Conta à lenda que dois escravos acharam em um matacão granítico nas proximidades do município de Fagundes, uma estátua de São Antônio. O achado foi comunicado a pároco da então Vila de Fagundes que pediu para levar a imagem para a igreja, o que foi feito com prontidão.
Algum tempo depois a imagem sumiu da paróquia e novamente foi encontrada no matacão , o que se caracterizou um milagre. A partir dai a matacão ganhou o nome de Pedra de Santo Antônio e passou a ser local de peregrinação, onde os peregrinos , após uma caminhada de 1 Km até a pedra, fazem a já tradicional passagem por uma fenda de aproximadamente 40 cm em baixo do matacão a fim de obter de cura de doenças, casamentos e outras graças do santo.
A festa de Santo Antônio é uma excelente pedida para quem vêem a Paraíba no período de Junho, pois ela reúne em um mesmo lugar a manifestação religiosa-cultural típica do Nordeste, uma caminhada radical subindo 1000 m de serra sob um mar de lama, já que esse período do ano é de fortes chuvas na região, e um belíssimo visual do Planalto da Borborema. Por fim na volta, pode-se curtir um autêntico forró pé-de-serra na localidade de Galante.
Em outras épocas do ano o lugar é freqüentado por grupos de jovens que sobem a serra para beber e tocar violão sob a luz da Lua.
Existem várias formas de se chegar a Pedra de Santo Antônio:
- De carro pela BR 230 saindo de Campina Grande em direção a João Pessoa, pega-se o trevo para a cidade de Fagundes. De Fagundes até a Pedra de Santo Antônio é terra, em períodos de estiagem dá até para subir a serra em carro com tração normal, mas no inverno só 4X4.
- Na Rodoviária Velha de Campina Grande tem ônibus com freqüência saindo para Galante e Fagundes. O resto do caminho até a pedra tem que ser a pé.
- Para quem gosta de aventura existem várias trilhas com vários níveis de dificuldade para chegar a Pedra de Santo Antônio. Procure alguém experiente nessas trilhas. Uma das mais legais é a da Serra das Laranjeiras que sai de Queimadas até Fagundes, no caminho você ainda pode apreciar inscrições rupestres.
Sóstenes C. Lopes
Fotógrafo
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