Os Animais nas Universidades
- Site Eu Gosto de Bicho
Educação
no Mundo da Ciência - Site Temas Atuais na Promoção da
Saúde
Porque
Defendem os Cientistas as Investigações Com Animais
-
National Anti-Vivisection Society
As
Experiências em Animais Beneficiam a Saúde Humana? -
UK Anti-Vivisection Information Service
Na
Próxima Vez em Que Você Estiver Doente, Melhor Ir ao Veterinário
- SUPRESS
De
Homens e Ratos - por Ray Greek MD, Vice-Presidente, DLRM
Mentiras e Mais Mentiras- British
Anti-Vivissection Association
Animais, Macacos, Homens - Igualmente Vítimas da
Vivissecção - Prof. Pietro Croce - Itália
A Contaminação Pelas Vacinas - Palestra Proferida
em Congresso Médico Internacional da LIMAV
Os Cães de Banting e Best e a Descoberta do Diabetes
em Humanos
Câncer
- Perdendo Uma Guerra Que Poderia Ser Facilmente Vencida - SUPRESS
Pergunta ao Doutor Vernon Coleman - Site Temas Atuais
na Promoção da Saúde
Medicina Faz Mal à Saúde - Entrevista Com
Vernon Coleman
Indústria
Cria Doença Para Vender Cura - Jornal "O Estado de São
Paulo
Os
Vendedores de Doenças - Le Monde Diplomatique-Brasil
Fatores ambientais causam 25% das doenças, diz
OMS - Folha Online
O Ecoterrorista - Entrevista Com Jerry Vlasak
Um Chimpanzé Tem Mais Direito à Vida Que Um
Feto Humano - Entrevista Com Peter Singer
Animais Não São Recurso à Nossa Disposição
- Entrevista Com Tom Regan
Vivissecção
= experimentos efetuados com animais vivos
São várias as finalidades dos experimentos realizados com animais
nas universidades brasileiras: observação de fenômenos
fisiológicos e comportamento a partir da administração
de drogas, estudos comportamentais de animais em cativeiro, conhecimento da
anatomia interna e desenvolvimento de habilidades e técnicas cirúrgicas.
Estes experimentos são comuns em cursos de Medicina Humana e Veterinária,
Odontologia, Psicologia, Educação Física, Biologia, Química,
Enfermagem, Farmácia e Bioquímica, e eventualmente em outras
áreas das ciências biológicas.
Estas práticas vem sendo
severamente criticadas por muitos educadores e profissionais, onde argumentos
de ordem ética e, em alguns casos, técnica, são levantados
em favor de uma educação mais humanitária e responsável.
A grande maioria destes experimentos
podem ser substituídas por alternativas tecnológicas que envolvem
simulações em computadores (CD ROMs), modelos anatômicos
e vídeos interativos. Existe um crescente número de artigos
científicos que comprovam que estudantes que passaram por estas técnicas
aprendem igualmente, e em alguns casos melhor, do que estudantes que passaram
pelo uso tradicional da vivissecção.
Abaixo estão descrições breves de alguns dos experimentos mais encontrados nas universidades:
1. Miografia: um músculo esquelético, geralmente o zigomático, na perna, é retirado da rã, onde estuda-se a resposta fisiológica deste músculo à estímulos elétricos. As respostas são registradas em gráficos. O músculo é retirado da rã ainda viva, eventualmente anestesiada com éter.
2. Sistema nervoso: uma rã é decapitada, e um instrumento pontiagudo é introduzido repetidamente na espinha dorsal do animal, observando-se o movimento dos músculos esqueléticos do restante do corpo.
3. Sistema cardiorespiratório: um cão é anestesiado, tem seu tórax aberto, e observa-se os movimentos pulmonares e cardíacos. Em seguida aplica-se drogas, como adrenalina e acetilcolina, para análise da resposta dos movimentos cardíacos. Outras diversas intervenções ainda podem ser realizadas. O experimento termina com a injeção de uma dose elevada de anestésico, ou de acetilcolina (o que causará parada cardíaca).
4. Anatomia interna: diversos animais podem ser utilizados para tal finalidade. Geralmente os animais já estão mortos, ou são sacrificados como parte do exercício, com éter ou anestesia intravenosa.
5. Estudos psicológicos: animais como ratos, porcos-da-índia, ou pequenos macacos, podem ser utilizados como instrumentos de estudo. São vários os experimentos que podem ser realizados: privação de alimentos ou água, para estudos diversos (caixa de Skinner, por exemplo); experimentos com cuidado materno, onde a prole é separada dos genitores; indução de estresse, utilizando-se métodos como choques elétricos, por exemplo; comportamento social em indivíduos artificialmente debilitados ou caracterizados. Alguns animais são mantidos durante toda sua vida em condições de experimentos, outros são sacrificados devido à condições extremas de estresse ou quando não podem mais ser reutilizados.
6. Habilidades cirúrgicas: muitos animais podem ser utilizados para estas práticas. Os animais geralmente estão vivos e anestesiados, enquanto as práticas se procedem. Os exercícios de técnica operatória são comuns em faculdades de medicina veterinária e humana, e exigem uma grande quantidade de animais.
7. Farmacologia: geralmente pequenos mamíferos, como ratos ou camundongos. Drogas são injetadas intravenosa, intramuscular ou diretamente no estômago (via trato digestivo por catéter, ou por meio de injeção). Os efeitos são visualizados e registrados. O "diabetes" também pode ser induzido em animais, de modo a verificar-se os efeitos de substâncias no organismos destes animais, como a glicose, por exemplo.
Um número crescente de estudantes brasileiros opõe-se aos experimentos cruéis com animais para fins didáticos. Veja o depoimento de uma estudante do curso de medicina veterinária:
"Sou aluna do segundo período de medicina veterinária da UFRPE. É incrível a crueldade encontrada em um lugar que deveria apenas ensinar a tratar dos animais, ao contrário disso os alunos são incentivados a matar animais para testes. Os animais são eletrocutados, recebendo antes da morte um banho para o choque fazer mais efeito, injeções de formol ( aplicadas na v. jugular externa ), ... Certa vez tive uma grande discussão com uma professora de anatomia, porque me recusei a matar um cachorro totalmente sadio para estudar ( ela me chamou de fresca ); ..."
"(...) outra vez encomendaram 12 cachorros à carrocinha (CVA) e sete destes cachorros apodreceram na universidade porque o formol para conservá-los não era suficiente ( estes animais haviam sido mortos para estudos, mas até para isso suas mortes foram desnecessárias ). Só para se ter uma idéia dos maus tratos com os animais pela carrocinhas, mais da metade dos animais apreendidos já chegam ao CVA mortos ( morrem no meio do caminho! ). São espancados, humilhados, condicionados a fome e sede. Eu estou enviando este e-mail pois eu ainda tenho esperança e sei que estes animais só podem contar com nós, e se cada um fizer a sua parte com certeza um dia essa crueldade acaba."
Nos países desenvolvidos a realidade é outra. As universidades alemãs já não utilizam a vivissecção como técnica didática. Nos Estados Unidos as principais escolas também já aboliram estas práticas e na Itália os estudantes têm o direito de negarem-se a participar de procedimentos vivisseccionistas assegurado por Lei.
Site Eu Gosto de Bicho - http://www.eugostodebicho.com.br/animais_universidades.htm
Eu li, por diversão, um artigo de Nicholas Wade ( “De Ratos e Homens: Aqui Vieram Para Salvar o Dia” ), o qual afirma que ratos são iguais aos homens em todos os sentidos, “do gene à célula, à fisiologia”. Talvez ele pudesse explicar o que segue:
1. Morfina causa convulsões em ratos, não em homens.
2. Cortisona é teratogênica, causando má formação em ratos, não em humanos.
3. Tumores comuns em roedores, assim como o pituitário, de fígado e tiróide, não são muito comuns em humanos, assim como os de próstata, do colo e do reto são raros em ratos.
4. Cientistas que conduzem experimentos na área do câncer em ratos concluíram que “o tempo de vida e estudo em ratos parece ter menos que 50% de probabilidade de encontrar algum câncer conhecidamente humano ( ... ) nós seríamos melhores no cara ou coroa”.
5. O “oncorato” ( do inglês “oncomouse” ) tem sido falho em ajudar nas curas do câncer em humanos, como os cientistas têm conhecimento: (1) “No curso da progressão do tumor, é sabido que homens e ratos são totalmente diferentes ( ... ) os tumores-supressores dos genes e oncogenes se comportam muito diferente entre ratos e homens.” E Tyler Jacks do Instituto de Tecnologia de Massachussetts declara (2): “Uma forte expectativa de que estes animais poderiam imitar os sintomas humanos, não apenas as mutações genéticas. De fato, são normalmente a exceção, não a regra ( ... ) a ligação genética para controle do crescimento ( do câncer ) em ratos e humanos é sutilmente diferente”.
6. O “The National Cancer Institute” testou 12 drogas anti-câncer ( atualmente usada em humanos ). Eles pegaram ratos que supostamente estavam desenvolvendo 48 tipos diferentes de câncer humano, tratando-os com as 12 drogas. Trinta das 48 drogas não funcionaram: em 63% das vezes o resultado obtido com os ratos foi errôneo.
7. Em seleções de ratos, nos quais a talidomida foi testada, defeitos em recém nascidos foram observados apenas ocasionalmente.
8. Benzeno* causa leucemia em humanos, mas não em ratos.
9. Nitrofenol produz catarata em humanos, mas não em ratos.
10. Aspirina causa defeitos congênitos em ratos, mas não em humanos.
11. De 30 substâncias químicas que foram testadas positivamente para inibir os retrovírus em ratos, apenas uma, AZT, foi efeitva para humanos com HIV – e tem sido usada por anos.
12. Dr. Richard Klausner do “National Cancer Institute” declara (3): “A história da pesquisa do câncer tem sido uma história de cura do câncer em ratos... nós temos curado ratos com câncer há décadas – e simplesmente não funciona em humanos.”
13. Dr. Carrel ( Prêmio Nobel ) declara que ratos têm “apenas muitas analogias remotas para homens.”
Considerando esta lista parcial
de diferenças entre humanos e ratos, estou curioso em saber como Nicholas
Wade pode honestamente sustentar que ratos “funcionam da mesma forma
que humanos”, Os ratos apenas contribuíram para confundir o progresso
da pesquisa médica. Os cientistas que usam animais têm desviado
verbas dos modelos de doenças humanas e dos avanços médicos,
que têm contribuído ao avanço do conhecimento relacionado
à doença humana.
Isto inclui os seguintes métodos:
· Pesquisa de cultura
celular humana;
· Observação humana;
· Estudos de autópsia humana;
· Testes clínicos em humanos;
· Epidemiologia humana e
· Métodos tecnológicos.
Os ratos não salvaram o dia.
Referências:
1. “Nature”,
26 Nov. 1992.
2. Jacks, Tyler. “Science”, Vol. 278, 7 nov. 1997: 1041.
3. Sharpe, Roberto. “The Cruel Deception”, ref 114:119.
* e a “benzina” causa
câncer de pele
Palestra proferida durante o congresso médico internacional da LIMAV. Em maio de 1997, Madrid, Espanha, por Milly Schar-Manzoli: periodista científica da Suíça, presidente de ATRA, AG STG, OIPA, Secretária Geral da LIMAV, medalha Albert Schweitzer.
ATRA: Associação
suíça pela abolição da vivissecção
AG STG: Comunidade antivisseccionista suíça
OIPA: Organização internacional de proteção
aos animais
LIMAV: Liga internacional de médicos pela abolição
da vivissecção
A vacinação
é considerada pela maioria das pessoas um triunfo da medicina moderna
e está protegida por um tabu muito difícil de atingir, também
porque a administração da vacina é considerada um bem
social. Porém, no transcurso dos anos as estatísticas epidemiológicas
revelaram fatos que desmentiram totalmente esta pretensão, levando
a constatações muito diferentes. Historicamente, as populações
submetidas a vacinações em massa não foram protegidas
contra o regresso das epidemias. Ao contrário: por exemplo, na França,
depois da introdução da vacinação , os casos de
difteria dobraram, quanto a OMS ( Organização Mundial de Saúde
) afirmava que o risco de contrair o sarampo é 15 vezes mais alto entre
os vacinados. A introdução da vacina antipoliomielítica
Salk desencadeou uma epidemia de pólio na França, onde os casos
desta doença multiplicaram-se por 4, e assim também na Itália.
A vacina antipoliomielítica Sabin provocou epidemias de pólio
no Brasil, Madeira e em uns 70 países das regiões tropicais
com um aumento dos casos de pólio de uns 300%.
No início dos anos 90, na Suíça, um grande número
de crianças vacinadas contra a caxumba contraiu a doença. Casos
deste tipo são muito freqüentes e são a prova de como as
vacinas afetam de alguma maneira a curva ( às vezes até decrescente
) das doenças, produzindo focos infecciosos. Além disso, com
o mesmo nível de vida, muitas doenças retrocederam de modo uniforme
tanto nos países vacinados como nos que não o estavam, demonstrando
que a vacinação tem um papel secundário no regresso das
epidemias, que, como veremos mais adiante, se manifestam alcançando
seu topo e logo retrocedem até desaparecer por razões completamente
alheias à prevenção da vacina.
Na realidade, a vacinação é uma introdução
forçada no organismo de agentes patógenos, e o organismo pode,
em determinados casos, não estar em condições de agüentar
o choque da vacina. Por isso se manifesta outro problema: o dos danos que
pode provocar uma vacina. A interação entre um vírus
forçadamente introduzido no sistema imunológico do organismo
receptor pode provocar uma alteração nos tecidos, que se converte
em lesões renais, vasculares, articulares, ou de outro tipo. Desde
esta ótica, hoje em dia há quem pensa que até algumas
infecções cerebrais podem ser a conseqüência de interações
entre as defesas imunológicas e os vírus da vacina. Esta tese
é sustentada em vários ambientes científicos com referência
às recentes epidemias de meningite desencadeadas em países cuja
população havia sido anterior e forçadamente submetida
a vacinações em massa.
Em 1993 a meningite afetou o Chile com centenas de casos, dos quais várias
dezenas foram mortais. No início de 1996 essa doença afetou
alguns países da África ocidental com 70.000 casos e mais de
9.000 mortes, dos quais a metade foi na Nigéria. Também na Europa
vários países foram afetados, embora com cifras menos chamativas.
Na Suíça, por exemplo, nas primeiras 45 semanas de 1996, houve
131 casos. É importante precisar que todas ou quase todas as vítimas
tinham sido vacinadas anteriormente. Entre os casos de meningite provocados
pela vacinação há um antecedente alarmante: em 1992 a
vacina trivalente sarampo-caxumba-rubéola fabricada por SmithKline
Beecham era retirada porque tinha provocado vários casos de meningite
pós-vacínea. O escândalo tinha estourado na Grã-Bretanha,
onde ao menos 53 crianças tinham adoecido depois de ter recebido a
vacina. Outros casos de meningite por vacina constataram-se repetidamente
no passado depois de outras vacinações, por exemplo a antipolio.
Um dos danos mais freqüentes das vacinas é o de provocar a doença
que teriam que prevenir. Por exemplo, o dano mais freqüente da BCG (
antituberculose ) foi o de desencadear a tuberculose. Pode-se dizer o mesmo
de outras vacinas. No ano passado, apesar de que a pólio praticamente
tinha desaparecido na Albânia, as autoridades sanitárias fizeram
vacinar a título de “prevenção” a um grande
número de pessoas. O resultado foi uma epidemia de pólio entre
os vacinados, também com casos mortais.
Atualmente, segundo as estatísticas publicadas no último mês
de fevereiro pelo Centre for Diseases Control de Atlanta ( Estados Unidos
), a quase totalidade dos casos de poliomielite que se manifestaram nos Estados
Unidos foram causados pela administração da vacina oral do tipo
Sabin. A estatística, que se refere ao período 1980-1994, estabelece
que de 133 casos de pólio, 125 são a conseqüência
da vacinação.
O que hoje está sendo descoberto sobre as vacinas preocupa infinitamente
mais que os acidentes visíveis e evidentes dos que as vacinas são
a conseqüência imediata. De fato deve-se ter em conta os agentes
patógenos alheios à vacina, que muitas vezes contém vírus
dos quais se ignora sua presença. Esta circunstância é
típica das vacinas cultivadas em tecidos animais e foi tristemente
provada em 1960 quando Sweet Hillemann descobriram em tecidos de cultivo da
vacina antipolio, cultivada em rins de macaco, um vírus cancerígeno
chamado SV 40. Este vírus forma parte do patrimônio genético
dos macacos, que são portadores de uns 50 vírus conhecidos como
SV ( Simian Virus ) inócuos para sua espécie, já que
formam parte de seu patrimônio genético, mas são capazes
de desencadear graves doenças se são introduzidos em outras
espécies.
A vacina antipolio provocou paralisia, encefalites, esclerose múltipla,
epilepsia, danos neurológicos com vertigens e transtornos do equilíbrio,
e muitos outros danos, mas é sobretudo relacionada com o desenvolvimento
de tumores cerebrais. Segundo o Dr. Kushi, presidente da “East West
Foundation” e especialista em terapias naturais contra o câncer,
os tumores cerebrais são hoje em dia a causa de 35% de todas as mortes
por câncer em crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Este
aumento de casos de tumores cerebrais coincide com a introdução
da vacina antipolio.
A contaminação por vírus alheios diz respeito a todas
as vacinas cultivadas em tecidos animais. Um caso evidente foi o da mencionada
BCG, cultivada em tecidos bovinos, que provocou lesões ósseas
e renais, leucemia, diabetes, otites, e uma doença linfática
particularmente grave que os franceses chamam de "bécégite"
evidenciando sua derivação da BCG. Também a vacina contra
o sarampo, quando é cultivada em rins de cão, está contaminada
pelos agentes patógenos da hepatite canina, enquanto que quando é
cultivada em embriões de galinha pode conter os vírus da leucose
aviária.
No outono de 1996, algumas publicações científicas tinham
evidenciado um novo risco das vacinas, que depende dos procedimentos de fabricação:
No cultivo dos vírus das vacinas utilizam-se soros bovinos, de porcos,
de cabras, etc., que contém hormônios do crescimento, para facilitar
a produção em grandes quantidades. Porém, os soros de
origem animal estão infectados por agentes patógenos, e agora
existe também o risco de que estejam contaminados também pela
Encefalopatia Bovina Espongiforme.
Baseando-se em tais constatações, as autoridades sanitárias
italianas ordenaram em janeiro de 1997 retirar uma vacina contra a meningite,
a Hib Titer de Cynamid, fabricada com caldo de cultivos de cérebro
e coração de boi. Foi uma decisão admirável, que
contudo nem a União Européia nem a Suíça aprovaram.
Quando se descobrem agentes contaminantes em vacinas que já foram administradas
em grandes quantidades a crianças e adultos em todo o mundo, as autoridades
sanitárias minimizam os riscos e afirmam que os processos de depuração
são seguros. Isso é uma enorme mentira ! De fato, a tecnologia
atual de depuração das substâncias não é
perfeita, nem muito menos ! O mesmo se pode dizer do sangue contaminado usado
nas transfusões. As provas de controle, tanto para as vacinas quanto
para o sangue, na maioria das vezes são efetuadas com animais, mas
já que os dados obtidos com animais não são válidos
para o ser humano, o resultado é que vírus também mortais
podem passar despercebidos. É assim com vacinas e sangue destinado
às transfusões foram usados apesar de que contiveram em alguns
casos os vírus da hepatite, da sífilis, da AIDS, os vírus
SV dos macacos, os vírus CAEV das cabras, os vírus da leucose
aviária das galinhas, e uma quantidade enorme de outros agentes patógenos
perigosos para a saúde humana.
A esta contaminação do tipo biológico, deve-se acrescentar
a contaminação química, com substâncias expressamente
acrescentadas à vacina a título de conservantes ou como aditivos
genéricos. Entre elas mencionamos as seguintes:
Ácido salicílico
- responsável, nas crianças, da doença de Reye ( doença
mortal caracterizada por encefalopatia, edema cerebral, convulsões
e coma ) e, em adultos, de asma, hemorragias internas, trombocitopenia, etc.
Alumínio - acrescentado às vacinas como absorvente
de soro. Em 1992, durante um congresso médico de Abano Terme ( Itália
) o alumínio foi acusado como veículo da doença de Alzheimer.
Além disso, o alumínio pode provocar tumores no sistema linfático.
Antibióticos - alguns antibióticos, como por
exemplo a eritromicina, são acrescentados às vacinas. Já
desde os anos 70 se sabe que a eritromicina pode causar danos hepáticos
mortais, como revelou o Health Research Group americano.
Formaldeído - declarado cancerígeno já
desde os anos 80 por várias autoridades sanitárias, embora,
em 1985, é acrescentado às vacinas pela comissão científica
da Comunidade Européia como conservante. Usa-se também para
filtrar e depurar as vacinas.
Entre os clássicos
acidentes atribuídos às vacinas estão a leucemia e o
câncer. Já no início deste século tinha-se observado
casos de leucemia em pessoas vacinadas contra a varíola até
os fatos de Nova Zelândia ( 1983 ) quando pessoas vacinadas contra a
pólio contraíram câncer e outras graves doenças.
Entre os danos mais comuns das vacinas está a esclerose múltipla.
Recentemente, na França, estourou um escândalo que envolveu um
par de vacinas contra a hepatite B, fabricadas pelo Instituto Pasteur e por
SmithKline Beecham: Várias pessoas adultas, vacinadas, contraíram
a esclerose múltipla. Deve-se observar que a hepatite B se transmite
unicamente por relações sexuais. Apesar disso, a vacina contra
a hepatite é aconselhada, em vários países, também
para os recém nascidos ! Um exemplo de como os interesses financeiros
dos produtos são prioritários nas decisões das autoridades
sanitárias... Com este propósito recordamos que, no início
dos anos 90, o então Ministro da Saúde italiano recebeu 600
milhões de liras da empresa produtora da vacina contra a hepatite B,
3 meses antes de que esta vacina se tornasse obrigatória na Itália.
Ao mesmo tempo, a mesma vacina produzia ao produtos mais de 100 bilhões
de liras por ano.
Entre os danos neurológicos mais freqüentes estão as convulsões,
a epilepsia, encefalites, paralisias, alterações da linguagem,
danos cerebrais e deficiências mentais. Estes efeitos são típicos
da vacina contra o sarampo e a coqueluche, que se administram sobretudo às
crianças. Os transtornos mentais e do caráter também
estão entre as conseqüências mais comuns: há crianças
que não estão em condições de adaptar-se ao ambiente
escolar e que se tornam inadaptados sociais por causa das vacinações.
No final de 1986 a publicação científica "Acta Médica
Empírica" relatava lesões cerebrais com a conseguinte perda
da inteligência por causa da vacina antipolio. Também "Le
Concours Medical", em 1977, chegava às mesmas conclusões
com referência à vacina antidiftérica; em 1970 a publicação
"Médicine et Hygiène" chegava a conclusões
análogas com referência à vacina contra coqueluche. Como
se vê, estes danos são conhecidos há muito tempo, e além
disso, podem ser comprovados com a observação dos casos clínicos.
O fato de que as autoridades sanitárias calem ou neguem a evidência,
fez com que vários médicos se perguntassem se nos encontramos
frente a um genocídio sanitário, ou se o jogo dos interesses
políticos e econômicos administrados pela máfia do poder
é tal que supera qualquer limite. Também deve-se ter em conta
que no âmbito do sistema sanitário não apenas as vacinações
estão sob acusação: ao contrário, talvez seja
as menos perigosas ! Se se consideram os danos reais e potenciais dos medicamentos,
dos pesticidas, dos corantes, aditivos alimentícios, dos inseticidas
para uso doméstico, de todos os bens de consumo derivados da experimentação
animal, nos damos conta de que o sistema sanitário mundial se baseia
numa fraude colossal, baseada por sua vez na fraude da vivissecção:
Estamos frente a falsidade científica,
a fábrica do horror e do erro, onde se começa com uma matança
de animais para logo acabar com uma matança de humanos através
de produtos que estragam nossa saúde em vez de protegê-la.
Estima-se que 1 milhão de animais são sacrificados a cada dia
nos laboratórios de todo o mundo: 1 a cada 10-12 segundos, em média
! Criaturas vivas e sem defesas torturadas lentamente até a morte por
fins comerciais, de carreira, de proveito, por experimentos de guerra e fins
que, por detrás do pretexto da saúde, escondem os interesses ocultos
de uma máfia de sádicos e de politiqueiros sem escrúpulos:
nós dizemos NÃO à vivissecção poque é
um crime contra a vida humana e animal, porque é uma falsa ciência,
mas lhes asseguro que diríamos NÃO à vivissecção
também se um só destes experimementos fosse válido. Aqui
não se trata só de denunciar alguns erros científicos,
aqui se trata, também e sobretudo, do respeito ético da vida.
De fato podemos gritar contra a corrupção, contra as brechas no
sistema sanitário e contra o fracasso científico da vivissecção,
e nunca teremos gritado o suficiente. Porque, embora detrás das paredes
dos laboratórios não se perpetrassem a habitual fraude com prejuízo
da nossa saúde, nós lutaremos igualmente até o final para
abolir a vivissecção, já que não podemos tolerar
que seres vivos e sensíveis sejam submetidos à tortura, e além
disso sistemática, legalizada e financiada pelos poderes públicos.
Segundo as estatísticas mais de 90% das doenças tumorais hoje
em dia são devidas aos efeitos nocivos dos medicamentos, das vacinas,
de uma alimentação que contém substâncias químicas
estranhas e pela contaminação do meio ambiente.
O fato de que muitas pessoas, apesar das vacinas que receberam se encontrarem
em perfeita saúde, não prova a anunciada inocuidade das vacinas,
senão o fato de que estas pessoas têm defesas imunológicas
fortes, que lhes permitem fazer frente aos ataques virais e, naturalmente, também
ao choque da vacina. Desde esta ótica, uma pessoa com boa saúde
e com defesas imunológicas eficientes pode superar sem dificuldades a
vacinação. Mas, se um organismo pode fazer frente a um ataque
viral artificial, isto é, a uma introdução forçada
de agentes patógenos, melhor ainda pode fazer frente a um ataque viral
procedente de vias naturais. Por isso deve-se perguntar onde está a necessidade
de fazer obrigatórias as vacinações, e sobretudo as de
massa, tendo em conta que há doenças que desapareceram e que hoje
ninguém tem a probabilidade de contraí-las.
De fato é verdade que muitas epidemias foram derrotadas, mas se deve
ao fato de que foram eliminadas as causas que as provocaram: a miséria,
a falta de higiene, o trabalho infantil, as moradias insalubres, comida e água
contaminadas, as guerras, e muitas outras razões de ordem histórica,
higiênica e social. O exemplo da Grã Bretanha durante o século
passado é emblemático: a vacinação contra a varíola
tornou-se obrigatória em 1853. Em 1867 a obrigação foi
reforçada com a detenção e o embargo imobiliário
dos que não se vacinavam. Três anos depois, em 1870, depois de
ter vacinado a população, estourava na Grã Bretanha a maior
epidemia de varíola da história britânica. Por fim, em 1875,
o governo inglês decidiu introduzir leis sobre a higiene: então,
e somente então, a varíola começou a retroceder.
As grandes epidemias de peste ou de lepra desapareceram da Europa antes que
existissem as vacinações, porque as situações históricas
que as tinham favorecido desapareceram. Também a escarlatina, que no
princípio de nosso século dava medo, hoje desapareceu sem que
nenhuma vacina contra essa doença fosse jamais posta no mercado.
Se desde o ponto de vista histórico, a higiene é a grande ganhadora
das infecções, hoje que vivmemos num mundo onde a higiene é
uma coisa normal, podemos dizer que a melhor prevenção está
em reforçar nossas defesas imunológicas com uma alimentação
sã, e uma vida sã tanto desde o ponto de vida psíquicos
como fisiológico.
Tudo depende dos métodos terapêuticos usados: por exemplo, substâncias
como os antibiõticos artificiais e em geral todos os medicamentos não-naturais
provocam carências imunológicas. Há organizações
que lutam no mundo pela liberdade de escolha terapêutica e vacínea.
Trata-se de uma luta pela saúde, e também de uma luta pelos direitos
civis porque o conceito de liberdade e amadurecimento das populações
inclui também o respeito das escolhas sanitárias. Mas inclui sobretudo
o respeito pela vida dos demais: a dos doentes e a dos animais que se acham
nos laboratórios, vítimas de um falso conceito de ciência
e saúde.
Eu peço hoje, a todos vocês, unir-nos para lutar em favor da abolição
da vivissecção e por um mundo melhor.
Tradução do espanhol para o português: Johanns de Andrade Bezerra
Animais Não São Recurso à Nossa Disposição - Entrevista Com Tom Regan |
"Explorar os animais é eticamente inaceitável", frisa Tom Regan, em entrevista ao DN.
A assunção de que
os animais têm direitos tem sido apontada como o próximo desafio
ético.
A UE abolirá em breve as gaiolas
de bateria, as celas individuais para porcas reprodutoras e a, Inglaterra, muito
possivelmente, a caça à raposa. Impensável há 30
anos, quando comecei. E, quanto mais as pessoas assumem que o consumo de carne
é mau para os animais como sujeitos de uma vida que lhes é negada,
mau para a saúde e o ambiente, mais avanços veremos. Sou optimista.
Há quem se recuse a admitir
a ideia. Fá-lo-á porquê?
Stuart Mill escreveu que todos os
grandes movimentos passam por três fases: ridicularização,
discussão, adopção. Estamos na fase de discussão.
Há, obviamente, quem ridicularize, o que indicia uma enorme dúvida
acerca do valor da sua própria vida.
Como explicar a indiferença
perante o sofrimento?
Educação, sexo, papéis
e expectativas sociais não lhe serão alheios, mas a um nível
mais profundo penso que se prenderá com uma "insegurança
cósmica". Os animais são bode expiatório das nossas
inseguranças.
O sistema de valores e de práticas
que temos impede-nos de os olhar na sua individualidade?
Para alguns será mais fácil
não investir emocionalmente numa vida em particular. Perante um animal
em particular, somos levados a pensar no que fazer para o ajudar, a agir. Na
raiz do movimento pelos direitos dos animais está, no fundo, isto: "Eu
preocupo-me e vou fazer alguma coisa". E isso exige trabalho, tempo e que
mudemos a nossa vida. Pensemos nisto: houve um esforço para dar melhores
condições aos animais, mas isso não mudou o que está
errado no fundamento: estamos a abatê-los a uma escala jamais vista. Imprimir
um rosto mais humano à injustiça é prolongá-la,
torná-la mais aceitável. Retardará a mudança.
A mudança é palavra-chave.
O melhor que podemos fazer é
deixarmos de os explorar, cessando formas específicas de exploração.
Nos EUA, os animais estão a ser usados em experiências no campo
do vício das drogas, no campo do tabaco, entre tantas outras. Para derrubar
esta parede, há que fazê-lo tijolo a tijolo.
As pessoas ficam chocadas, mas,
muitas vezes, não mudam o seu comportamento...
É verdade, podem dizer
"Meu Deus, é horrível!" e não mudar. O fosso
entre saber e agir tem de ser preenchido pela empatia, pelo imaginarmos que
vida de desespero seria se essa fosse a nossa vida. E que nada mudará
se não agirmos. Muitas pessoas preocupam-se com o seu cão, mas
não com outros cães, outros animais. E, no entanto, eles existem
- nos matadouros, nos laboratórios -, mas não existem. Há
que tornar visível o que é "invisível".
Há quem mude, por vezes inesperadamente.
Há quem nasça
com empatia, como São Francisco. Outros serão como São
Paulo, que, na estrada para Damasco, boom, se transformam! Conheço pessoas
assim, que mudaram ao ver algo de terrível acontecer a um animal. Poderão
ter ido a um matadouro - aconselho todos a fazê-lo - e, nesse choque,
tudo mudou. Noutros, o processo é gradual.
Existe forte ligação
entre a violência exercida sobre os animais e a violência interpessoal.
A mesma, na sua essência?
A ligação existe.
Por outro lado, julgamos que a violência partirá de um estranho,
mas ela dá-se, sobretudo, na família. Donde vem esta epidemia
de violência? Creio que a permissividade face à violência
que exercemos sobre os animais, uma violência institucionalizada, a alimenta
em larga medida. Haverá algo mais violento que ser-se esventrado? O gado
é esventrado; há animais em laboratório cegados para testar
um produto ou nos quais se induziram tumores. Nunca falamos disto como violência.
A tradição tem sido
apontada como razão para determinadas práticas. Qual a sua visão?
É uma parte valiosa
da cultura humana. Mas isso não significa que seja, necessariamente,
sábia, boa e justa. As piores formas de aviltamento da vida humana foram
defendidas em seu nome - como a escravatura na América. Pensemos na tourada
em Portugal: tradição? Sem dúvida; sábia, boa e
justa? Penso que não. É, porém, fácil fazer destas
práticas bode expiatório de todos os males que afligem os animais.
E a ajuda mais importante é deixarmos de os comer - nos EUA, nove biliões
por ano são mortos para esse fim. Não temos a noção
da real dimensão destes números.
O estudo destas questões
é hoje reconhecido e prestigiado em vários países. A tal
mudança?
Não há hoje
uma única universidade nos EUA onde os direitos dos animais não
sejam discutidos, em filosofia, antropologia, sociologia. Produziu-se uma massa
crítica, reputada, a favor e contra. Não se voltará atrás.
Maria João Pinto Entrevista originalmente publicada em Diário de Notícias (9 de Julho de 2001)
Medicina Faz Mal à Saúde - Entrevista Com Vernon Coleman |
O
médico Vernon Coleman diz que os hospitais mais matam do que curam e
que é preciso ser muito saudável para sobreviver a um deles
Um selo colado na testa advertindo sobre os perigos que podem causar à
saúde. Se dependesse do inglês Vernon Coleman, esse seria o uniforme
ideal dos médicos. Dono de um diploma em medicina e um doutorado em ciências,
Coleman abandonou a carreira após dez anos de trabalho para ganhar a
vida escrevendo livros com títulos sugestivos do tipo "Como Impedir
o seu Médico de o Matar".
Autor de 95 livros, o inglês é um auto-intitulado defensor dos
direitos dos pacientes. Em seus textos, publicados nos principais jornais do
Reino Unido, costuma atacar a indústria farmacêutica - para ele,
a grande financiadora da decadência - e, principalmente, os médicos
que recusam tratamentos que excluam a utilização de remédios
e cirurgias. Dono de opiniões polêmicas, Coleman ainda afirma que
90% das doenças poderiam ser curadas sem a ajuda de qualquer droga e
que quanto mais a tecnologia se desenvolve, pior fica a qualidade dos diagnósticos.
Como um médico deve se comportar para oferecer o melhor tratamento
possível a seu paciente?
Os médicos deveriam ver seus pacientes como membros da família.
Infelizmente, isso não acontece. Eles olham os pacientes e pensam o quão
rápido podem se livrar deles, ou como fazer mais dinheiro com aquele
caso. Prescrevem remédios desnecessários e fazem cirurgias dispensáveis.
Ao lado do câncer e dos problemas de coração, os médicos
estão entre os três maiores causadores de mortes atualmente. Os
pacientes deveriam aprender a ser céticos com essa profissão.
E os governos, obrigá-los a usar um selo na testa dizendo "Atenção:
este médico pode fazer mal para sua saúde".
Qual a instrução que pacientes recebem sobre os riscos
dos tratamentos?
A maior parte das pessoas desconhece a existência de efeitos colaterais.
E grande parte dos médicos não conhece os problemas que os remédios
podem causar. Desde os anos 70 eu venho defendendo a introdução
de um sistema internacional de monitoramento de medicamentos, para que os médicos
sejam informados quando seus companheiros de outros países detectarem
problemas. Espantosamente, esse sistema não existe. Se você imagina
que, quando uma droga é retirada do mercado em um país, outros
tomam ações parecidas, está errado. Um remédio que
foi proibido nos Estados Unidos e na França demorou mais de cinco anos
para sair de circulação no Reino Unido. Somente quando os pacientes
souberem do lado ruim dos remédios é que poderão tomar
decisões racionais sobre utilizá-los ou não em seus tratamentos.
Você considera que os médicos são bem informados
a respeito dos remédios que receitam a seus pacientes?
A maior parte das informações que eles recebem vem da companhia
que vende o produto, que obviamente está interessada em promover virtudes
e esconder defeitos. Como resultado dessa ignorância, quatro de cada dez
pacientes que recebem uma receita sofrem efeitos colaterais sensíveis,
severos ou até letais. Creio que uma das principais razões para
a epidemia internacional de doenças induzidas por remédios é
a ganância das grandes empresas farmacêuticas. Elas fazem fortunas
fabricando e vendendo remédios, com margens de lucro que deixam a indústria
bélica internacional parecendo caridade de igreja.
E o que os pacientes deveriam fazer? Enfrentar doenças sem tomar
remédios?
É perfeitamente possível vencer problemas de saúde sem
utilizar remédios. Cerca de 90% das doenças melhoram sem tratamento,
apenas por meio do processo natural de autocura do corpo. Problemas no coração
podem ser tratados (não apenas prevenidos) com uma combinação
de dieta, exercícios e controle do estresse. São técnicas
que precisam do acompanhamento de um médico. Mas não de remédios.
Receber remédios não é o que os pacientes querem
quando vão ao médico?
É verdade que muitos pacientes esperam receber medicamentos. Isso acontece
porque eles têm falsas idéias sobre a eficiência e a segurança
das drogas. É muito mais fácil terminar uma consulta entregando
uma receita, mas isso não quer dizer que é a coisa certa a ser
feita. Os médicos deveriam educar os pacientes e prescrever medicamentos
apenas quando eles são essenciais, úteis e capazes de fazer mais
bem do que mal.
Que problemas os remédios causam?
Sonolência, enjôos, dores de cabeça, problemas de pele, indigestão,
confusão, alucinações, tremores, desmaios, depressão,
chiados no ouvido e disfunções sexuais como frigidez e impotência.
Em um artigo, você cita três greves de médicos (em
Israel, em 1973, e na Colômbia e em Los Angeles, em 1976) e diz que elas
causaram redução na taxa de mortalidade. Como a ausência
de médicos pode diminuir o risco à vida?
Hospitais não são bons lugares para os pacientes. É preciso
estar muito saudável para sobreviver a um deles. Se os médicos
não matarem o doente com remédios e cirurgias desnecessárias,
uma infecção o fará. Sempre que os médicos entram
em greve as taxas de mortalidade caem. Isso diz tudo.
Muitas pessoas optam por terapias alternativas. Esse é um bom
caminho?
Em diversas partes do mundo, cada vez mais gente procura práticas alternativas
em vez de médicos ortodoxos. De certa maneira, isso quer dizer que a
medicina alternativa está se tornando a nova ortodoxia. O problema é
que, por causa da recusa das autoridades em cooperar com essas técnicas,
muitas vezes é possível trabalhar como terapeuta complementar
sem ter o treinamento adequado. Medicina alternativa não é necessariamente
melhor ou pior que a medicina ortodoxa. O melhor remédio é aquele
que funciona para o paciente.
Em um de seus livros, você afirma que a tecnologia piorou a qualidade
dos diagnósticos. A lógica não diz que deveria ter acontecido
o contrário?
Testes são freqüentemente incorretos, mas os médicos aprenderam
a acreditar nas máquinas. Quando eu era um jovem doutor, na década
de 70, os médicos mais velhos apostavam na própria intuição.
Conheci alguns que não sabiam nada sobre exames laboratoriais ou aparelhos
de raio X e mesmo assim faziam diagnósticos perfeitos. Hoje, os médicos
se baseiam em máquinas e testes sofisticados e cometem muito mais erros
que antigamente.
Você faz ferrenha oposição aos testes médicos
realizados com animais em laboratórios. De que outra maneira novas drogas
poderiam ser desenvolvidas?
Faz muito mais sentido testar novas drogas em pedaços de tecidos humanos
que num rato. Os resultados são mais confiáveis. Mas a indústria
não gosta desses testes porque muitos medicamentos potencialmente perigosos
para o homem seriam jogados fora e nunca poderiam ser comercializados. Qual
o sentido de testar em animais? Existe uma lista de produtos que causam câncer
nos bichos, mas são vendidos normalmente para o uso humano. Só
as empresas farmacêuticas ganham com um sistema como esse.
O que você faz para cuidar da saúde?
Eu raramente tomo remédios. Para me manter saudável, evito comer
carne, não fumo, tento não ficar acima do peso e faço exercícios
físicos leves. Para proteger minha pressão, desligo a televisão
quando médicos aparecem na tela apresentando uma nova e maravilhosa droga
contra depressão, câncer ou artrite que tem cura garantida, é
absolutamente segura e não tem efeitos colaterais.
Sérgio Gwercman , para Superinteressante - fevereiro 2004
Pergunta ao Doutor Vernon Coleman - Site Temas Atuais na Promoção da Saúde |
Ao famoso médico Dr. Vernon Coleman,
autor de inúmeros livros e artigos na área da medicina e do combate
à experimentação animal, perguntaram:
"O senhor acha que a ampliação dos programas de vacinação
poderia explicar o aumento do número de doenças graves, antes
desconhecidas entre crianças pequenas? Mortes no berço, autismo,
dislexia e diversos tipos de câncer são cada vez mais comuns. É
possível que estejam relacionadas com as vacinas?"
Resposta
"Acredito firmemente que se o programa de vacinação continuar
— e for ampliado — veremos muitas doenças novas. Acredito,
também, que doenças raras há uma ou duas gerações
serão cada vez mais comuns.
Estudei vacinas e programas de vacinação durante mais de duas
décadas e meu receio a seu respeito envolve três aspectos.
Primeiro, os efeitos colaterais imediatos são preocupantes. Alguns são
graves (como os danos cerebrais), outros mais leves.
Segundo, temo os possíveis danos que essas vacinas podem causar ao sistema
imunológico. Muitas crianças tomam 30 vacinas antes de chegar
à idade adulta. Que efeito essas vacinas exercem sobre o organismo?
Em terceiro lugar, estou preocupado com o fato de que as vacinas podem interferir
no processo normal de crescimento — a exposição às
doenças infantis comuns, que em sua maioria são relativamente
inofensivas. Essas doenças não seriam necessárias para
o desenvolvimento sadio do sistema imunológico? Será que as vacinas
interferem com esse processo? Desconfio que sim.
Existe, também, o perigo de que as vacinas mudem a forma como as infecções
afetam o corpo humano. A idade com que as crianças costumam contrair
caxumba aumentou desde que a vacina contra caxumba foi introduzida. E a caxumba
atípica (uma forma da doença muito perigosa e difícil de
tratar) está se tornando mais comum. Que novas cepas de doenças
estamos introduzindo ao usar vacinas de forma tão imprudente?"
Fonte: Vernon Coleman's Health Letter, vol. 5 nº 3, outubro 2000
Site TAPS - Temas Atuais na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/vacina03.htm
Porque Defendem os Cientistas as Investigações Com Animais - National Anti-Vivisection Society |
Os anti-vivisseccionistas usam um argumento
de duas vertentes para dar substância à sua luta contra as experiências
em animais. Eles opõe-se às experiências com animais tanto
a nível ético como cientifico. Ambas as perspectivas deste argumento
providenciam testemunhos compelentes de que a vivissecação é
cruel e inadequada, e que desperdiça tempo, dinheiro e recursos que poderiam
ser aproveitados no alivio do sofrimento humano. Então, porquê,
os investigadores continuam a conduzir e defender as experiências em animais
à luz das invencíveis provas - mesmo aquelas vindas da comunidade
cientifica - de que estas providenciam resultados insignificantes? As respostas
são muitas e variadas - mas todas levam ao mesmo caminho: dinheiro.
Apesar do facto que as experiências em animais têm sido mostradas
como uma metodologia obsoleta, as investigações em animais continuam
porque estão dentro dos melhores interesses financeiros dos cientistas,
assim como um certo número de outras entidades. Estas entidades incluem
hospitais, burocratas de regulamentação, empresas farmacêuticas,
jornais cientificos, criadores de animais, advogados e até mesmo os media
noticiosos. Todos eles lucram, seja directamente ou indirectamente, das investigações
em animais, e estão desta forma profundamente comprometidos a manter
o seu status quo.
Considere o cientista cuja garantia do seu trabalho e prestigio estão
depositadas no número de artigos cientificos que este consiga publicar.
É chamado o síndroma do "publique ou pereça",
e está vivo e de boa saúde em todas as instituições
académicas nos EUA. Não é a qualidade da pesquisa que é
importante, mas sim a quantidade. Quantos mais artigos o investigador publicar,
manterá cada vez mais segura a sua posição. Os investigadores
que não publiquem o suficiente em determinados períodos de tempo,
acabam despromovidos ou desempregados. E a competição é
dura. Cerca de apenas 15% de todas as aplicações de investigações
são aceites.
Os cientistas são frequentemente postos num pedestal, glorificados pela
sua inteligência e poderes de investigação. Mas eles também
têm contas a pagar e familias para sustentar. Tudo resume-se a uma segurança
financeira e evolução na carreira - e as experiências em
animais providenciam uma forma eficiente. Diferente da investigação
clinica - que trabalha com informações baseadas em seres humanos
- as experiências em animais geram resultados mais rápidos com
menos esforço. Está estimado que para cada documento que um clinico
possa produzir, um investigador que use animais pode produzir cinco. Isto porque
a investigação com animais não demora tanto tempo a demonstrar
resultados; o tempo de vida de um animal é muito menor que o de um ser
humano, e as doenças progridem muito mais rapidamente.
Frequentemente, os investigadores seguem pelo caminho mais fácil de todos:
tomando um conceito que já havia sido estabelecido, e torcendo-o um pouco
de modo a ser introduzida uma variável (assim como diferentes espécies
animais ou dosagens) para justificar um estudo suplementar. Isto é feito
a toda a hora, e resulta numa enorme quantidade de estudos virtualmente duplicados.
Para além do mais, na maior parte dos casos o "conceito" já
havia sido comprovado usando dados de seres humanos.
Apesar do lucro ser provavelmente o maior motivo pelo qual os investigadores
continuam as experiências em animais, este não é o único.
Muitos cientistas estão aficionados à tradição -
e a tradição diz-lhes que as experiências em animais é
um método apropriado de investigação. Grandes instituições
académicas recompensam a convencionalidade sobre a inovação,
e desta forma o pensamento creativo não é geralmente bem-vindo
nestes santificados corredores da ciência. Os cientistas que se apercebem
da inutilidade das experiências em animais são rápidamente
silenciados. E os que se recusam a ser silenciados, fazem-no à margem
dum grande perigo na sua carreira.
Agora vamos seguir o rasto do dinheiro um pouco mais longe pelo caminho - até
às empresas farmacêuticas que também beneficiam das investigações
em animais. Quando as empresas de medicamentos desenvolvem um novo composto
que tem potenciais efeitos terapêuticos em seres humanos, eles dão
largas quantias de dinheiro - em milhões de dólares - a uma instituição
académica para estudar o medicamento. Os investigadores testam os medicamentos
em animais. Se o medicamento passar nos testes em animais, segue para os ensaios
clínicos (humanos), e depois para o mercado onde serão gerados
lucros incalculáveis para as empresas de medicamentos.
Os testes em animais são usados como uma alternativa rápida aos
ensaios clinicos, enquanto que providenciam uma rede legal de segurança
para as empresas de medicamentos. Porque os testes em animais são usados
para provar ou refutar queixas contra as empresas de medicamentos (e o Estado)
que resultam de efeitos secundários imprevistos, eles protegem as empresas
de serem processadas o que lhes poderia custar grandes quantias monetárias.
Para além dos cientistas e das empresas farmacêuticas, as experiências
em animais coloca dinheiro nos bolsos de casas que fornecem material biológico
e os animais assim como o equipamento e materiais utilizados para os manter
em laboratórios. Os editores de jornais cientificos - muitos deles apoiantes
das experiências em animais uma vez que providencia-lhes uma fonte estável
de material para publicar - têm lucrado ao criar cada vez mais jornais,
que trazem imensos proveitos de anúncios (de empresas de medicamentos
e casas de material biológico).
Mesmo quando uns poucos beneficiam desta vasta e inter-relacionada teia de proveitos,
existem muitos perdedores. Incalculáveis números de animais sofrem
destinos inimagináveis. Pessoas doentes que poderiam beneficiar dos tratamentos
que são postos de parte pela máquina da investigação
animal são, de muitas formas, tão vitimizados quanto os animais.
E o dinheiro difícil de ganhar do contribuinte americano, que suporta
a vasta conta da maior parte das experiências em animais através
dos fundos de investigação do governo, é desperdiçado
enquanto que programas de longe mais vantajosos continuam sem fundos ou cortados
pela falta destes.
Site da National Anti-Vivisection Society,
USA - http://www.navs.org
Traduzido por Ricardo Martins, PT
Um Chimpanzé Tem Mais Direito à Vida Que Um Feto Humano - Entrevista Com Peter Singer |
Defensor
do aborto, da eutanásia e dos direitos dos animais, Singer é um
dos bioeticistas mais polêmicos do planeta
Entrevista
Quem tem mais direito à vida: um chimpanzé na floresta ou um feto
humano no útero da mãe?
"O chimpanzé", responde, sem medo, o professor de bioética
Peter Singer, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. "Só
o fato de ser membro da espécie Homo sapiens não é garantia
de direito à vida", diz ele.
Defensor do aborto, da eutanásia e dos direitos dos animais, Singer é
um dos bioeticistas mais renomados e polêmicos do planeta. Fala o que
muitos se atreveriam a pensar, mas jamais teriam a coragem de dizer.
"Não acho que o feto tem direito à vida porque ele não
é um ser autoconsciente." Os chimpanzés, gorilas e outros
primatas superiores, por outro lado, são animais plenamente conscientes
de sua existência, diz o professor. Singer, inclusive, é um dos
fundadores do Great Ape Project, uma iniciativa internacional que busca garantir
aos primatas os mesmos direitos básicos dos seres humanos: vida, liberdade
e proibição da tortura.
Australiano, vegetariano e com quase 60 anos, Singer é fundador da Associação
Internacional de Bioética e autor de Libertação Animal,
de 1975, um dos livros mais influentes sobre o movimento de defesa dos direitos
dos animais. Na semana passada, esteve em São Paulo para participar do
Congresso Pitágoras 2006 e falou ao Estado sobre algumas de suas posições
mais polêmicas.
Há um projeto de lei no Congresso brasileiro que visa a descriminalizar
o aborto, que hoje é permitido apenas em casos de estupro e risco de
vida para a mãe. Qual a posição do senhor sobre isso?
Eu sou a favor de que as mulheres possam fazer abortos quando desejarem. Especialmente
se o aborto for feito quando o feto ainda é incapaz de sentir dor. Minha
preocupação maior é com a dor e o sofrimento. Até
20 semanas de gestação, quando ocorre a maioria dos abortos, o
feto não está nem mesmo consciente, por isso não acredito
que tenha direito à vida. Por essa razão, eu permitiria às
mulheres escolher se querem fazer um aborto até esse período.
Após 20 semanas, eu ainda não seria completamente contrário,
mas seria mais flexível à adoção de restrições.
O que o senhor está dizendo certamente vai deixar muita gente
indignada. Imagino que deva receber muitas críticas por isso.
O conceito geral é o de que se você é um ser humano, você
automaticamente tem direito à vida. Esse é um dos problemas com
o debate do aborto: as pessoas que são contra dizem que o feto é
um ser humano e, portanto, tem direito à vida. Eu acho que a primeira
parte está correta: o feto é um ser humano. Mas não necessariamente
a segunda. Não acho que o simples fato de pertencer a uma espécie
seja garantia de direitos morais; acho que você adquire direitos morais
pelo indivíduo que você é. Se você não é
um ser autoconsciente, não acho que tenha direito à vida. A idéia
geral é, muitas vezes, religiosa: as pessoas acreditam que o ser humano
possui uma alma e que o homem é feito à imagem de Deus ou coisa
desse tipo. Acho que muitas das pessoas que criticam minhas opiniões
são contra o aborto por questões religiosas, mesmo que não
usem esse argumento explicitamente.
O mesmo conceito se aplicaria a um embrião humano?
Certamente. É mais difícil ainda, até para uma pessoa religiosa,
dizer que um embrião prematuro tem direito à vida. Como até
alguns católicos argumentam, o embrião em seus estágios
iniciais de desenvolvimento é apenas um aglomerado de células,
e cada uma dessas células pode se tornar um indivíduo - já
que, às vezes, o embrião se divide e dá origem a dois ou
mais indivíduos.
Nesse caso, então, não haveria problema ético nas
pesquisas com células-tronco embrionárias?
Acho que não. Eu acho que você deve obter o consentimento dos donos
dos gametas (os pais). Se eles estiverem dispostos a doar seus gametas ou seus
embriões para pesquisa científica, não vejo nenhum problema
ético nisso.
Considerando sua posição com relação aos
primatas, então, seria correto dizer que o senhor dá mais valor
à vida de um chimpanzé do que à de um feto humano?
É verdade; não nego isso. O chimpanzé é um ser autoconsciente.
Os chimpanzés são capazes de se reconhecer no espelho, eles demonstram
pensamento e planejam o que fazem. Eu diria até que têm um certo
senso de moralidade na maneira como lidam uns com os outros. Eles sofrem quando
alguém próximo a eles morre. Portanto, é preciso reconhecer
que os chimpanzés têm um estado de vida mental e emocional que
um feto não tem, porque seu cérebro não está suficientemente
desenvolvido. Então é verdade: eu diria que os chimpanzés
têm direitos que superam os de um feto humano. É claro que, normalmente,
o feto é algo que a mulher ama e deseja, e por isso ele merece nossa
proteção. Mas se a mulher não quer a gravidez, e você
considera apenas os direitos do feto isoladamente, acho que ele não tem
direito à vida, enquanto o chimpanzé tem.
Ainda sobre reprodução humana, há muita expectativa
(e preocupação) sobre a futura possibilidade de selecionar a cor
dos olhos, cabelos e outras características de uma criança por
meio de embriões in vitro. Além da seleção de sexo,
que já é possível. Até que ponto devemos nos permitir
escolher as características de nossos filhos?
Esse é, certamente, um dos grandes dilemas que teremos de enfrentar nos
próximos anos. No caso da escolha de sexo, eu permitiria a seleção
para fins de equilíbrio familiar - ou seja, quando um casal já
possui crianças de um sexo e deseja escolher o sexo do próximo
filho. Mas não permitiria a escolha desde o início, pois temo
que isso levaria a um aumento desproporcional do número de meninos, com
conseqüências indesejáveis 20 anos mais tarde.
E sobre outras características?
Aí é mais difícil. Não acho que a cor dos olhos
seja uma preocupação. Acho que o dilema será a seleção
de habilidades e aptidões especiais - assumindo, é claro, que
essas tenham uma base genética que possa ser selecionada. Se os cientistas
forem capazes de identificar, geneticamente, embriões que tenham melhor
aptidão educacional ou melhor aptidão esportiva, podemos certamente
imaginar casais que vão querer fazer essa seleção. Isso
seria um problema. Não sou, a princípio, contra qualquer tipo
de seleção, mas me preocupo com a questão da eqüidade:
se temos uma sociedade que já é profundamente dividida em termos
de riqueza, e se apenas as pessoas ricas puderem ir a uma clínica e selecionar
os melhores embriões, vamos transformar essa divisão econômica
em uma divisão genética. Não gostaria de ver isso acontecer.
E quanto à eliminação de doenças genéticas,
via seleção de embriões? Até que ponto podemos,
eticamente, tentar "melhorar" a raça humana?
Se ignorarmos a questão da eqüidade, imaginarmos que todas as pessoas
têm acesso a esse tipo de seleção e considerarmos apenas
coisas que todos concordam ser uma melhoria, não vejo problema nisso.
Nós já tentamos melhorar as gerações futuras de
muitas maneiras - por exemplo, por meio da educação - e se pudermos
fazer a mesma coisa por meio da genética, acho que seria apenas um outro
caminho para chegar ao mesmo objetivo.
Muitas pessoas chamariam isso de eugenia.
Você pode usar esse rótulo se quiser. É claro que é
um rótulo que cheira mal, porque foi usado pelos nazistas, mas isso já
é praticado nos países que permitem o aborto. Nos EUA, qualquer
mulher que engravida após os 35 anos é indicada a fazer um teste
genético por seu médico. Se o teste revela que a criança
tem síndrome de Down ou outra doença genética grave, mais
de 80% das mulheres optam por interromper a gestação. Portanto,
é uma seleção que já está sendo feita, com
o apoio da maioria dos casais. Há uma sensação de que as
pessoas não querem ter filhos com problemas cromossômicos graves,
e isso é absolutamente razoável.
Herton Escobar - Jornal O Estado de São Paulo
Câncer - Perdendo Uma Guerra Que Poderia Ser Facilmente Vencida - SUPRESS |
Após mais de 100 anos de pesquisas com animais, um número muito maior de pessoas está morrendo de câncer
Mais e mais evidências do fato de
que alguma coisa está mortalmente errada pelo caminho, o qual a indústria
biomédica está tentando encontrar curas para muitas doenças
que afligem os americanos. Após décadas desperdiçando elevadas
quantias de dinheiro em pesquisas e sendo cobradas diariamente por avanços
“iminentes” na cruzada nacional contra o câncer, nós
agora afirmamos que mais pessoas estão morrendo de câncer muito
mais do que antes.
É um tipo de catástrofe (o mesmo está acontecendo com praticamente
todas as outras doenças) que trouxe o mais abundante sistema de saúde
da história aos seus joelhos. A conseqüência deste colapso
em termos de devastação econômica pode apenas ser parcialmente
medida: só em 1994, os E.U.A. gastou 1.15 trilhões de dólares,
no que ainda chamamos de ”cuidados com a saúde” (e está
aumentando 16 % anualmente – 160 bilhões ao ano). As perdas, referentes
a falta de produtividade, por exemplo, são igualmente astronômicas;
embora muito mais difíceis de medir. O que este colapso representa em
termos de sofrimento humano para todos nós, é realmente incalculável.
Em 30 de setembro de 1994, a manchete
jornalística, “Painel Americano Deseja Total Revisão da
Pesquisa do Câncer”, o “Los Angeles Times” divulgou
que 15 membros do comitê consultivo, um sub-comitê do “Comitê
Nacional do Câncer” (composto por representantes da pesquisa do
câncer, medicina, indústria da enfermagem, comunicações
e direitos legais dos pacientes) recomendou uma varredura na campanha anti-câncer.
Isto foi o que se teve conhecimento
do relatório do sub-comitê ao congresso:
UM CHAMADO DE ALERTA
Interessantemente, está não
é a primeira vez que alguém da área fez uma grande chamada
de alerta. Existem muitas outras durante estes anos, incluindo John C. Bailar
III, da Escola de Saúde Pública de Harvard e Elaine Smith, do
Centro Médico da Universidade de Iowa, a qual coordenou e participou
do artigo intitulado, “Progresso Contra o Câncer?” publicado
em 8 de maio de 1986, parte da edição do “NEW England Journal
of Medicine”.
Naquela época, o artigo em questão fez considerável barulho
divulgando que a guerra contra o câncer estava perdida. Existem algumas
declarações feitas pelos Drs. Bailar e Smith na conclusão
do artigo:
“O nível de mortalidade pela idade mostrou um devagar e constante
aumento ao longo de muitas décadas e não existe evidência
de uma recente tendência para baixo. Neste senso clínico, nós
estamos perdendo a guerra contra o câncer.”
“A conclusão principal
que temos, é que estes 35 anos de intensos esforços enfocando
um largo progresso, deve ser julgado como um qualificado fracasso.”
“Por que o câncer é
a maior causa de morte, a qual o índice por idade avançada continua
aumentando?”
“Com base na pesquisas médicas
anteriores com doenças infecciosas e benignas, nós suspeitamos
que uma das áreas mais promissoras é a prevenção
do câncer ao invés do tratamento. Oportunidades de pesquisas na
área da prevenção do câncer deveriam ter um suporte
melhor, mesmo que fosse necessária uma substancial redução
de pesquisas. Certamente, que experiências decepcionantes do passado devem
lidar com um objetivo direto, e uma maneira compreensiva antes de irmos em busca
de curas que sempre parecem estar fora de alcance.”
Assim como muitas outras doenças
continuam incuráveis, a questão óbvia com relação
ao câncer é: Após gastar bilhões e bilhões
de dólares e décadas de massivos esforços na área
médica e de instituições de pesquisa no país, como
é possível não apenas falharmos em parar o câncer,
mas vivemos uma situação pior que antes?!
Visto por este ângulo, é
claro, que o problema foi mentiroso ao nível de promessas. Em outras
palavras, a fundação da pesquisa do câncer teve que ser
falha no âmago da questão. Apenas um erro fundamental pode tender
para um desastre desta magnitude.
O que seria este erro? O que está na raiz de uma falha total da pesquisa
biomédica? Doutores Bailar e Smith deram apenas uma parte da resposta
à está questão vital quando eles corajosamente demonstraram
que existe uma total falta de interesse na prevenção que impregna
o sistema atual. Eles ressaltam que a comunidade médica/científica
está apenas interessada em “pesquisas relacionadas ao tratamento”,
significando é claro, que a única utilidade é quando o
câncer aparece.
Mas os doutores Bailar e Smith vão um passo além: Eles claramente
afirmam que as “pesquisas relacionadas ao tratamento” estão
baseada totalmente na pesquisa experimental em animais, a qual é a verdadeira
razão para o seu fracasso.
PREVENÇÃO: UM SONHO ALCANÇÁVEL
Existem apenas 2 maneiras de lidar com os
problemas de saúde humana: prevenção e pesquisa clínica.
Sendo assim, a escolha mais inteligente é empregar nossos recursos na
prevenção.
Não existe dúvida, que
muitos tipos de “câncer” estão diretamente relacionados
a nossa dieta. Massivos pontos de evidência pelo fato que uma dieta vegetariana
(sem produtos de origem animal) é a melhor maneira de prevenir o câncer,
além de evitar álcool e cigarros. Substâncias cancerígenas
são também outros fatores. Um verdadeiro programa enfocando a
prevenção poderia eliminar o grau incalculável de sofrimento
e economizaria trilhões de dólares.
Infelizmente, a prevenção
enfoca dois problemas: “O império das pesquisas médica/química/farmacêutica”,
que não estão interessados na prevenção, porque
sabem muito bem que não podem melhorar a saúde humana. O único
que se beneficia com a prevenção é o próprio indivíduo.
Mas, em geral, a prevenção não é abraçada
por aqueles que tem algo a ganhar com o público na sua totalidade.
Nos últimos 50 anos, o império
biomédico fez um fantástico trabalho de descrédito pela
prevenção (convencendo as pessoas ser uma utopia) e que a maioria
das pessoas não acreditam que possam ter uma vida livre de doenças.
Realmente, a maioria das pessoas pensam o contrário, e que é natural
as pessoas ficarem doentes. Além disso, como alguém espera que
outras pessoas acreditem neste conceito, quando o que todos vêem é
uma doença totalmente difundida no meio!?
PESQUISA CLÍNICA X PESQUISA EXPERIMENTAL
Em conjunto com a prevenção,
a única outra escolha inteligente é a pesquisa clínica
ou a observação de todos o que ficaram doentes apesar de medidas
preventivas.
Sem sombra de dúvida a informação
mais confiável que serve para qualquer doença, só pode
ser obtido pelo exame daqueles que contraíram a doença espontaneamente.
Somente esta informação vital pode nos conduzir ao tratamento
efetivo e a cura real. E por isso apenas os que “clinicam”, é
que são os únicos que sabem alguma coisas sobre doenças
humanas, pois infelizmente, a atual classe biomédica rejeita tanto a
prevenção como a pesquisa clínica. Ao invés disso,
preferem confiar na experimentação animal.
A pesquisa experimental é o oposto tanto da prevenção como
da pesquisa clínica. Tentando recriar doenças humanas (naturalmente
adquiridas pelos humanos) em um corpo sadio constitui a pesquisa experimental.
É impossível recriar uma doença espontaneamente adquirida
pelos humanos em um animal saudável (ou um humano para esta finalidade),
simplesmente por que desde o momento em que seja recriada, é artificial
e e não mais a doença natural - “original”. Francamente,
“recriado” e “ espontâneo”, são termos
contraditórios. Algumas vezes é possível recriar aparentemente
alguns sintomas da doença, mas jamais a doença em si. A exceção
a este fato é o caso de doenças infecciosas. Embora, animais não
peguem doenças infecto-contagiosas de humanos. Isto explica, por que
não existe um simples animal não-humano que tenha contraído
a AIDS-humana, apesar do esforço contínuo dos vivissectores em
tentar criar um modelo animal não-humano de AIDS. Isto segue a premissa,
de que a pesquisa experimental não pode achar curas para doenças,
não importando os milhões de dólares que são gastos.
O conceito pelo qual a vivissecção
se vale destituí de qualquer validade científica, lógica
ou senso comum. Considere a premissa sobre a qual se baseia a pesquisa biomédica:
1. Animais não-humanos saudáveis
são “supostamente” infectados com doenças humanas.
2. A doença é então estudada no animal.
3. A “cura” é encontrada (usualmente após se iludir
com drogas) para o animal de laboratório.
4. A “cura” é depois extrapolada aos humanos.
Isto é o chamado modelo animal de
câncer humano, diabetes, etc. Tragicamente, quase todas as pesquisas biomédicas
conduzidas hoje em dia, incluindo a pesquisa do câncer, é baseada
no modelo animal de doença humana.
Previsivelmente, o absurdo conceito
de que doenças espontaneamente adquiridas por humanos, podem ser recriadas
em laboratórios (obviamente um oximoro) e que a medicina humana pode
se basear nisto.
SUPRESS
Os Vendedores de Doenças - Le Monde Diplomatique-Brasil |
As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa "síndrome" que exige tratamento
Há cerca de trinta anos,
o dirigente de uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo fez declarações
muito claras. Na época, perto da aposentadoria, o dinâmico diretor
da Merck, Henry Gadsden, revelou à revista Fortune seu desespero por
ver o mercado potencial de sua empresa confinado somente às doenças.
Explicando preferiria ver a Merck transformada numa espécie de Wringley's
- fabricante e distribuidor de gomas de mascar -, Gadsden declarou que sonhava,
havia muito tempo, produzir medicamentos destinados às... pessoas saudáveis.
Porque, assim, a Merck teria a possibilidade de "vender para todo mundo".
Três décadas depois, o sonho entusiasta de Gadsden tornou-se realidade.
As estratégias de marketing
das maiores empresas farmacêuticas almejam agora, e de maneira agressiva,
as pessoas saudáveis. Os altos e baixos da vida diária tornaram-se
problemas mentais. Queixas totalmente comuns são transformadas em síndromes
de pânico. Pessoas normais são, cada vez mais pessoas, transformadas
em doentes. Em meio a campanhas de promoção, a indústria
farmacêutica, que movimenta cerca de 500 bilhões dólares
por ano, explora os nossos mais profundos medos da morte, da decadência
física e da doença - mudando assim literalmente o que significa
ser humano.
Recompensados com toda razão
quando salvam vidas humanas e reduzem os sofrimentos, os gigantes farmacêuticos
não se contentam mais em vender para aqueles que precisam. Pela pura
e simples razão que, como bem sabe Wall Street, dá muito lucro
dizer às pessoas saudáveis que estão doentes.
A fabricação
das "síndromes"
A maioria de habitantes dos países desenvolvidos desfruta de vidas mais
longas, mais saudáveis e mais dinâmicas que as de seus ancestrais.
Mas o rolo compressor das campanhas
publicitárias, e das campanhas de sensibilização diretamente
conduzidas, transforma as pessoas saudáveis preocupadas com a saúde
em doentes preocupados. Problemas menores são descritos como muitas síndomes
graves, de tal modo que a timidez torna-se um "problema de ansiedade social",
e a tensão pré-menstrual, uma doença mental denominada
"problema disfórico pré-menstrual". O simples fato de
ser um sujeito "predisposto" a desenvolver uma patologia torna-se
uma doença em si.
O epicentro desse tipo de vendas situa-se
nos Estados Unidos, abrigo de inúmeras multinacionais famacêuticas.
Com menos de 5% da população mundial, esse país já
representa cerca de 50% do mercado de medicamentos. As despesas com a saúde
continuam a subir mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Cresceram quase
100% em seis anos - e isso não só porque os preços dos
medicamentos registram altas drásticas, mas também porque os médicos
começaram a prescrever cada vez mais.
De seu escritório situado no
centro de Manhattan, Vince Parry representa o que há de melhor no marketing
mundial. Especialista em publicidade, ele se dedica agora à mais sofisticada
forma de venda de medicamentos: dedica-se, junto com as empresas farmacêuticas,
a criar novas doenças. Em um artigo impressionante intitulado "A
arte de catalogar um estado de saúde", Parry revelou recentemente
os artifícios utilizados por essas empresas para "favorecer a criação"
dos problemas médicos [1]. Às vezes, trata-se de um estado de
saúde pouco conhecido que ganha uma atenção renovada; às
vezes, redefine-se uma doença conhecida há muito tempo, dando-lhe
um novo nome; e outras vezes cria-se, do nada, uma nova "disfunção".
Entre as preferidas de Parry encontram-se a disfunção erétil,
o problema da falta de atenção entre os adultos e a síndrome
disfórica pré-menstrual - uma síndrome tão controvertida,
que os pesquisadores avaliam que nem existe.
Médicos orientados por marqueteiros
Com uma rara franqueza, Perry
explica a maneira como as empresas farmacêuticas não só
catalogam e definem seus produtos com sucesso, tais como o Prozac ou o Viagra,
mas definem e catalogam também as condições que criam o
mercado para esses medicamentos.
Sob a liderança de marqueteiros da indústria farmacêutica,
médicos especialistas e gurus como Perry sentam-se em volta de uma mesa
para "criar novas idéias sobre doenças e estados de saúde".
O objetivo, diz ele, é fazer com que os clientes das empresas disponham,
no mundo inteiro, "de uma nova maneira de pensar nessas coisas". O
objetivo é, sempre, estabelecer uma ligação entre o estado
de saúde e o medicamento, de maneira a otimizar as vendas.
Para muitos, a idéia segundo
a qual as multinacionais do setor ajudam a criar novas doenças parecerá
estranha, mas ela é moeda corrente no meio da indústria. Destinado
a seus diretores, um relatório recente de Business Insight mostrou que
a capacidade de "criar mercados de novas doenças" traduz-se
em vendas que chegam a bilhões de dólares. Uma das estratégias
de melhor resultado, segundo esse relatório, consiste em mudar a maneira
como as pessoas vêem suas disfunções sem gravidade. Elas
devem ser "convencidas" de que "problemas até hoje aceitos
no máximo como uma indisposição" são "dignos
de uma intervenção médica". Comemorando o sucesso
do desenvolvimento de mercados lucrativos ligados a novos problemas da saúde,
o relatório revelou grande otimismo em relação ao futuro
financeiro da indústria farmacêutica: "Os próximos
anos evidenciarão, de maneira privilegiada, a criação de
doenças patrocinadas pela empresa".
Dado o grande leque de disfunções
possíveis, certamente é difícil traçar uma linha
claramente definida entre as pessoas saudáveis e as doentes. As fronteiras
que separam o "normal" do "anormal" são freqüentemente
muito elásticas; elas podem variar drasticamente de um país para
outro e evoluir ao longo do tempo. Mas o que se vê nitidamente é
que, quanto mais se amplia o campo da definição de uma patologia,
mais essa última atinge doentes em potencial, e mais vasto é o
mercado para os fabricantes de pílulas e de cápsulas.
Em certas circunstâncias, os especialistas que dão as receitas
são retribuídos pela indústria farmacêutica, cujo
enriquecimento está ligado à forma como as prescrições
de tratamentos forem feitas. Segundo esses especialistas, 90% dos norte-americanos
idosos sofrem de um problema denominado "hipertensão arterial";
praticamente quase metade das norte-americanas são afetadas por uma disfunção
sexual batizada FSD (disfunção sexual feminina); e mais de 40
milhões de norte-americanos deveriam ser acompanhados devido à
sua taxa de colesterol alta. Com a ajuda dos meios de comunicação
em busca de grandes manchetes, a última disfunção é
constantemente anunciada como presente em grande parte da população:
grave, mas sobretudo tratável, graças aos medicamentos. As vias
alternativas para compreender e tratar dos problemas de saúde, ou para
reduzir o número estimado de doentes, são sempre relegadas ao
último plano, para satisfazer uma promoção frenética
de medicamentos.
Quanto mais alienados,
mais consumistas
A remuneração dos especialistas pela indústria não
significa necessariamente tráfico de influências. Mas, aos olhos
de um grande número de observadores, médicos e indústria
farmacêutica mantêm laços extremamente estreitos.
As definições das doenças
são ampliadas, mas as causas dessas pretensas disfunções
são, ao contrário, descritas da forma mais sumária possível.
No universo desse tipo de marketing, um problema maior de saúde, tal
como as doenças cardiovasculares, pode ser considerado pelo foco estreito
da taxa de colesterol ou da tensão arterial de uma pessoa. A prevenção
das fraturas da bacia em idosos confunde-se com a obsessão pela densidade
óssea das mulheres de meia-idade com boa saúde. A tristeza pessoal
resulta de um desequilíbrio químico da serotonina no célebro.
O fato de se concentrar em uma parte
faz perder de vista as questões mais importantes, às vezes em
prejuízo dos indivíduos e da comunidade. Por exemplo: se o objetivo
é a melhora da saúde, alguns dos milhões investidos em
caros medicamentos para baixar o colesterol em pessoas saudáveis, podem
ser utilizados, de modo mais eficaz, em campanhas contra o tabagismo, ou para
promover a atividade física e melhorar o equilíbrio alimentar.
A venda de doenças é feita de acordo com várias técnicas
de marketing, mas a mais difundida é a do medo. Para vender às
mulheres o hormônio de reposição no período da menopausa,
brande-se o medo da crise cardíaca.
Para vender aos pais a idéia segundo a qual a menor depressão
requer um tratamento pesado, alardeia-se o suicídio de jovens. Para vender
os medicamentos para baixar o colesterol, fala-se da morte prematura. E, no
entanto, ironicamente, os próprios medicamentos que são objeto
de publicidade exacerbada às vezes causam os problemas que deveriam evitar.
O tratamento de reposição
hormonal (THS) aumenta o risco de crise cardíaca entre as mulheres; os
antidepressivos aparentemente aumentam o risco de pensamento suicida entre os
jovens. Pelo menos, um dos famosos medicamentos para baixar o colesterol foi
retirado do mercado porque havia causado a morte de "pacientes". Em
um dos casos mais graves, o medicamento considerado bom para tratar problemas
intestinais banais causou tamanha constipação que os pacientes
morreram. No entanto, neste e em outros casos, as autoridades nacionais de regulação
parecem mais interessadas em proteger os lucros das empresas farmacêuticas
do que a saúde pública.
A "medicalização" interesseira da vida
A flexibilização
da regulação da publicidade no final dos anos 1990, nos Estados
Unidos, traduziu-se em um avanço sem precedentes do marketing farmacêutico
dirigido a "toda e qualquer pessoa do mundo". O público foi
submetido, a partir de então, a uma média de dez ou mais mensagens
publicitárias por dia. O lobby farmacêutico gostaria de impor o
mesmo tipo de desregulamentação em outros lugares.
Há mais de trinta anos, um
livre pensador de nome Ivan Illich* deu o sinal de alerta, afirmando que a expansão
do establishment médico estava prestes a "medicalizar" a própria
vida, minando a capacidade das pessoas enfrentarem a realidade do sofrimento
e da morte, e transformando um enorme número de cidadãos comuns
em doentes. Ele criticava o sistema médico, "que pretende ter autoridade
sobre as pessoas que ainda não estão doentes, sobre as pessoas
de quem não se pode racionalmente esperar a cura, sobre as pessoas para
quem os remédios receitados pelos médicos se revelam no mínimo
tão eficazes quanto os oferecidos pelos tios e tias [2] ".
Mais recentemente, Lynn Payer, uma
redatora médica, descreveu um processo que denominou "a venda de
doenças": ou seja, o modo como os médicos e as empresas farmacêuticas
ampliam sem necessidade as definições das doenças, de modo
a receber mais pacientes e comercializar mais medicamentos [3]. Esses textos
tornaram-se cada vez mais pertinentes, à medida que aumenta o rugido
do marketing e que se consolidas as garras das multinacionais sobre o sistema
de saúde.
*Autor recomendado pelo IPETRANS: Ivan Illich, com a Nêmesis da Medicina, on-line - http://www.ivanillich.org/Principal.htm
Mais autores recomendados: http://www.ipetrans.hpg.ig.com.br/IPETRANS-166.htm
* Philippe Pignarre, "O que é o medicamento?", Ed. 34,1999.
Bibliografia complementar:
* A revista médica PLoS Medecine traz, em seu número de abril de 2006, um importante dossiê sobre "A produção de doenças" - http://medicine.plosjournals.org/
* Na França, as revistas Pratiques (dirigida ao grande público) e Prescrire (destinada aos médicos) avaliam os medicamentos e trazem um olhar crítico sobre a definição das doenças.
*Jörg Blech, Les inventeurs de maladies. Manouvres et manipulations de l'industrie pharmaceutique, Arles, Actes Sud, 2005.
* Philippe Pignarre, Comment la dépression est devenue une épidémie, Paris, Hachette-Littérature, col. Pluriel, 2003.
[1] Ler, de Vince Parry, "The art of branding a condition ", Medical Marketing & Media, Londres, maio de 2003.
[2] *Ler, de Ivan Illich, Némésis médicale, Paris, Seuil, 1975.
[3] Ler, de Lynn Payer, Disease-Mongers: How Doctors, Drug Companies, and Insurers are Making You Feel Sick, Nova York, John Wiley & Sons, 2002.
Ray Moynihan, Alain Wasmes ( Tradução: Wanda Caldeira Bran ) -Matéria do Le Monde Diplomatique-Brasil
O Ecoterrorista - Entrevista Com Jerry Vlasak - Superinteressante |
Para o ativista Jerry Vlasak, vale
tudo na luta contra o uso de animais como cobaias em testes de laboratórios.
Até matar cientistas.
Seria
durante uma passagem pela Grã-Bretanha que o médico e ativista
americano Jerry Vlasak explicaria à Super Interessante suas opiniões
sobre a luta pelos direitos dos animais. A entrevista ocorreria na Inglaterra,
durante um encontro promovido por ativistas da Europa e dos Estados Unidos.
Mas o texano radicado na Califórnia nem teve oportunidade de arrumar
as malas. O governo britânico negou seu pedido de visto, alegando que
suas “opiniões perigosas” não são bem-vindas
no país.
Ao conversar com a revista por telefone, Vlasak mostrou por que quando abre
a boca assusta autoridades, aterroriza a indústria farmacêutica
e recebe críticas da maior parte da comunidade científica. Suas
idéias são uma amostra do que muita gente chama de ecoterrorismo.
Acha, por exemplo, “moralmente aceitável”, o assassinato
de cientistas que utilizem cobaias de laboratório. “As mortes só
ajudariam a causa”, afirma.
Quando não está atendendo vítimas de acidente de trânsito,
tiros e facadas um hospital de Los Angeles, Vlasak dá assessoria científica
a entidades como Speak e Shac, duas das mais radicais organizações
antitestes com animais. Atualmente, os grupos tentam impedir a construção
do novo laboratório de cobaias na Universidade de Oxford e varrer do
mapa a Huntingdon Life Sciences, empresa especializada em pesquisas químicas
e farmacêuticas. Entre os objetivos dos inimigos de Vlasak estão
a busca de tratamentos para doenças como o câncer, diabetes, mal
de Parkinson e de Alzheimer.
SI: Porque você julga ser aceitável atacar cientistas que
estão usando cobaias para desenvolver novos medicamentos?
Qualquer coisa que detiver essas pessoas é moral e necessária.
Não estamos falando de gente inocente. Eles torturam animais em laboratórios
todos os dias. Não adianta eu parar numa calçada com um cartaz
pedindo o fim dos experimentos. Ninguém vai me ouvir. E a verdade é
que nossas táticas funcionam. A Universidade de Cambridge desistiu de
construir um laboratório porque ficou com medo dos ativistas Eles também
acharam que o sistema de segurança ficaria muito caro. Uma empresa especializada
em pesquisas já perdeu 63 clientes e fornecedores. Nossa pressão
também já fechou uma fazenda que criava gatos e um canil que fornecia
cães da raça beagle para laboratórios. Nelson Mandela dizia
que a não-violência é uma estratégia, não
um princípio moral. Nós temos o dever moral de fazer o que dá
resultados.
SI: Você vê algum limite ético nesse dever?
Não existem limites. Qualquer tática que funcione é legítima.
Alguns cientistas só vão acabar com os experimentos se temerem
pela própria vida. É uma pena que seja assim. O que fazemos não
é muito diferente de assassinar nazistas como Hitler, Himmler ou Goebbels.
Se matássemos os três e salvássemos 6 milhões de
judeus, ninguém diria que é errado. Creio que o mesmo raciocínio
vale para animais. Matar dois, três, cinco ou dez (pesquisadores) e salvar
milhões de vidas inocentes é moralmente aceitável.
SI: Como a morte de um cientista será capaz de trazer benefícios
aos animais?
Observe qualquer movimento de luta contra a opressão, como o combate
ao Apartheid na África do Sul e a escravidão nos Estados Unidos.
Sempre que uma força exerce pressão sobre outra, a mais fraca
recorre à violência. E os resultados acontecem. Até agora
ninguém morreu, mas isso ainda vai acontecer. Não estou pedindo
isso, apenas prevendo. Você não pegaria em armas para impedir que
crianças no jardim de infância fossem torturadas até morrer
em laboratórios? Se aceitamos fazer isso por pessoas, mas não
por animais, estamos adotando o especismo, ou seja, acreditar que seres humanos
são superiores a outras espécies. Sou contra o especismo da mesma
maneira que sou contra racismo, machismo e homofobia.
SI: Melhorar a saúde dos humanos não justifica os testes
com animais?
Na Alemanha nazista, judeus eram utilizados como cobaias em campos de concentração.
Graças a testes assim, cientistas obtiveram informações
úteis. Eu acho errado matar de frio um judeu para estudar o combate à
hipotermia. Da mesma maneira, sou contra matar animais. Não me interessam
os benefícios que essas pesquisas trarão.
SI: Para desenvolver antibióticos, os cientistas valeram-se de
testes em cobaias animais. Como médico, você receita este tipo
de remédio a seus pacientes?
Claro que sim. Mas o fato de um idiota ter enfiado droga goela abaixo de um
animal para verificar a eficácia do tratamento não prova que esse
ato seja necessário. É bom lembrar que novos remédios precisam
sempre ser testados também em seres humanos.
SI: E como a medicina pode avançar sem experimentar suas novas tecnologias
em cobaias de laboratório?
Animais são forçados a viciar-se em cocaína, anfetaminas,
cigarros e outras substâncias que todos sabem que são prejudiciais.
Em outros experimentos, filhotes são separados de suas mães para
estudar o que acontece com pessoas criadas sem afeto. A forma como esses animais
sofrem não tem nada a ver com os humanos. Não há razão
para isso.
A maior parte das informações úteis para seres humanos
é obtida em testes clínicos com seres humanos. Estudamos grandes
amostras de pessoas, vemos o que acontece e detectamos padrões. Também
podemos usar técnicas como autópsias, a análise de tecidos,
testes em culturas de celular humanas e modelos matemáticos. Experimentos
assim são muito mais confiáveis do que dar drogas a ratos, coelhos
ou outros animais. Quando aplicamos drogas numa fêmea podemos ter efeitos
diferentes daqueles verificados num macho. Acreditar que o que você deu
ao rato terá o mesmo efeito num ser humano é estúpido.
Não faz qualquer sentido. Não funciona.
Na verdade, a utilização de animais pode até atrapalhar
esse processo.O desenvolvimento da vacina contra pólio, por exemplo,
atrasou dez anos porque o modelo animal não produziu os resultados desejados.
Gastam-se centenas de milhões de dólares em pesquisas envolvendo
animais e pelo menos 90% dos estudos vão para o lixo. E de tudo que é
publicado, no máximo 1% ou 2% realmente tem alguma utilidade.
SI: Se os experimentos em cobaias são mesmo inúteis por
que a indústria farmacêutica gasta tanto dinheiro com eles todos
os anos?
Testes com animais servem como arma para disputas judiciais. Se o remédio
fizer mal, alega-se inocência com base nos testes da droga em muitas espécies.
Também há muita gente ganhando dinheiro com pesquisas financiadas
por recursos públicos, incluindo as indústrias farmacêuticas.
Além disso, governos exigem a realização de testes em animais.
Isso é um erro, mas não surpreende. A indústria farmacêutica
tem dois lobistas para cada membro do congresso americano. Foi por causa desse
tipo de lobby que o meu visto de entrada na Grã-Bretanha foi negado.
*Jerry Vlasak, nos tempos de médico-residente, participou de pesquisas
contra a arteriosclerose envolvendo cachorros. Abandonou os experimentos por
considerá-los “inúteis” e “cruéis”.
*Saboreava um bom bife até 1992, quando leu alguns livros sobre o sofrimento
de animais, deu adeus à carne, leite e ovos e virou vegetariano.
*Foi preso por cinco dias por participar de um protesto contra o uso de peles
animais em Los Angeles. Questionou a detenção na Justiça
e acabou com 20 mil dólares de indenização no bolso.
Revista Superinteressante
As Experiências em Animais Beneficiam a Saúde Humana? - Site Temas Atuais na Promoção da Saúde |
Pense outra vez!
Os sistemas do organismo animal reagem de forma tão diferente dos seres humanos (aos vírus, às substâncias químicas, aos alimentos, etc.) que o resultado das experiências em animais (freqüentemente cruéis) sempre é inútil, não faz sentido e pode ser perigosamente errado. Muitos vivisseccionistas nos dizem isso. O Professor Pietro Croce, patologista que fazia experiências em animais, declarou:
“Existem pessoas demais que ainda acreditam que vivissecção protege a humanidade de doenças. Não protege!”
Outro vivisseccionista, o Dr. Philippe Shubik, confessou:
“... nossos modelos animais são totalmente inadequados para responder às perguntas óbvias diante de nós.”
Ainda outro vivisseccionista, o Dr. Frederick
Coulston, declarou claramente que forçar animais a tomar grandes doses
de substâncias químicas, para ver se essas substâncias são
seguras para os seres humanos é “... só tolice!”
Também na psiquiatria, o vivisseccionista
Dr. R.W. Brimblecombe disse dos resultados de testes animais para a psiquiatria:
“Nossos resultados não tem o menor valor para definir a dosagem
[de medicamentos humanos]...”; e, em toxicologia, o vivisseccionista Dr.
M. Ottoboni declarou abertamente:
“A diferença com que reagem as espécies á toxicidade de substâncias químicas é tão grande que a cega transferência de dados animais para o ser humano é muito perigosa”.
Como animais podem permanecer ilesos a produtos
químicos / pesticidas, etc. que são prejudiciais à saúde
humana, aconteceram muitos desastres com produtos químicos. Na Inglaterra,
meio milhão de pessoas sofreram danos na audição depois
de tomar medicamentos testados em animais. Em 1996, o medicamento Alredase,
para os diabéticos, causou a um em cada 20 usuários danos no fígado,
algumas vezes irreversíveis e a morte de alguns pacientes — apesar
da droga ter sido testada em animais. Tais acidentes com medicamentos testados
em animais são numerosos. Isto acontece porque o metabolismo de ratos,
camundongos, coelhos, gatos, cachorros e cobaias, etc. pode ser muito diferente
daquele do ser humano.
Na realidade, a vivissecção
induz a tanto erro, que durante anos mostrou que fumar cigarro não representa
perigo — porque fumar deixou definitivamente de causar câncer do
pulmão em camundongos! Pense nas milhares de mortes humanas e quanta
doença pode ter sido causada devido aquela falsa informação
obtida pela experência animal. Como disse recentemente um médico:
“Vivissecção não é nada mais do que um método irracional que não só mata animais, mas mata seres humanos também.”
Entretanto, vivisseção é
um imenso negócio, que pode trazer grande lucro para quem participa de
sua prática ou promoção. Por isso continua.
Se queremos o progresso de pesquisa
médica, precisamos abolir as experiências em animais imediatamente
e aplicar a tecnologia moderna do computador e da cultura de células
e tecidos humanos.
UKAVIS — UK Anti-Vivisection Information Service, Londres, Inglaterra
Site Temas Atuais
na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html
A Research Defence Society (Sociedade Defensora de Pesquisas) em Londres, Inglaterra, é uma organização que visa promover as experiências em animais. A RDS tenta convencer o público de que as "pesquisas" em animais são úteis para a saúde dos seres humanos e que o progresso da medicina depende de tais experiências. A verdade é bem diferente. Veja os mitos dos vivisseccionistas e os fatos científicos e históricos
Primeiro mito
Do ponto de vista científico, faz sentido procurar a cura das doenças
humanas e testar medicamentos para seres humanos estudando um animal que tenha
"a mesma doença ou uma muito semelhante".
Fato
Cientificamente, não faz o menor sentido procurar a cura para alguma
doença humana espontânea, estudando um animal cujos processos fisiológicos
e bioquímicos são bem diferentes dos nossos e no qual a doença
foi provocada artificialmente. Não é suficiente que a "doença
seja muito semelhante".
Testar a segurança de medicamentos
em animais também não é adequado. "Experiências
em animais não contribuem em nada para a segurança dos medicamentos;
podem ter exatamente o efeito contrário", declara o Prof. Kurt Fickentscher.
Segundo mito
Podemos estudar doenças cardíacas e derrames humanos nos animais.
Fato
Animais não são modelos confiáveis para o estudo de doenças
cardíacas e derrames humanos, pois possuem um sistema vascular colateral
no cérebro, que permite que o sangue se desvie de coágulos; assim,
os animais não sofrem derrames da mesma maneira que os seres humanos,
nem os efeitos são os mesmos. "Muitos animais domésticos
têm um sistema de vasos sangüíneos que filtra coágulos
e outras substâncias que possam fluir para o cérebro."
Além disso, os vivisseccionistas
colocam grampos, usados em microcirurgia, nas artérias dos animais, quando
procuram simular um derrame. Esses grampos "afetam os vasos sangüíneos
de forma totalmente artificial, jamais vista nos vasos sangüíneos
de pessoas que sofreram derrame."
Ratos e camundongos, os animais de
laboratório mais usados em vivissecção, possuem —
de acordo com o famoso vivissecionista agraciado com o Prêmio Nobel, Dr.
Aléxis Carrel, do Instituto Rockefeller de Pesquisa Médica —
"analogias muito remotas com o homem."
Terceiro mito
A descoberta da insulina se deve a experiências em animais.
Fato
Na realidade, as experiências em animais atrasaram a descoberta da insulina.
O primeiro elo entre o pâncreas e o diabete foi estabelecido em 1788,
sem experiências em animais, pelo Dr. Thomas Cawley, que examinou o corpo
de um paciente que havia morrido de diabete. Antes ainda, em 1766, o Dr. Matthew
Dobson já mostrara que a urina dos diabéticos contém muito
açúcar. Infelizmente, essas descobertas valiosas foram mal aplicadas
durante o século 19, quando pesquisadores tentavam produzir o diabete
em animais, lesando suas glândulas pancreáticas. Eles "...falharam
redondamente ao procurar obter resultados úteis, práticos ou importantes."
Diz o Dr. M. Barron: "A descoberta da insulina foi erroneamente atribuída
aos cientistas Banting e Best". O Professor Schafer, renomado fisiologista,
havia apontado a insulina já em 1915 (seis anos antes das experiências
de Banting e Best com cachorros).
Quarto mito
O aparelho para cirurgias de coração aberto deve seu sucesso a
experiências em animais.
Fato
O primeiro aparelho desenvolvido em animais por John H. Gibbon, da Filadélfia,
fracassou em seres humanos: os pacientes morreram. Foi a pesquisa clínica
(sem animais) na Clínica Mayo que fez do aparelho um instrumento seguro
para seres humanos.
Quinto mito
O desenvolvimento bem sucedido do marca-passo dependeu de experiências
em animais.
Fato
O marca-passo original, desenvolvido em cachorros, foi um fracasso, causando
dor e sofrimento aos pacientes. Só se tornou eficaz quando seu inventor,
o Dr. Walton Lillihei, da Universidade de Minnesota, o adaptou e aperfeiçoou
em seu trabalho clínico com defeitos do septo ventricular em crianças.
Sexto mito
Válvulas cardíacas foram desenvolvidas com sucesso em animais.
Fato
Os médicos Starr e Edward quase descartaram sua válvula quando
descobriram que ela matava todos os cachorros da experiência. No entanto,
funcionou em seres humanos. Ficou novamente comprovado que experiências
em animais são enganosas.
Sétimo mito
Os conhecimentos sobre a pressão sangüínea e o sistema circulatório
se originaram na vivissecção. Os medicamentos contra pressão
alta também resultaram de pesquisas com animais.
Fato
As descobertas da circulação sangüínea, da pressão
arterial e dos batimentos cardíacos tiveram sua origem nos estudos de
William Harvey sobre o corpo humano (válvulas nas veias de cadáveres,
além da observação do seu próprio braço).
As experiências em animais relacionadas
ao medicamento digitalina provaram ser (como sempre) profundamente enganosas
e pura perda de tempo. Devido à vivissecção, os cientistas
pensavam que a digitalina elevava a pressão, pois era esse o efeito em
cães. Estudos em seres humanos mostram, no entanto, que a digitalina
faz baixar a pressão sangüínea e, hoje, ela é um dos
principais medicamentos no combate à hipertensão.
Outros medicamentos contra hipertensão,
desenvolvidos através da vivissecção, causam muitos efeitos
colaterais nas pessoas, tais como impotência sexual masculina, artrite,
doenças do fígado, diabete, insuficiência cardíaca,
senilidade e até mesmo a morte.
Oitavo mito
As pontes de safena devem sua existência à vivissecção.
Fato
Experiências em animais atrasaram as pontes de safena. "Como as características
de coagulação sangüínea e válvulas coronárias
dos cães são tão diferentes das nossas, as primeiras pessoas
operadas morreram. O primeiro sucesso foi o trabalho do Dr. Kunlin na França,
que nada teve a ver com pesquisas em animais", escreve o Dr. Emil Levin.
Nono mito
A vivissecção está vencendo o câncer.
Fato
Hoje, a incidência de câncer é altíssima, apesar de
(ou por causa de) 100 anos de pesquisas em animais. Uma em cada três pessoas
(e essa proporção está aumentando) na Grã-Bretanha
sofre ou irá sofrer de câncer. "Não houve aumento nos
índices de sobrevivência, desde que começaram os registros",
escreve o naturopata Patrick Rattigan, em sua monografia sobre a fraude das
pesquisas sobre o câncer. A quimioterapia e a radioterapia (usadas para
"curar" o câncer) são terapias altamente tóxicas
que, na realidade, podem causar câncer! Realizar pesquisas em animais,
com tumores induzidos artificialmente, é totalmente ilusório e
enganoso para a compreensão dessa doença (essencialmente nutricional
e ambiental) no homem. O Dr. Linus Pauling, duas vezes agraciado com o Prêmio
Nobel de Química, também afirma: "Todos deveriam saber que
grande parte das pesquisas sobre o câncer é fraudulenta..."
British Anti-Vivissection Association, P.O. Box 4746 London SE11 4XF, Inglaterra
Site Temas Atuais
na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html
Precisamos realmente fazer isso a outro ser vivo?
A resposta é NÃO!
Ao comparar testes em seres humanos com
os testes em animais, apenas um de cada quatro efeitos colaterais — que
aparecem nos animais — também ocorre no homem.
Fonte: Science on Trial de Dr. Robert Sharpe
Alguns fatos que você deveria conhecer
Verdade ou fraude?
Vacinas e medicamentos salvaram
milhões de vidas
Na realidade, foram as mudanças no estilo de vida e no ambiente, bem
como melhorias no serviço de saúde pública. Entre 1900
e 1973 houve um aumento enorme na expectativa de vida. Vacinas e medicamentos
respondem por apenas 3,5% dessa evolução.
Todos os novos medicamentos
precisam ser testados em animais, a fim de assegurar sua segurança para
o consumo humano
Estudos revelaram correlação de apenas 5 a 25% entre os efeitos
colaterais nocivos dos medicamentos para as pessoas e as experiências
em animais.
A lesão cerebral experimental
vista em animais é “similar em todos os sentidos” àquela
encontrado em pacientes humanos. (Thomas Gennarelli - U. da Pennsylvania)
CAT e PET scans (tomografia computadorizada) não-invasivos e as autópsias
mostram constantemente tipos de lesão cerebral diferentes da lesão
induzida em animais.
Fonte: The American Anti-Vivissection Society, Jenkintown, PA, EUA - www.aavs.org
Site Temas Atuais
na Promoção da Saúde - http://www.taps.org.br/Paginas/DefesaArt.html
Cerca de 25% das doenças
registradas em todo o mundo são causadas por fatores ambientais evitáveis,
responsáveis por 13 milhões de mortes ao ano, alertou a OMS (Organização
Mundial da Saúde) em um relatório publicado nesta sexta-feira.
Tais ameaças, que incluem água
poluída, combustíveis perigosos, edifícios mal construídos
e tráfego arriscado são a causa de um terço das mortes
nos países em desenvolvimento, acrescentou a OMS.
Segundo a agência das Nações
Unidas, prevenir riscos ambientais pode salvar até 4 milhões de
vidas por ano, a maioria em países em desenvolvimento.
A OMS alertou ainda que seu estudo
é o mais abrangente e sistemático já realizado sobre como
os riscos ambientais evitáveis contribuem para o surgimento de doenças
e ferimentos. "Nós sempre soubemos que o meio ambiente influencia
a saúde profundamente, mas estas estimativas são as mais completas
até hoje", disse Anders Nordstrom, diretor interino da OMS.
"Isto nos ajudará a demonstrar
que o investimento criterioso para criar um ambiente adequado pode ser uma estratégia
bem sucedida para implementar a saúde e atingir o desenvolvimento sustentável",
acrescentou.
Cerca de 40% das mortes por malária
e uma estimativa de 94% das mortes por diarréia --duas das maiores causadoras
de mortes de crianças em idade escolar-- poderiam ser evitadas com um
melhor gerenciamento ambiental, segundo a OMS.
Além da diarréia e da
malária, os outros dois principais problemas sanitários influenciados
pelo pobre investimento são infecções respiratórias
e diversas formas de ferimentos acidentais.
Indicando medidas em potencial para
reduzir a ameaça, a OMS citou o armazenamento doméstico seguro
da água e melhores medidas de higiene, bem como uma melhor administração
dos recursos hídricos.
Também é fundamental
o uso de combustíveis mais limpos e seguros, o aumento da segurança
no ambiente de construção e o uso e a administração
mais criteriosos de substâncias tóxicas em casa e no ambiente de
trabalho.
Folha Online - da France Presse, em Genebra
O diabetes figura entre uma das mais citadas justificativas para a continuidade da experimentação em animais; muitos defendem que sem tais experiências, jamais poderíamos saber qual seria a causa do diabetes e encontrarmos a cura através da insulina. Curiosamente, o experimento conduzido por Frederich Grant Banting e seu ajudante Charles Herbert Best, considerados hoje os desvendadores do mistério, sofreu severas críticas de seus colegas na época. Segundo Roberts (1922), seus experimentos foram "mal concebidos, mal conduzidos e mal interpretados".
O experimento de Banting e Best
Banting e Best receberam o
prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1923, por haverem amarrado o
canal pancreático de cães vivos e, após sete semanas, sacrificarem
os animais, desta forma tentando extrair-lhes hormônios do pâncreas.
O motivo pelo qual o pâncreas dos animais foram amarrados é que
desta forma, eles lentamente atrofiariam, e todas as suas células morreriam,
menos as das Ilhotas de Langerhans, que hoje se sabe, produzem insulina. Isto
foi feito, segundo Asimov, porque suspeitava-se que o hormônio seria uma
proteína, que poderia ser danificada pelas enzimas do pâncreas.
Muitos cientistas questionaram a afirmação
de autoria das descobertas que são atribuídas a Banting e Best,
como no artigo do patologista americano Dr. M. Barron (1920), em que descreve
a autopsia de um paciente que morreu de litíase pancreática: "Os
cientistas Banting e Best foram incorretamente creditados com a descoberta da
insulina". As dúvidas recaem justamente sob a forma como um determinado
sintoma é induzido em uma situação experimental, o que
embora aparente a doença a ser estudada, não serve de modelo para
a situação clínica. McLean (1923) escreve que "infelizmente,
a condição de um cão com uma pequena, porém saudável,
parte de seu pâncreas é essencialmente diferente daquela de uma
pessoa sofrendo de diabetes...em humanos, o diabetes se apresenta através
de dois fatores: (1) uma lesão progressiva essencialmente ausente em
animais experimentais; e (2) o efeito decorrente de dieta imprópria".
Young (1948) diz que "não existe forma de induzir-se o diabetes...que
seja exatamente comparável à condição clínica.
No máximo podemos obter apenas aproximações cruas. O perigo
de aplicar-se de uma espécie para outra, ou de uma linhagem para outra
dentro de uma mesma espécie não pode ser negligenciado".
Young (1951) afirma ainda que "argumentos baseados no requerimento de insulina
de cães e gatos despancretizados aplicados ao diabetes humano são
quantitativamente perigosos".
E se, como afirmam, os experimentos
de Banting e Best teriam nos elucidado a causa e efeito dos diabetes já
na década de 1920, parece curioso que, em 1960, Keen ainda admitisse
que "as causas do Diabetes Mellitus continuam desconhecidas tanto em humanos
quanto em animais. Exceto por certas similaridades entre as espécies,
há um número de diferenças importantes; diferenças
em manifestações clínicas, em fatores etiológicos
e a atuação de certas complicações a longo prazo".
Aichelburg (1974) escreve: "Quanto mais estudamos o diabetes, mais descobrimos
os aspectos contraditórios desta doença. Há 50 anos, quando
a insulina foi descoberta, achamos que o mistério do diabetes houvesse
sido resolvido. Mas hoje o mistério continua ainda mais misterioso."
A verdadeira descoberta do diabetes
Mas se não Banting e
Best, quem mais poderia ter descoberto a associação entre o pâncreas
e o diabetes? Segundo Bayly, a associação entre o diabetes e as
alterações degenerativas nas células Beta do pâncreas
já era bem conhecida através de experiências clínicas
muito antes que se fizessem experimentos com animais. Em 1788, Thomas Cawley
realizou a autópsia de pacientes que morreram de diabetes e verificou
anomalias no pâncreas (Jackson & Vinik, 1977; BUAV M:10). Autópsias
posteriores demonstraram a mesma coisa, as Ilhotas de Langerhans estavam muito
danificadas ou completamente ausentes em pacientes com diabetes, mas devido
ao fato de que Claude Bernard e outros cientistas não conseguiram demonstrar
os sintomas em animais experimentais extirpando-lhes o pâncreas, a idéia
não foi aceita durante anos (Volk & Wellman, 1977; BUAV M:10)
A idéia só foi amplamente
aceita quando dois cientistas conseguiram extirpar com sucesso o pâncreas
de cães, induzindo-lhes sintomas semelhantes aos do diabetes. Estes cientistas
não eram Banting e Best, mas sim Mering e Minkowski, em 1889 (Volk &
Wellman, 1977; BUAV M:10). "Confirmado" então que o diabetes
estava associado às células de Langerhans danificadas, os cientistas
(mais precisamente Zeuler, em 1908 e alguns outros) supuseram que o fornecimento
de extratos de tecido saudável pudessem curar o mal (BUAV M:10), seguiu-se
então um período em que extrato de pâncreas foi fornecido
tanto para animais experimentais quanto para cobaias-humanas, não representando
porém nenhum efeito benéfico, pelo contrário, o extrato
possuía alta taxa de toxicidade (Singer & Underwood, 1962; Jackson
& Vinik, 1977). Posteriormente o bioquímico Collip obteve um extrato
purificado um pouco mais efetivo e um pouco menos tóxico (BUAV M:10;
Sharpe, 1988).
"O propósito de isolar
do pâncreas o princípio ativo que o prof. Schafer, um fisiologista
renomado, já havia denominado insulina em 1915" foi, segundo Bayly,
"repetida por Banting, que demonstrou isto em um colega médico seu
que sofria da doença. No entanto, os experimentos que Banting realizou
em milhares de cachorros não provaram nada de valor para a medicina humana,
desde que, como é reconhecido cientificamente, os cães não
sofriam de diabetes", e sua conclusão é que "a descoberta,
isolamento e aplicação de insulina são clínicas."
Então, se não era de
diabetes, de que mal sofriam os cães de Banting e Best? Muitos cientistas
reconhecem que os cães de Banting e Best realmente não sofriam
de diabetes, mas sim de estresse. O estresse, segundo Pratt (1954), tem sintomas
muito parecidos com os do diabetes: "O Dr. Banting, herói da medicina
canadense, que é popularmente creditado com a descoberta da insulina
pela extirpação de pâncreas de milhares de cães,
não causava diabetes, mas estresse". Outros autores (Robinson e
Fuller, 1984), confirmam que situações de estresse podem induzir
sintomas semelhantes ao diabetes também em humanos: "É sabido
que a obesidade, as drogas, os remédios, a hereditariedade, grande aflição,
raiva, medo e estados emocionais extremos podem causar diabetes".
Modelos animais para o diabetes
Os animais modelo usados na
pesquisa do diabetes são criados à partir da remoção
ou danificação do pâncreas, induzindo-se assim uma condição
com sintomas semelhantes à doença. Os animais mais utilizados
são os ratos, camundongos, coelhos, cães, porcos, ovelhas e macacos.(BUAV
M:10) As vezes o pâncreas é completamente ou parcialmente removido
cirurgicamente; há ainda a indução química, através
de drogas como a estreptozotocina, a infecção proposital por vírus
especiais sem falar em animais manipulados geneticamente para desenvolver a
doença, como os ratos da linhagem BB e o camundongo NOD, mediadas por
linfócitos, é claro que há um defeito imunorregulador.
Isto não ocorre em humanos. (Hageman & Buscard, 1994). Muitas vezes
os rins dos animais também são danificados artificialmente, já
que o diabetes está associado à insuficiência renal.
A rápida indução
do estado de diabetes por qualquer destes meios que seja em animais experimentais
não tem relação com o diabetes humano, que se desenvolve
com o tempo, através da duração de vida do paciente. Seria,
banalizando o caso, como induzir-se uma gripe em animais experimentais jogando
alergênicos em seus focinhos para vê-los espirrar, os sintomas são
semelhantes, mas não podemos dizer que se trata realmente do mesmo problema.
Mais seriamente, nem mesmo a inoculação do agente etiológico
no animal experimental nos traria resultados satisfatórios, pois a doença
se comportaria diferentemente nos dois hospedeiros.
Forslund (1997) efetuou um levantamento
bibliográfico sobre o assunto, encontrando que "na literatura da
medicina e veterinária, algumas doenças de espécies diferentes
recebem o mesmo nome, ainda que sua manifestação clínica,
etiológica, patogênese e tratamento coincidam em apenas alguns,
mas não muitos, pontos." Citou como bons exemplos disso o Diabetes
Mellitus e a Artrite Reumatóide: "o DM e a ???
rentes à etiologia e patogênese de uma espécie pode ser
difícil e desaconselhável... A melhor maneira de elucidar a causa
de uma doença é estuda-la na espécie e no ambiente em que
ela naturalmente ocorre. O fato de que os estudos epidemiológicos são
de máxima importância para identificar-se a causa da doença
é confirmada pela diferença de incidência da doença
em gêmeos homozigóticos."
Mesmo a utilização de
animais geneticamente manipulados é duvidosa "podendo ser comparada
simbolicamente, àquilo que ocorre quando o comportamento de animais selvagens
é comparado com o comportamento de animais da mesma espécie em
cativeiro. Pode-se determinar as reações naturais de um urso polar
ao ambiente em um zoológico. Pode-se observá-lo em seus movimentos,
mas jamais se pode ter certeza de que isto é natural. Em animais e no
homem, a fisiologia e os sistemas enzimáticos são diferentes,
produzindo metabólitos diferentes e diferentes parâmetros de doenças,
tornando virtualmente impossível de se predizer a existência de
fatores desconhecidos que podem afetar interações genéticas
nestes sistemas e induzir a doença em uma espécie em particular."
O fato de que a extrapolação
não pode se dar de modelos animais para o homem não é segredo
também entre aqueles que lidam diretamente com a exploração
animal: Em 1951, o prof. Houssay da Fundação CIBA, em Londres,
advertiu sua equipe, que estudava a influência de hormônios sexuais
na incidência e severidade do diabetes experimental em ratos, para que
não aceitassem os resultados de outros animais ou mesmo de humanos. Muitos
autores criticam a ignorância quanto às diferenças no metabolismo
em tecidos de animais de diferentes espécies, bem como o estudo em modelos
animais sobre o decréscimo de açúcar no sangue humano (Brahn,
1940).
Experimentos em animais salvam a vida dos diabéticos?
Mas pensaria-se que, ainda
que o uso de animais não tenha sido útil para a descoberta do
diabetes, ele teria sido útil para a aplicação de sua cura.
Antes de mais nada vale lembrar que o diabetes ainda hoje não tem cura,
e provavelmente continuará não tendo enquanto os esforços
dos cientistas se dirigirem para a pesquisa de seus sintomas em animais experimentais
ao invés de pesquisas sobre suas causas em pacientes clínicos.
Quanto à insulina administrada em doentes, muitos cientistas concordam
que os remédios (como o nome já diz) apenas remediam o mal que
está por vir, mascarando seus sintomas e fornecendo ao organismo a falsa
sensação de bem estar. Segundo McDonagh (1932), "o diabetes
é o sintomas, não a doença, e a insulina...não faz
mais do que mascarar este sintoma. A droga não elucida a causa, não
atua da maneira descrita e, tendo a causa sido descoberta e erradicada, como
pode ser, não haverá mais necessidade de utilizá-la."
Rostant (1963), um dos mais conhecidos biólogos europeus, escreve que
"os remédios cultivam a doença. A situação
de saúde é piorada. As terapêuticas são um provedor
das doenças, criam indivíduos que terão de dispor de recursos
para (sustentar) elas. Um exemplo impressivo é o diabetes hereditário.
Desde a descoberta da insulina tem crescido marcadamente" .
De fato, para a produção
da insulina a princípio foram necessários animais como porcos
e vacas. Hoje a insulina é quase que totalmente obtida de microorganismos
manipulados, embora animais ainda sejam explorados para testá-la. Os
efeitos da insulina, tanto animal quanto microbiana, têm sido descritos
por diversos autores: Notkins (1979) descreve que "os efeitos colaterais
do tratamento com insulina incluem não raramente uma incidência
de ataques cardíacos, derrame, insuficiência renal e gangrena.
Isto se dá, segundo alguns médicos, devido à utilização
de insulina animal de natureza estranha ao corpo humano". A insulina produzida
in vitro também têm recebido severas críticas. Após
tantos anos de experiências em animais, a experiência clínica
mostra que a insulina não é nem um bom remédio e nem representa
um ganho significativo na prevenção do diabetes, mas é
sim apenas um cansativo substituto terapêutico. Quanto mais avançamos
o estudo da história da medicina, mais vemos que o triunfo real da medicina
é a conclusão tirada pela observação do paciente
apresentando o fenômeno em sua condição natural e "não
através da ação confusa de cientistas, que concluem à
partir de fenômenos criados artificialmente em animais (Dr.Walker apud
Ruesch,1989......).
Mas o que devemos fazer, deixar de
aplicar insulina em diabéticos? Escreve Mendelsohn: "É bem
conhecido por médicos eminentes de campo que 90% de todos os diabéticos
que fazem uso de insulina não deveriam fazê-lo. A insulina, quando
fornecida por muitos anos, pode ser a responsável por complicações
posteriores do diabetes, cegueira e gangrena diabética. É bem
possível que mais pessoas tenham sido mortas do que tenham sido salvas
(por este tratamento) em todos estes anos". Em 1928, já se alertava
sobre os riscos da aplicação de insulina (Current Topics, 1928),
afirmando categoricamente não haver razão para seu uso; em 1982,
a Scientific American alertava sobre os indícios de que a insulina pudesse
ser a responsável pelo alto nível de cegueira em diabéticos.
O estudo mais completo sobre a ação
de drogas sobre o diabetes humano, um trabalho de oito anos conduzido nos EUA,
na década de 60. Objetivo: Comparar o progresso de pacientes sofrendo
de diabetes. Os tratamentos consistiram em insulina, drogas orais, placebo e
dieta apropriada. Após cinco anos de tratamento, concluiu-se que nenhuma
das drogas, inclusive a insulina, teve qualquer efeito benéfico sobre
os pacientes...porém a dieta funcionou bem. Deste estudo concluiu-se
ainda que deveriam ser proibidas algumas drogas ligadas a problemas cardíacos,
como a fenformina e a tolbutamida, que ainda podem ser encontradas no mercado
com outros nomes (e sem advertência quanto ao seu uso) (Ingliss, 1983;
Weitz, 1990; Shen & Bressler, 1977; British Medical Association and Pharmaceutical
Society of Great Britain, 1983)
De acordo com a OMS, na virada do
século serão mais de 175 milhões de diabéticos em
todo o mundo, seria como se toda a população brasileira fosse
diabética. Parece estranho que continue a se defender o uso de animais
na pesquisa do diabetes, alegando-se a sua necessidade para salvar vidas humanas,
quando as estatísticas mostram que atualmente muito mais gente morre
de diabetes do que ocorria em 1900, vinte e dois anos antes da proliferação
da insulina. (Ruesch, 1978) Desde a introdução de drogas para
o diabetes, na década de 50, a taxa mundial de mortes pela doença
aumentou. Não seria uma mudança em nossos hábitos de vida
no último século que teriam proliferado a doença? Se animais
são úteis e necessários para encontrar a cura do diabetes,
porque tantos anos de vivissecção não conseguiram produzir
um único resultado confiável? Será que a cura não
estaria na prevenção do mal?
O que realmente sabemos
sobre o diabetes?
Após mais um século de pesquisas na área, tudo o que sabemos
sobre o diabetes até então provém de autópsias e
estudos clínicos. O termo diabetes deriva do grego, e significa algo
como "passar através", uma vez que um de seus sintomas é
a produção continua de urina, como se a água atravessasse
de uma vez todo o organismo. Sabe-se que é uma doença incurável,
associada a obesidade em adultos e que por séculos foi considerada uma
doença de ricos e bem nutridos (na verdade "super-nutridos").
O diabetes apresenta-se em duas formas: O diabetes juvenil (ou insulino-dependente)
e o outro diabetes (as vezes chamado "diabetes adquirido"), encontrados
em uma proporção de 15 e 85%, respectivamente. O diabetes juvenil
possivelmente inclui infecções virais, doenças glandulares
e algum fator hereditário.
A doença é sintoma de uma dificuldade do pâncreas endócrino
em produzir a quantidade suficiente de insulina de que necessita, ou ainda a
falta de habilidade dos tecidos de utilizarem o açúcar presente
no sangue, mesmo em presença de insulina. Da insulina, sabemos que é
o hormônio que possibilita a glicose de penetrar as células do
organismo. Se a glicose não entra nas células ela permanece na
corrente sangüínea e sai com a urina, daí o nome Mellitus,
como mel. Uma urina muito doce (glicosúria), significa desidratação,
daí ser um dos sintomas do diabetes a contínua sensação
de sede.
O organismo não podendo absorver
a glicose do alimento acaba tendo de subsistir com suas reservas de gordura,
o que libera corpos cetônicos e acidifica. Esta acidose, somada à
desidratação pode levar ao coma ácido-cetósico.
A maior parte das complicações do diabetes estão ligadas
à microangiopatia (uma ameaça aos pequenos vasos sangüíneos)
e a ateromatose (uma ameaça a todos os vasos do corpo, incluindo os de
grande calibre). Tanto uma como outra complicação podem levar
ao infarto do miocardio.
Para evitar-se o diabetes, recomenda-se
a adoção de um regime vegetariano, livre de gorduras saturadas
e açucares em excesso (André, 1991; Melina et al., 1998) A Associação
Americana de Dietética recomenda o regime vegetariano aos diabéticos,
devido à sua riqueza em fibras, o que freia a reabsorção
da glicose no intestino (André, 1991, Melina et al., 1998). Outros motivos
também estão envolvidos nesta recomendação: A Academia
Americana de Pediatria registrou em 1994 mais de 90 artigos científicos
ligando o leite de vaca ao diabetes. Concluíram que, ao contrário
do que se pensa, a doença não tem apenas origem genética;
mas fatores ambientais como a dieta tem papel decisivo. A administração
do leite de vaca para bebês nos primeiros meses de vida teria ação
decisiva no desenvolvimento da doença. A teoria aceita seria que o leite
de vaca possui uma proteína com uma seqüência de 17 aminoácidos
que desencadeariam a produção de um anticorpo que agiria não
apenas sobre a proteína do leite, mas sobre as células de Langerhans.
Embora entre 20 e 30% das crianças sejam geneticamente suscetíveis
ao diabetes, a maioria não desenvolve a doença.
Alternativas à pesquisa em animais
Defensores da pesquisa animal
jamais se cansarão de propor a velha charada estúpida: Se não
pesquisarmos em animais, vamos pesquisar em que, em gente? A resposta é
um sonoro SIM. Os vários agentes infecciosos a que estamos expostos como
os vírus, bactérias e parasitas, são geralmente muito espécie-específicos.
Infecções interespecíficas que ocorrem são a exceção.
Manipular animais geneticamente para que adquiram nossas doenças é
perda de tempo e dinheiro. Os cientistas estão batendo de frente com
a ponta de um iceberg, onde o entendimento de todos os mecanismos da fisiologia
básica e patologia de humanos ainda estão ocultos.
Resta optarmos pela pesquisa ética
e de bom senso: Para estudarmos o diabetes humano, além dos métodos
In vitro, existem os estudos clínicos e epidemiológicos onde a
hereditariedade, o ambiente, o estilo de vida e os hábitos alimentares
são elucidados e analisados. Tais métodos não causam dor
e nem constrangimento, e por outro lado são muito mais válidos
do que qualquer modelo animal na resposta às nossas perguntas.
Finalização: Quanto
ao nosso prêmio Nobel: Em 1940 o Dr. Banting, após mais de duas
décadas dedicadas à extirpação de pâncreas
caninos, graduou-se no nobre campo das armas biológicas, contribuindo
para a humanidade, além de com sua descoberta de que cães morrem
de estresse, também criando insetos carreadores de doenças humanas,
desenvolvendo sprays contendo bactérias mortais, e outras maravilhas
(Bryden,1991).
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Young F.G The experimental approach to the problem of diabetes mellitus British
Medical Journal,2: 1167-1173, 1951
Onze estudos publicados em revista médica afirmam que laboratórios exageram na incidência de distúrbios
Você está no sofá depois
de um dia de trabalho e deveria relaxar. Em vez disso, sente um desejo irresistível
de sacudir as pernas. Enquanto isso, seus filhos fazem uma algazarra na sala
e, para completar, sua vida sexual está uma porcaria. É apenas
uma cena cotidiana na vida de muitas pessoas ou a combinação de
três condições médicas recém-identificadas
que podem ser tratadas com uma simples pílula?
A segunda hipótese é
a correta, de acordo com 11 artigos publicados pelo respeitável Public
Library of Science Medicine. Pesquisadores da Grã-Bretanha, Estados Unidos
e outros países argumentam que pessoas saudáveis estão
sendo transformadas em pacientes por companhias farmacêuticas. Elas divulgam
problemas mentais e sexuais e promovem condições médicas
pouco conhecidas para, enfim, revelarem os medicamentos que, dizem elas, podem
tratá-los.
Algumas das maiores e mais lucrativas
farmacêuticas do mundo apresentaram uma série de novas drogas para
tratar a "síndrome das pernas inquietas", o transtorno bipolar,
o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em
crianças e a disfunção sexual feminina. Os estudiosos alertam
que novas doenças estão sendo definidas ou exageradas por especialistas
muitas vezes financiados pelos próprios laboratórios.
Os artigos acusam a indústria
da venda de doenças - prática na qual se infla o mercado de uma
droga convencendo as pessoas de que elas estão doentes e precisam de
tratamento médico.
O ÂMBITO DO ANORMAL
Segundo eles, campanhas publicitárias
aumentam a venda de drogas dando um enfoque médico a aspectos da vida
normal (como a sexualidade), retratando problemas moderados (a irritabilidade)
como doenças graves e sugerindo que condições comuns (como
o impulso de mexer as pernas) sejam doentias.
"A promoção de
doenças explora os mais profundos medos atávicos do sofrimento
e da morte", diz a clínica-geral Iona Heath, do Caversham Practice,
em Londres, que contribuiu para a publicação. "É do
interesse das farmacêuticas expandir o âmbito do anormal, para que
o mercado dos tratamentos seja proporcionalmente ampliado."
No editorial, Ray Moynihan e David
Henry afirmam: "Alianças informais entre corporações
farmacêuticas, empresas de relações públicas, grupos
de médicos e defensores de pacientes promovem essas idéias para
o público e os responsáveis por decisões políticas,
muitas vezes usando a grande mídia para impor uma certa visão
sobre um problema de saúde específico".
Num dos relatórios, Joel Lexchin,
especialista em segurança de medicamentos da Universidade de York, em
Toronto, Canadá, alega que a Pfizer, fabricante do Viagra, criou maneiras
de "garantir que a droga fosse vista como uma terapia legítima para
quase todos os homens" e "adotou medidas para ter certeza de que o
Viagra não fosse relegado a um nicho de tratamento de vítimas
de disfunção erétil com causas orgânicas, como diabete
ou cirurgia de próstata".
A mensagem nos anúncios e no
site da Pfizer, diz ele, "é que todos, independentemente da idade,
podem recorrer a uma pequena ajuda num momento ou em outro". Em nota, a
Pfizer disse que "só promove medicamentos com receita para profissionais
de saúde, sempre de acordo com as indicações licenciadas"
.
Em outro artigo, David Healy, diretor
do Departamento de Medicina Psicossocial da Universidade do País de Gales,
em Bangor, descreve como um comercial de TV da Lilly Pharmaceuticals incentivava
as pessoas a informar-se sobre transtornos de humor num site patrocinado pela
companhia: "Esse anúncio vende o transtorno bipolar."
"Se uma empresa conseguir aumentar
a consciência do público sobre uma condição que pode
ou não existir, uma pessoa poderá muito bem acreditar que sofre
da condição e procurar tratamento", diz Graham Archard, vice-presidente
do Colégio Real de Clínicos Gerais.
Segundo a Lilly Pharmaceuticals, "o
transtorno bipolar é uma das doenças psiquiátricas mais
prejudiciais e graves". "O tratamento apropriado deve ser decidido
depois de o clínico ter avaliado detalhadamente a condição
da pessoa e discutido todas as opções de tratamento."
A GlaxoSmithKline declarou: "Estima-se
que entre 10% e 15% dos adultos sofram da síndrome das pernas inquietas,
mas essa é uma condição médica muito pouco diagnosticada.
Cerca de 3% dos adultos experimentam sintomas, com aflição de
moderada a intensa, duas a três vezes por semana, e provavelmente se beneficiariam
com o tratamento."
A Pfizer afirma que mais da metade
dos homens com mais de 40 anos tem dificuldades para ter ou manter ereção,
número contestado por muitos estudos.
LIMITES
No Brasil, os limites da propaganda de medicamentos, tanto para médicos quanto consumidores, estão sendo reavaliados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prepara uma audiência pública para apresentar as sugestões a uma proposta que torna mais rígidos os limites à ação das empresas. A idéia é deixar mais claras as relações entre eventos médicos e patrocínios, além de combater o consumo exagerado de remédios.
Ian Sample - Colaborou Simone Iwasso -O Estado de S. Paulo
DEPOIMENTO EXCLUSIVO DE UM ALUNO DO TERCEIRO ANO DE MEDICINA DA UNISA (UNIVERSIDADE SANTO AMARO)
Por motivos óbvios, sua identidade não será revelada.
FP: No curso de medicina
da UNISA vocês realizam vivissecção em qual ano e com qual
frequência?
Aluno: Somente no terceiro ano, todas às sextas feiras.
FP: Quantos cães
são utilizados nas aulas?
Aluno: Atualmente de 8 a 9 cães.
FP: Por que atualmente?
Aluno: Até 2004 o número de animais era o dobro.
De 16 a 17 cães por aula.
FP: Qual o pior momento
da aula?
Aluno: O pior momento é quando eu vou buscar o cão
no biotério. Já chorei várias vezes.
FP: Como reagem os cães
quando são buscados no biotério?
Aluno: Alguns ficam alegres com a nossa visita, abanam o rabo,
acreditam em nós ( esse é um dos momentos em que chorei ), outros,
parece que sabem o que vai acontecer e lutam pela sobrevivência. Reagem
à nossa presença em sinal de defesa.
FP: Como é o biotério?
Aluno: Um lugar muito parecido com um CCZ. Tem o clima daquele
lugar.
FP: Qual o nome dado a
essas aulas e o tempo de duração?
Aluno:Ttécnica cirúrgica e bases da anestesiologia.
Normalmente as aulas transcorrem das 9h30min às 13h30min.
FP: Quais os tipos de cirugia
que o animal é submetido?
Aluno: Retirada de apêndice intestinal, parte do rim,
parte do estômago, fígado, indução de parada cardíaca...
FP: Quantas pessoas manuseiam
o animal?
Aluno: 4 pessoas.
FP: Alunos?
Aluno: Sim, 4 alunos supervisionados pelos professores.
FP: No final da aula, qual
o destino dado ao animal?
Aluno: Ele é eutanasiado.
FP: Alguma vez você
presenciou um cão acordando da anestesia e com o corpo ainda aberto?
Aluno: Não, isso nunca acontece.
FP: Alguma vez você
ouviu algum professor comentar sobre métodos alternativos?
Aluno: Sim, uma única vez no início do curso.
FP: Ele disse porque razão
para não usa os métodos alternativos?
Aluno: Disse, comentou que na Europa já se utilizavam
modelos biológicos mas que no Brasil ficava inviável por causa
dos altos custos.
FP: Quantos alunos tem
no seu curso de medicina e quanto você paga por mês?
Aluno: O curso tem 480 alunos e eu pago R$ 2.300,00 por mês.
FP: 480 X R$ 2.300 é
igual a R$ 1.104.000,00 por mês, você não acha que a faculdade
ganha muito dinheiro para se negar a investir em métodos alternativos?
Aluno: com certeza.
FP: Você sabe que
em São Paulo tem uma lei que proíbe o CCZ de enviar animais para
as instituições de ensino?
Aluno: Sim, já ouvi dizer.
FP: Você sabe então,
de onde vem os cães da UNISA?
Aluno: Já ouvi dizer que vem de Araraquara e do CCZ
de Diadema, foi até um aluno por intermédio do pai dele que conseguiu
isso para a faculdade.
FP: Qual a raça
e idade dos cães utilizados nas aulas?
Aluno: Viralatas, a idade varia. Tem desde filhotes até
cães idosos. Uma vez durante a aula em que uma cadela estava sendo operada,
notei que ela estava grávida. Dava para sentir os filhotes no útero.
FP: Alguma vez, você
presenciou algum colega seu que não quisesse participar da aula e foi
coagido?
Aluno: não, nunca, mas já houve casos do professor
dizer que você não pode faltar e se faltar a turma toda seria penalizada.
FP: Então, isso
não é uma forma de coação?
Aluno: com certeza.
FP: Você acha realmente
fundamental esse tipo de aula para o seu aprendizado?
Aluno: Aúnica coisa que realmente importa, é
você aprender a lidar com intercorrências do tipo parada cardiorespiratória.
O resto é desnecessário.
FP: Você pretende
se especializar em que?
Aluno: cirurgião.
FP: Como você acha
que vai se sentir quando tiver que operar um humano pela primeira vez?
Aluno: nervoso, despreparado, completamente inseguro.
FP: Isso significa dizer
que as aulas de técnicas cirurgicas onde se utilizam animais de nada
adiantam?
Aluno: Praticamente sim.
FP: Você tem cães
de estimação na sua casa?
Aluno: Sim, tenho 3.
FP: E como você reagiria
se entrasse na aula de técnica cirurgica e encontrasse um deles sobre
a mesa?
Aluno: Não dá nem prá imaginar.
FP: Para encerrar a entrevista,
gostaria que você definisse a vivissecção
Aluno: Uma coisa muito cruel, estamos profanando o direito
de viver de outros seres em nosso benefício próprio.
Bem meus amigos, este é apenas um
caso. Imaginem 8 cães eutanasiados todas às sextas feiras durante
sete meses. Isso significa dizer: 224 cães por ano. Num único
curso e numa única universidade.
Um curso com 480 alunos que pagam
em média R$ 2.300,00 e a faculdade acha caro os custos para se investir
nos métodos alternativos.
Entrevista com aluno de 25/04/2006 às
04:48
Fonte: Centro de Mídia Independente
- http://www.midiaindependente.org/eo/red/2006/04/351739.shtml
A “Lega Antivivisezione
(LAV) ou Liga Anti-Vivisecção divide com a organização
“Doctors in Britain Against Animal Experiments” (DBAE) o mesmo princípio
básico do “anti-vivisseccionismo científico”, o qual
afirma que “nenhuma espécie animal é um modelo experimental
de qualquer outro estudo animal”, um princípio que se torna axiomático
quando a medicina humana é envolvida.
Alguma perplexidade poderia surgir
na tentativa simples de qualquer espécie para uma campanha anti-vivissecção,
e sendo assim é necessária uma campanha não apenas para
a proteção de chimpanzés como uma “espécie”,
mas também pela proteção do chimpanzé “individualmente
como criaturas vivas sensíveis”.
Os Anti-vivisseccionistas consideram
a experimentação animal injustificada em 2 aspectos:
Primeiramente, pelo aspecto científico,
e é igualmente errôneo para a medicina experimentar em ratos ou
porquinhos-da-índia, assim como fazer em macacos. Mas geralmente, todas
as experimentações “entre espécies” são
enganadoras, não importando o modelo escolhido.
Segundo os aspectos éticos;
nós consideramos todos os animais dignos de proteção, respeito
e até mesmo amor, embora “amor” seja um sentimento muito
pessoal.
Alguma consideração
do problema de como usar o voluntariado humano saudável em pesquisa da
AIDS deveria levar em consideração o nível aceitável
de usar humanos na pesquisa biomédica, e o problema da disponibilidade
de voluntários apropriados.
Embora a pesquisa entre espécies
seja sempre enganadora, o trabalho “intra espécies”, é
na teoria, cientificamente correto. Um gato deveria ser considerado o modelo
experimental mais apropriado para a espécie “gato”.
Embora a pesquisa intra-espécies
seja sempre decepcionante, o trabalho é na teoria cientificamente correto.
Um gato deveria ser considerado o modelo experimental apropriado para a espécie
gato, um cão para a espécie cão, e um homem para espécie
humana. Sendo assim, deveríamos modificar isto dizendo que um gato é
o melhor modelo disponível para espécies gatos, um cão
o melhor modelo para espécies cães, e homem, o melhor modelo para
espécies homens.
O homem não é o modelo
perfeito para o estudo humano por 2 razões. Primeiramente, por causa
da consideração científica. O voluntário, é
por definição “saudável”, o que significa que
o metabolismo e as reações de estímulo dele/dela, são
na totalidade normais. Ao contrário, na prática da medicina, nós
tratamos as pessoas, as quais o metabolismo não é apenas alterado,
mas é alterado diferentemente, em diferentes patologias.
Eticamente falando, o que significa
o termo “voluntário saudável”? Em verdade, este termo
pode ser dividido em 2 categorias.
Na primeira temos alguns pensamentos
mercenários, atraídos por pessoas persuasivas capazes, que concorda
em vender qualidade por dinheiro – que toda legislação considera
com uma individualidade, um direito inalienado. Se a conseqüência
da experimentação conduz a um prejuízo a curto ou longo
prazo ao chamado “voluntário saudável”, quem será
considerado legalmente responsável? E, economicamente falando, quem vai
“pagar” pela cura da parte prejudicada?
Na segunda categoria dos chamados
“voluntários” pertencem as pessoas que justificam os riscos,
deliberadamente aceitos, relacionados a motivação religiosa ou
filantrópica. Mas atualmente, na maioria das vezes, eles têm tendências
paranóicas, possivelmente conciliando distúrbio mental limitando-se
ao mórbido desejo de ser o centro das atenções ao delírio
ou a tendência a auto destruição.
A sociedade deveria rejeitar a aparente generosidade destas pessoas e ao invés,
deveria reeducá-los no egoísmo fisiológico e respeito próprio,
que são premissas essenciais para a conservação do individuo
e da espécie. O termo “voluntário” em muitos casos
é um eufemismo. É fato, que o termo “voluntário”
são muitas vezes prisioneiros, estudantes indigentes, marginais, residentes
em lugares mais pobres, ou crianças inocentes da terceira guerra.
Outro problema importante deste pragmático
ponto de vista, é a confiança nos experimentos feitos em humanos.
Nem um simples experimento feito na
época da guerra, nos campos de extermínio nazistas, foi utilizado,
pois os experimentos foram feitos com métodos e mentalidades vivissectoras,
com a mesma crueldade, inutilidade, estupidez e sadismo, que guiam as mãos
daqueles que experimentam em animais. A experimentação intra-espécies
é aceitável apenas na forma de investigação clínica,
o qual é o método inverso ao que chamamos “vivissecção”.
A investigação clínica
é indispensável antes do uso terapêutico de uma nova droga,
assim como a utilização em novos procedimentos cirúrgicos.
Primeiro, uma nova droga deveria ser
testada em pacientes afetados pela mesma doença, a qual supõe-se
seja esta droga ativa.
Segundo, a nova droga (ou novo procedimento cirúrgico) deveria ser testada
apenas em condições que teriam uma chance de ajudar a pessoa.
Terceiro, a nova droga (ou procedimento
cirúrgico) deveria ser testado apenas em condições em que
não existam outras drogas (ou procedimentos) disponíveis no momento.
Quarto, e o mais importante, o pesquisador
deveria esquecer o que aprendeu na experimentação animal, e deveria
se interar no problema longe dos resultados enganadores.
Isto significa que devemos abandonar
a cultura vivisseccionista completamente. Mas transmitindo uma doença
a voluntários para criar “modelos experimentais de confiança”,
deve ser rejeitado. Isto é um método inaceitável de experimentação.
Testando as drogas anti-AIDS em macacos
e outros animais, deve também ser rejeitado, devido ao conceito geral,
exposto acima, que a reação dos animais são diferentes,
e igualmente oposto aos humanos.
Atualmente, a única coisa que
sabemos claramente sobre a AIDS é que não tem nada de clara. E
para aumentar esta confusão, os pesquisadores têm falado agora
sobre a “pseudo AIDS”, assim como as causadas por radiação
iônica, drogas imunossupressoras e outros fatores. A questão levantada
por Deusberg, “É o HIV a causa da AIDS?”, é fascinantes.
Se a AIDS não é uma doença viral infecciosa, então,
a necessidade de voluntários saudáveis, voluntários doentes,
macacos saudáveis ou não, para vacinas anti AIDS, ou improváveis
quimioterapias, deveriam ser totalmente negadas. Realmente, tudo que sabemos
sobre a AIDS é que as pessoas estão morrendo dela.
Recentemente, Luc Montagnier tem revisto
muitas descobertas sobre a AIDS. Ele duvida categoricamente da direta e inexorável
conexão entre infecção e doença (com declarou no
Sunday Times de 26 de abril de 1993). Ele reconhece a existência de pacientes
de AIDS, os quais o vírus AHIV não foi detectado.
Estas novas descobertas causam problemas
para muitas pessoas, as quais são firmemente opositoras a elas. Isto
acontece por que ninguém pode negar que os únicos que serão
prejudicados por estas novas descobertas, são aqueles que sonham com
imensos lucros em cima de vacinas e drogas, através de fundos privados
ou estatais.
Por Professor Pietro Croce, Itália
Loucura, não é?
Se você estiver lendo isso,
é por que achou o título totalmente ridículo, absurdo,
ou ambos. E você está absolutamente certo. É absurdo! Como
pode alguém acreditar que um veterinário, que trata de cães
e gatos podem curar doenças humanas? Ridículo...
Mas infelizmente milhares de americanos
(* humanos de modo geral) se perderam em acreditar que a cura de doenças
humanas podem ser encontradas conduzindo experimentos em animais saudáveis
- animais que são totalmente diferentes não apenas dos humanos,
mas também entre si. Igualmente ridículo e totalmente ilógico.
Se fosse verdade, que a cura das doenças
humanas pudessem ser encontradas na experimentação animal, você
deveria ir ao veterinário quando estivesse doente não seria uma
má idéia. E nosso título não seria tão absurdo.
Mas veja, deve ser um ou outro. Nem
a medicina humana pode se basear na medicina veterinária - na qual a
experimentação animal é obviamente impossibilidade médica
e científica - ou ainda, você deveria marcar uma consulta com seu
veterinário de precisasse de óculos ou extrair o apêndice.
Esta loucura está nos custando
rios de dinheiro. Nossa saúde está em estado de colapso, pois
nenhuma cura pode ser encontrada através das pesquisa biomédica
e testes farmacêuticos que baseia a medicina humana na veterinária.
Imagine que "curas milagrosas"
e "penetrações médicas", que sempre estão
"apenas perto da esquina" nunca materializasse.
Nosso meio ambiente está sendo
sistematicamente destruído por toneladas de pesticidas e toxinas, que
não importando o quão destrutivo são rotineiramente e falsamente
"seguros", baseados nos inválidos testes com animais.
Conseqüentemente nossa sobrevivência
econômica ainda está na estaca zero. Em 1995, os EUA gastaram cerca
de 1.4 trilhões de dólares (*o Brasil também tem prejuízo
com o conserto das catástrofes ambientais ou simplesmente são
ignoradas).
É hora de enterrar a lembrança
decadente de uma medicina baseada neste ritual da experimentação
animal. É hora de acabar com as mentes atoladas em absurdos como: medula
óssea de animais para humanos, transplante de órgãos e
manipulação genética.
É hora de introduzir na medicina
do século 21, uma medicina baseada na prevenção, pesquisa
clínica e acima de tudo, lógica e de senso comum.
SUPRESS
CONTATOS :
e-mail : fbav_br@yahoo.com.br