemas mentais. Queixas totalmente comuns são transformadas em síndromes de pânico. Pessoas normais são, cada vez mais pessoas, transformadas em doentes. Em meio a campanhas de promoção, a indústria farmacêutica, que movimenta cerca de 500 bilhões dólares por ano, explora os nossos mais profundos medos da morte, da decadência física e da doença - mudando assim literalmente o que significa ser humano.
Recompensados com toda razão quando salvam vidas humanas e reduzem os sofrimentos, os gigantes farmacêuticos não se contentam mais em vender para aqueles que precisam. Pela pura e simples razão que, como bem sabe Wall Street, dá muito lucro dizer às pessoas saudáveis que estão doentes.

A fabricação das "síndromes"

A maioria de habitantes dos países desenvolvidos desfruta de vidas mais longas, mais saudáveis e mais dinâmicas que as de seus ancestrais.
Mas o rolo compressor das campanhas publicitárias, e das campanhas de sensibilização diretamente conduzidas, transforma as pessoas saudáveis preocupadas com a saúde em doentes preocupados. Problemas menores são descritos como muitas síndomes graves, de tal modo que a timidez torna-se um "problema de ansiedade social", e a tensão pré-menstrual, uma doença mental denominada "problema disfórico pré-menstrual". O simples fato de ser um sujeito "predisposto" a desenvolver uma patologia torna-se uma doença em si.
O epicentro desse tipo de vendas situa-se nos Estados Unidos, abrigo de inúmeras multinacionais famacêuticas. Com menos de 5% da população mundial, esse país já representa cerca de 50% do mercado de medicamentos. As despesas com a saúde continuam a subir mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Cresceram quase 100% em seis anos - e isso não só porque os preços dos medicamentos registram altas drásticas, mas também porque os médicos começaram a prescrever cada vez mais.
De seu escritório situado no centro de Manhattan, Vince Parry representa o que há de melhor no marketing mundial. Especialista em publicidade, ele se dedica agora à mais sofisticada forma de venda de medicamentos: dedica-se, junto com as empresas farmacêuticas, a criar novas doenças. Em um artigo impressionante intitulado "A arte de catalogar um estado de saúde", Parry revelou recentemente os artifícios utilizados por essas empresas para "favorecer a criação" dos problemas médicos [1]. Às vezes, trata-se de um estado de saúde pouco conhecido que ganha uma atenção renovada; às vezes, redefine-se uma doença conhecida há muito tempo, dando-lhe um novo nome; e outras vezes cria-se, do nada, uma nova "disfunção". Entre as preferidas de Parry encontram-se a disfunção erétil, o problema da falta de atenção entre os adultos e a síndrome disfórica pré-menstrual - uma síndrome tão controvertida, que os pesquisadores avaliam que nem existe.

Médicos orientados por marqueteiros

Com uma rara franqueza, Perry explica a maneira como as empresas farmacêuticas não só catalogam e definem seus produtos com sucesso, tais como o Prozac ou o Viagra, mas definem e catalogam também as condições que criam o mercado para esses medicamentos.
Sob a liderança de marqueteiros da indústria farmacêutica, médicos especialistas e gurus como Perry sentam-se em volta de uma mesa para "criar novas idéias sobre doenças e estados de saúde". O objetivo, diz ele, é fazer com que os clientes das empresas disponham, no mundo inteiro, "de uma nova maneira de pensar nessas coisas". O objetivo é, sempre, estabelecer uma ligação entre o estado de saúde e o medicamento, de maneira a otimizar as vendas.
Para muitos, a idéia segundo a qual as multinacionais do setor ajudam a criar novas doenças parecerá estranha, mas ela é moeda corrente no meio da indústria. Destinado a seus diretores, um relatório recente de Business Insight mostrou que a capacidade de "criar mercados de novas doenças" traduz-se em vendas que chegam a bilhões de dólares. Uma das estratégias de melhor resultado, segundo esse relatório, consiste em mudar a maneira como as pessoas vêem suas disfunções sem gravidade. Elas devem ser "convencidas" de que "problemas até hoje aceitos no máximo como uma indisposição" são "dignos de uma intervenção médica". Comemorando o sucesso do desenvolvimento de mercados lucrativos ligados a novos problemas da saúde, o relatório revelou grande otimismo em relação ao futuro financeiro da indústria farmacêutica: "Os próximos anos evidenciarão, de maneira privilegiada, a criação de doenças patrocinadas pela empresa".
Dado o grande leque de disfunções possíveis, certamente é difícil traçar uma linha claramente definida entre as pessoas saudáveis e as doentes. As fronteiras que separam o "normal" do "anormal" são freqüentemente muito elásticas; elas podem variar drasticamente de um país para outro e evoluir ao longo do tempo. Mas o que se vê nitidamente é que, quanto mais se amplia o campo da definição de uma patologia, mais essa última atinge doentes em potencial, e mais vasto é o mercado para os fabricantes de pílulas e de cápsulas.
Em certas circunstâncias, os especialistas que dão as receitas são retribuídos pela indústria farmacêutica, cujo enriquecimento está ligado à forma como as prescrições de tratamentos forem feitas. Segundo esses especialistas, 90% dos norte-americanos idosos sofrem de um problema denominado "hipertensão arterial"; praticamente quase metade das norte-americanas são afetadas por uma disfunção sexual batizada FSD (disfunção sexual feminina); e mais de 40 milhões de norte-americanos deveriam ser acompanhados devido à sua taxa de colesterol alta. Com a ajuda dos meios de comunicação em busca de grandes manchetes, a última disfunção é constantemente anunciada como presente em grande parte da população: grave, mas sobretudo tratável, graças aos medicamentos. As vias alternativas para compreender e tratar dos problemas de saúde, ou para reduzir o número estimado de doentes, são sempre relegadas ao último plano, para satisfazer uma promoção frenética de medicamentos.

Quanto mais alienados, mais consumistas

A remuneração dos especialistas pela indústria não significa necessariamente tráfico de influências. Mas, aos olhos de um grande número de observadores, médicos e indústria farmacêutica mantêm laços extremamente estreitos.
As definições das doenças são ampliadas, mas as causas dessas pretensas disfunções são, ao contrário, descritas da forma mais sumária possível. No universo desse tipo de marketing, um problema maior de saúde, tal como as doenças cardiovasculares, pode ser considerado pelo foco estreito da taxa de colesterol ou da tensão arterial de uma pessoa. A prevenção das fraturas da bacia em idosos confunde-se com a obsessão pela densidade óssea das mulheres de meia-idade com boa saúde. A tristeza pessoal resulta de um desequilíbrio químico da serotonina no célebro.
O fato de se concentrar em uma parte faz perder de vista as questões mais importantes, às vezes em prejuízo dos indivíduos e da comunidade. Por exemplo: se o objetivo é a melhora da saúde, alguns dos milhões investidos em caros medicamentos para baixar o colesterol em pessoas saudáveis, podem ser utilizados, de modo mais eficaz, em campanhas contra o tabagismo, ou para promover a atividade física e melhorar o equilíbrio alimentar.
A venda de doenças é feita de acordo com várias técnicas de marketing, mas a mais difundida é a do medo. Para vender às mulheres o hormônio de reposição no período da menopausa, brande-se o medo da crise cardíaca.
Para vender aos pais a idéia segundo a qual a menor depressão requer um tratamento pesado, alardeia-se o suicídio de jovens. Para vender os medicamentos para baixar o colesterol, fala-se da morte prematura. E, no entanto, ironicamente, os próprios medicamentos que são objeto de publicidade exacerbada às vezes causam os problemas que deveriam evitar.
O tratamento de reposição hormonal (THS) aumenta o risco de crise cardíaca entre as mulheres; os antidepressivos aparentemente aumentam o risco de pensamento suicida entre os jovens. Pelo menos, um dos famosos medicamentos para baixar o colesterol foi retirado do mercado porque havia causado a morte de "pacientes". Em um dos casos mais graves, o medicamento considerado bom para tratar problemas intestinais banais causou tamanha constipação que os pacientes morreram. No entanto, neste e em outros casos, as autoridades nacionais de regulação parecem mais interessadas em proteger os lucros das empresas farmacêuticas do que a saúde pública.

A "medicalização" interesseira da vida

A flexibilização da regulação da publicidade no final dos anos 1990, nos Estados Unidos, traduziu-se em um avanço sem precedentes do marketing farmacêutico dirigido a "toda e qualquer pessoa do mundo". O público foi submetido, a partir de então, a uma média de dez ou mais mensagens publicitárias por dia. O lobby farmacêutico gostaria de impor o mesmo tipo de desregulamentação em outros lugares.
Há mais de trinta anos, um livre pensador de nome Ivan Illich* deu o sinal de alerta, afirmando que a expansão do establishment médico estava prestes a "medicalizar" a própria vida, minando a capacidade das pessoas enfrentarem a realidade do sofrimento e da morte, e transformando um enorme número de cidadãos comuns em doentes. Ele criticava o sistema médico, "que pretende ter autoridade sobre as pessoas que ainda não estão doentes, sobre as pessoas de quem não se pode racionalmente esperar a cura, sobre as pessoas para quem os remédios receitados pelos médicos se revelam no mínimo tão eficazes quanto os oferecidos pelos tios e tias [2] ".
Mais recentemente, Lynn Payer, uma redatora médica, descreveu um processo que denominou "a venda de doenças": ou seja, o modo como os médicos e as empresas farmacêuticas ampliam sem necessidade as definições das doenças, de modo a receber mais pacientes e comercializar mais medicamentos [3]. Esses textos tornaram-se cada vez mais pertinentes, à medida que aumenta o rugido do marketing e que se consolidas as garras das multinacionais sobre o sistema de saúde.

*Autor recomendado pelo IPETRANS: Ivan Illich, com a Nêmesis da Medicina, on-line - http://www.ivanillich.org/Principal.htm

Mais autores recomendados: http://www.ipetrans.hpg.ig.com.br/IPETRANS-166.htm

* Philippe Pignarre, "O que é o medicamento?", Ed. 34,1999.

Bibliografia complementar:

* A revista médica PLoS Medecine traz, em seu número de abril de 2006, um importante dossiê sobre "A produção de doenças" - http://medicine.plosjournals.org/

* Na França, as revistas Pratiques (dirigida ao grande público) e Prescrire (destinada aos médicos) avaliam os medicamentos e trazem um olhar crítico sobre a definição das doenças.

*Jörg Blech, Les inventeurs de maladies. Manouvres et manipulations de l'industrie pharmaceutique, Arles, Actes Sud, 2005.

* Philippe Pignarre, Comment la dépression est devenue une épidémie, Paris, Hachette-Littérature, col. Pluriel, 2003.

[1] Ler, de Vince Parry, "The art of branding a condition ", Medical Marketing & Media, Londres, maio de 2003.

[2] *Ler, de Ivan Illich, Némésis médicale, Paris, Seuil, 1975.

[3] Ler, de Lynn Payer, Disease-Mongers: How Doctors, Drug Companies, and Insurers are Making You Feel Sick, Nova York, John Wiley & Sons, 2002.

Ray Moynihan, Alain Wasmes ( Tradução: Wanda Caldeira Bran ) -Matéria do Le Monde Diplomatique-Brasil



O Ecoterrorista - Entrevista Com Jerry Vlasak - Superinteressante

Para o ativista Jerry Vlasak, vale tudo na luta contra o uso de animais como cobaias em testes de laboratórios. Até matar cientistas.

Seria durante uma passagem pela Grã-Bretanha que o médico e ativista americano Jerry Vlasak explicaria à Super Interessante suas opiniões sobre a luta pelos direitos dos animais. A entrevista ocorreria na Inglaterra, durante um encontro promovido por ativistas da Europa e dos Estados Unidos. Mas o texano radicado na Califórnia nem teve oportunidade de arrumar as malas. O governo britânico negou seu pedido de visto, alegando que suas “opiniões perigosas” não são bem-vindas no país.
Ao conversar com a revista por telefone, Vlasak mostrou por que quando abre a boca assusta autoridades, aterroriza a indústria farmacêutica e recebe críticas da maior parte da comunidade científica. Suas idéias são uma amostra do que muita gente chama de ecoterrorismo. Acha, por exemplo, “moralmente aceitável”, o assassinato de cientistas que utilizem cobaias de laboratório. “As mortes só ajudariam a causa”, afirma.
Quando não está atendendo vítimas de acidente de trânsito, tiros e facadas um hospital de Los Angeles, Vlasak dá assessoria científica a entidades como Speak e Shac, duas das mais radicais organizações antitestes com animais. Atualmente, os grupos tentam impedir a construção do novo laboratório de cobaias na Universidade de Oxford e varrer do mapa a Huntingdon Life Sciences, empresa especializada em pesquisas químicas e farmacêuticas. Entre os objetivos dos inimigos de Vlasak estão a busca de tratamentos para doenças como o câncer, diabetes, mal de Parkinson e de Alzheimer.

SI: Porque você julga ser aceitável atacar cientistas que estão usando cobaias para desenvolver novos medicamentos?
Qualquer coisa que detiver essas pessoas é moral e necessária. Não estamos falando de gente inocente. Eles torturam animais em laboratórios todos os dias. Não adianta eu parar numa calçada com um cartaz pedindo o fim dos experimentos. Ninguém vai me ouvir. E a verdade é que nossas táticas funcionam. A Universidade de Cambridge desistiu de construir um laboratório porque ficou com medo dos ativistas Eles também acharam que o sistema de segurança ficaria muito caro. Uma empresa especializada em pesquisas já perdeu 63 clientes e fornecedores. Nossa pressão também já fechou uma fazenda que criava gatos e um canil que fornecia cães da raça beagle para laboratórios. Nelson Mandela dizia que a não-violência é uma estratégia, não um princípio moral. Nós temos o dever moral de fazer o que dá resultados.

SI: Você vê algum limite ético nesse dever?
Não existem limites. Qualquer tática que funcione é legítima. Alguns cientistas só vão acabar com os experimentos se temerem pela própria vida. É uma pena que seja assim. O que fazemos não é muito diferente de assassinar nazistas como Hitler, Himmler ou Goebbels. Se matássemos os três e salvássemos 6 milhões de judeus, ninguém diria que é errado. Creio que o mesmo raciocínio vale para animais. Matar dois, três, cinco ou dez (pesquisadores) e salvar milhões de vidas inocentes é moralmente aceitável.

SI: Como a morte de um cientista será capaz de trazer benefícios aos animais?
Observe qualquer movimento de luta contra a opressão, como o combate ao Apartheid na África do Sul e a escravidão nos Estados Unidos. Sempre que uma força exerce pressão sobre outra, a mais fraca recorre à violência. E os resultados acontecem. Até agora ninguém morreu, mas isso ainda vai acontecer. Não estou pedindo isso, apenas prevendo. Você não pegaria em armas para impedir que crianças no jardim de infância fossem torturadas até morrer em laboratórios? Se aceitamos fazer isso por pessoas, mas não por animais, estamos adotando o especismo, ou seja, acreditar que seres humanos são superiores a outras espécies. Sou contra o especismo da mesma maneira que sou contra racismo, machismo e homofobia.

SI: Melhorar a saúde dos humanos não justifica os testes com animais?
Na Alemanha nazista, judeus eram utilizados como cobaias em campos de concentração. Graças a testes assim, cientistas obtiveram informações úteis. Eu acho errado matar de frio um judeu para estudar o combate à hipotermia. Da mesma maneira, sou contra matar animais. Não me interessam os benefícios que essas pesquisas trarão.

SI: Para desenvolver antibióticos, os cientistas valeram-se de testes em cobaias animais. Como médico, você receita este tipo de remédio a seus pacientes?
Claro que sim. Mas o fato de um idiota ter enfiado droga goela abaixo de um animal para verificar a eficácia do tratamento não prova que esse ato seja necessário. É bom lembrar que novos remédios precisam sempre ser testados também em seres humanos.

SI: E como a medicina pode avançar sem experimentar suas novas tecnologias em cobaias de laboratório?

Animais são forçados a viciar-se em cocaína, anfetaminas, cigarros e outras substâncias que todos sabem que são prejudiciais. Em outros experimentos, filhotes são separados de suas mães para estudar o que acontece com pessoas criadas sem afeto. A forma como esses animais sofrem não tem nada a ver com os humanos. Não há razão para isso.
A maior parte das informações úteis para seres humanos é obtida em testes clínicos com seres humanos. Estudamos grandes amostras de pessoas, vemos o que acontece e detectamos padrões. Também podemos usar técnicas como autópsias, a análise de tecidos, testes em culturas de celular humanas e modelos matemáticos. Experimentos assim são muito mais confiáveis do que dar drogas a ratos, coelhos ou outros animais. Quando aplicamos drogas numa fêmea podemos ter efeitos diferentes daqueles verificados num macho. Acreditar que o que você deu ao rato terá o mesmo efeito num ser humano é estúpido. Não faz qualquer sentido. Não funciona.
Na verdade, a utilização de animais pode até atrapalhar esse processo.O desenvolvimento da vacina contra pólio, por exemplo, atrasou dez anos porque o modelo animal não produziu os resultados desejados. Gastam-se centenas de milhões de dólares em pesquisas envolvendo animais e pelo menos 90% dos estudos vão para o lixo. E de tudo que é publicado, no máximo 1% ou 2% realmente tem alguma utilidade.

SI: Se os experimentos em cobaias são mesmo inúteis por que a indústria farmacêutica gasta tanto dinheiro com eles todos os anos?
Testes com animais servem como arma para disputas judiciais. Se o remédio fizer mal, alega-se inocência com base nos testes da droga em muitas espécies. Também há muita gente ganhando dinheiro com pesquisas financiadas por recursos públicos, incluindo as indústrias farmacêuticas. Além disso, governos exigem a realização de testes em animais. Isso é um erro, mas não surpreende. A indústria farmacêutica tem dois lobistas para cada membro do congresso americano. Foi por causa desse tipo de lobby que o meu visto de entrada na Grã-Bretanha foi negado.

*Jerry Vlasak, nos tempos de médico-residente, participou de pesquisas contra a arteriosclerose envolvendo cachorros. Abandonou os experimentos por considerá-los “inúteis” e “cruéis”.
*Saboreava um bom bife até 1992, quando leu alguns livros sobre o sofrimento de animais, deu adeus à carne, leite e ovos e virou vegetariano.
*Foi preso por cinco dias por participar de um protesto contra o uso de peles animais em Los Angeles. Questionou a detenção na Justiça e acabou com 20 mil dólares de indenização no bolso.

Revista Superinteressante



As Experiências em Animais Beneficiam a Saúde Humana? - Site Temas Atuais na Promoção da Saúde

Pense outra vez!

Os sistemas do organismo animal reagem de forma tão diferente dos seres humanos (aos vírus, às substâncias químicas, aos alimentos, etc.) que o resultado das experiências em animais (freqüentemente cruéis) sempre é inútil, não faz sentido e pode ser perigosamente errado. Muitos vivisseccionistas nos dizem isso. O Professor Pietro Croce, patologista que fazia experiências em animais, declarou:

“Existem pessoas demais que ainda acreditam que vivissecção protege a humanidade de doenças. Não protege!”

Outro vivisseccionista, o Dr. Philippe Shubik, confessou:

“... nossos modelos animais são totalmente inadequados para responder às perguntas óbvias diante de nós.”

Ainda outro vivisseccionista, o Dr. Frederick Coulston, declarou claramente que forçar animais a tomar grandes doses de substâncias químicas, para ver se essas substâncias são seguras para os seres humanos é “... só tolice!”
Também na psiquiatria, o vivisseccionista Dr. R.W. Brimblecombe disse dos resultados de testes animais para a psiquiatria: “Nossos resultados não tem o menor valor para definir a dosagem [de medicamentos humanos]...”; e, em toxicologia, o vivisseccionista Dr. M. Ottoboni declarou abertamente:

“A diferença com que reagem as espécies á toxicidade de substâncias químicas é tão grande que a cega transferência de dados animais para o ser humano é muito perigosa”.

Como animais podem permanecer ilesos a produtos químicos / pesticidas, etc. que são prejudiciais à saúde humana, aconteceram muitos desastres com produtos químicos. Na Inglaterra, meio milhão de pessoas sofreram danos na audição depois de tomar medicamentos testados em animais. Em 1996, o medicamento Alredase, para os diabéticos, causou a um em cada 20 usuários danos no fígado, algumas vezes irreversíveis e a morte de alguns pacientes — apesar da droga ter sido testada em animais. Tais acidentes com medicamentos testados em animais são numerosos. Isto acontece porque o metabolismo de ratos, camundongos, coelhos, gatos, cachorros e cobaias, etc. pode ser muito diferente daquele do ser humano.
Na realidade, a vivissecção induz a tanto erro, que durante anos mostrou que fumar cigarro não representa perigo — porque fumar deixou definitivamente de causar câncer do pulmão em camundongos! Pense nas milhares de mortes humanas e quanta doença pode ter sido causada devido aquela falsa informação obtida pela experência animal. Como disse recentemente um médico:

“Vivissecção não é nada mais do que um método irracional que não só mata animais, mas mata seres humanos também.”

Entretanto, vivisseção é um imenso negócio, que pode trazer grande lucro para quem participa de sua prática ou promoção. Por isso continua.
Se queremos o progresso de pesquisa médica, precisamos abolir as experiências em animais imediatamente e aplicar a tecnologia moderna do computador e da cultura de células e tecidos humanos.

UKAVIS — UK Anti-Vivisection Information Service, Londres, Inglaterra
Site Temas Atuais na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html



Mentiras e Mais Mentiras- Site Temas Atuais na Promoção da Saúde

A Research Defence Society (Sociedade Defensora de Pesquisas) em Londres, Inglaterra, é uma organização que visa promover as experiências em animais. A RDS tenta convencer o público de que as "pesquisas" em animais são úteis para a saúde dos seres humanos e que o progresso da medicina depende de tais experiências. A verdade é bem diferente. Veja os mitos dos vivisseccionistas e os fatos científicos e históricos

Primeiro mito
Do ponto de vista científico, faz sentido procurar a cura das doenças humanas e testar medicamentos para seres humanos estudando um animal que tenha "a mesma doença ou uma muito semelhante".
Fato
Cientificamente, não faz o menor sentido procurar a cura para alguma doença humana espontânea, estudando um animal cujos processos fisiológicos e bioquímicos são bem diferentes dos nossos e no qual a doença foi provocada artificialmente. Não é suficiente que a "doença seja muito semelhante".
Testar a segurança de medicamentos em animais também não é adequado. "Experiências em animais não contribuem em nada para a segurança dos medicamentos; podem ter exatamente o efeito contrário", declara o Prof. Kurt Fickentscher.

Segundo mito
Podemos estudar doenças cardíacas e derrames humanos nos animais.
Fato
Animais não são modelos confiáveis para o estudo de doenças cardíacas e derrames humanos, pois possuem um sistema vascular colateral no cérebro, que permite que o sangue se desvie de coágulos; assim, os animais não sofrem derrames da mesma maneira que os seres humanos, nem os efeitos são os mesmos. "Muitos animais domésticos têm um sistema de vasos sangüíneos que filtra coágulos e outras substâncias que possam fluir para o cérebro."
Além disso, os vivisseccionistas colocam grampos, usados em microcirurgia, nas artérias dos animais, quando procuram simular um derrame. Esses grampos "afetam os vasos sangüíneos de forma totalmente artificial, jamais vista nos vasos sangüíneos de pessoas que sofreram derrame."
Ratos e camundongos, os animais de laboratório mais usados em vivissecção, possuem — de acordo com o famoso vivissecionista agraciado com o Prêmio Nobel, Dr. Aléxis Carrel, do Instituto Rockefeller de Pesquisa Médica — "analogias muito remotas com o homem."

Terceiro mito
A descoberta da insulina se deve a experiências em animais.
Fato
Na realidade, as experiências em animais atrasaram a descoberta da insulina. O primeiro elo entre o pâncreas e o diabete foi estabelecido em 1788, sem experiências em animais, pelo Dr. Thomas Cawley, que examinou o corpo de um paciente que havia morrido de diabete. Antes ainda, em 1766, o Dr. Matthew Dobson já mostrara que a urina dos diabéticos contém muito açúcar. Infelizmente, essas descobertas valiosas foram mal aplicadas durante o século 19, quando pesquisadores tentavam produzir o diabete em animais, lesando suas glândulas pancreáticas. Eles "...falharam redondamente ao procurar obter resultados úteis, práticos ou importantes." Diz o Dr. M. Barron: "A descoberta da insulina foi erroneamente atribuída aos cientistas Banting e Best". O Professor Schafer, renomado fisiologista, havia apontado a insulina já em 1915 (seis anos antes das experiências de Banting e Best com cachorros).

Quarto mito
O aparelho para cirurgias de coração aberto deve seu sucesso a experiências em animais.
Fato
O primeiro aparelho desenvolvido em animais por John H. Gibbon, da Filadélfia, fracassou em seres humanos: os pacientes morreram. Foi a pesquisa clínica (sem animais) na Clínica Mayo que fez do aparelho um instrumento seguro para seres humanos.

Quinto mito
O desenvolvimento bem sucedido do marca-passo dependeu de experiências em animais.
Fato
O marca-passo original, desenvolvido em cachorros, foi um fracasso, causando dor e sofrimento aos pacientes. Só se tornou eficaz quando seu inventor, o Dr. Walton Lillihei, da Universidade de Minnesota, o adaptou e aperfeiçoou em seu trabalho clínico com defeitos do septo ventricular em crianças.

Sexto mito
Válvulas cardíacas foram desenvolvidas com sucesso em animais.
Fato
Os médicos Starr e Edward quase descartaram sua válvula quando descobriram que ela matava todos os cachorros da experiência. No entanto, funcionou em seres humanos. Ficou novamente comprovado que experiências em animais são enganosas.

Sétimo mito
Os conhecimentos sobre a pressão sangüínea e o sistema circulatório se originaram na vivissecção. Os medicamentos contra pressão alta também resultaram de pesquisas com animais.
Fato
As descobertas da circulação sangüínea, da pressão arterial e dos batimentos cardíacos tiveram sua origem nos estudos de William Harvey sobre o corpo humano (válvulas nas veias de cadáveres, além da observação do seu próprio braço).
As experiências em animais relacionadas ao medicamento digitalina provaram ser (como sempre) profundamente enganosas e pura perda de tempo. Devido à vivissecção, os cientistas pensavam que a digitalina elevava a pressão, pois era esse o efeito em cães. Estudos em seres humanos mostram, no entanto, que a digitalina faz baixar a pressão sangüínea e, hoje, ela é um dos principais medicamentos no combate à hipertensão.
Outros medicamentos contra hipertensão, desenvolvidos através da vivissecção, causam muitos efeitos colaterais nas pessoas, tais como impotência sexual masculina, artrite, doenças do fígado, diabete, insuficiência cardíaca, senilidade e até mesmo a morte.

Oitavo mito
As pontes de safena devem sua existência à vivissecção.
Fato
Experiências em animais atrasaram as pontes de safena. "Como as características de coagulação sangüínea e válvulas coronárias dos cães são tão diferentes das nossas, as primeiras pessoas operadas morreram. O primeiro sucesso foi o trabalho do Dr. Kunlin na França, que nada teve a ver com pesquisas em animais", escreve o Dr. Emil Levin.

Nono mito
A vivissecção está vencendo o câncer.
Fato
Hoje, a incidência de câncer é altíssima, apesar de (ou por causa de) 100 anos de pesquisas em animais. Uma em cada três pessoas (e essa proporção está aumentando) na Grã-Bretanha sofre ou irá sofrer de câncer. "Não houve aumento nos índices de sobrevivência, desde que começaram os registros", escreve o naturopata Patrick Rattigan, em sua monografia sobre a fraude das pesquisas sobre o câncer. A quimioterapia e a radioterapia (usadas para "curar" o câncer) são terapias altamente tóxicas que, na realidade, podem causar câncer! Realizar pesquisas em animais, com tumores induzidos artificialmente, é totalmente ilusório e enganoso para a compreensão dessa doença (essencialmente nutricional e ambiental) no homem. O Dr. Linus Pauling, duas vezes agraciado com o Prêmio Nobel de Química, também afirma: "Todos deveriam saber que grande parte das pesquisas sobre o câncer é fraudulenta..."

British Anti-Vivissection Association, P.O. Box 4746 London SE11 4XF, Inglaterra
Site Temas Atuais na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html



Educação no Mundo da Ciência - Site Temas Atuais na Promoção da Saúde

Precisamos realmente fazer isso a outro ser vivo?

A resposta é NÃO!

Ao comparar testes em seres humanos com os testes em animais, apenas um de cada quatro efeitos colaterais — que aparecem nos animais — também ocorre no homem.

Fonte: Science on Trial de Dr. Robert Sharpe

Alguns fatos que você deveria conhecer

Verdade ou fraude?

Vacinas e medicamentos salvaram milhões de vidas
Na realidade, foram as mudanças no estilo de vida e no ambiente, bem como melhorias no serviço de saúde pública. Entre 1900 e 1973 houve um aumento enorme na expectativa de vida. Vacinas e medicamentos respondem por apenas 3,5% dessa evolução.

Todos os novos medicamentos precisam ser testados em animais, a fim de assegurar sua segurança para o consumo humano
Estudos revelaram correlação de apenas 5 a 25% entre os efeitos colaterais nocivos dos medicamentos para as pessoas e as experiências em animais.

A lesão cerebral experimental vista em animais é “similar em todos os sentidos” àquela encontrado em pacientes humanos. (Thomas Gennarelli - U. da Pennsylvania)
CAT e PET scans (tomografia computadorizada) não-invasivos e as autópsias mostram constantemente tipos de lesão cerebral diferentes da lesão induzida em animais.

Fonte: The American Anti-Vivissection Society, Jenkintown, PA, EUA - www.aavs.org
Site Temas Atuais na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html



Fatores ambientais causam 25% das doenças, diz OMS- Folha Online

Cerca de 25% das doenças registradas em todo o mundo são causadas por fatores ambientais evitáveis, responsáveis por 13 milhões de mortes ao ano, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) em um relatório publicado nesta sexta-feira.
Tais ameaças, que incluem água poluída, combustíveis perigosos, edifícios mal construídos e tráfego arriscado são a causa de um terço das mortes nos países em desenvolvimento, acrescentou a OMS.
Segundo a agência das Nações Unidas, prevenir riscos ambientais pode salvar até 4 milhões de vidas por ano, a maioria em países em desenvolvimento.
A OMS alertou ainda que seu estudo é o mais abrangente e sistemático já realizado sobre como os riscos ambientais evitáveis contribuem para o surgimento de doenças e ferimentos. "Nós sempre soubemos que o meio ambiente influencia a saúde profundamente, mas estas estimativas são as mais completas até hoje", disse Anders Nordstrom, diretor interino da OMS.
"Isto nos ajudará a demonstrar que o investimento criterioso para criar um ambiente adequado pode ser uma estratégia bem sucedida para implementar a saúde e atingir o desenvolvimento sustentável", acrescentou.
Cerca de 40% das mortes por malária e uma estimativa de 94% das mortes por diarréia --duas das maiores causadoras de mortes de crianças em idade escolar-- poderiam ser evitadas com um melhor gerenciamento ambiental, segundo a OMS.
Além da diarréia e da malária, os outros dois principais problemas sanitários influenciados pelo pobre investimento são infecções respiratórias e diversas formas de ferimentos acidentais.
Indicando medidas em potencial para reduzir a ameaça, a OMS citou o armazenamento doméstico seguro da água e melhores medidas de higiene, bem como uma melhor administração dos recursos hídricos.
Também é fundamental o uso de combustíveis mais limpos e seguros, o aumento da segurança no ambiente de construção e o uso e a administração mais criteriosos de substâncias tóxicas em casa e no ambiente de trabalho.

Folha Online - da France Presse, em Genebra



Os Cães de Banting e Best e a Descoberta do Diabetes em Humanos

O diabetes figura entre uma das mais citadas justificativas para a continuidade da experimentação em animais; muitos defendem que sem tais experiências, jamais poderíamos saber qual seria a causa do diabetes e encontrarmos a cura através da insulina. Curiosamente, o experimento conduzido por Frederich Grant Banting e seu ajudante Charles Herbert Best, considerados hoje os desvendadores do mistério, sofreu severas críticas de seus colegas na época. Segundo Roberts (1922), seus experimentos foram "mal concebidos, mal conduzidos e mal interpretados".

O experimento de Banting e Best

Banting e Best receberam o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1923, por haverem amarrado o canal pancreático de cães vivos e, após sete semanas, sacrificarem os animais, desta forma tentando extrair-lhes hormônios do pâncreas. O motivo pelo qual o pâncreas dos animais foram amarrados é que desta forma, eles lentamente atrofiariam, e todas as suas células morreriam, menos as das Ilhotas de Langerhans, que hoje se sabe, produzem insulina. Isto foi feito, segundo Asimov, porque suspeitava-se que o hormônio seria uma proteína, que poderia ser danificada pelas enzimas do pâncreas.
Muitos cientistas questionaram a afirmação de autoria das descobertas que são atribuídas a Banting e Best, como no artigo do patologista americano Dr. M. Barron (1920), em que descreve a autopsia de um paciente que morreu de litíase pancreática: "Os cientistas Banting e Best foram incorretamente creditados com a descoberta da insulina". As dúvidas recaem justamente sob a forma como um determinado sintoma é induzido em uma situação experimental, o que embora aparente a doença a ser estudada, não serve de modelo para a situação clínica. McLean (1923) escreve que "infelizmente, a condição de um cão com uma pequena, porém saudável, parte de seu pâncreas é essencialmente diferente daquela de uma pessoa sofrendo de diabetes...em humanos, o diabetes se apresenta através de dois fatores: (1) uma lesão progressiva essencialmente ausente em animais experimentais; e (2) o efeito decorrente de dieta imprópria". Young (1948) diz que "não existe forma de induzir-se o diabetes...que seja exatamente comparável à condição clínica. No máximo podemos obter apenas aproximações cruas. O perigo de aplicar-se de uma espécie para outra, ou de uma linhagem para outra dentro de uma mesma espécie não pode ser negligenciado". Young (1951) afirma ainda que "argumentos baseados no requerimento de insulina de cães e gatos despancretizados aplicados ao diabetes humano são quantitativamente perigosos".
E se, como afirmam, os experimentos de Banting e Best teriam nos elucidado a causa e efeito dos diabetes já na década de 1920, parece curioso que, em 1960, Keen ainda admitisse que "as causas do Diabetes Mellitus continuam desconhecidas tanto em humanos quanto em animais. Exceto por certas similaridades entre as espécies, há um número de diferenças importantes; diferenças em manifestações clínicas, em fatores etiológicos e a atuação de certas complicações a longo prazo". Aichelburg (1974) escreve: "Quanto mais estudamos o diabetes, mais descobrimos os aspectos contraditórios desta doença. Há 50 anos, quando a insulina foi descoberta, achamos que o mistério do diabetes houvesse sido resolvido. Mas hoje o mistério continua ainda mais misterioso."

A verdadeira descoberta do diabetes

Mas se não Banting e Best, quem mais poderia ter descoberto a associação entre o pâncreas e o diabetes? Segundo Bayly, a associação entre o diabetes e as alterações degenerativas nas células Beta do pâncreas já era bem conhecida através de experiências clínicas muito antes que se fizessem experimentos com animais. Em 1788, Thomas Cawley realizou a autópsia de pacientes que morreram de diabetes e verificou anomalias no pâncreas (Jackson & Vinik, 1977; BUAV M:10). Autópsias posteriores demonstraram a mesma coisa, as Ilhotas de Langerhans estavam muito danificadas ou completamente ausentes em pacientes com diabetes, mas devido ao fato de que Claude Bernard e outros cientistas não conseguiram demonstrar os sintomas em animais experimentais extirpando-lhes o pâncreas, a idéia não foi aceita durante anos (Volk & Wellman, 1977; BUAV M:10)
A idéia só foi amplamente aceita quando dois cientistas conseguiram extirpar com sucesso o pâncreas de cães, induzindo-lhes sintomas semelhantes aos do diabetes. Estes cientistas não eram Banting e Best, mas sim Mering e Minkowski, em 1889 (Volk & Wellman, 1977; BUAV M:10). "Confirmado" então que o diabetes estava associado às células de Langerhans danificadas, os cientistas (mais precisamente Zeuler, em 1908 e alguns outros) supuseram que o fornecimento de extratos de tecido saudável pudessem curar o mal (BUAV M:10), seguiu-se então um período em que extrato de pâncreas foi fornecido tanto para animais experimentais quanto para cobaias-humanas, não representando porém nenhum efeito benéfico, pelo contrário, o extrato possuía alta taxa de toxicidade (Singer & Underwood, 1962; Jackson & Vinik, 1977). Posteriormente o bioquímico Collip obteve um extrato purificado um pouco mais efetivo e um pouco menos tóxico (BUAV M:10; Sharpe, 1988).
"O propósito de isolar do pâncreas o princípio ativo que o prof. Schafer, um fisiologista renomado, já havia denominado insulina em 1915" foi, segundo Bayly, "repetida por Banting, que demonstrou isto em um colega médico seu que sofria da doença. No entanto, os experimentos que Banting realizou em milhares de cachorros não provaram nada de valor para a medicina humana, desde que, como é reconhecido cientificamente, os cães não sofriam de diabetes", e sua conclusão é que "a descoberta, isolamento e aplicação de insulina são clínicas."
Então, se não era de diabetes, de que mal sofriam os cães de Banting e Best? Muitos cientistas reconhecem que os cães de Banting e Best realmente não sofriam de diabetes, mas sim de estresse. O estresse, segundo Pratt (1954), tem sintomas muito parecidos com os do diabetes: "O Dr. Banting, herói da medicina canadense, que é popularmente creditado com a descoberta da insulina pela extirpação de pâncreas de milhares de cães, não causava diabetes, mas estresse". Outros autores (Robinson e Fuller, 1984), confirmam que situações de estresse podem induzir sintomas semelhantes ao diabetes também em humanos: "É sabido que a obesidade, as drogas, os remédios, a hereditariedade, grande aflição, raiva, medo e estados emocionais extremos podem causar diabetes".

Modelos animais para o diabetes

Os animais modelo usados na pesquisa do diabetes são criados à partir da remoção ou danificação do pâncreas, induzindo-se assim uma condição com sintomas semelhantes à doença. Os animais mais utilizados são os ratos, camundongos, coelhos, cães, porcos, ovelhas e macacos.(BUAV M:10) As vezes o pâncreas é completamente ou parcialmente removido cirurgicamente; há ainda a indução química, através de drogas como a estreptozotocina, a infecção proposital por vírus especiais sem falar em animais manipulados geneticamente para desenvolver a doença, como os ratos da linhagem BB e o camundongo NOD, mediadas por linfócitos, é claro que há um defeito imunorregulador. Isto não ocorre em humanos. (Hageman & Buscard, 1994). Muitas vezes os rins dos animais também são danificados artificialmente, já que o diabetes está associado à insuficiência renal.
A rápida indução do estado de diabetes por qualquer destes meios que seja em animais experimentais não tem relação com o diabetes humano, que se desenvolve com o tempo, através da duração de vida do paciente. Seria, banalizando o caso, como induzir-se uma gripe em animais experimentais jogando alergênicos em seus focinhos para vê-los espirrar, os sintomas são semelhantes, mas não podemos dizer que se trata realmente do mesmo problema. Mais seriamente, nem mesmo a inoculação do agente etiológico no animal experimental nos traria resultados satisfatórios, pois a doença se comportaria diferentemente nos dois hospedeiros.
Forslund (1997) efetuou um levantamento bibliográfico sobre o assunto, encontrando que "na literatura da medicina e veterinária, algumas doenças de espécies diferentes recebem o mesmo nome, ainda que sua manifestação clínica, etiológica, patogênese e tratamento coincidam em apenas alguns, mas não muitos, pontos." Citou como bons exemplos disso o Diabetes Mellitus e a Artrite Reumatóide: "o DM e a ???
rentes à etiologia e patogênese de uma espécie pode ser difícil e desaconselhável... A melhor maneira de elucidar a causa de uma doença é estuda-la na espécie e no ambiente em que ela naturalmente ocorre. O fato de que os estudos epidemiológicos são de máxima importância para identificar-se a causa da doença é confirmada pela diferença de incidência da doença em gêmeos homozigóticos."
Mesmo a utilização de animais geneticamente manipulados é duvidosa "podendo ser comparada simbolicamente, àquilo que ocorre quando o comportamento de animais selvagens é comparado com o comportamento de animais da mesma espécie em cativeiro. Pode-se determinar as reações naturais de um urso polar ao ambiente em um zoológico. Pode-se observá-lo em seus movimentos, mas jamais se pode ter certeza de que isto é natural. Em animais e no homem, a fisiologia e os sistemas enzimáticos são diferentes, produzindo metabólitos diferentes e diferentes parâmetros de doenças, tornando virtualmente impossível de se predizer a existência de fatores desconhecidos que podem afetar interações genéticas nestes sistemas e induzir a doença em uma espécie em particular."
O fato de que a extrapolação não pode se dar de modelos animais para o homem não é segredo também entre aqueles que lidam diretamente com a exploração animal: Em 1951, o prof. Houssay da Fundação CIBA, em Londres, advertiu sua equipe, que estudava a influência de hormônios sexuais na incidência e severidade do diabetes experimental em ratos, para que não aceitassem os resultados de outros animais ou mesmo de humanos. Muitos autores criticam a ignorância quanto às diferenças no metabolismo em tecidos de animais de diferentes espécies, bem como o estudo em modelos animais sobre o decréscimo de açúcar no sangue humano (Brahn, 1940).

Experimentos em animais salvam a vida dos diabéticos?

Mas pensaria-se que, ainda que o uso de animais não tenha sido útil para a descoberta do diabetes, ele teria sido útil para a aplicação de sua cura. Antes de mais nada vale lembrar que o diabetes ainda hoje não tem cura, e provavelmente continuará não tendo enquanto os esforços dos cientistas se dirigirem para a pesquisa de seus sintomas em animais experimentais ao invés de pesquisas sobre suas causas em pacientes clínicos.
Quanto à insulina administrada em doentes, muitos cientistas concordam que os remédios (como o nome já diz) apenas remediam o mal que está por vir, mascarando seus sintomas e fornecendo ao organismo a falsa sensação de bem estar. Segundo McDonagh (1932), "o diabetes é o sintomas, não a doença, e a insulina...não faz mais do que mascarar este sintoma. A droga não elucida a causa, não atua da maneira descrita e, tendo a causa sido descoberta e erradicada, como pode ser, não haverá mais necessidade de utilizá-la." Rostant (1963), um dos mais conhecidos biólogos europeus, escreve que "os remédios cultivam a doença. A situação de saúde é piorada. As terapêuticas são um provedor das doenças, criam indivíduos que terão de dispor de recursos para (sustentar) elas. Um exemplo impressivo é o diabetes hereditário. Desde a descoberta da insulina tem crescido marcadamente" .
De fato, para a produção da insulina a princípio foram necessários animais como porcos e vacas. Hoje a insulina é quase que totalmente obtida de microorganismos manipulados, embora animais ainda sejam explorados para testá-la. Os efeitos da insulina, tanto animal quanto microbiana, têm sido descritos por diversos autores: Notkins (1979) descreve que "os efeitos colaterais do tratamento com insulina incluem não raramente uma incidência de ataques cardíacos, derrame, insuficiência renal e gangrena. Isto se dá, segundo alguns médicos, devido à utilização de insulina animal de natureza estranha ao corpo humano". A insulina produzida in vitro também têm recebido severas críticas. Após tantos anos de experiências em animais, a experiência clínica mostra que a insulina não é nem um bom remédio e nem representa um ganho significativo na prevenção do diabetes, mas é sim apenas um cansativo substituto terapêutico. Quanto mais avançamos o estudo da história da medicina, mais vemos que o triunfo real da medicina é a conclusão tirada pela observação do paciente apresentando o fenômeno em sua condição natural e "não através da ação confusa de cientistas, que concluem à partir de fenômenos criados artificialmente em animais (Dr.Walker apud Ruesch,1989......).
Mas o que devemos fazer, deixar de aplicar insulina em diabéticos? Escreve Mendelsohn: "É bem conhecido por médicos eminentes de campo que 90% de todos os diabéticos que fazem uso de insulina não deveriam fazê-lo. A insulina, quando fornecida por muitos anos, pode ser a responsável por complicações posteriores do diabetes, cegueira e gangrena diabética. É bem possível que mais pessoas tenham sido mortas do que tenham sido salvas (por este tratamento) em todos estes anos". Em 1928, já se alertava sobre os riscos da aplicação de insulina (Current Topics, 1928), afirmando categoricamente não haver razão para seu uso; em 1982, a Scientific American alertava sobre os indícios de que a insulina pudesse ser a responsável pelo alto nível de cegueira em diabéticos.
O estudo mais completo sobre a ação de drogas sobre o diabetes humano, um trabalho de oito anos conduzido nos EUA, na década de 60. Objetivo: Comparar o progresso de pacientes sofrendo de diabetes. Os tratamentos consistiram em insulina, drogas orais, placebo e dieta apropriada. Após cinco anos de tratamento, concluiu-se que nenhuma das drogas, inclusive a insulina, teve qualquer efeito benéfico sobre os pacientes...porém a dieta funcionou bem. Deste estudo concluiu-se ainda que deveriam ser proibidas algumas drogas ligadas a problemas cardíacos, como a fenformina e a tolbutamida, que ainda podem ser encontradas no mercado com outros nomes (e sem advertência quanto ao seu uso) (Ingliss, 1983; Weitz, 1990; Shen & Bressler, 1977; British Medical Association and Pharmaceutical Society of Great Britain, 1983)
De acordo com a OMS, na virada do século serão mais de 175 milhões de diabéticos em todo o mundo, seria como se toda a população brasileira fosse diabética. Parece estranho que continue a se defender o uso de animais na pesquisa do diabetes, alegando-se a sua necessidade para salvar vidas humanas, quando as estatísticas mostram que atualmente muito mais gente morre de diabetes do que ocorria em 1900, vinte e dois anos antes da proliferação da insulina. (Ruesch, 1978) Desde a introdução de drogas para o diabetes, na década de 50, a taxa mundial de mortes pela doença aumentou. Não seria uma mudança em nossos hábitos de vida no último século que teriam proliferado a doença? Se animais são úteis e necessários para encontrar a cura do diabetes, porque tantos anos de vivissecção não conseguiram produzir um único resultado confiável? Será que a cura não estaria na prevenção do mal?

O que realmente sabemos sobre o diabetes?

Após mais um século de pesquisas na área, tudo o que sabemos sobre o diabetes até então provém de autópsias e estudos clínicos. O termo diabetes deriva do grego, e significa algo como "passar através", uma vez que um de seus sintomas é a produção continua de urina, como se a água atravessasse de uma vez todo o organismo. Sabe-se que é uma doença incurável, associada a obesidade em adultos e que por séculos foi considerada uma doença de ricos e bem nutridos (na verdade "super-nutridos"). O diabetes apresenta-se em duas formas: O diabetes juvenil (ou insulino-dependente) e o outro diabetes (as vezes chamado "diabetes adquirido"), encontrados em uma proporção de 15 e 85%, respectivamente. O diabetes juvenil possivelmente inclui infecções virais, doenças glandulares e algum fator hereditário.
A doença é sintoma de uma dificuldade do pâncreas endócrino em produzir a quantidade suficiente de insulina de que necessita, ou ainda a falta de habilidade dos tecidos de utilizarem o açúcar presente no sangue, mesmo em presença de insulina. Da insulina, sabemos que é o hormônio que possibilita a glicose de penetrar as células do organismo. Se a glicose não entra nas células ela permanece na corrente sangüínea e sai com a urina, daí o nome Mellitus, como mel. Uma urina muito doce (glicosúria), significa desidratação, daí ser um dos sintomas do diabetes a contínua sensação de sede.
O organismo não podendo absorver a glicose do alimento acaba tendo de subsistir com suas reservas de gordura, o que libera corpos cetônicos e acidifica. Esta acidose, somada à desidratação pode levar ao coma ácido-cetósico. A maior parte das complicações do diabetes estão ligadas à microangiopatia (uma ameaça aos pequenos vasos sangüíneos) e a ateromatose (uma ameaça a todos os vasos do corpo, incluindo os de grande calibre). Tanto uma como outra complicação podem levar ao infarto do miocardio.
Para evitar-se o diabetes, recomenda-se a adoção de um regime vegetariano, livre de gorduras saturadas e açucares em excesso (André, 1991; Melina et al., 1998) A Associação Americana de Dietética recomenda o regime vegetariano aos diabéticos, devido à sua riqueza em fibras, o que freia a reabsorção da glicose no intestino (André, 1991, Melina et al., 1998). Outros motivos também estão envolvidos nesta recomendação: A Academia Americana de Pediatria registrou em 1994 mais de 90 artigos científicos ligando o leite de vaca ao diabetes. Concluíram que, ao contrário do que se pensa, a doença não tem apenas origem genética; mas fatores ambientais como a dieta tem papel decisivo. A administração do leite de vaca para bebês nos primeiros meses de vida teria ação decisiva no desenvolvimento da doença. A teoria aceita seria que o leite de vaca possui uma proteína com uma seqüência de 17 aminoácidos que desencadeariam a produção de um anticorpo que agiria não apenas sobre a proteína do leite, mas sobre as células de Langerhans. Embora entre 20 e 30% das crianças sejam geneticamente suscetíveis ao diabetes, a maioria não desenvolve a doença.

Alternativas à pesquisa em animais

Defensores da pesquisa animal jamais se cansarão de propor a velha charada estúpida: Se não pesquisarmos em animais, vamos pesquisar em que, em gente? A resposta é um sonoro SIM. Os vários agentes infecciosos a que estamos expostos como os vírus, bactérias e parasitas, são geralmente muito espécie-específicos. Infecções interespecíficas que ocorrem são a exceção. Manipular animais geneticamente para que adquiram nossas doenças é perda de tempo e dinheiro. Os cientistas estão batendo de frente com a ponta de um iceberg, onde o entendimento de todos os mecanismos da fisiologia básica e patologia de humanos ainda estão ocultos.
Resta optarmos pela pesquisa ética e de bom senso: Para estudarmos o diabetes humano, além dos métodos In vitro, existem os estudos clínicos e epidemiológicos onde a hereditariedade, o ambiente, o estilo de vida e os hábitos alimentares são elucidados e analisados. Tais métodos não causam dor e nem constrangimento, e por outro lado são muito mais válidos do que qualquer modelo animal na resposta às nossas perguntas.
Finalização: Quanto ao nosso prêmio Nobel: Em 1940 o Dr. Banting, após mais de duas décadas dedicadas à extirpação de pâncreas caninos, graduou-se no nobre campo das armas biológicas, contribuindo para a humanidade, além de com sua descoberta de que cães morrem de estresse, também criando insetos carreadores de doenças humanas, desenvolvendo sprays contendo bactérias mortais, e outras maravilhas (Bryden,1991).

Referências

Aichelburg, U. EPOCA, Sept. 21, 1974. apud Overell, 1993
American Academy of Pediatrics, Work Group on Cow's Milk Protein and Diabetes Mellitus "Infant feeding practices and their possible relationship to the ethiology o Diabetes Mellitus" Pediatrics, 94: 752-754, 1994
André, J. Equilibrio Nutricional do Vegetariano São Paulo: Manole, 1991.
Asimov, I. O Cérebro Humano: Suas Capacidades e Funções Boa Leitura Editora S.A. : São Paulo.
Barron, M. "The relation of the Isles of Langerhans diabetes with the special reference to case of pancreatic lithiasis" Surgery, Gynaecology and Obstetrics Nov.5 1920
Bayly, M.B. Clinical Medical Discoveries apud Overell, 1993 e Sharpe,1988
Brahn, B. Lancet, June 15, 1940, p1079
British Medical Association and Pharmaceutical Society of Great Britain, British National Formulary, n(5, 1983
Bryden, J. Deadly Allies: Canada's Secret War, 1937-1947 McClelland & Stewart, 1991.
BUAV diabetes BUAV FactSheet M:10
Current Topics "The Dangers of Insulin", Medical Press, Nov. 28, 1928, p 444
Forslund, K. "Similarities and Differences Between Animal Species and Man, With Special Reference to Rheumatoid Arthritis and Diabettes Mellitus ATLA 25(2) 183-5, 1997.
Hageman, I. & Buschard, K. "Diabetis Animal Models" In: Handbook of Laboratory Animal Science Vol. II (ed. by Svendsen & Hau)
Ingliss, B. The Disease of Civilization, Granada Publishing, 1983
Keen, H. "Spontaneous Diabetes in Man and Animals" Veterinary Records July 9, 1990, p557.
McDonagh, J.E.R. The Nature of Disease Journal ,Vol.1, 1932, p1
Melina, V.; Davis, B. and Harrison, V. A Dieta Saudável dos Vegetais: O guia completo para uma nova alimentação. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1998.
Mendelsohn, R.S. Hidden Crimes apud Overell, 1993
New Scientist, March 18, 1982
Notkins, A.L. "The Causes of Diabetes" Scientific American 241(5): 62-73, 1979.
Overell, B. Animal Research TAKES Lives: Human and Animals BOTH Suffer Wellington: NZAVS, 1993.
Pratt, J.A. "A Reappraisal of Research Leading to the Discovery of Insulin" Journal of the History of Medicine Vol. 9, pgs 281-289, 1954
Roberts, F. "Insulin" British Medical Journal 1922 apud Overell, 1993
Robinson, N. & Fuller, J. New Scientist Nov. 15 1984 p23
Rostant, J. "Le Droit D'etre Naturaliste" Paris: ed. Stock, 1963.
Ruesch, H. Slaughter of the Innocents Published by CIVIS, 1978
Ruesch, H. 1000 Doctors (and many more) Against Vivisection. Published by CIVIS, 1989
Sharp, R. The Cruel Deception Thorson Publishing Group: England, 1988.
Shen, S.W. & Bressler, R. New England Journal of Medicine Vol.296, 1977, p787-793.
Walker, G.H. membro da Sociedade Real de Medicina apud Ruesch,1989
Weitz, M. Health Shock, Hamlyn Ltd, 1990
Young, F.G. Metabolism in experimental diabetes mellitus Lancet, 2:955-961, 1948
Young F.G The experimental approach to the problem of diabetes mellitus British Medical Journal,2: 1167-1173, 1951



Indústria Cria Doença Para Vender Cura - Jornal "O Estado de São Paulo

Onze estudos publicados em revista médica afirmam que laboratórios exageram na incidência de distúrbios

Você está no sofá depois de um dia de trabalho e deveria relaxar. Em vez disso, sente um desejo irresistível de sacudir as pernas. Enquanto isso, seus filhos fazem uma algazarra na sala e, para completar, sua vida sexual está uma porcaria. É apenas uma cena cotidiana na vida de muitas pessoas ou a combinação de três condições médicas recém-identificadas que podem ser tratadas com uma simples pílula?
A segunda hipótese é a correta, de acordo com 11 artigos publicados pelo respeitável Public Library of Science Medicine. Pesquisadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos e outros países argumentam que pessoas saudáveis estão sendo transformadas em pacientes por companhias farmacêuticas. Elas divulgam problemas mentais e sexuais e promovem condições médicas pouco conhecidas para, enfim, revelarem os medicamentos que, dizem elas, podem tratá-los.
Algumas das maiores e mais lucrativas farmacêuticas do mundo apresentaram uma série de novas drogas para tratar a "síndrome das pernas inquietas", o transtorno bipolar, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças e a disfunção sexual feminina. Os estudiosos alertam que novas doenças estão sendo definidas ou exageradas por especialistas muitas vezes financiados pelos próprios laboratórios.
Os artigos acusam a indústria da venda de doenças - prática na qual se infla o mercado de uma droga convencendo as pessoas de que elas estão doentes e precisam de tratamento médico.

O ÂMBITO DO ANORMAL

Segundo eles, campanhas publicitárias aumentam a venda de drogas dando um enfoque médico a aspectos da vida normal (como a sexualidade), retratando problemas moderados (a irritabilidade) como doenças graves e sugerindo que condições comuns (como o impulso de mexer as pernas) sejam doentias.
"A promoção de doenças explora os mais profundos medos atávicos do sofrimento e da morte", diz a clínica-geral Iona Heath, do Caversham Practice, em Londres, que contribuiu para a publicação. "É do interesse das farmacêuticas expandir o âmbito do anormal, para que o mercado dos tratamentos seja proporcionalmente ampliado."
No editorial, Ray Moynihan e David Henry afirmam: "Alianças informais entre corporações farmacêuticas, empresas de relações públicas, grupos de médicos e defensores de pacientes promovem essas idéias para o público e os responsáveis por decisões políticas, muitas vezes usando a grande mídia para impor uma certa visão sobre um problema de saúde específico".
Num dos relatórios, Joel Lexchin, especialista em segurança de medicamentos da Universidade de York, em Toronto, Canadá, alega que a Pfizer, fabricante do Viagra, criou maneiras de "garantir que a droga fosse vista como uma terapia legítima para quase todos os homens" e "adotou medidas para ter certeza de que o Viagra não fosse relegado a um nicho de tratamento de vítimas de disfunção erétil com causas orgânicas, como diabete ou cirurgia de próstata".
A mensagem nos anúncios e no site da Pfizer, diz ele, "é que todos, independentemente da idade, podem recorrer a uma pequena ajuda num momento ou em outro". Em nota, a Pfizer disse que "só promove medicamentos com receita para profissionais de saúde, sempre de acordo com as indicações licenciadas" .
Em outro artigo, David Healy, diretor do Departamento de Medicina Psicossocial da Universidade do País de Gales, em Bangor, descreve como um comercial de TV da Lilly Pharmaceuticals incentivava as pessoas a informar-se sobre transtornos de humor num site patrocinado pela companhia: "Esse anúncio vende o transtorno bipolar."
"Se uma empresa conseguir aumentar a consciência do público sobre uma condição que pode ou não existir, uma pessoa poderá muito bem acreditar que sofre da condição e procurar tratamento", diz Graham Archard, vice-presidente do Colégio Real de Clínicos Gerais.
Segundo a Lilly Pharmaceuticals, "o transtorno bipolar é uma das doenças psiquiátricas mais prejudiciais e graves". "O tratamento apropriado deve ser decidido depois de o clínico ter avaliado detalhadamente a condição da pessoa e discutido todas as opções de tratamento."
A GlaxoSmithKline declarou: "Estima-se que entre 10% e 15% dos adultos sofram da síndrome das pernas inquietas, mas essa é uma condição médica muito pouco diagnosticada. Cerca de 3% dos adultos experimentam sintomas, com aflição de moderada a intensa, duas a três vezes por semana, e provavelmente se beneficiariam com o tratamento."
A Pfizer afirma que mais da metade dos homens com mais de 40 anos tem dificuldades para ter ou manter ereção, número contestado por muitos estudos.

LIMITES

No Brasil, os limites da propaganda de medicamentos, tanto para médicos quanto consumidores, estão sendo reavaliados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prepara uma audiência pública para apresentar as sugestões a uma proposta que torna mais rígidos os limites à ação das empresas. A idéia é deixar mais claras as relações entre eventos médicos e patrocínios, além de combater o consumo exagerado de remédios.

Ian Sample - Colaborou Simone Iwasso -O Estado de S. Paulo



Entrevista com Aluno da UNISA ( Universidade Santo Amaro ) - CMI

DEPOIMENTO EXCLUSIVO DE UM ALUNO DO TERCEIRO ANO DE MEDICINA DA UNISA (UNIVERSIDADE SANTO AMARO)

Por motivos óbvios, sua identidade não será revelada.

FP: No curso de medicina da UNISA vocês realizam vivissecção em qual ano e com qual frequência?
Aluno: Somente no terceiro ano, todas às sextas feiras.

FP: Quantos cães são utilizados nas aulas?
Aluno: Atualmente de 8 a 9 cães.

FP: Por que atualmente?
Aluno: Até 2004 o número de animais era o dobro. De 16 a 17 cães por aula.

FP: Qual o pior momento da aula?
Aluno: O pior momento é quando eu vou buscar o cão no biotério. Já chorei várias vezes.

FP: Como reagem os cães quando são buscados no biotério?
Aluno: Alguns ficam alegres com a nossa visita, abanam o rabo, acreditam em nós ( esse é um dos momentos em que chorei ), outros, parece que sabem o que vai acontecer e lutam pela sobrevivência. Reagem à nossa presença em sinal de defesa.

FP: Como é o biotério?
Aluno: Um lugar muito parecido com um CCZ. Tem o clima daquele lugar.

FP: Qual o nome dado a essas aulas e o tempo de duração?
Aluno:Ttécnica cirúrgica e bases da anestesiologia. Normalmente as aulas transcorrem das 9h30min às 13h30min.

FP: Quais os tipos de cirugia que o animal é submetido?
Aluno: Retirada de apêndice intestinal, parte do rim, parte do estômago, fígado, indução de parada cardíaca...

FP: Quantas pessoas manuseiam o animal?
Aluno: 4 pessoas.

FP: Alunos?
Aluno: Sim, 4 alunos supervisionados pelos professores.

FP: No final da aula, qual o destino dado ao animal?
Aluno: Ele é eutanasiado.

FP: Alguma vez você presenciou um cão acordando da anestesia e com o corpo ainda aberto?
Aluno: Não, isso nunca acontece.

FP: Alguma vez você ouviu algum professor comentar sobre métodos alternativos?
Aluno: Sim, uma única vez no início do curso.

FP: Ele disse porque razão para não usa os métodos alternativos?
Aluno: Disse, comentou que na Europa já se utilizavam modelos biológicos mas que no Brasil ficava inviável por causa dos altos custos.

FP: Quantos alunos tem no seu curso de medicina e quanto você paga por mês?
Aluno: O curso tem 480 alunos e eu pago R$ 2.300,00 por mês.

FP: 480 X R$ 2.300 é igual a R$ 1.104.000,00 por mês, você não acha que a faculdade ganha muito dinheiro para se negar a investir em métodos alternativos?
Aluno: com certeza.

FP: Você sabe que em São Paulo tem uma lei que proíbe o CCZ de enviar animais para as instituições de ensino?
Aluno: Sim, já ouvi dizer.

FP: Você sabe então, de onde vem os cães da UNISA?
Aluno: Já ouvi dizer que vem de Araraquara e do CCZ de Diadema, foi até um aluno por intermédio do pai dele que conseguiu isso para a faculdade.

FP: Qual a raça e idade dos cães utilizados nas aulas?
Aluno: Viralatas, a idade varia. Tem desde filhotes até cães idosos. Uma vez durante a aula em que uma cadela estava sendo operada, notei que ela estava grávida. Dava para sentir os filhotes no útero.

FP: Alguma vez, você presenciou algum colega seu que não quisesse participar da aula e foi coagido?
Aluno: não, nunca, mas já houve casos do professor dizer que você não pode faltar e se faltar a turma toda seria penalizada.

FP: Então, isso não é uma forma de coação?
Aluno: com certeza.

FP: Você acha realmente fundamental esse tipo de aula para o seu aprendizado?
Aluno: Aúnica coisa que realmente importa, é você aprender a lidar com intercorrências do tipo parada cardiorespiratória. O resto é desnecessário.

FP: Você pretende se especializar em que?
Aluno: cirurgião.

FP: Como você acha que vai se sentir quando tiver que operar um humano pela primeira vez?
Aluno: nervoso, despreparado, completamente inseguro.

FP: Isso significa dizer que as aulas de técnicas cirurgicas onde se utilizam animais de nada adiantam?
Aluno: Praticamente sim.

FP: Você tem cães de estimação na sua casa?
Aluno: Sim, tenho 3.

FP: E como você reagiria se entrasse na aula de técnica cirurgica e encontrasse um deles sobre a mesa?
Aluno: Não dá nem prá imaginar.

FP: Para encerrar a entrevista, gostaria que você definisse a vivissecção
Aluno: Uma coisa muito cruel, estamos profanando o direito de viver de outros seres em nosso benefício próprio.

Bem meus amigos, este é apenas um caso. Imaginem 8 cães eutanasiados todas às sextas feiras durante sete meses. Isso significa dizer: 224 cães por ano. Num único curso e numa única universidade.
Um curso com 480 alunos que pagam em média R$ 2.300,00 e a faculdade acha caro os custos para se investir nos métodos alternativos.

Entrevista com aluno de 25/04/2006 às 04:48
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onte: Centro de Mídia Independente - http://www.midiaindependente.org/eo/red/2006/04/351739.shtml



Animais, Macacos, Homens - Igualmente Vítimas da Vivissecção - Prof. Pietro Croce - Itália

A “Lega Antivivisezione (LAV) ou Liga Anti-Vivisecção divide com a organização “Doctors in Britain Against Animal Experiments” (DBAE) o mesmo princípio básico do “anti-vivisseccionismo científico”, o qual afirma que “nenhuma espécie animal é um modelo experimental de qualquer outro estudo animal”, um princípio que se torna axiomático quando a medicina humana é envolvida.
Alguma perplexidade poderia surgir na tentativa simples de qualquer espécie para uma campanha anti-vivissecção, e sendo assim é necessária uma campanha não apenas para a proteção de chimpanzés como uma “espécie”, mas também pela proteção do chimpanzé “individualmente como criaturas vivas sensíveis”.
Os Anti-vivisseccionistas consideram a experimentação animal injustificada em 2 aspectos:
Primeiramente, pelo aspecto científico, e é igualmente errôneo para a medicina experimentar em ratos ou porquinhos-da-índia, assim como fazer em macacos. Mas geralmente, todas as experimentações “entre espécies” são enganadoras, não importando o modelo escolhido.
Segundo os aspectos éticos; nós consideramos todos os animais dignos de proteção, respeito e até mesmo amor, embora “amor” seja um sentimento muito pessoal.
Alguma consideração do problema de como usar o voluntariado humano saudável em pesquisa da AIDS deveria levar em consideração o nível aceitável de usar humanos na pesquisa biomédica, e o problema da disponibilidade de voluntários apropriados.
Embora a pesquisa entre espécies seja sempre enganadora, o trabalho “intra espécies”, é na teoria, cientificamente correto. Um gato deveria ser considerado o modelo experimental mais apropriado para a espécie “gato”.
Embora a pesquisa intra-espécies seja sempre decepcionante, o trabalho é na teoria cientificamente correto. Um gato deveria ser considerado o modelo experimental apropriado para a espécie gato, um cão para a espécie cão, e um homem para espécie humana. Sendo assim, deveríamos modificar isto dizendo que um gato é o melhor modelo disponível para espécies gatos, um cão o melhor modelo para espécies cães, e homem, o melhor modelo para espécies homens.
O homem não é o modelo perfeito para o estudo humano por 2 razões. Primeiramente, por causa da consideração científica. O voluntário, é por definição “saudável”, o que significa que o metabolismo e as reações de estímulo dele/dela, são na totalidade normais. Ao contrário, na prática da medicina, nós tratamos as pessoas, as quais o metabolismo não é apenas alterado, mas é alterado diferentemente, em diferentes patologias.
Eticamente falando, o que significa o termo “voluntário saudável”? Em verdade, este termo pode ser dividido em 2 categorias.
Na primeira temos alguns pensamentos mercenários, atraídos por pessoas persuasivas capazes, que concorda em vender qualidade por dinheiro – que toda legislação considera com uma individualidade, um direito inalienado. Se a conseqüência da experimentação conduz a um prejuízo a curto ou longo prazo ao chamado “voluntário saudável”, quem será considerado legalmente responsável? E, economicamente falando, quem vai “pagar” pela cura da parte prejudicada?
Na segunda categoria dos chamados “voluntários” pertencem as pessoas que justificam os riscos, deliberadamente aceitos, relacionados a motivação religiosa ou filantrópica. Mas atualmente, na maioria das vezes, eles têm tendências paranóicas, possivelmente conciliando distúrbio mental limitando-se ao mórbido desejo de ser o centro das atenções ao delírio ou a tendência a auto destruição.
A sociedade deveria rejeitar a aparente generosidade destas pessoas e ao invés, deveria reeducá-los no egoísmo fisiológico e respeito próprio, que são premissas essenciais para a conservação do individuo e da espécie. O termo “voluntário” em muitos casos é um eufemismo. É fato, que o termo “voluntário” são muitas vezes prisioneiros, estudantes indigentes, marginais, residentes em lugares mais pobres, ou crianças inocentes da terceira guerra.
Outro problema importante deste pragmático ponto de vista, é a confiança nos experimentos feitos em humanos.
Nem um simples experimento feito na época da guerra, nos campos de extermínio nazistas, foi utilizado, pois os experimentos foram feitos com métodos e mentalidades vivissectoras, com a mesma crueldade, inutilidade, estupidez e sadismo, que guiam as mãos daqueles que experimentam em animais. A experimentação intra-espécies é aceitável apenas na forma de investigação clínica, o qual é o método inverso ao que chamamos “vivissecção”.
A investigação clínica é indispensável antes do uso terapêutico de uma nova droga, assim como a utilização em novos procedimentos cirúrgicos.
Primeiro, uma nova droga deveria ser testada em pacientes afetados pela mesma doença, a qual supõe-se seja esta droga ativa.
Segundo, a nova droga (ou novo procedimento cirúrgico) deveria ser testada apenas em condições que teriam uma chance de ajudar a pessoa.
Terceiro, a nova droga (ou procedimento cirúrgico) deveria ser testado apenas em condições em que não existam outras drogas (ou procedimentos) disponíveis no momento.
Quarto, e o mais importante, o pesquisador deveria esquecer o que aprendeu na experimentação animal, e deveria se interar no problema longe dos resultados enganadores.
Isto significa que devemos abandonar a cultura vivisseccionista completamente. Mas transmitindo uma doença a voluntários para criar “modelos experimentais de confiança”, deve ser rejeitado. Isto é um método inaceitável de experimentação.
Testando as drogas anti-AIDS em macacos e outros animais, deve também ser rejeitado, devido ao conceito geral, exposto acima, que a reação dos animais são diferentes, e igualmente oposto aos humanos.
Atualmente, a única coisa que sabemos claramente sobre a AIDS é que não tem nada de clara. E para aumentar esta confusão, os pesquisadores têm falado agora sobre a “pseudo AIDS”, assim como as causadas por radiação iônica, drogas imunossupressoras e outros fatores. A questão levantada por Deusberg, “É o HIV a causa da AIDS?”, é fascinantes. Se a AIDS não é uma doença viral infecciosa, então, a necessidade de voluntários saudáveis, voluntários doentes, macacos saudáveis ou não, para vacinas anti AIDS, ou improváveis quimioterapias, deveriam ser totalmente negadas. Realmente, tudo que sabemos sobre a AIDS é que as pessoas estão morrendo dela.
Recentemente, Luc Montagnier tem revisto muitas descobertas sobre a AIDS. Ele duvida categoricamente da direta e inexorável conexão entre infecção e doença (com declarou no Sunday Times de 26 de abril de 1993). Ele reconhece a existência de pacientes de AIDS, os quais o vírus AHIV não foi detectado.
Estas novas descobertas causam problemas para muitas pessoas, as quais são firmemente opositoras a elas. Isto acontece por que ninguém pode negar que os únicos que serão prejudicados por estas novas descobertas, são aqueles que sonham com imensos lucros em cima de vacinas e drogas, através de fundos privados ou estatais.

Por Professor Pietro Croce, Itália



Na Próxima Vez em Que Você Estiver Doente, Melhor Ir ao Veterinário - SUPRESS

Loucura, não é?
Se você estiver lendo isso, é por que achou o título totalmente ridículo, absurdo, ou ambos. E você está absolutamente certo. É absurdo! Como pode alguém acreditar que um veterinário, que trata de cães e gatos podem curar doenças humanas? Ridículo...
Mas infelizmente milhares de americanos (* humanos de modo geral) se perderam em acreditar que a cura de doenças humanas podem ser encontradas conduzindo experimentos em animais saudáveis - animais que são totalmente diferentes não apenas dos humanos, mas também entre si. Igualmente ridículo e totalmente ilógico.
Se fosse verdade, que a cura das doenças humanas pudessem ser encontradas na experimentação animal, você deveria ir ao veterinário quando estivesse doente não seria uma má idéia. E nosso título não seria tão absurdo.
Mas veja, deve ser um ou outro. Nem a medicina humana pode se basear na medicina veterinária - na qual a experimentação animal é obviamente impossibilidade médica e científica - ou ainda, você deveria marcar uma consulta com seu veterinário de precisasse de óculos ou extrair o apêndice.
Esta loucura está nos custando rios de dinheiro. Nossa saúde está em estado de colapso, pois nenhuma cura pode ser encontrada através das pesquisa biomédica e testes farmacêuticos que baseia a medicina humana na veterinária.
Imagine que "curas milagrosas" e "penetrações médicas", que sempre estão "apenas perto da esquina" nunca materializasse.
Nosso meio ambiente está sendo sistematicamente destruído por toneladas de pesticidas e toxinas, que não importando o quão destrutivo são rotineiramente e falsamente "seguros", baseados nos inválidos testes com animais.
Conseqüentemente nossa sobrevivência econômica ainda está na estaca zero. Em 1995, os EUA gastaram cerca de 1.4 trilhões de dólares (*o Brasil também tem prejuízo com o conserto das catástrofes ambientais ou simplesmente são ignoradas).
É hora de enterrar a lembrança decadente de uma medicina baseada neste ritual da experimentação animal. É hora de acabar com as mentes atoladas em absurdos como: medula óssea de animais para humanos, transplante de órgãos e manipulação genética.
É hora de introduzir na medicina do século 21, uma medicina baseada na prevenção, pesquisa clínica e acima de tudo, lógica e de senso comum.

SUPRESS

 


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