Na poltrona, enroscada e absorta, uma filha desenha patos e flores. Sobre o couro, no chão, a outra viaja silenciosa nas artimanhas do espião. Ao pé da lareira a mulher se ilumina numa gravura flamenga, desenhando, bordando pontos de paz. Da mesa as contemplo e anoto a felicidade que transborda da moldura do poema. A sopa fumegante sobre a mesa, vinhos e queijos, relembranças de viagens e a lareira acesa. Esta casa na neblina, ancorada entre pinheiros, é uma nave iluminada. Um oboé de Mozart torna densa a eternidade. |