Ninjutsu Kurokawa Ryu
O ninjutsu Kurokawa ryu iniciou-se no século VII, quando o Shogun e os Daimos iniciaram a perseguição a Ennogejoja e seus seguidores. Os irmãos Takaioshi Kurokawa e Massayuki Kurokawa eram seguidores de Ennogejoja e por isso foram obrigados a fugir para a montanha KOHKA (Koga), onde, juntamente com outros fugitivos vindos de várias partes do Japão, buscaram refúgio junto aos yamabushi (Monges Guerreiros das montanhas). Com o tempo, políticos, monges e agricultores também buscaram refúgio em KOHKA.
Por quase 400 anos viveram em relativa paz, dedicando-se ao refinamento espiritual e aos princípios da estratégia militar. Nesse tempo desenvolveram novas técnicas, adaptadas ao novo modo de vida, criando seu próprio clã - o clã Kurokawa - e seu próprio ryu (escola) em 1.038. No final do período Heian, por volta de 1.180 o clã ninja Kurokawa começou a trabalhar como espiões, mensageiros e assassinos.
Hoje a escola Kurokawa ryu é liderada pelo 35º Soke Minoru, sendo praticada por poucas dezenas de pessoas. Graças a esse grande mestre, esta magnífica Arte Marcial chegou até nós como uma filosofia de vida, no conhecimento do combate e não simplesmente como uma arte de assassinos.
A escola Kurokawa ryu tem como objetivo difundir o verdadeiro ninjutsu a todos aqueles interessados em trilhar o caminho do guerreiro. As suas técnicas foram adaptadas para o presente, sem esquecer as tradições do passado. Não se pode ter futuro se não se conhece o passado. Com esse pensamento, a escola kurokawa ryu treina tanto com armas modernas quanto com antigas. A maioria das outras escolas de ninjutsu praticadas hoje em dia desvirtuou os ensinamentos do passado, esquecendo-se que nas ruas não existe segundo lugar, apenas vencedor e derrotado. Por isso, poucas das escolas de ninjutsu são tão sintonizadas com a realidade do dia a dia.
Yubi - Jutsu
São técnicas de comprimir os centros nervosos do corpo, provocando dor, paralisia parcial chegando até a perda da consciência, através da pressão nos lugares certos, sejam músculos, órgãos ou fibras nervosas. Elas são denominadas de acropessura, pinçamento, pancadas ou estrangulamentos.
Acropessura é a capacidade de apertar um determinado centro nervoso, causando dor ao oponente. Neste caso, cada dedo funciona como um pequeno punhal ou agulha que entra e aperta o local desejado, atingindo a submissão pela dor.
Pinçamento ou garra consiste em pegar o ponto com dois ou mais dedos, como se a mão fosse uma prensa ou alicate, apertando-o de modo que a dor seja insuportável. É uma técnica mais refinada, pois causa um nível maior de dor, e por isso, ao alcance somente dos iniciados.
Estrangulamentos podem ser feitos com a pressão das artérias contidas de cada lado do pescoço, abaixo dos maxilares e na vertical das orelhas, retendo a irrigação sanguínea ao cérebro, impedindo a circulação do sangue. Também podemos estrangular fazendo compressão da traquéia na frente do pescoço, impedindo a renovação do oxigênio no sangue, causando asfixia. As pancadas com as falanges ou pontas dos dedos, tem como objetivo, imputar dor e paralisia parcial do inimigo.
Um mestre de Yubi - Jutsu é um mestre da dor. Segure-o e saberá o que isto quer dizer. Essa técnica é de uso freqüente em agarramentos e em lutas de solo.
"Os bravos só são por um instante, como o sonho da tarde que dura um momento. Os fortes no final são sempre destroçados. Eles são como poeira ao vento." ( Heike Monogatari )
Fotos
Armas
O Nunchaku
O nunchaku é confeccionado com 2 ou 3 bastões de madeira ou ferro medindo de 20 a 60 cm de comprimento e ligados por uma corda de crina de cavalo ou palha de arroz trançada. Hoje, com o modernismo, são ligados por corda de naylon ou correntes. Este instrumento faz parte do KO-BUDO (Combate com instrumentos artesanais). Na China moderna é hoje proibido a terrível arma de ataque e defesa pessoal, eficaz contra muitos atacantes armados ou não.
Sabe-se que um nunchaku de 3 kg. desenvolve uma força de impacto de mais ou menos 725 kg, enquanto qualquer osso humano agüenta apenas 37 kg. Conclui-se, então, o quanto o nunchaku é uma arma perigosa, já que sua força é 20 vezes maior que o limite do osso humano.
O nunchaku, como muitas armas medievais, se originou na China há milhares de anos como um simples utensílio agrícola com que se batia o milho, ou se desfazia do palha do arroz. Depois de muitos anos o seu uso se transferiu para a korea recebendo o nome de I-YON-BONG e posteriormente ficou conhecido no Japão como So-Setsu-Kom ou nunchaku. De aparência inofensiva, transformou-se em uma arma extremamente aperfeiçoada e de técnica apurada, baseada em treinamento freqüente e intenso do instrumento e dos músculos do corpo.O nunchaku manejado por especialistas desarmava mesmo homens a cavalo armados de espada.
Conta-se que em na região de fronteira da China com a Mongólia, os habitantes foram submetidos ao barbarismo mongol. A repressão era tão violenta e rigorosa que em toda a região urbana existia apenas um objeto cortante, uma espécie de faca que era conservada presa a uma corrente no centro da povoação, guardada por soldados Mongóis. Mesmo assim muitos invasores eram encontrados mortos, com sinais de pancadas e trespassados por pedaços de madeira. Mais tarde foi descoberto pelos mongóis a famosa arma nunchaku, que superava todas as armas brancas da época: a espada, a alavanca, a lança e muitas outras.
Os nunchakus existiam de todos os tamanhos e formatos, alguns peculiares de três partes ligados por elos metálicos, outros de uma parte menor que outra, e, ainda, com adaptação de pontas metálicas ou laminas afiadas.
Sai ( arma de defesa/ataque)
O Sai nasceu da necessidade dos camponeses de se defenderem das espadas samurais, durante a época da proibição das armas para cidadãos comuns. Ele foi projetado como armas especial contra espadas, possuindo duas guardas nas quais se encaixam os sabres. O sai é utilizado normalmente aos pares, sendo um seguro em cada mão, como uma extensão das mãos. O sai é um tipo diferente de tridente, com o "dente" do meio sendo maior que os outros, tem ponta afiada e não possui corte, visto que foi planejado para efetuar bloqueios e estocadas junto ao antebraço. Sua guarda possui na extremidade uma bolinha ou alargamento que favorece a aplicação de golpes similares ao tsuki (soko). Seu comprimento varia de acordo com o usuário, sua medida e da palma da mão até 5 cm do cotovelo. Essa medida vida facilitar os bloqueios em que se utiliza o sai junto ao antebraço.
Antigamente se escondia essa arma nas dobras do kimono para não serem encontrados pelos samurais, sendo levado em número de três, o sai extra era utilizado quando no decorrer se perdia um deles, ou por escapar da mão, ou para ser arremessado. Esse item de arremesso é muito importante. Ao contrário de se arremessar contra o inimigo para feri-lo mortalmente (o que poderia ser feito eventualmente), era atirado contra o pé, com o intuito de "pregá-los" no chão e imobiliza-lo para finaliza o combate com o sai remanescente.
Além do uso original contra os sabres (espadas) o sai pode ser utilizado com eficiência contra bo, nunchaku, yari, kama, etc.
Sistema dos nove cortes
Bloqueios 8 1 2
Ataques 7 9 3
Imobilizações 6 5 4
Mankiri-Kusari ou Kusari-Fundo
Corrente lastrada em ambas as extremidades o manriki-kusari (corrente que tem a força 10.000) teria sido inventada por Masaki, um ninja do período EDO, mais tarde fundador de uma escola onde ele desenvolveu as técnicas dessa arma (estilo Masaki-Ryu especialista em corrente e foice) hoje o Soke é Nawa (ele também é soke do toda-ryu especialmente em torinawa-jutsu e teijutsu). O comprimento da corrente varia de cinqüenta a cem centímetros. Os dois pesos solidários das extremidades permitem que se imprima ao objeto, movimentos terríveis de molinete (desenvolvimento de uma força centrífuga, em direção a arma do adversário, de seu braço, pescoço ou perna) . É igualmente possível emprega-la, tendo a corrente atada a mão, como massa, capaz de esmagar. A utilização aparente simples confere ao usuário uma falsa impressão de segurança; sem treinamento sério ele pode se ferir rapidamente, devido á alguns movimentos erráticos de lastro não controlado.
O mankiri-kusari foi concebido originalmente como uma arma de defesa, para substituir uma intervenção com arma ofensiva, por exemplo katana, que se traduzia em um verdadeiro derrame de sangue.
Em suas mãos a corrente lastrada se tornava também uma arma inofensiva, bastava utiliza-la como molinete para a distância ou golpear diretamente com uma cinética terrível e um alcance insuspeitável em direção a um dos pontos vitais do corpo humano.
A eficácia do Kusari-Fundo resiste na contínua tensão mantida entre as duas extremidades. No momento em que ocorre flacidez, a corrente se torna incontrolável. O treinamento no Dojo deve ser então cauteloso e progressivo. É fácil ocultá-lo no bolso e pode ser produzida num instante. Uma ponta da corrente é segura na mão e o peso na outra é rodopiado para fora numa maneira similar a yo-yo de criança.
A bola pesada de metal bate no inimigo e o deixa desacordado; então o ninja se aproxima rapidamente e encurta a distância, para acabar com o inimigo, com uma técnica de estrangulamento usando a corrente.
A Kusari-Fundo servia então para:
Aparar (corrente esticada)
Aparar e agarrar enrolando
Agarrar enrolando sem a parada inicial
Golpear como um molinete esticado
Golpear unicamente com os lastros, corrente enrolada em torno da mão.
Na escola kurokawa ryu treinamos
1) Seishin Teki Kyoyo: Refinamento espiritual, nele se inclui os Ketsuin símbolos com as mãos.
a) Jumon - Palavras, sons, meditações, etc..
b) Rin - Firmeza da mente e corpo.
c) SHA - Energia curativa.
d) Kai - Premonição do perigo.
e) Jin - Leitura de pensamento.
d) Zai - Centro de elementos.
e) Zen - Iluminação.
f) Toh - harmonia com o universo.
g) Godai (cinco elementos)
Chi - Terra.
Tsui - Água.
Ka - Fogo.
Fu - Vento.
Ku - Nada.
Desculpe - nos estamos em CONSTRUÇÃO
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