A mitilicultura em diversos países é uma atividade produtiva de importância econômica.

Os mexilhões do gênero Mytilus são moluscos encontrados nos mares costeiros do mundo. Há muitas espécies do gênero Mytilus e as seguintes são cultivadas: M. edulis, M. galloprovincialis, M. edulis chilensis, M. smaragdinus, M. grayanus, M. viridis entre outros.

CICLO DE VIDA

Os mexilhões liberam o material reprodutivo na água do mar. Não há dimorfismo entre sexos, mas a coloração das gônadas das fêmeas tende a se tornar alaranjada em função do estágio sexual e o macho pode ter uma cor pálida, esbranquiçada ou creme. A fêmea de Mytilus edulis pode desovar 20 milhões de ovos (Dore, 1991). As larvas alimentam-se por si mesma na água por aproximadamente 21 dias (Dore, 1991). Após 5 a 8 meses de crescimento, o mexilhão pode atingir a 1^a maturação, estando apto a reproduzir.

PRODUÇÃO DE SEMENTES

A revista Panorama da Aqüicultura (1995) relata que as sementes, ou mexilhões jovens, ainda são, na maioria das vezes, extraídas dos costões, sendo pouco os mitilicultores que retiram sementes fixadas nas próprias estruturas de cultivo. Segundo a mesma revista, podem ser utilizados coletores de sementes como tubos de PVC, redes velhas enroladas, cordas de polietileno.

ENGORDA

Os mexilhões podem ser cultivados em longas cordas suspensos em balsas as quais são ancorados em áreas protegidas do mar.

Cabos mestres são dispostos na superfície através de flutuadores. A fixação dos cabos é feita por intermédio de poitas de concreto. Ao longo do cabo são amarradas as cordas de produção.

Método Suspenso fixo: utiliza-se em locais com pouca profundidade (até 3m). Estacas de bambu, (ou outra madeira resistente) são fixadas no fundo e transversalmente na lâmina d'água. Outros bambus são dispostos e amarrados onde ficam penduradas as cordas de produção (Rosa, 1993).

Inicialmente são colocadas 1,5 kg/m de corda de sementes. O tempo de cultivo é em torno de 6 a 8 meses, quando os mexilhões estarão atingindo o tamanho comercial, ou seja, 7 a 8 cm (Rosa, 1993).

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