ENSINO UNIVERSITÁRIO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
Examinando as mudanças recentes da sociedade e o seu papel na educação, podemos inferir e predizer, com algum grau de certeza, mudanças significativas no processo educacional. Algumas destas estão começando e deverão prosseguir nos anos futuros:
da ênfase ao conteúdo à ênfase nos métodos para aquisição de conteúdo;
da separação em disciplinas a projetos interdisciplinares;
do conteúdo que interessa ao professor ao conteúdo que interessa ao aluno (opções mais variadas);
de classes estruturadas a classes menos formais;
O currículo escolar tem sido contestado, desde sua elaboração e imposição ao aluno, como opções que freqüentemente não funcionam na realidade, até a desarticulação de cursos, falta de mobilidade entre estes, etc.
O processo educacional deve ser capaz de desenvolver indivíduos capazes de continuar sua própria educação, tendo as habilidades básicas para isso. O currículo deve promover oportunidades para que o indivíduo aprenda principalmente a ler, ouvir, observar, expressar-se e adquirir técnicas para obter informações: entrevista, inquérito, análise de situações, seleção de alternativas, criação de novas idéias, solução de problemas, avaliação de recursos e idéias, generalização e muitas outras referentes também às habilidades relacionadas à integração grupal, à utilização do computador.
O professor como simples transmissor de conhecimentos, esse sim deverá desaparecer diante de meios de informação mais eficazes. O papel do professor mudará radicalmente nessa perspectiva educacional. Sua função será cada vez mais a de "preparar situações de aprendizagem, organizar a recepção das informações tele ou radiofundidas, orientar grupos de trabalho a cargo de monitores não especializados", atuando mais como técnico de comunicação, analista de projetos e planos.
O único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender; que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base de segurança. Mutabilidade, dependência de um processo, antes que de um conhecimento estático, eis a única coisa que tem sentido como objetivo da educação, no mundo moderno.
O essencial, portanto, é ensinar a aprender, fornecendo aos indivíduos instrumentos para mudar de tipo de atividade, de trabalho, várias vezes durante a vida.
A aceleração do fluxo das descobertas científicas, nas últimas décadas, se faz bastante especial porquanto a tecnologia alimenta-se da própria tecnologia, gerando ciclos contínuos de novas idéias criadoras. A crescente intensificação desses processos inventivos acelera a tal velocidade as transformações sociais que as fazem desintegrar o próprio espírito humano, incapaz de adaptar-se à vertiginosidade dessas mudanças.
Na era da transitoriedade em que o futuro invade presente, na notável antecipação das conquistas tecnológicas, alteram-se radicalmente noções de tempo e de espaço, marcos de referências de nossa percepção do mundo, e o efêmero das situações passou a ser o único dado permanente deste apequenado planeta convertido em simples aldeia global.
A Terceira Onda traz consigo uma maneira de vida genuinamente nova baseada em fontes de energia diversificadas, renováveis, e. métodos de produção que tornam a maioria das linhas de montagem das fábricas obsoletas; em famílias novas, não-nucleares; em uma nova instituição que poderíamos chamar de "casa eletrônica"; em escolas e corporações do futuro radicalmente modificadas. A civilização emergente estabelece um novo código de comportamento para nós e nos transporta para além da concentração de energia, dinheiro e poder.
Essa nova civilização tem a sua própria e distinta concepção do mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito. E seus princípios para a política do futuro.
Nos últimos anos fala-se muito em reengenharia, sociedade da informação e todo um conjunto de transformações que as organizações terão que sofrer para se adaptar aos impactos do progresso tecnológico. Um dos primeiros estudiosos a prever o que viria acontecer foi Alvin Toffler em seu livro "O choque do Futuro", ao qual seguiu-se, na década de 80, com o livro "A Terceira Onda".
Mudanças culturais profundas se fazem necessárias e só poderão acontecer a partir de um amplo e eficiente processo educativo. Vivemos um momento em que estamos capacitados a perceber mais amplamente a realidade, não só pôr pressões externas de um mundo paradoxal e imprevisível, mas também pelas pressões internas de uma nova consciência que pede para nascer nas mentes e corações humanos. Tendo experimentado ao longo de séculos de civilização e cultura a influência de ondas cíclicas de mudança, é natural que respondamos com qualidade cada vez maior aos impulsos de uma nova realidade, em nada igual à que conhecemos hoje. Essa é uma responsabilidade fundamental de nossas vidas não apenas como pais ou cidadãos, mas principalmente como professores de administração atuando sobre as organizações empresariais provavelmente a principal arena de alavancagem de transformação das próximas décadas.
AS FORÇAS TRANSFORMADORAS
TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
Consciência é fator primário; criamos nossas realidades e buscamos integridade/totalidade.
DESENCANTO COM O CIENTIFICISMO
Intuição e outros processos não racionais complementam a razão na busca de conhecimento e entendimento.
FATORES INTERIORES DE AUTORIDADE E PODER
Nós mesmos decidiremos como vier e trabalhar e daremos aos passos para assegurar que nossas instituições nos sirvam.
REESPIRITUALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Estaremos engajados numa busca de significado, propósito, verdade, amor, compaixão, valor pessoal, sabedoria e unidade; e os meios de expressá-los.
DECLÍNIO DO MATERIALISMO
Valores intangíveis como honestidade, abertura, coragem, convicções, realização pessoal, cuidado/atenção, cooperação e justiça serão as forças dominantes guiando nossas ações.
DEMOCRATIZAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA
Não haverá lugar para o imperialismo e autoritarismo político ou econômico.
GLOBALIZAÇÃO
A interdependência global é inevitável; os conceitos de nacionalidade e nacionalismo sofrerão modificações.
ENSINO UNIVERSITÁRIO NA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO
Examinando as mudanças recentes da sociedade e o seu papel na educação, podemos inferir e predizer, com algum grau de certeza, mudanças significativas no processo educacional. Algumas destas estão começando e deverão prosseguir nos anos futuros:
Da ênfase ao conteúdo à ênfase nos métodos para aquisição de conteúdo;
da separação em disciplinas a projetos interdisciplinares;
do conteúdo que interessa ao professor ao conteúdo que interessa ao aluno (opções mais variadas);
de classes estruturadas a classes menos formais;
O currículo escolar tem sido contestado, desde sua elaboração e imposição ao aluno, como opções que freqüentemente não funcionam na realidade, até a desarticulação de cursos, falta de mobilidade entre estes, etc.
O processo educacional deve ser capaz de desenvolver indivíduos capazes de continuar sua própria educação, tendo as habilidades básicas para isso. O currículo deve promover oportunidades para que o indivíduo aprenda principalmente a ler, ouvir, observar, expressar-se e adquirir técnicas para obter informações: entrevista, inquérito, análise de situações, seleção de alternativas, criação de novas idéias, solução de problemas, avaliação de recursos e idéias, generalização e muitas outras referentes também às habilidades relacionadas à integração grupal, utilização do computador.
O professor como simples transmissor de conhecimentos, esse sim deverá desaparecer diante de meios de informação mais eficazes. O papel do professor mudará radicalmente nessa perspectiva educacional. Sua função será cada vez mais a de "preparar situações de aprendizagem, organizar a recepção das informações tele ou radiofundidas, orientar grupos de trabalho a cargo de monitores não especializados", atuando mais como técnico de comunicação, analista de projetos e planos.
O único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender; que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base de segurança. Mutabilidade, dependência de um processo, antes que de um conhecimento estático, eis a única coisa que tem sentido como objetivo da educação, no mundo moderno.
O essencial, portanto, é ensinar a aprender, fornecendo aos indivíduos instrumentos para mudar de tipo de atividade, de trabalho, várias vezes durante a vida.
A aceleração do fluxo das descobertas científicas, nas últimas décadas, se faz bastante especial porquanto a tecnologia alimenta-se da própria tecnologia, gerando ciclos contínuos de novas idéias criadoras. A crescente intensificação desses processos inventivos acelera a tal velocidade as transformações sociais que as fazem desintegrar o próprio espírito humano, incapaz de adaptar-se à vertiginosidade dessas mudanças.
Na era da transitoriedade em que o futuro invade presente, na notável antecipação das conquistas tecnológicas, alteram-se radicalmente noções de tempo e de espaço, marcos de referências de nossa percepção do mundo, e o efêmero das situações passou a ser o único dado permanente deste apequenado planeta convertido em simples aldeia global.
A Terceira Onda traz consigo uma maneira de vida genuinamente nova baseada em fontes de energia diversificadas, renováveis, e. métodos de produção que tornam a maioria das linhas de montagem das fábricas obsoletas; em famílias novas, não-nucleares; em uma nova instituição que poderíamos chamar de "casa eletrônica"; em escolas e corporações do futuro radicalmente modificadas. A civilização emergente estabelece um novo código de comportamento para nós e nos transporta para além da concentração de energia, dinheiro e poder.
Essa nova civilização tem a sua própria e distinta concepção do mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito. E seus princípios para a política do futuro.
Nos últimos anos fala-se muito em reengenharia, sociedade da informação e todo um conjunto de transformações que as organizações terão que sofrer para se adaptar aos impactos do progresso tecnológico. Um dos primeiros estudiosos a prever o que viria acontecer foi Alvin Toffler em seu livro "O choque do Futuro", ao qual seguiu-se, na década de 80, com o livro "A Terceira Onda".
Mudanças culturais profundas se fazem necessárias e só poderão acontecer a partir de um amplo e eficiente processo educativo. Vivemos um momento em que estamos capacitados a perceber mais amplamente a realidade, não só pôr pressões externas de um mundo paradoxal e imprevisível, mas também pelas pressões internas de uma nova consciência que pede para nascer nas mentes e corações humanos. Tendo experimentado ao longo de séculos de civilização e cultura a influência de ondas cíclicas de mudança, é natural que respondamos com qualidade cada vez maior aos impulsos de uma nova realidade, em nada igual à que conhecemos hoje. Essa é uma responsabilidade fundamental de nossas vidas não apenas como pais ou cidadãos, mas principalmente como professores de administração atuando sobre as organizações empresariais provavelmente a principal arena de alavancagem de transformação das próximas décadas.
AS FORÇAS TRANSFORMADORAS
TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
Consciência é fator primário; criamos nossas realidades e buscamos integridade/totalidade.
DESENCANTO COM O CIENTIFICISMO
Intuição e outros processos não racionais complementam a razão na busca de conhecimento e entendimento.
FATORES INTERIORES DE AUTORIDADE E PODER
Nós mesmos decidiremos como vier e trabalhar e daremos aos passos para assegurar que nossas instituições nos sirvam.
REESPIRITUALIZAÇÃO DA SOCIEDADE
Estaremos engajados numa busca de significado, propósito, verdade, amor, compaixão, valor pessoal, sabedoria e unidade; e os meios de expressá-los.
DECLÍNIO DO MATERIALISMO
Valores intangíveis como honestidade, abertura, coragem, convicções, realização pessoal, cuidado/atenção, cooperação e justiça serão as forças dominantes guiando nossas ações.
DEMOCRATIZAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA
Não haverá lugar para o imperialismo e autoritarismo político ou econômico.
GLOBALIZAÇÃO
A interdependência global é inevitável; os conceitos de nacionalidade e nacionalismo sofrerão modificações.