A eletrificação é um assunto fascinante dentro da história ferroviária nacional. É realmente incrível que, já na segunda década do século XX, um país periférico, agrário e sem praticamente nenhuma tradição técnica tivesse absorvido e desenvolvido tecnologia de vanguarda na época para dispor de ferrovias de primeira linha eletrificadas, substituindo com o sucesso o caro e escasso carvão e lenha usado nas locomotivas a vapor.
Hoje, lamentavelmente, a eletrificação se restringe aos sistemas de metrô e trens de subúrbios. As únicas linhas eletrificadas ainda operacionais para o transporte ferroviário de cargas são o sistema cremalheira na serra do Mar da antiga E.F. Santos a Jundiaí, entre Raiz da Serra e Paranapiacaba, e o trecho entre São Paulo e Amador Bueno da antiga linha troco da E.F. Sorocabana. A crônica crise das ferrovias brasileiras, que se acelerou a partir da década de 1950, o aperfeiçoamento das locomotivas diesel-elétricas e a adoção da filosofia ferroviária americana (trens pesados e lentos) condenaram a eletrificação ferroviária, que foi progressivamente extinta ao longo dos últimos trinta anos.
Infelizmente não há um livro que trate da história da eletrificação brasileira de forma global, embora muito tenha sido escrito de forma esparsa, em revistas especializadas, jornais e boletins. Portanto, o objetivo desta página sobre a Eletrificação das Ferrovias Brasileiras é integrar e, dentro das limitações do autor, analisar a maior quantidade de informações sobre esse assunto. Infelizmente o acesso a essas informações é um pouco difícil, pois as referências bibliográficas muitas vezes são antigas, raras ou disponíveis em bibliotecas de acesso restrito. Portanto, ao menos inicialmente, a qualidade e quantidade de informação poderá ser irregular ao longo dos capítulos, muito embora sempre se tenha o maior cuidado em se verificar e analisar a informação obtida.
O problema da escassez de informações recomendou que essa iniciativa fosse colocada numa página Internet, na forma de uma obra aberta, em permanente construção. Dessa forma, o conhecimento disponível ficará aberto a todos, a custo zero. Além disso, falhas e lacunas detectadas pelos leitores poderão ser apontadas e prontamente corrigidas, sendo-lhes dado o devido crédito. Além disso, o conteúdo de novas informações, como depoimentos, fotos, artigos, etc., poderá ser prontamente acrescentado ao site.
De toda forma, esta obra se inicia com o formidável respaldo do conhecimento já acumulado pelos três anos de funcionamento do Photo Album of the Brazilian Railroads, da lista eletrônica E.F. Brasil e da colaboração dos inúmeros fãs ferroviários que colaboram desde então na preservação da memória ferroviária nacional. Além disso, agradecimentos especiais são devidos aos colegas abaixo, que colaboraram com materiais preciosos para o desenvolvimento desta página:
Alberto H. del Bianco | Alexandre Santurian | Alex Elias Ibrahim | |
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Allen Morrison | Anna Carolina Russo | André Carrijo Galesso | |
Antonio Carlos Belviso | Arysbure Eleutério | Carlos Alberto Rollo | |
Carlos Roberto Brandão | César Sacco | Charles de Freitas | |
Cid José Beraldo | Daniel Costa | Édson Salvador Castro | |
Eljas Pölho | Fábio R. Gatto | Fernando Picarelli Martins | |
Hélio Gazetta | Hermes Yoiti Hinuy | Javier Fraile | |
Jorge Alves Ferreira Jr. | José Agenor S. Ferreira | José Antonio Penteado Vignoli | |
José David de Castro | José Henrique Bellório | Júlio Cézar de Paiva | |
Kelso Médici | Kenzo Sasaoka | Latuff | |
Marcello Tálamo | Marcelo Almirante | Marco Giffoni | |
Marlus Cintra | Maurício Torres | Mauro Maia | |
Nicholas Burman | Nick Lawford | Nílson Rodrigues | |
Paulo César Bonaldo | Paulo Cury | Paulo Sérgio Vieira Filho | |
Rafael Correa | Ralph Mennucci Giesbrecht | Ricardo Frontera | |
Ricardo Pinto da Rocha | Robson Baptista | Rodrigo Cunha | |
Ronan Pereira Amaral | Rudi Heinisch | Sérgio Leonardo Barral | |
Sérgio Romano | Rev. Thomas J. Connelan | Wilson de Santis Jr. |
Esperamos que este site contribua para que seja mantida a memória deste excepcional feito tecnológico da Engenharia Brasileira - e, quem sabe, fornecer material para reflexão sobre o que as ferrovias deste país já foram capazes...
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Última Atualização: 22.06.2002 | ||
© Antonio Augusto Gorni |