O equipamento essencial, além de agasalhos apropriados e óculos de sol (ou máscara), é pouco: esquis, botas e batons!
Tal como na maioria dos desportos, a postura é muito importante no ski, pois irá afectar todos os outros movimentos.
A posição deve ser inclinada - um ângulo de 90º dos esquis - com todas ass articulações ligeiramente flectidas de modo a absorver solavancos ou depressões.
Uma das melhores maneiras de saber se está na posição correcta quando está a esquiar, é ter a tíbia sempre a tocar a parte da frente da bota de ski. Do mesmo modo, se a barriga da perna estiver pressionada contra a parte de trás da bota, indica que o esquiador está demasiado inclinado para trás.
Sempre que a técnica for correctamente aplicada, os próprios esquis é que viram e levam o esquiador para a direcção pretendida. Se o esquiador estiver a "lutar" contra os esquis ou precisar de usar os músculos para os fazer mudar de direcção, adoptando a postura correcta voltará a ter os esquis sob controlo, reduzindo, assim, a energia dispendida.
Parar, virar e controlar a velocidade são movimentos muito relacionados.
A primeira forma de parar que toda a gente deveria aprender é em cunha ("snowplough" ou "wedge"). Este movimento só é eficaz em declives fáceis ou com pouca inclinação. Se o esquiador tentar usar esta técnica em montanhas mais inclinadas, irá abrandar a aprendizagem (mais do que a velocidade) e pode criar maus hábitos.
Basicamente o "snowplough" consegue-se afastando os esquis como um leque, enquanto as pontas estão a cerca de 10 a 20 cm de distância. Isto produz uma travagem com ambos os esquis a cobrir muita superfície. Tal como com os travões de um carro, o esquiador não vai querer fazer uma travagem brusca, mas sim travar suavemente até parar ou até a velocidade estar sob controlo.
Apesar de a travagem em cunha não ser eficaz em algumas condições e não ser utilizada por esquiadores intermédios ou avançados, é um movimento básico para a aprendizagem de outros.
Mal se consiga ganhar controlo usando o "snowplough", virar é o próximo passo.
Para virar, o necessário é fazer um "snowplough" controlado (a abertura dos esquis não ultrapassando a largura dos ombros), colocando mais pressão (ou peso) num dos esquis. E ambos os esquis guiarão o esquiador na direcção pretendida. Depois, é só continuar a manter a cunha bem controlada para a próxima viragem.
Quando se coloca peso ou pressão num esqui para virar, o outro poderá ser guiado com o pé, dando mais controlo à viragem. Este movimento não vai produzir efeitos de maior, embora ajude o outro esqui (que não tem pressão) a não ficar para trás ou a cruzar com o outro.
Há três maneiras de abrandar ou parar: cair (!), "snowplough" ou virar os esquis transversalmente.
A primeira, obviamente, é de evitar. A segunda, como já foi dito, só será eficaz em declives fáceis, não muito inclinados. A terceira é a mais fácil, mais segura e mais eficiente.
Os esquis têm sempre a tendência para ir "montanha abaixo", mas se o esquiador virar de forma a ficar horizontal em relação à montanha, eles irão abrandar ou parar. Para fazer isto, simplesmente deverá fazer uma viragem em cunha e continuar até acabar a energia!
Para descer uma montanha controladamente, o esquiador deverá virar quando sentir que está abrandar. Cada viragem deverá controlar a velocidade antes de continuar a descer. Se não se conseguir este controlo antes de começar uma nova viragem, a próxima será mais difícil.
Todos os esquiadores deverão poder controlar a velocidade durante toda a descida e não somente depois de algumas curvas ou no fim.
Conseguir ter os esquis paralelos é um dos maiores objectivos de todos os principiantes, que, por vezes, fazem um grande esforço para consegui-lo rapidamente. Isto pode levar a erros e a maus hábitos que, a longo prazo, irão abrandar a aprendizagem.
Algumas das vantagens de ter os esquis paralelos são: menos esforço (do que constantemente ter os esquis em cunha), ser capaz de esquiar em terrenos mais variados e inclinados e controlo de velocidade enquanto se esquia mais rapidamente.
A melhor forma para transformar as viragens em cunha em viragens paralelas é desenvolver alguns dos movimentos já conhecidos.
Se se coloca mais pressão no esqui que vira, o outro fica mais leve, tornando-se mais fácil de guiar. O esquiador poderá, então, conduzi-lo facilmente da posição em cunha para a paralela. Basicamente o que acontece aqui é ter os dois esquis a fazer a mesma coisa, enquanto se está a colocar peso só num deles.
Para colocar o esqui sem pressão na posição paralela o esquiador não deverá levantá-lo, pois irá produzir uma viragem em zig zag, e não redonda como se pretende.