Mudar o controle
Por: Rubia A. Dantés - rubia.americano@terra.com.br


Acordei com aquela sensação de sono ..... que as vezes me acontece quando tenho alguma experiência em outro nível... é um sono diferente... é como se fosse uma vontade de entrar fundo em mim mesma... me deitei e fiquei assim naquele estado enquanto ouvia a voz de minha mãe que conversava ao telefone na sala ao lado...

Comecei a sentir um ritmo diferente, um tipo de um pulsar ritmado ... bem nítido e ouvi uma voz que me falava assim:
- Eu vou te ensinar a trabalhar com o computador... O meu lado racional se dava conta que eu ouvia claramente a voz de minha mãe ao telefone e que estava bem acordada... e ao mesmo tempo vivia uma experiência que também era muito real e até eu diria pelo tipo de vivacidade e de luminosidade que parecia mais real ... e o que diferenciava as duas era esse pulsar ritmado... bem perceptível.

Me descobri na frente de um aparelho, que penso ser um tipo de computador, com uma tela;
do meu olho esquerdo saia uma luz que também tinha um ritmo e essa luz focava a tela.

E eu enxergava o que estava além da tela... aquela luz ritmada me mostrava o funcionamento do aparelho.

E o que via eram números.... muitos números em movimento..... como se fossem frações .. um número em cima do outro e esses números como que acionavam teclas que mantinham um movimento, e mudavam de lugar... era um constante movimento de números... e a minha razão sempre atenta ao fato de que ao mesmo tempo minha mãe continuava ao telefone e que portanto eu estava bem acordada e vivenciando duas realidades ao mesmo tempo...

Nesse ponto eu olho a parede em cima do aparelho e vejo que consigo projetar tudo que estava vendo com o foco de luz que sai do meu olho.

Isso aconteceu faz uns 7 anos, quando comprei meu computador assim de repente.... sem entender porque, visto que eu sempre tive uma certa aversão por computadores.... ou pensava que tinha....

E muitas vezes me perguntei porque que eu tinha comprado aquele computador.

Esse foi um dos fatos que me fez buscar explicações e que me fez trilhar caminhos diferentes e que fugiam ao que era considerado normal pela maioria, e muitas vezes eu me questionei e me culpei por estar indo como que contra a ‘normalidade’.

E muitas vezes eu pensava assim...

- Será mesmo que eu sou normal, quando a maior parte das pessoas está empenhada em ter sucesso, dinheiro e poder, sendo que eu troco isso tudo por uma conversa com um beija-flor? Hoje vendo ao que levou essa ‘normalidade’, bendigo as vezes que tive coragem de ser louca o suficiente para seguir meu coração.

Espero que diante do que estamos vendo, cada vez mais pessoas criem coragem de sair do controle que essas forças exercem sobre nós e busquem ouvir aquela voz que chama lá do fundo do coração..... e que está só esperando que a escutemos...

Pelo que tenho percebido, o único caminho é descobrir “quem verdadeiramente somos”, muito além de tudo que nos falam e de tudo que aprendemos que somos. É uma descoberta que pode não ser fácil à princípio, porque temos que abrir mão de valores... crenças... muito arraigados.... Coisas que sempre aceitamos sem questionar, sem buscar saber porque.

Mas como é possível que todo um bando de pessoas atue de acordo com padrões estabelecidos não se sabe onde, nem por quem? Simplesmente aprendemos que temos que ser assim e vamos sendo.. vamos seguindo como um bando de robôs, porque às vezes é mesmo mais fácil seguir o preestabelecido do que ter coragem de estabelecer os próprios valores.... de entrar em contato com nossos verdadeiros sentimentos a respeito de tudo... sem tentar negar ou esconder... descobrir os nossos aspectos mais sombrios ... nossos medos... E quanto mais fazemos isso... mais luz se torna disponível para estabelecer nossa verdadeira integridade.

Obtido no site SOMOS TODOS UM.

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