Dez dicas sobre o voluntariado

                                  

1. Todos podem ser voluntários

Trabalho voluntário é uma experiência aberta a todos. Não é só quem é 
"especialista" em alguma coisa que pode ser voluntário. Muito pelo contrário, 
todos podem contribuir a partir da idéia de que o que cada um faz bem pode fazer 
bem a alguém. O que conta é a motivação solidária, o desejo de ajudar, o prazer 
de se sentir útil. Muitos profissionais preferem colaborar em áreas fora de sua 
competência específica exatamente para se abrir a novas experiências e 
vivências.

2. Trabalho voluntário é uma via de mão dupla: o voluntário doa e recebe

Voluntariado não tem nada a ver com obrigação, com coisa chata, triste, motivada 
por sentimento de culpa. Voluntariado é uma experiência espontânea, alegre, 
prazeirosa, gratificante. O voluntário doa sua energia, tempo e talento mas 
ganha muitas coisas em troca: contato humano, convivência com pessoas 
diferentes, oportunidade de viver outras situações, aprender coisas novas, 
satisfação de se sentir útil.

3. Voluntariado é uma relação humana, rica e solidária.

Trabalho voluntário não é uma atividade fria, racional e impessoal. É contato 
humano, oportunidade para se fazer novos amigos, intercâmbio e aprendizado. Este 
sentimento de estar sendo útil a alguém é uma motivação fortíssima para o 
envolvimento de pessoas como os idosos, aposentados e portadores de deficiências 
que a sociedade tende a desvalorizar e considerar inúteis.

4. No voluntariado todos ganham: o voluntário, aquele com quem o voluntário 
trabalha, a comunidade.


A ação voluntária visa a ajudar pessoas em dificuldade, a resolver problemas 
sociais, a melhorar a qualidade de vida da comunidade. Seu sentido é 
eminentemente positivo ao mobilizar energias, recursos e competências em prol de 
ações de interesse coletivo. O voluntariado reforça a solidariedade e contribui 
para a construção de uma sociedade mais justa e humana.

5. Voluntariado é uma ação duradoura e com qualidade.

O voluntariado não compete com o trabalho remunerado nem com a ação do Estado. 
Sua função não é tapar buracos nem apenas compensar carências. Uma sociedade 
participante e responsável, capaz de agir por si mesma, não espera tudo do 
Estado mas tampouco abre mão de cobrar do governo aquilo que só ele pode fazer.

6. As formas de ação voluntária são tão variadas quanto as necessidades da 
comunidade e a criatividade do voluntário.


Tradicionalmente no Brasil o voluntariado se concentrou na área de saúde e no 
atendimento a pessoas carentes. O reconhecimento da urgência de ações nessas 
áreas não é contraditório com a valorização de novas possibilidades de 
voluntariado nas áreas de educação, atividades esportivas e culturais, proteção 
do meio ambiente, etc. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação 
voluntária. Basta olhar em volta e dar o primeiro passo.

7. Voluntariado é ação.

O voluntário é uma pessoa criativa, decidida, solidária. No trabalho voluntário 
não há cartórios nem monopólios. Não há hierarquia de prioridades. Não é preciso 
pedir licença a alguém antes de começar a agir. Quem quer, vai e faz.

8. Cada um é voluntário a seu modo

Alguns são capazes individualmente de identificar um problema, arregaçar as 
mangas e agir. Outros preferem atuar em grupo. Grupos de vizinhos, de amigos, de 
estudantes ou aposentados, de colegas de trabalho que se mobilizam para ajudar 
pessoas e comunidades. Por vezes é uma instituição inteira que se mobiliza, seja 
ela um clube, uma igreja, uma entidade beneficente ou uma empresa. No 
voluntariado é assim: não há fórmulas nem receitas a serem seguidas.

9. Voluntariado é escolha

Cada um contribui, na medida de suas possibilidades, com aquilo que sabe e quer 
fazer. Uns têm mais tempo livre, outros só dispõem de algumas poucas horas por 
semana. Alguns sabem exatamente onde ou com quem querem trabalhar. Outros estão 
prontos a ajudar no que for preciso, onde a necessidade for mais urgente. Cada 
compromisso assumido, no entanto, é para ser cumprido.

10. Voluntariado é um fenômeno mundial

A escolha do ano de 2001 pelas Nações Unidas como Ano Internacional do 
Voluntariado representa o reconhecimento internacional do voluntariado como 
fenômeno contemporâneo e global. Esta celebração é uma oportunidade a ser 
aproveitada para consolidar o voluntariado no Brasil como componente essencial 
de uma sociedade cada vez mais democrática e participativa.

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