Buldogue Americano é o novo guardião que chega ao Brasil.
...... Desconhecido da maioria do público, o Buldogue Americano desperta admiração imediata em quem gosta de cães poderosos. Forte e alto, às vezes ultrapassa a altura de um Rottweiler e tem o dobro da robustez.
...... Nas ruas, há quem mude de calçada para evitar cruzar com um deles. "É comum que meus amigos hesitem antes de entrar em minha casa, mesmo quando estão acompanhados por mim", conta Márcio Pinto de Castro, proprietário de sete exemplares e do único canil da raça no Brasil, o Black Thunder d'Aldeia, no Rio de Janeiro. Tal temor não é injustificável. O cão realmente intimida. O engraçado - ainda que natural - é que mesmo nos Estados Unidos onde a raça está sendo aprimorada, muita gente não tem noção do tamanho que ela atinge. "Amigos meus que me visitam pela primeira vez e sabem que eu crio Buldogues Americanos, geralmente se assustam ao ver o porte dos cachorros", diz Chester Slaten, criador nos EUA há 13 anos. "Esperam cães pequenos e baixos".
...... A origem da confusão tem nome: Buldogue Inglês, o "primo" britânico e bem mais popular, que se caracteriza pelas pernas curtas e corpo atarracado. "Semanalmente, atendo telefonemas de pessoas que não conhecem a raça e tenho de explicar que o Buldogue Americano não é como o Buldogue Inglês", comenta Slaten. Quem o encontra em locais públicos, pode até não confundi-lo com o Buldogue Inglês, mas acertar o nome da raça não é o usual. O diretor do clube do buldogue Americano na Itália, Marco Fernetti, é testemunha. "As pessoas fazem todo tipo de tentativa para adivinhar, vão de Boxer a Pitt Bull, mas não acertam nunca."
...... Uma característica típica e que chama muito a atenção é o volume do peito. Ele é tão largo e musculoso que lembra o de um halterofilista em plena forma. Os músculos da boca também são extremamente desenvolvidos, o que torna a bochecha saliente. Não é à toa que a potência de sua mordedura é muito grande. Só para ilustrar, quando o Buldogue Americano participa de caçadas e pega uma presa, às vezes é necessário usar uma alavanca, feita com um pedaço de pau, para força-lo a abrir a boca.
...... A aparência de força concentrada no Buldogue Americano é tanta que a afirmação do adestrador Hafni El-Shafei, que já treinou mais de cem exemplares, não surpreende: "Não são todos os adestradores que conseguem lidar com a força excessiva do Buldogue Americano de forma proveitosa", assegura. "Com outros cães isso não ocorre, pois qualquer adestrador consegue segurar raças menos vigorosas como Boxers, Pastores Alemães e Belgas ou Dobermanns."
...... Até as funções de origem da raça denotam a sua força e sobretudo a sua valentia. O Buldogue Americano é antes de mais nada um boiadeiro, usado para derrubar bois. Mas logo foi aproveitado para outros fins, como a guarda de propriedades, a caça de porcos selvagens e as lutas com animais. "Combatiam touros e ursos, numa espécie de farra-do-boi ou farra-do-urso, para divertir platéias", explica a cinóloga Hilda Drumond. Mas que ninguém pense que tamanha valentia é coisa do passado. Há muitos exemplares sendo utilizados - hoje - para proteger propriedades da invasão de ursos, bastante encontrados nas fazendas do norte do EUA e um dos animais mais violentos de que se tem notícia. E o cão não se intimida, parte para o ataque até a morte (dele ou do urso). Na Itália, a prova de valentia extrema da raça é a caça aos javalis, porcos selvagens grandes e nada amistosos. O diretor do clube da raça naquele país, Marco Fernetti, estima que aproximadamente 10% dos 250 Buldogues Americanos registrados sejam destinados exclusivamente para tal função. Na Pensilvânia, o criador da raça, George Hawkey, adota com passatempo caçar coiotes na fazenda. Ele utiliza três tipos de cães. Um primeiro grupo de Terriers para farejar e localizar a caça. Um segundo grupo de cães velozes, no caso Greyhounds, para perseguir e derrubar a presa. "Só então, solto os Buldogues Americanos para matar o coiote, o que geralmente fazem com uma mordida no crânio", conta Hawkey, que os apelidou de "killer dogs" ou, em português, cães matadores.
...... Derivado do antigo Buldogue criado na Inglaterra séculos atrás, o Buldogue Americano é muito parecido com seu ancestral, tanto fisicamente como no comportamento. Mais até que a raça conhecida hoje por Buldogue Inglês, que com o passar do tempo, acabou sendo transformada em um cão de companhia com o tronco hiperdesenvolvido e as pernas curtas. O Americano conserva as pernas traseiras grandes e bem musculosas, que além de colaborar para o porte maior, permite que se movimente com relativa desenvoltura e velocidade, coisa quase impossível para o Inglês.
Prova de Fogo ...... Servido por todo esse porte e coragem, o Buldogue Americano não poderia deixar de ser um bom guarda. Desde pequeno, se mostra bastante atento. Ele tem um senso de território muito apurado e faz o possível para defendê-lo. Quando um desconhecido entra na casa que ele guarda, o Buldogue Americano o interpreta como um invasor. "Não é um cão de alarme, mas de ação", diz Fernetti. O americano Steve Miller, proprietário de dois exemplares, completa o raciocínio. "Ao perceber que a casa está sendo invadida, late uma ou duas vezes (quando chega a latir), e parte para o ataque imediatamente. "O presidente da American Buldogue Association, Joe Riad, conta que uma vez foi abordado por um ladrão armado quando parou num farol, dirigindo seu carro. Silenciosamente e sem titubear, o cachorro pulou e mordeu a mão do assaltante, fazendo com que largasse a arma.
...... Mas proteger o território e o dono de intrusos não é só o que o Buldogue Americano sabe fazer. Há histórias incríveis que mostram esse cão agindo com coragem para defender seus donos em outras situações. O mesmo cão que livrou Riad de um assalto, o salvou de um incêndio na casa dele. "Eram 4h30 da manhã, meu cão veio até minha cama e não parou de latir enquanto não me levantei", recorda. "Se ele não estivesse lá, talvez eu só percebesse o fogo tarde demais." Outro episódio semelhante ganhou recentemente as páginas dos jornais americanos. A casa de um casal estava em chamas e havia um bebê no quarto. Um Buldogue Americano de dois anos e meio atravessou as labaredas com a criança na boca e a levou para fora da casa. O cachorro acabou morrendo, vítima das queimaduras, mas a sua última missão foi cumprida: a criança sobreviveu. Nesse caso, o cão interpretou o bebê como uma propriedade dos donos. O mesmo teria ocorrido se um urso ameaçasse o gado em uma fazenda sob sua responsabilidade.
...... Esse comportamento, de defender tudo o que está relacionado ao dono, é uma característica da raça, citada por todos os criadores. Mesmo sem nenhuma espécie de treinamento, o Buldogue Americano mostra a faceta de guardião. Mary Howard, que comprou três exemplares pensando apenas em um cão de companhia, se surpreendeu ao vê-lo em ação. "Há alguns meses, um vizinho bateu palmas no portão. Eu não ouvi e ele foi entrando. Assim que colocou os pés para dentro, meu cão mordeu-lhe o braço. Ao perceber, gritei para que largasse e o cachorro respondeu prontamente, libertando aquele que considerou um invasor."
...... O controle que a raça permite ao dono, mesmo quando está prestes a atacar, é outro dos seus pontos fortes. O número de caso de Buldogues Americanos que interromperam o ataque ao ouvir o comando dos donos é grande.
O Outro Lado ...... Com os estranhos acompanhados do dono, a coisa muda de figura. "O cão se mostra dócil e o visitante não precisa se amedrontar, pode acariciá-lo sem qualquer problema", garante Fernetti. A convivência com estranhos nesse caso é normal. O aconselhável é que os primeiros contatos sejam feitos na presença do dono, visto que o Buldogue Americano demora um pouco para se acostumar. "Depois de um tempo de adaptação, a pessoa passa a ser considerada como um amigo", comenta Mary. Os criadores também são unânimes em apontar a paciência e a dedicação do Buldogue com crianças, tolerando eventuais puxões de orelhas e outras brincadeiras mais violentas. "Já vi um garoto mordendo um de seus cães sem que ele esboçasse nenhum tipo de reação", comenta Riad. Conforme diz o criador, a maior virtude da raça talvez seja a capacidade de conciliar qualidades de um bom guarda e de um dócil cão de estimação. "No mês passado, fui a uma feira com meu cão. Estava cheio de crianças e outros cachorros. Meu Buldogue Americano nem sequer latiu e a molecada passava a mão nele quando bem entendia", relata.
...... Com outros animais, por ser muito apegado ao território, o aconselhável é que a aproximação seja realizada com certa cautela. "Se um cão adulto for colocado entre os Buldogues, será visto como um invasor e, via de regra, o atacará", sustenta Márcio. "A única possibilidade de viverem pacificamente é criando-lhes juntos destes filhotes."
Tipos Distintos ...... Há duas linhagens principais dentro da raça: a Johnson e a Scott, ambas com o nome de quem as desenvolveu. A primeira se constitui de cães maiores e mais fortes, com o tórax muito amplo e focinho bastante curto, mais semelhantes ao popular Buldogue Inglês. Eles são utilizados principalmente para guarda de propriedades e para o confronto com touros. Da Scott, um pouco mais heterogênea, originam-se cães ligeiramente menores, mais esbeltos, com peitos menos largos, focinhos mais compridos, pernas mais alongadas e bem mais ágeis. As duas linhagens geram cães aproximadamente da mesma altura, mas na robustez atingem grandes variações. John Johnson, o criador da linhagem que leva seu nome e o autor do padrão oficial é quem conta: "Meu primeiro contato com a raça foi há 70 anos, quando meus pais ganharam um exemplar de um casal de amigos. Desde então, durante toda a minha vida, criei Buldogues Americanos." Segundo Johnson , naquela época os Buldogues Americanos não eram muito diferentes dos tipos Johnson que conhecemos hoje. "Eles eram apenas um pouco mais baixos", lembra. "A maior modificação que fiz foi promover uma seleção para conseguir cachorros mais altos e fortes, já que as pessoas gostam de cães de guarda que intimidem." O padrão, escrito há trinta anos, já merece uma atualização na opinião de Johnson. Nele consta, por exemplo, que os maiores machos devem medir até 27 polegadas (68,5cm, medidos da base do pescoço até o chão). O criador acredita que essa altura deve ser ampliada para 29 polegadas (73,5cm), o que estaria mais próximo dos bons exemplares do momento. "Nós devemos acompanhar as tendências", considera. Existem também outras variedades de tipo físico na raça, mais assemelhadas a Scott que à Johnson. É o caso das linhagens Masher, Hines e Painter. Esta última é a que mais lembra um Pitt Bull, que se suspeita ter participado da sua formação. São segundo alguns criadores, exemplares desenvolvidos para rinhas (lutas entre animais), ainda mais ágeis e resistentes do que os da variedade Scott. Os cães dessa linhagem seriam os únicos capazes de enfrentar os Pitt Bull.
...... Hoje é muito raro ver cães 100% de uma linhagem só. Elas já foram muito acasaladas entre si. Além disso, existe influência de outras raças que foram misturadas ao Buldogue Americano como o Bull Mastiff e o Pitt Bull. Tais diferenças entre as linhagens e o sangue de outras raças, podem fazer com que alguns exemplares apresentem temperamento variado. É o caso de Buldogues Americanos medrosos ou muito agressivos. "Um fenômeno que observei nos aproximadamente 20 Buldogues Americanos que adestrei é que a carga genética deles pode ser bastante diversificada", constata o adestrador Michael Wells. "Os mesmos pais às vezes geram filhotes de excelente temperamento e outros sem nenhuma das suas virtudes. Talvez seja por isso que eu conheça tanto bons como maus exemplares para o trabalho."
...... Enquanto muitos preferem a imponência dos cães da linhagem Johnson, há quem prefira os tipos menos encorpados. O adestrador e proprietário de dois cães da raça, Hafni El-Shafei é um deles. "Apesar de admirar muito os cachorros Johnson, prefiro trabalhar com as linhagens menos robustas, pois são mais ágeis e velozes, o que é uma virtude para a proteção pessoal", declara.
...... As enormes distinções entre os tipos - refletidas inclusive na grande abrangência das descrições do padrão - podem confundir os observadores, levando-os a pensar que se tratam de duas ou mais raças. Esse é também o motivo que leva as principais entidades cinófilas do mundo a não reconhecer o Buldogue Americano como raça (o que equivale dizer que não emitem pedigrees e nem a aceitam em exposições), a exemplo da Federação Cinológica Internacional (FCI) e do American Kennel Club (AKC). Nos EUA, somente o National Kennel Club, uma entidade menor, registra os filhotes. Aqui, são aceitos pela Associação Cinológica do Brasil (ACB), mas não pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC).
O Mínimo ...... Por ser extremamente rústico, o Buldogue Americano necessita apenas de um mínimo de atenção indispensável. O pêlo curto e rente ao corpo, permite intervalos longo entre as escovações. Uma vez a cada dez ou 15 dias é o bastante. Quanto ao banho, caso o cão não viva em um local onde se suje muito, pode ser dado mensalmente. A limpeza das orelhas pode ser feita com a mesma periodicidade das escovações. Na higiene, o detalhe que merece maior cuidado é com a dentição. Márcio escova os dentes dos seus Buldogues duas vezes por semana e aconselha a levar os cães ao veterinário para retirar o tártaro pelo menos uma vez por ano. "O formato dos dentes facilita o acúmulo de restos de alimentos, que podem se transformar em tártaro", explica.
...... O Buldogue Americano gosta de nadar, brincar de correr e buscar objetos (embora raramente os largue quando os traz). Após o exercício, a respiração torna-se mais ofegante. Nos exemplares com focinhos mais curtos pode ser um tanto barulhenta, mas é normal. Basta que descansem. Aconselha-se também que os cães que vivem em locais pequenos passeiem pelo menos duas vezes por dia para se exercitarem. "Mesmo que se adapte à vida dentro de casa, o Buldogue Americano foi feito para fazendas e quintais. Não para ficar deitado em um sofá", considera Márcio.
...... A raça tem poucos problemas de saúde. É suscetível a displasia (má formação da cabeça do fêmur), o que é comum em raças grandes. Outro problema genético que aparece é o entrópio (a pálpebra entra no olho), mais frequente em cães com olhos profundos ou com dobras de pele. É fácil de ser detectado, pois o cão pisca repetidamente, lacrimeja em demasia e pode manter os olhos fechados. A conjuntiva (parte branca dos olhos) fica inflamada e às vezes infecciona. Uma pequena cirurgia resolve definitivamente o problema. Há casos raros de exemplares com surdez, principalmente naqueles em que predomina a cor branca. "Ao comprar um filhote, faça ruídos em direções diferentes e jogue coisas no chão para ver se ele acompanha com atenção", aconselha Slaten.
Padrão Oficial AMERICAN BULLDOG BREEDERS ASSOCIATION e AMERICAN BULLDOG ASSOCIATION
País de origem: Estados Unidos
Nome no país de origem: American Bulldog
APARÊNCIA GERAL: Neste item temos de considerar as funções para as quais o Buldogue Americano foi criado. Não foi criado para se apresentar em exposições. Entretanto, certas características físicas específicas são necessárias para bem exercer suas verdadeiras funções de "cão de toreio", como guarda de propriedades e cão de captura de porcos e bois. A raça deveria ser forte o suficiente para levar touros indomáveis ao chão e atléticos o bastante para capturar porcos soltos em estado semi-selvagem. O Buldogue Americano deve passar a imagem de grande força, agilidade, resistência e de estrutura musculosa e compacta, sem apresentar um tamanho excessivo. Os machos são maiores, de ossatura mais pesada que a das fêmeas.
TAMANHO: Machos devem ter entre 23 e 27 polegadas (58,5 e 68,5cm) na cernelha, pesando entre 75 e 120 libras (33,75 e 54kg). Fêmeas, entre 21 e 25 polegadas (53,3 e 63,5cm), 60 a 85 libras (27 e 38,25kg). O peso deve ser proporcional ao tamanho.
CABEÇA: Média no comprimento e ampla no crânio, com bochechas musculares pronunciadas.
OLHOS: Médios no tamanho. Todas as cores aceitas. A terceira pálpebra não deve ser visível. Pálpebras com orlas pretas são desejáveis em cães brancos. Pálpebras com orlas rosadas são consideradas uma falta estética.
FOCINHO: De comprimento médio (3-5 polegadas, ou 7,6-12,7cm), quadrado e amplo como uma forte mandíbula inferior. Lábios devem ser cheios mas não pendentes. Quarenta e dois a 44 dentes. Leve prognatismo (mordedura em tesoura invertida) é desejável. Mordedura em tesoura ou em torquês são consideradas faltas estéticas. São consideradas faltas estruturais focinhos com menos de 3 polegadas ou com mais de 5 polegadas; lábios pendentes; menos de 42 dentes; prognatismo inferior e superior, com mais de um quarto de polegada; dentes pequenos ou incisivos desiguais. O nariz deve ser preto ou cinza. Em cães com a trufa preta, os lábios devem ser pretos com algum cor-de-rosa permitido. Trufa cor-de-rosa é considerada uma falta estética.
ORELHAS: São aceitas orelhas operadas ou íntegras, dando-se preferência as orelhas íntegras.
PESCOÇO: Musculoso, de comprimento médio, levemente arqueado, afilando-se do ombro à cabeça, com pequenas barbelas permitidas.
OMBROS: Muito musculosos, com largas escápulas. A posição dos ombros não deve forçar uma angulação dos cotovelos para fora.
PEITO, LINHA SUPERIOR E LOMBO: O peito deve ser profundo e moderadamente largo, sem ser excessivamente largo a ponto de empurrar os ombros para fora. A linha superior deve ser de comprimento médio, forte e ampla. O lombo deve ser levemente mais alto, que corresponda a uma leve elevação nas costas. Faltas: dorso selado, peito estreito ou pouco profundo, falta de elevação nas costas.
POSTERIORES: Muito amplo e musculosos e proporcional aos ombros. Quadris estreitos são considerados uma falta séria.
PERNAS: Pernas fortes e retas com uma ossatura pesada. Pernas frontais não devem ser mantidas muito juntas ou muito separadas. Falta: pernas excessivamente afastadas. As pernas traseiras devem ter uma angulação visível da junta da rótula.
PATAS: De tamanho moderado, com dedos de comprimento médio, bem arqueados e mantidos próximos, não espalmados. Quartelas devem ser fortes e retas.
CAUDA: De inserção baixa, grossa na raiz. A cauda não deve curvar em direção ao dorso. Caudas cortadas são consideradas faltas leves.
PELAGEM: Curta, rente ao corpo e dura ao toque. Não deve ser longa ou felpuda.
COR: Branco, branco com tigrado ou vermelho, tigrado ou vermelho cor branco (vermelho é definido como qualquer tonalidade de canela, marrom ou vermelho).
DISPOSIÇÃO: Alerta, corajoso e amigável, com atitudes confiantes. Algum resguardo com estranhos ou agressividade com outros cães não são considerados faltas.
DESQUALIFICAÇÕES: Exemplares cegos ou machos que não tenham os dois testículos visivelmente normais, totalmente descidos da bolsa escrotal. Uma falta estética é considerada falta de menor importância. Uma falta não especificada como estética está relacionada com a estrutura, uma vez que se trata de um cão de trabalho. Em uma exposição ou em outras avaliações, o cão deve ser penalizado em proporção direta à intensidade da falta. Qualquer falta extrema deve ser considerada uma falta séria e deve ser penalizada apropriadamente. Ilustrações não foram incluídas neste padrão porque poderiam não levar em consideração as variações aceitáveis dentro da sua característica de um cão de trabalho. Em alguns padrões, a ênfase centrada em certos tipos físicos tem levado a uma desintegração geral das raças, uma vez que eliminam exemplares que poderiam contribuir em muito para o aprimoramento do respectivo pool genético. Os atributos apresentados no padrão estão relacionados com qualidades no trabalho, que incluem mas não se restringem à agilidade, resistência, força na mordida e resistência ao calor. Qualquer mudança neste padrão só será permitida com a aprovação de 75 % da American Breeders Association. O Buldogue Americano não é uma raça que costumava ser de toreio. Ele permanece exercendo essas funções e aceita todas as chances de prová-lo.
Esse padrão foi traduzido do original americano.