Comissões da AL analisam hoje pareceres sobre quatro projetos (A Tarde - 06/01/99)
Oposição protesta contra mudanças na Constituição (A Tarde - 08/01/99)
Últimos projetos da convocação aprovados por comissões da AL (A Tarde - 08/01/99)
Oposição entra na Justiça contra alteração na Constituição baiana (A Tarde - 09/01/99)
Ambientalistas querem continuar em conselho (ATarde - 10/01/99)
Oposições
farão manifestação contra reforma constitucional (A
Tarde - 11/01/99)
Leis
( Correio da Bahia - 12/01/99)
Deputados
entram pela madrugada para votar emendas à Constituição
(12/01/99)
Oposição prepara
campanha contra proposta do governo
Jornal A Tarde - Salvador-BA, 05/01/99
Os deputados de oposição na Assembléia Legislativa
estão dispostos a
bancar uma campanha – veiculando inclusive comerciais na TV – contra o
projeto de iniciativa do governo estadual que altera 64 artigos da Constituição
baiana. Em reunião ontem pela manhã na Assembléia
com deputados federais
de oposição e entidades sindicais, eles elaboraram uma pauta
de ações contra
o projeto que prevê até uma visita conjunta ao Superior Tribunal
de Justiça,
em Brasília, nesta quinta-feira.
A maior irritação dos oposicionistas é com a recusa
do presidente da
Assembléia, deputado Antonio Honorato (PPB), em designar uma comissão
especial para apreciar as alterações propostas pelo governo.
Sem condições
numéricas de propor emendas ao projeto – a Constituição
exige que o bloco
tenha no mínimo 21 parlamentares e eles têm apenas 18 –, as
oposições viam
na comissão a única chance de interferir no processo, porque
teriam direito de
indicar dois representantes no colegiado.
Baseado em texto da própria Constituição Estadual
e em parecer da
Procuradoria Geral da Assembléia, o presidente afirma que não
há respaldo
para a criação da comissão especial, argumentando
que o rito prevê a
apreciação da emenda apenas pela comissão permanente
de constituição e
justiça.
“A Constituição é clara ao dizer que comissão
especial só deve ser criada
para organizar projeto de reforma constitucional. Como não se trata
de uma
reforma e sim de uma emenda e o projeto foi de iniciativa do governo e
já
veio organizado, não há sentido na criação
de uma comissão especial”,
afirmou o presidente, recordando que de 89 para cá seis alterações
foram
promovidas na Constituição por iniciativa do governo sem
que comissões
especiais tivessem que ser criadas. Com as possibilidades de ver a comissão
nascer diminuídas, as oposições optaram pelo constrangimento
ao presidente
Honorato, formulando requerimentos para pressionar pela instalação
da
colegiado.
Ontem, o líder das oposições, deputado Edson Duarte
(PV), chegou a fazer
indicação à presidência apontando os nomes dos
deputados Alice Portugal
(PC do B), Paulo Jackson (PT) e Renato Costa (PSB) para a comissão.
Hoje, as oposições se reúnem pela manhã na
liderança do PT com todos os
assessores jurídicos dos deputados e sindicatos para avaliar se
existem ações
judiciais cabíveis. Os governistas justificam o projeto de emenda
como uma
necessidade decorrente de ajustar a Constituição Estadual
às alterações
promovidas na Carta Federal nas áreas previdenciária e administrativa.
“Estão
fazendo uma reforma, desfigurando a nossa Constituição”,
protesta a
deputada Alice Portugal (PC do B).
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Editor: Marcos Venancio
Suporte: Elisandro Lima
Operadores: Marcelo Conceição e Miguel Ivân Carneiro
Comissões da AL analisam hoje
pareceres sobre quatro projetos
Jornal A Tarde - Salvador-BA, 06/01/99
Raul Fonseca
A Assembléia Legislativa deve iniciar na próxima segunda-feira
a votação
dos últimos projetos que justificaram o pedido de convocação
extraordinária,
entre os quais se encontra a proposta de autoria do governo estadual que
modifica 64 artigos da Constituição Estadual. A previsão
foi feita ontem pelo
líder do governo na Casa, deputado José Ronaldo (PFL).
Pela manhã, Ronaldo deflagrou o processo para encaminhar a apreciação
das matérias, indicando os relatores para as quatro. O projeto de
emenda
constitucional ficará com o deputado Luiz de Deus (PFL). O que promove
mudanças no Código Tributário será relatado
pelo deputado José Carlos
Araújo (PFL). O deputado José Bonfim (PTB) vai relatar a
proposta de
criação da Agência Agropecuária Estadual.
O pedido de autorização do governo para a contratação
de empréstimo
junto ao BID será relatado pelo deputado Rubem Carneiro (PL). A
previsão
do líder do governo é que já amanhã os pareceres
sobre os projetos possam
ser conhecidos na reunião conjunta programada entre as comissões
de
Justiça, Finanças, Educação e Agricultura.
Mais polêmico dos itens da pauta da convocação extraordinária,
o projeto
que altera artigos da Constituição, classificado como “uma
reforma
constitucional” pelos partidos de oposição, deve centralizar
as atenções nas
votações da Assembléia a partir de segunda-feira.
Sem número suficiente de
deputados para propor emendas à matéria, as oposições
estão dispostas a
buscar fora do parlamento alternativas que impeçam as mudanças
na Carta.
As modificações propostas pelo governo são justificadas
pelos governistas
como uma necessidade de ajustar a Constituição Estadual às
alterações feitas
na Carta Federal, na qual se baseou todas as constituições
dos estados no
país. “Vamos publicizar e buscar o comprometimento dos deputados
federais
contra esta reforma”, disse ontem a deputada estadual Alice Portugal (PC
do
B), que integra a comissão de parlamentares da oposição
que vai amanhã a
Brasília discutir formas de impedir as alterações
na Constituição.
Sem força numérica para enfrentar a bancada governista, majoritária
na
Assembléia, e poder interferir na votação, as oposições
avaliam junto a
juristas que medidas podem ser adotadas no sentido de impedir a votação.
Também continuam pressionando pela instalação de uma
comissão especial
para avaliar as emendas, na qual teriam dois representantes, o que vem
sendo
negado pelo presidente da Assembléia, Antonio Honorato (PPB), sob
o
argumento de que não se trata de uma reforma. “Como um projeto que
altera
64 artigos de uma Constituição pode ser tratado apenas como
emenda?”,
questiona o deputado Paulo Jackson (PT).
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Oposição protesta
contra mudanças na Constituição
Jornal A Tarde, Salvador-BA - 08/01/99
Brasília (Sucursal) – A oposição fez ontem um ato
de protesto na Câmara
dos Deputados contra as mudanças na Constituição estadual,
que devem ser
votadas na semana que vem pela Assembléia Legislativa. Após
a
manifestação, os deputados federais e estaduais baianos foram
ao presidente
da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), denunciar a forma como
o
governo estadual está alterando a Carta Magna baiana. Michel Temer
ouviu,
segundo os parlamentares, com ar de surpresa as explicações
dos
oposicionistas.
Participaram do ato os líderes na Câmara do PCdoB, PT, PV,
PDT e PPS
e os deputados Haroldo Lima (PCdoB), Jaques Wagner (PT), Sérgio
Carneiro (PDT), Luiz Alberto (PT), Colbert Martins (PPS), Walter Pinheiro
(PT) e Alcides Modesto (PT). E também vários representantes
de entidades
ligadas ao funcionalismo e dirigentes do Crea/BA, que vieram de Salvador,
acompanhando os deputados estaduais Alice Portugal (PCdoB), Renato
Costa (PSB) e Nelson Pelegrino (PT).
Os deputados acham que as mudanças propostas pelo governo, apesar
de
serem chamadas de adequação constitucional, deveriam ter
uma tramitação
mais tradicional. O deputado estadual Nelson Pelegrino (PT) denuncia que
importantes mudanças na Constituição baiana estão
prestes a ser
implementadas, como o fim do poder da Assembléia Legislativa convocar
o
governador para prestar esclarecimentos sobre temas específicos.
“Isso é
mais que uma adequação”, disse. “É uma alteração
mesmo na Constituição”,
completou o deputado Colbert Martins.
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Últimos projetos da convocação
aprovados por comissões da AL
Jornal A Tarde, Salvador-BA - 08/01/99
Raul Fonseca
Quase nove horas depois de iniciada a sessão, os deputados governistas
conseguiram aprovar ontem à tarde, em reunião conjunta das
comissões
técnicas da Assembléia Legislativa, os últimos quatro
projetos que integram a
pauta da convocação extraordinária. Entre as matérias
aprovadas, está o
projeto de autoria do Executivo que modifica 64 artigos da Constituição
estadual, que está sendo acusado pelas oposições de
pretender uma
“reforma” na Carta baiana.
Além da proposta, foram aprovados também por maioria, com
os votos
contrários das oposições, o projeto em que o governo
pede autorização para
contrair empréstimo junto ao BID, o que modifica o Código
Tributário
Estadual e o que cria uma agência agropecuária no âmbito
do estado. Com a
aprovação das matérias, a Assembléia Legislativa
já pode votá-las em
plenário na próxima segunda-feira.
A previsão do líder do governo, deputado José Ronaldo
(PFL), é de que,
iniciada a votação nesta data, a maioria dos projetos esteja
aprovada até a
próxima quarta-feira. Apenas o projeto que altera a Constituição
terá que ser
apreciado em segunda votação, em sessão que o líder
espera realizar no
próximo dia 18.
Segundo Ronaldo, dada sua importância e ao fato de ter sido colocado
entre as prioridades da pauta da convocação, o projeto que
altera a
Constituição deve encabeçar o processo de votação
nesta segunda-feira. A
matéria, no entanto, deverá chegar a plenário sob
protesto dos deputados das
oposições, que planejam entrar hoje com mandado de segurança
na Justiça
contra o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antonio
Honorato
(PPB).
Com a ação, eles querem obrigar Honorato a instalar uma comissão
especial
– na qual teriam assento – para discutir o projeto. O presidente, no entanto,
se respalda no Artigo 51, da própria Constituição,
e em pareceres da
Procuradoria Jurídica da Assembléia para não constituir
o colegiado. Ontem,
em mais uma ação contra a votação do projeto,
um grupo de deputados
oposicionistas, acompanhado de lideranças sindicais, viajou a Brasília,
com o
intuito de denunciar as mudanças pretendidas pelo governo na Constituição
baiana.
Além dos deputados Alice Portugal (PC do B), Renato Costa (PSB)
e
Nelson Pelegrino (PT), estiveram conversando com deputados federais das
oposições em Brasília os presidentes do Sindsefaz,
Eloan Ferreira, o
presidente do Crea, Jair Gomes, a 1ª tesoureira da Diretoria Regional
da
ANDES, Sílvia Almeida, e o presidente do Sinpojud, Edmo Lima.
A comitiva foi recebida pelo deputado federal Haroldo Lima (PC do B) e
participou de uma reunião onde estiveram presentes outros nove deputados
federais - Jaques Wagner (PT), Marcelo Deda (PT-SP), Colbert Martins
(PPS), Fernando Gabeira (PV-RJ), Luiz Alberto (PT), Alcides Modesto
(PT), Sérgio Carneiro (PDT), Walter Pinheiro (PT) e Domingos Leonelli
(PSB). Eles também se encontraram com o presidente da Câmara,
Michel
Temer (PMDB-SP), que teria lamentado o fato de não ter sido criada
uma
comissão especial para apreciar o projeto, segundo relato da deputada
estadual Alice Portugal.
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Matérias
Oposição
entra na Justiça contra alteração na Constituição
baiana
Jornal A Tarde, Salvador-BA - 09/01/99
Raul Fonseca
Sete deputados oposicionistas da Assembléia Legislativa entraram
ontem à
noite na Justiça baiana com mandado de segurança contra a
votação do
projeto do governo que altera 64 artigos da Constituição
Estadual. A votação
está prevista para esta segunda-feira. O mandado, com pedido de
liminar, foi
impetrado contra o presidente da Assembléia Legislativa, deputado
Antonio
Honorato (PPB).
Assinada pelos deputados Alice Portugal (PC do B), Edson Duarte (PV),
João Henrique (PDT), Moema Gramacho (PT), Paulo Jackson (PT),
Arnando Lessa (PSDB) e Marcelo Nilo (PSDB), a ação pede a
suspensão
da votação do projeto do governo sob a alegação
de que o presidente
Honorato “desrespeitou a lei e feriu os princípios da técnica
legislativa”, ao
desconsiderar pedido dos oposicionistas para instalar comissão especial
para
analisar a matéria.
A instalação da comissão era vista como a única
oportunidade dos partidos
oposicionistas de interferir na discussão e votação
da proposta, já que foram
numericamente incapazes de propor qualquer emenda ao projeto. No
mandado, redigido em oito laudas, os parlamentares alegam ainda que, ao
propor modificações em 64 artigos, o governo não pretende
fazer apenas
uma adequação da Carta baiana à Constituição
Federal, mas uma verdadeira
reforma no texto constitucional.
“A matéria em discussão não é simples. Pelo
contrário, trata-se de uma
modificação substancial tendo em vista a complexidade e a
grande quantidade
de artigos e dispositivos a serem alterados”, alega o texto, onde os deputados
pedem a suspensão da tramitação da matéria
até a instalação da comissão
especial. As mudanças são justificadas pelo governo como
forma de ajustar a
Constituição Estadual às recentes mudanças
na Carta Federal, retirar
repetições inúteis e matérias que não
têm caráter constitucional.
“A Constituição ganhará uma melhor redação,
ficará em harmonia com a
Constituição Federal, mais enxuta e tecnicamente bem superior,
sem alterar a
sua essência”, disse ontem o procurador-geral do estado, Raimundo
Viana.
Ele citou o caso do Cepram (Conselho Estadual de Meio Ambiente), que,
segundo afirma, sai da Constituição, mas continua existindo
com as mesmas
atribuições.
“Trata-se de uma matéria de lei ordinária e não de
natureza constitucional”,
disse Viana, citando como outro exemplo o Artigo 41, que trata dos direitos
dos servidores públicos. Neste caso, o governo propõe a retirada
de todos
os incisos relativos a direitos já previstos na Constituição
Federal. “São
repetições desnecessárias e despropositadas, que só
servem para dificultar a
interpretação e manuseio da nossa carta”, disse o procurador.
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Ambientalistas
querem continuar em conselho
Jornal A Tarde, Salvador-BA -10/01/99
Entidades ambientalistas estão questionando o trecho do projeto
da reforma
da Constituição Estadual que retira a participação
que tinham no Conselho
Estadual de Meio Ambiente (Cepram). Através da Apedema/BA
(Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente),
uma
carta foi enviada ao governador César Borges, fazendo considerações
sobre
a revogação do parágrafo 1º do Artigo 213 da
atual Constituição Estadual,
que assegura ao Cepram o caráter de “colegiado normativo e deliberativo”,
com composição distribuída entre representantes do
poder público, entidades
ambientalistas e demais segmentos da sociedade civil.
Assinada pelo secretário executivo da Apedema/BA, Rubem Sampaio,
e
pela Coordenação do Fórum de ONGs Baianas para o Desenvolvimento
Socioambiental, a carta lembra que a participação das entidades
ambientalistas no Cepram é “um estímulo à cidadania,
um dos fundamentos de
nossa Carta Magna Federal, tal como consagrado em seu artigo 1º, inciso
II”.
Os ambientalistas acham que é fundamental a participação
da sociedade na
“difícil tarefa de equacionar, em termos justos, o desenvolvimento
econômico,
como a preservação das matrizes ambientais, indispensáveis
à sadia qualidade
de vida da sociedade”.
A Apedema lembra ainda que a Constituição Federal, em seu
Artigo 225,
divide entre o poder público e a coletividade a responsabilidade
da defesa e
preservação do meio ambiente. “Como cobrar da coletividade
tal
responsabilidade, se lhe for retirada a participação que
atualmente tem no
Cepram, sobre as decisões que orientam e embasam a política
ambiental do
Estado?”, questionam, acrescentando que, “além de destoar da letra
e do
espírito da Carta do país, tal revogação colocaria
o governo estadual e a
Assembléia Legislativa na contramão da história, já
que é tendência no mundo
civilizado o poder público dividir com a sociedade organizada a
gestão de
seus interesses maiores”.
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Oposições
farão manifestação contra reforma constitucional
Jornal A Tarde, Salvador-BA - 11/01/99
Raul Fonseca
Obstrução e protesto. Estas são as duas armas com
que os partidos de
oposição pretendem enfrentar a votação do projeto
do Executivo que altera
64 artigos da Constituição Estadual, prevista para hoje.
Depois de terem ido
a Brasília na semana passada “denunciar” a intenção
do governo de
“reformar” a Carta baiana, os oposicionistas prometem se concentrar hoje,
a
partir das 10 horas, em frente à Assembléia Legislativa,
para protestar contra
a votação.
A manifestação, para a qual estão sendo convidadas
entidades sindicais dos
servidores estaduais, pode se converter numa vigília pela madrugada,
se os
governistas derem partida na votação. Dispostos a colocar
todos os seus 19
deputados em plenário na sessão marcada para iniciar às
14h30, os partidos
oposicionistas querem usar os recursos regimentais disponíveis para
obstruir a
tramitação do projeto.
“Vamos fazer tudo para tentar sensibilizar o governo a retirar o projeto
da
pauta”, disse a deputada estadual Moema Gramacho (PT). Segundo ela, a
maior expectativa é em relação ao julgamento hoje,
pela Justiça, de um
mandado de segurança, com pedido de liminar, que solicita a suspensão
da
votação do projeto até que seja criada uma comissão
especial na qual os
deputados oposicionistas poderiam avaliar a matéria com os governistas.
O pedido de criação da comissão foi indeferido pelo
presidente da
Assembléia Legislativa, deputado Antônio Honorato (PPB), com
base no
artigo 51, da própria Constituição Estadual. A deputada
estadual Alice
Portugal (PC do B), que integrou a comitiva que foi a Brasília na
semana
passada protestar contra as mudanças na Constituição,
disse ter certeza de
que os deputados da oposição terão o apoio de organismos
sindicais e da
sociedade contra a projeto do governo.
“Não se pode reformar uma Constituição sem ouvir todos
os representantes
da população”, afirmou. O governo alega que as alterações
são ncessárias
para adequar a Constituição baiana às mudanças
promovidas na Carta
Federal e excluir do texto temas que deveriam ser regidos por legislação
ordinária.
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Jornal Correio da Bahia, Salvador-BA - 12/01/99
A
polêmica da votação do projeto de emenda constitucional,
trouxe à
tona a velha discussão sobre a reforma e a organização
dos textos
que balizam o trabalho legislativo na Assembléia. Pelo menos dois
projetos estão em banho-maria na Casa: a consolidação
das leis e a
reforma do regimento interno. Os dois foram deflagrados pelo
deputado Rubem Carneiro (PL) mas, por falta de interesse ou a
inércia, permanecem mofando nas gavetas.
Informe da Bahia
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Deputados entram pela madrugada
para votar emendas à Constituição
Jonal A Tadre, Salvador-BA,12/01/99
Raul Fonseca
Os partidos aliados ao governo iniciaram a sessão de ontem da Assembléia
Legislativa com a expectativa de ver aprovado até a madrugada de
hoje o
projeto de autoria do Executivo que altera 62 artigos da Constituição
estadual. Nem os artifícios da obstrução usados pelos
oposicionistas nem a
pressão das galerias – ocupadas por representantes de 25 entidades
sindicais
– criaram obstáculos suficientes para impedir a apreciação
da matéria, em
primeira votação.
A arma mais eficaz com que as oposições contavam para inviabilizar
a
votação estava fora do Parlamento e não chegou: até
o princípio da noite, o
Tribunal de Justiça não havia julgado o pedido de liminar
do mandado de
segurança dado entrada pelos oposicionistas solicitando a suspensão
da
sessão. O mandado pedia que a votação fosse adiada
até que a presidência
da Assembléia designasse uma comissão especial para avaliar
as propostas
do governo para alterar a Constituição.
Logo no início da sessão, os governistas mostraram que estavam
bem
articulados para fazer frente a qualquer ataque oposicionista. Diante do
questionamento dos deputados de oposição em relação
à decisão do
presidente da Assembléia, deputado Antonio Honorato (PPB), de não
acatar
pedido para desdobrar a votação por artigo emendado, o assunto
foi jogado
em plenário. Em maioria, os governistas não tiveram dificuldades
para
rechaçar a proposta, que permitiria o retardamento da votação.
A alternativa dos oposicionistas foi a de buscar brechas regimentais que
os
favorecesse e fazer um enfrentamento verbal duro que empolgasse as galerias
e, ao mesmo tempo, constrangesse o comando governista. “Querem mutilar
uma Constituição numa sessão”, disse o deputado Paulo
Jackson (PT). A
deputada estadual Alice Portugal (PC do B) criticou o projeto e cobrou
“respeito” ao Parlamento e ao direito da minoria.
Sem número suficiente de deputados, as oposições não
conseguiram propor
emendas ao projeto, que foi na íntegra ao plenário. O relator
da matéria,
deputado João de Deus (PFL), lamentou o excesso de ataques sofridos
pela
proposta do governo. “Das 62 emendas propostas, 42 são uma transcrição
das modificações efetuadas na Constituição
federal para a Constituição
baiana”, disse, questionando o “superdimensionamento” feito pelas oposições
em relação ao assunto.
Segundo ele, as outras alterações visam a corrigir problemas
semânticos ou
suprimir temas que devem ter regulação de legislação
ordinária. Ele lamentou
que, mesmo na condição de minoria, os deputados de oposição
não lhe
tenham procurado pessoalmente para discutir ou propor mudanças na
Constituição.
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