USO E COLECÇÃO
DE MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS
ROLLEI DE OBJECTIVAS GÉMEAS
(Twin Lens Reflex-TLR)
Rolleiflex 3.5 MX-EVS (1954-1956)
Máquinas Reflex de Objectivas
Gémeas: nestas máquinas
a objectiva de baixo é a que tira a fotografia e a de cima serve
para focar e compor a imagem, a qual é vista com inversão
lateral. As duas objectivas deslocam-se solidariamente.
A máquina está dividida em dois
compartimentos independentes: no de cima, a luz que entra pela lente é
encaminhada, por um espelho a 45º, para o despolido de focagem, no
de baixo, a luz que entra na lente de tirar fotos vai impressionar o filme
aí colocado.
Como há uma certa distância entre
as duas lentes, o que se vê no visor não é exactamente
o que fica no negativo (erro de paralaxe), mas isto não tem significado
para distâncias superiores a 3 metros. Para distâncias inferiores,
como geralmente estas máquinas estão munidas, no visor, de
um compensador de paralaxe, não tem o utilizador de se preocupar
com este aspecto.
O obturador é de lâminas, localizado
entre os elementos da lente e próximo do diafragma, podendo ser
sincronizado com o flash electrónico a todas as velocidades.
Outra importante vantagem das TLR em relação
às SLR (single lens reflex) é a ausência de vibração
do espelho, visto que este não se move, ao contrário das
SLR, aquando do disparo.
Com uma destas máquinas (refiro-me principalmente
às Rolleiflex) pode ter-se o prazer de trabalhar com uma peça
clássica e de qualidade.
Na época do plástico, da electrónica
e do "auto-faz-tudo", pode ser psicologicamente compensador usar máquinas
puramente mecânicas, sendo algumas muito atractivas do ponto de vista
estético. Para seleccionar e usar uma boa máquina antiga,
recomendo o livro:
Collecting and Using Classic Cameras ,
Ivor Matanle, Thames&Hudson,London,1992. ISBN 0-500-27656-0.
A minha colecção destas máquinas
restringe-se a algumas TLR (Twin Lens Reflex): Rolleicords, Rolleiflexes
e Yashicas. Todas têm excelente óptica, sendo de destacar
as lentes Zeiss-Planar (as Xenotar da Schneider são equivalentes)
e a qualidade mecânica das Rollei.
Rolleicord Vb (1962-1976) | Rolleiflex 2.8F (1960-1980) |
Outras TLR a ter em atenção: Voigtländer Superb; Mamiyas C2, C3, C33, C220, C330 (com lentes permutáveis entre 55 e 250 mm); Flexaret; Minolta Autocord; Ricohflex...
Cuidados a ter na compra de uma TLR: verificar se a focagem é difícil, o que pode significar pancada na parte da frente, possivelmente devido a queda da máquina; procurar marcas na parte de trás que possam ter deslocado a placa de pressão do filme, implicando a ausência de paralelismo entre o filme e o plano das lentes; verificar se as rodas que regulam a abertura do diafragma e a velocidade de obturação estão demasiado rígidas e se o botão de disparo regressa à posição inicial depois de ser premido; verificar se o obturador funciona, principalmente a velocidades baixas (entre 1s e 1/15s): muitas vezes estas máquinas são guardadas muito tempo sem serem usadas e o óleo seca entre as lâminas, necessitando então de reparação, o que implicará um custo adicional; verificar se há fungos e riscos, principalmente na lente de tomada de fotos, olhando através da lente para uma fonte de luz, com o painel de trás retirado ou aberto, e disparando na posição B.
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Bibliografia sobre Rolleis:
Alguns destes livros podem ser comprados aqui .
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(Rui L. Mendes)
Última actualização:
7 de Setembro de 2003